António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Rua do Mar, na Cova
Como é que um cidadão deficiente motor, em cadeira de rodas, ou uma pessoa com um carrinho de criança, circula neste passeio?..
Como é que um cidadão invisual, circula neste passeio?..
Ao contrário de um automobilista ou motociclista, um peão não precisa de passar um exame para ter o direito a deslocar-se. Por isso, os seus deveres, direitos e responsabilidades não são comparáveis aos de quem conduz veículos. Ao contrário de um condutor, a condição de cego, de deficiente motor ou mental, de criança ou idoso, de alcoólico, não é impedimento legal ou ético
do direito a ser peão. Por isso, a um peão não são exigíveis os mesmos deveres e responsabilidades que a um automobilista ou motociclista, mas são atribuíveis mais direitos, designadamente aqueles que permitem salvaguardar a sua integridade física e psíquica, susceptível de ser posta em causa pelos veículos automóveis ou pelos obstáculos colocados no meio do passeio, como é o caso deste poste.
Resta perguntar, se alguém com responsabilidades, no concelho e na freguesia, ao passar por ali, já olhou com olhos de ver para a situação?
Como é que um cidadão invisual, circula neste passeio?..
Ao contrário de um automobilista ou motociclista, um peão não precisa de passar um exame para ter o direito a deslocar-se. Por isso, os seus deveres, direitos e responsabilidades não são comparáveis aos de quem conduz veículos. Ao contrário de um condutor, a condição de cego, de deficiente motor ou mental, de criança ou idoso, de alcoólico, não é impedimento legal ou ético
do direito a ser peão. Por isso, a um peão não são exigíveis os mesmos deveres e responsabilidades que a um automobilista ou motociclista, mas são atribuíveis mais direitos, designadamente aqueles que permitem salvaguardar a sua integridade física e psíquica, susceptível de ser posta em causa pelos veículos automóveis ou pelos obstáculos colocados no meio do passeio, como é o caso deste poste.
Resta perguntar, se alguém com responsabilidades, no concelho e na freguesia, ao passar por ali, já olhou com olhos de ver para a situação?
Com o patrocínio da Carolina...
Se a Carolina Patrocínio diz que "Portugal foi objectivamente um dos primeiros países a sair da recessão técnica e isto assinala o início da retoma económica", nós todos acreditamos, não acreditamos? É uma forma, como outra qualquer, de tirar os caroços à crise em que vivemos. E sem a ajuda da empregada.
Via ABC do PPM
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Fátima, fado e futebol
Foi quase em cima da linha, mas “ in extremis”, o PS dignou-se participar nos debates televisivos com os lideres de todos os partidos representados na Assembleia da República. Ontem, realizou-se o sorteio dos 10 debates que irão acontecer na RTP, SIC e TVI.
Após o sorteio, verificou-se que no dia 12 de Setembro há um jogo de futebol, FC Porto - Leixões, com transmissão em directo na televisão.
Entre a importância do debate político e o jogo de futebol, decidiu-se antecipar o debate para o dia 11 de Setembro.
E tanto se criticou o regíme anterior ao 25 de Abril de 1974 por causa dos 3 FFF - Fátima, Fado e Futebol!...
Após o sorteio, verificou-se que no dia 12 de Setembro há um jogo de futebol, FC Porto - Leixões, com transmissão em directo na televisão.
Entre a importância do debate político e o jogo de futebol, decidiu-se antecipar o debate para o dia 11 de Setembro.
E tanto se criticou o regíme anterior ao 25 de Abril de 1974 por causa dos 3 FFF - Fátima, Fado e Futebol!...
Frase do dia
"O mal da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga."
(desconheço o autor, mas que a frase faz lembrar certas personagens, lá isso faz.)
BE tem candidaturas à Figueira chumbadas pelo Tribunal
“O Tribunal da Figueira da Foz recusou hoje as candidaturas do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara e Assembleia Municipal, por apresentarem um número de candidatos suplentes inferior ao exigido por lei, refere o despacho judicial.”
Mais pormenores, aqui.
Mais pormenores, aqui.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Catarina
Catarina Marques, atleta da SUO Vais, vai participar nos jogos Paraolímpicos para surdos. É já no próximo dia 1 que embarca para Taipé, local onde ocorre o evento. Corre os 3000 obstáculos, a 11, e os 5000, a 13 de Setembro.
A atleta vai sem o seu habitual treinador, o professor Fonseca Antunes e sem a presença dos seus familiares, como se pode ler numa reportagem, oportuna e interessante, do semanário “A Voz da Figueira”, na edição da última quarta-feira. Tudo porque os apoios são escassos.
A foto à direita, sacada do Aldeia Olímpica, dá uma ideia bastante aproximada das deficientes condições em que se treinam os atletas na Figueira da Foz : simplesmente, uma vergonha.
Uma palavra final, para saudarmos “os cerca de dezanove anos de teimosia do prof. Fonseca Antunes em fazer omeletas sem ovos. Bem, sem ovos não é bem assim, que eles vão aparecendo, mas decididamente sem frigideira (leia-se pista de atletismo).”
A atleta vai sem o seu habitual treinador, o professor Fonseca Antunes e sem a presença dos seus familiares, como se pode ler numa reportagem, oportuna e interessante, do semanário “A Voz da Figueira”, na edição da última quarta-feira. Tudo porque os apoios são escassos.
A foto à direita, sacada do Aldeia Olímpica, dá uma ideia bastante aproximada das deficientes condições em que se treinam os atletas na Figueira da Foz : simplesmente, uma vergonha.
Uma palavra final, para saudarmos “os cerca de dezanove anos de teimosia do prof. Fonseca Antunes em fazer omeletas sem ovos. Bem, sem ovos não é bem assim, que eles vão aparecendo, mas decididamente sem frigideira (leia-se pista de atletismo).”
Onda "maluca", ex-libris do Cabedelinho, é a primeira vítima das obras do prolongamento do molhe norte
foto Pedro Cruz
Segundo o SOS Cabedelo, “a primeira baixa provocada pelas obras de prolongamento do molhe norte da Figueira da Foz está encontrada: trata-se de uma onda que tinha o nome de “maluca”, uma esquerda que quebrava na praia do Cabedelo, vulgo Cabedelinho, e partia junto ao molhe sul dentro da barra da Figueira da Foz.” Em comunicado, o SOS Cabedelo denuncia que “com a passagem da última ondulação e com as obras de prolongamento do molhe norte já bem avançadas, podemos verificar que a onda do Cabedelinho já não existe. É local onde o surf de qualidade não se voltará a ver. O Cabedelinho servia de refúgio nos dias de tempestade de inverno, e no verão era o sitio onde as escolas de surf da região davam aulas visto este ser um local abrigado e protegido nas tempestades.”
O SOS Cabedelo apresenta-se como um movimento cívico cujo principal objectivo é a “procura de soluções que permitam viabilizar simultaneamente uma maior capacidade de exploração do porto comercial da Figueira da Foz e a manutenção das condições naturais que elevam a praia do Cabedelo a um patamar internacionalmente reconhecido pelo surf”.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
"Cheque-obra" ou lavandaria? …
“Antigamente, os ricos que tinham sido pobres ofereciam bibliotecas, escolas, chafarizes e estradas municipais. Eles sabiam que a riqueza devia pagar um tributo para justificar a vaidade e o conforto. Hoje, os ricos amealham e só contribuem para o país embalados por benefícios fiscais e promessas de contratos do governo. São outros tempos.”
Agora, tudo pia mais fino e é muito mais refinado: estamos na era do “cheque-obra”.
A meu ver, esta "medida" serve, no essencial, para branquear a má imagem que as empresas de obras públicas têm junto da opinião pública e da forma como acedem a concursos públicos. Resta ver como isto se vai desenrolar no futuro – leia-se, depois das eleições.
Como escreve o Fernando Campos, nesta postagem, “bem-vindos pois à era radiosa do empreiteirismo - iluminado.”
Como escreve o Fernando Campos, nesta postagem, “bem-vindos pois à era radiosa do empreiteirismo - iluminado.”
Livra. Se eu fosse cínico, que não sou, pensaria que está a ser cada vez mais difícil firmar contratos com o Estado.
Contudo, segundo o ministro da Cultura, José Pinto Ribeiro, “17 empresas de construção civil já aderiram ao programa de recuperação patrimonial", a "grande maioria" constituída por "grandes empresas de construção civil”...
Contudo, segundo o ministro da Cultura, José Pinto Ribeiro, “17 empresas de construção civil já aderiram ao programa de recuperação patrimonial", a "grande maioria" constituída por "grandes empresas de construção civil”...
Somos uma Pátria de mecenas e filantropos, é o que é...
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