Via Diário as Beiras
terça-feira, 20 de setembro de 2022
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
TIRAR UMA SELFIE DE PERNAS PARA O AR
"Se há tema que merece um debate sério e com o envolvimento dos portugueses, para que os partidos sintam que o que propõem e votam tem em consideração a opiniões dos seus eleitores, é o regime de pensões.
Não entendo, pois, por que motivo o primeiro-ministro decidiu dispensar-nos de pensar sobre o nosso futuro, transformando aquilo que parece ser uma reforma encapotado do regime de pensões num falso pacote de caridade institucional, para compensar o aumento brutal do custo de vida, transformando uma pequena parte do aumento das receitas fiscais em gorjeta social.
Este é um bom exemplo de como neste país a política desapareceu, dando lugar a selfies e a golpes de comunicação. Só que desta vez as coisas correram mal ao “rei das selfies” e ao primeiro-ministro.
Um, prometeu antes do verão que em setembro apresentaria um pacote de medidas sociais. O outro não perdeu tempo a elogiar as medidas.
Depois foi a cacofonia comunicacional a que assistimos, primeiro era um aumento, depois era preciso assegurar a sustentabilidade do sistema de pensões, a seguir multiplicaram-se as entrevistas para sugerir que ninguém perdia. Só ninguém explicou se com este momento de generosidade do primeiro-ministro o rendimento anual dos pensionistas ia aumentar ou diminuir ao longo dos próximos anos.
Não custaria nada ao primeiro-ministro em vez de se desdobrar em comícios encenados ou em entrevistas combinadas, apresentar as contas com um exemplo numérico. As tais contas que o o Presidente da República diz que precisa de ver. Coitado, primeiro aprovou e depois deu uma cambalhota e tirou uma selfie de pernas para o ar.
Enfim, começa a parecer-me que Passos Coelho e António Costa são mesmo muito diferentes.
O primeiro tirava uma chouriça e prometia que um dia todos receberíamos um porco.
O segundo dá-nos um chouriço mas esquece-se de dizer que depois teremos de lhe dar um porco."
Via O Jumento
As contas são do Governo...
ESTADO VERSUS MEDIA: UMA QUESTÃO DE PUBLICIDADE
Via MAIS ACTUAL BLOG
«O documento que a ERC publicou, no passado dia 15 de Setembro, – "Investimento em Publicidade Institucional do Estado aumenta 10 milhões em 2021" –, merece leitura atenta pelo muito que é dito e por ainda mais que fica por dizer, por exemplo a evolução entre 2016 e 2019 (ano de eleições).
domingo, 18 de setembro de 2022
MAIS UMA VEZ, ANTÓNIO GUTERRES A DIZER O ÓBVIO...
NUM CLIMA DE HISTERIA BÉLICA, JÁ É DIZER IMENSO...
"A guerra está para durar: «Os russos e os ucranianos acreditam que podem ganhar. Não vejo qualquer possibilidade, a curto prazo, de uma negociação séria», afirmou o secretário-geral da ONU.
Uma solução para as exportações do sector alimentar continua no topo das preocupações da ONU: «Putin tem parcialmente razão».
As alterações climáticas e a guerra é outro dos temas: «No momento em que era preciso reduzir as emissões, as emissões continuam a aumentar. No momento em que era preciso livrarmo-nos dos combustíveis fósseis, assistimos ao renascimento dos combustíveis fósseis. Caminhamos para o desastre (...). Quando precisamos de uma redução de emissões de 45% até 2030, a perpectiva, face aos compromissos actuais, é de um crescimento de 14%»."
Confraria do Arroz Doce de Maiorca quer a certificação
A Confraria do Arroz Doce de Maiorca, foi criada formalmente no dia 20 de maio de 2020.
Texto via Diário de CoimbraImagem via Confraria do Arroz Doce de Maiorca
"A Confraria do Arroz Doce de Maiorca assinalou ontem o seu II Capítulo, com a presença de perto de duas dezenas de confrarias de todo o país, entre outros convidados. E ao fim de dois anos de existência, a chanceler mor faz «um balanço positivo», apesar dos objetivos a que se propuseram estarem «um pouco aquém, na elaboração de eventos, que é disso que irá sobreviver a confraria, devido à pandemia». Matilde Azevedo explicou que não lhes foi possível «efectuar grandes eventos, apenas a confeção do arroz doce, que é vendido localmente e que as pessoas adoram»."
"AS JÓIAS DA COROA BRITÂNICA: A QUE PREÇO?"
«“O Sol nunca se põe no Império”. Esta fórmula, que passou à posteridade, resume o facto de que, no início do século XX, o Império Britânico – primeira potência imperialista mundial – abrangia 23% do planeta e detinha um quarto da população mundial sob a sua tutela. Começando pela Irlanda martirizada, nas imediações do Reino, até aos territórios mais longínquos (Índia, Austrália, África, América, Nova Zelândia, Médio Oriente...).»
– por GÉRARD BAUVERT.
CELEBREMOS O 24 DE AGOSTO NA FIGUEIRA DA FOZ E O LIBERALISMO CONTRA O FEUDALISMO...
Crónica publicada na edição do mês de Agosto da Revista ÓBVIA
Foi neste dia, em 1820, que através de uma revolução, foi instalado o Liberalismo.
Foi nesta data que, há duzentos e dois anos, se começaram a dar os primeiros passos, que estão a ser longos, demorados, dolorosos e tímidos, para ultrapassar o principal problema estrutural deste País: o feudalismo, um sistema caracterizado pelo elitismo económico monopolista e tacanho, pela feudalização jurídico-política que nos conduziu pelos caminhos do "chico-espertismo" de caciquismo ridículo e oportunista.
Desde a Idade Média que, neste país, secularmente periférico e subdesenvolvido, mesmo depois da revolução de 1820, com especial relevância no período da ditadura do Estado Novo (desde a aprovação da Constituição portuguesa de 1933 até ao seu derrube pela Revolução de 25 de Abril de 1974) e depois, que os resquícios do feudalismo continuam e estão muito longe de serem ultrapassados e, muito menos, resolvidos.
Também por isso, o 24 de Agosto tem de continuar a ser recordado na Figueira.
Presumo que ninguém desconhece que, em 1820, na chegada do Liberalismo ao nosso país, foi determinante o jurista Manuel Fernandes Tomás.
Citando o meu Amigo e saudoso Capitão João Pereira Mano, no seu livro «Terras do Mar Salgado» (uma das maias importantes e obras que, desde sempre, foram escritas e publicadas sobre a História Marítima e Local da Figueira da Foz), "a família de Manuel Fernandes Tomás era uma família dos ambientes marítimos e comerciais da Figueira da Foz".
Para a afirmação de uma República livre e responsável, o exercício da "cidadania" na construção do Estado, tendo em vista a mudança da sociedade no sentido da modernização e do futuro, é acção decisiva e determinante.
Manuel Fernandes Tomás, que viveu entre 1771 e 1822, foi um dos principais obreiros da decisiva revolução de 1820. Para além da sua acção organizativa e política para a vitória da revolução de 24 de Agosto de 1820, antes, «foi um importante jurisconsulto apontado para a modernização e racionalização do ordenamento jurídico português, por isso o autor que produziu o "Repertorio geral ou índice alphabetico das leis extravagantes do reino de Portugal, publicadas depois das ordenações, compreendendo também algumas anteriores que se acham em observância", em 1815.»
Em 2022, duzentos e dois anos decorridos após a revolução e a Constituição Liberal de 1820, continua a ser pertinente recordar a figura do "Patriarca da Liberdade”.
A celebração da memória, faz parte do combate pelo Progresso e pelo Futuro.
Na Figueira, sempre foi proibido questionar convenções. Quem o faz, é imediatamente alvo de campanhas de ostracização.
Se algo ameaça a postura convencional, então é porque é extremista, ou marginal, ou pior.
Assim, não é de surpreender que – talvez na Figueira mais do que em qualquer outra cidade - os génios sejam quase todos póstumos.
É biografia recorrente aquela que acaba por concluir que, em vida, a excelsa pessoa nunca foi compreendida ou admirada. Manuel Fernandes Tomás foi preciso morrer na miséria e na amargura para postumamente lhe reconhecerem o devido valor.
Vivemos na Figueira, uma cidade em que no ano de 2022, a realidade continua a não coincidir com a representação da realidade. Isto, não obstante a realidade da representação da realidade.
O que significa que, enquanto realidade, nos encontramos algures, menos na cidade chamada Figueira da Foz, onde em 31 de julho de 1771 nasceu Manuel Fernandes Tomás, e onde todos devíamos abertamente falar de liberdade...
Numa democracia, não se entende a necessidade de existirem organizações secretas, compostas por elementos afectos, transversalmente, às diversas instituições públicas e privadas. Existem elementos da política, dos partidos, dos poderes judiciais, do poder económico e empresarial, entre outros...
Putativamente, até os cangalheiros, gatos e os periquitos devem estar representados (porque estes também são dignos de defenderem os seus interesses). Ao longo dos anos, muitos escândalos rebentaram ligados a estas organizações, de gente livre e de bons costumes, como soe dizer-se na linguagem maçónica. Os casos abanam as confrarias, mercearias, regulares, irregulares, mas cair não caiem, aguentam-se nos pilares, ou nas colunas dos templos, como eles dizem. Os interesses instalados, são muito sólidos e resistentes. Existem muitas coisas, demasiado importantes, que são
decididas à luz da vela, sob chão axadrezado, que os profanos (os Zézitos do Povinho), segundo os iluminados, não conseguem ver o alcance da coisa. Nestes espaços, são escolhidos candidatos a deputados, Presidentes de Câmara, vereadores, dirigentes da administração pública afectos aos partidos de poder (PS, PSD, CDS) e são escolhidos elementos em lugar chave da sociedade dita civil, numa lógica de nacional porreirismo fraterno, onde se trocam favores e a meritocracia é engavetada.
Isto, contraria a bondade dos objectivos desta organização secular e as boas práticas. Ainda assim, existem bons exemplos, como é o caso do homenageado - Fernandes Tomás, que morreu na penúria, para honrar os altos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Mas, o que abunda são os beatos,
que batem com a mão no peito nas missas... É caso para dizer: bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que faz.
Adiante: estamos próximo do “24 de agosto, dia de arejar os aventais”.
sábado, 17 de setembro de 2022
Com todo o respeito: não consideram que exageraram um pouquinho na dose?
Compete ao Governo de cada país decretar o luto nacional."
"Pandemia fez aumentar para 2,3 milhões os portugueses em risco de pobreza ou exclusão social"...
"Inquérito do Instituto Nacional de Estatística, baseado nos rendimentos de 2020, mostra que 18,4% dos portugueses estão agora em risco de pobreza, mais 2,2 pontos percentuais do que no ano anterior à pandemia."
"A taxa de pobreza e exclusão social avançou 2,4 pontos percentuais, e a taxa de pobreza em 2,2 pontos percentuais em Portugal, nos dados que reflectem as condições das famílias em 2020.
O avanço de 2,4 pontos na taxa de pobreza e exclusão em Portugal representa o pior agravamento nas condições das famílias no bloco europeu, onde apesar dos efeitos da pandemia 12 países conseguiram tirar população da pobreza."