sexta-feira, 7 de março de 2025

Ficção mal conduzida?..

Um conto de Filipe Tourais 

(Qualquer semelhança com a realidade será pura coincidência?)

"Francisco Esperto, doravante Chico, tinha uma empresa. Como era casado em comunhão de adquiridos, a empresa era metade sua e metade da sua mulher, à qual o Chico se referia como “a sua esposa” em cerimónias e apresentações públicas. Só entre amigos e nem sempre  é que aparecia "a minha mulher". Ele próprio também acumulava, era marido e esposo,  embora o esposo nunca aparecesse nem em cerimónias públicas. Cenas. 

Regressando à empresa, a metade do esposo era metade da esposa também, o mesmo acontecendo à metade da mulher, que era também metade do marido.

Lá por coisas, talvez uma prova de amor, um "amo-te 50%, coisinha mái-fofa", um dia, embora soubesse que se iria desgraçar e ficar sem nada, o Chico decide passar a sua metade para a esposa, que fica com 100% da empresa no registo comercial. Porém, como eram casados em comunhão de adquiridos, surprise, os 100% continuaram a pertencer a ambos em partes iguais, metade dele e metade dela. Ou seja, boas notícias, o Chico não se desgraçou coisa nenhuma. Sequem as lágrimas todos aqueles que já temiam o pior. A empresa continuou exactamente como antes do Chico  ter seguido  o conselho que lhe foi segredado pelo servidor da causa pública  que vive dentro de si, metade do marido e metade da mulher, como acontece com todas as variações patrimoniais ocorridas após o nó em todos os casais que se casem na modalidade do  regime supletivo. 

E vocês que leram isto perdoem-me que os aborreça com estas coisas que não acontecem apenas em casais de espertos. Acontecem em todos os casais de casados em comunhão de adquiridos e em comunhão geral de bens. Só não acontecem no regime de separação de bens. Os mais espertos é que pensam que podem fintar a lei desgraçando-se sem se desgraçarem nestas trocas e baldrocas de quotas de empresas. E  nem o facto de um dos cônjuges ser  um prestigiado advogado, conhecedor em profundidade de todos os meandros da Lei, desses que prestam serviços no valor de centenas de milhar de euros, livra estes casais dos efeitos de tanta esperteza junta e concentrada. 

Aquele marido e esposo talvez tenha comprado um Código Civil sem as páginas com os artigos relativos aos três regimes de casamento. É preencher o livro de reclamações da livraria que lho vendeu, se é que não o adquiriu em nenhum alfarrabista. Também pode ter acontecido, embora dê no mesmo se o Esperto chegar a Primeiro-ministro. A lei não exclui os expertos da exclusividade que abrange por igual espertos e menos espertos mas honestos. Ele que peça explicações ao alfarrabista. Os alfarrabistas leem muita coisa. Pode ser que tenha sorte e que ele lhe explique que se desgraçou, sim, mas quando se casou. Como acontece com quase toda a gente, acrescento meu. E, caramba, tanto sigilo, tanto mistério, não custava nada explicá-lo na Assembleia da República. Os senhores deputados seguramente saberiam entender. A culpa é toda, toda, toda do alfarrabista. Toda. Já não se pode confiar, é o que é. Já não se pode ser bom. Tempos difíceis."

Ontem, o Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, encheu-se para celebrar os 104 anos do PCP

Fotos: daqui


Paulo Raimundo.
(...) « As eleições podem e devem constituir uma oportunidade para abrir caminho a uma outra política. Está na acção e luta dos trabalhadores e do povo, está nas mãos de cada um que aspira a uma política alternativa, fazê-lo. Dando mais força à CDU contribuindo com o seu apoio para garantir a força coerente e corajosa que não cede a interesses dos grupos económicos, a força que não hesita na hora de escolher entre Trabalho e Capital, a força que dá garantias de uma verdadeira oposição e de não dar a mão à política de direita. 
Perante o País e a situação a que se chegou, emerge como questão essencial a necessidade de uma política alternativa e de uma alternativa patriótica e de esquerda, indissociável da defesa do regime democrático e do cumprimento da Constituição da República Portuguesa. Uma política, um sinal de esperança e de possibilidade, que aumente os salários e pensões, valorize carreiras e condições de trabalho, combata a precariedade e o trabalho desregulado, defenda os serviços públicos, o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, garanta o direito à cultura, à habitação, efective os direitos de pais e crianças, promova a justiça fiscal, a produção nacional, o planeamento económico, o desenvolvimento científico e tecnológico, o controlo público dos sectores estratégicos, afirme a soberania e o desenvolvimento nacional. (...)»

Estão cheios de pressa....

O Governo prepara-se para converter cinco hospitais em parcerias público-privadas. A resolução é aprovada esta sexta-feira em Conselho de Ministros, apurou o jornal Público.

Segundo a mesma fonte, estão em causa os hospitais de Braga, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira, Loures e Garcia de Orta. O hospital de Almada (Garcia de Orta), ao contrário dos restantes, sempre esteve sob gestão pública.

Venha a moção de confiança...

 

Luís Montenegro não pode continuar como primeiro-ministro

 Via Visão

Dia 11 duas inaugurações: Centro Municipal de Investigação de Alterações Climáticas, Movimento de Areias, Erosão Costeira e outras áreas de investigação relacionadas com o mar e requalificação do Pátio de Santo António, frente à Misericórdia-Obra da Figueira

 Via Diário as Beiras

“Quando foi apresentado o projeto, a Comunidade Portuária [entidade consultiva] tomou logo uma posição contra o projeto, no mandato de Fátima Alves”


 Via Diário as Beiras

"Luís Montenegro teve de assumir Spinumviva ao Tribunal Constitucional quando foi eleito primeiro-ministro"

De acordo com o 
Semanário Expresso desta sexta-feira, o primeiro-ministro não tinha declarado a Spinumviva nem em setembro de 2022 nem em agosto do ano seguinte, quando já era presidente do PSD.
Apenas o fez quando foi eleito primeiro-ministro. Contudo, desde 2022, houve várias duvidas do Tribunal Constitucional, que questionou as declarações do primeiro-ministro, sobretudo por dúvidas relativas a rendimentos auferidos e sobre as participações em sociedades.
Montenegro acabou por assumir no seu registo de interesses a Spinumviva, que era detida a 70% pela mulher, apenas depois de ter sido eleito como primeiro-ministro, em março do ano passado.
Entretanto, o primeiro-ministro, ainda antes de cair, sem eleições antecipadas marcadas, já confirmou que é recandidato a primeiro-ministro, sem o mínimo atendimento pelas instituições de controlo e da justiça. E Luís Marques Mendes, o candidato assumido às presidenciais de 2026 apela a Marcelo Rebelo de Sousa para «fazer uma última tentativa, um último esforço, para evitar eleições, para garantir a estabilidade», ficando claramente implícita a crítica pública contundente do ex-líder do PSD ao inquilino de Belém...

Sentença foi lida ontem

 Via Diário as Beiras

quinta-feira, 6 de março de 2025

Ciclovia na Avenida 25 de Abril está pronta

 Via Diário as Beiras

E o candidato PSD à câmara de Viana do Castelo é!..

Paulo Morais, o transparente-mor. 

BioAdvence: "O estatuto PIN foi suspenso a 13 de janeiro", disse ontem a Ministra do Ambiente

Conforme se pode ver no video, a Ministra do Ambiente informou ontem na Assembleia da República, que a empresa BioAdvance tem tido as licenças ambientais sucessivamente recusadas e confirmou a suspensão do estatuto de Potencial Interesse Nacional (PIN). O estatuto PIN foi suspenso a 13 de janeiro, afirmou Maria da Graça Carvalho, ontem ouvida na comissão parlamentar de Ambiente, no âmbito de uma audição regimental.

A ministra, foi questionada por diversos deputados (conforme se pode ver nos videos abaixo: deputado comunista Alfredo Maia, social democrata Ana Oliveira e socialista Raquel Ferreira) a propósito da situação da empresa de biocombustíveis da Figueira da Foz, que supostamente tem funcionado sem Título de Exploração e Licença Ambiental. 
Na resposta, Maria da Graça Carvalho disse que a BioAdvance tem tido as licenças ambientais recusadas e que cada vez que isso acontece faz reajustes e apresenta novo processo. Em fevereiro foi apresentado novo processo e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem 25 dias para responder, disse a ministra. 

Segundo o Diário as Beiras,"a Procuradoria-Geral da República (PGR), por sua vez, confirmou ontem a instauração de um inquérito à situação da empresa, encontrando-se em segredo judicial."

quarta-feira, 5 de março de 2025

Spinumviva, uma empresa à beira da falência?...

 "A Solverde era um dos principais clientes da Spinumviva, empresa familiar do primeiro-ministro Luís Montenegro, a quem pagava 4.500 euros por mês. Diante do “turbilhão mediático” em que foi inserida, a sociedade que gere vários casinos e hotéis em Portugal anunciou a cessação do contrato por mútuo acordo."

Segundo o que veio a público, a Solverde era um dos importantes clientes da meia dúzia que a empresa familiar de Montenegro tinha (Solverde, Colégio Luso Internacional do Porto, Lopes Barata – Consultoria e Gestão, Fefrointa, Rádio Popular) e representava  mais de 31% da facturação da Spinumviva...

Navio-escola da Marinha afunda no Alfeite...

"Durante a madrugada, o navio-escola Polar, da Marinha Portuguesa, afundou no Alfeite. Marinha indica que não há feridos e que operações de reflutuação estão a decorrer."

Entre a espada e a parede, Montenegro já escolheu: a espada...

"Avançaremos para a última oportunidade de o fazer que é a aprovação de um voto de confiança", afirmou Luís Montenegro , na Assembleia da República, na abertura do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP.

Nem Hugo Soares deve acreditar nisto...

“Se houver eleições, o candidato será o grande primeiro-ministro Luís Montenegro”, garante Hugo Soares.
Hugo Sioares quer passar a imagem que o partido está unido, e que na eventualidade de haver eleições antecipadas, Luís Montenegro será candidato do PSD. Ora, isso, neste momento, não está garantido. Muitos de nós sabemos, que se o governo cair e houver eleições, o candidato do PSD deverá ser o desejado Passos Coelho, que é aquilo que Montenegro e Hugo Soares querem evitar a todo o custo.

E terça-feira pregou uma partida de carnaval ao Inverno..

"Contrastando com domingo, ontem esteve calor, não choveu e a avenida do Brasil recebeu um mar de gente"...

Via Diário as Beiras (para ver melhor clicar na imagem)

Um pequeno passo atrás para Zelensky – um enorme recuo para os seus apoiantes

Imagem: daqui
Texto: daqui
"E ao 4º dia Zelensky não ressuscitou, apenas pediu meia desculpa, disse que queria a paz e por isso assinaria o que se recusou a assinar 3 vezes. 
Assim sendo, a comédia continua mas já não é ele nem sua equipa amadora que escreve o guião. Há danos colaterais e não me refiro aqui aos ingénuos que se apressaram a celebrar a «dignidade» de Zelensky, esses não contam para nada. 
Oh sim, a sua rendição devolveu-o – e também aos líderes europeus, mais um canadiano – à sua estatura natural. 
Afinal, tanto barulho para nada! Efectivamente, se era para acabar assim, mais valia todos eles terem-se poupado a tantas vergonhas e terem até – quiçá – rebobinado o discurso triunfalista como andaram 3 anos a debitar, 24 horas por dia, 7 dias por semana dizendo «agora é que a Rússia vai ver como elas lhe mordem».
Os imbecis do costume acreditariam e escusavam, todos eles, de passarem por mais uma depressão. 
Isso seria porém pedir demais, é claro. É provável que ainda o façam, no entanto, agora que tudo se tornou muito claro porque o importante não é ganhar nem a guerra nem a paz mas convencer seus súbditos mais idiotas que no fim «os bons vão ganhar», tal como acontece nos filmes. 
No fundo, acredito, todos respiram de alívio porque ninguém queria de facto a continuação na guerra e certas bravatas, se fossem cumpridas, acabariam por precipitar a queda mais que certa dos patéticos «líderes». 
Mas isto vai deixar marcas. Para começar, Zelensky cederá a Trump o que já tinha cedido a Starmer. Macron, sentir-se-á despeitado, ainda mais que o britânico, já que nunca foi sequer convidado para comer tal bolo. 
Meloni já disse que jamais enviaria soldados e Merz…bom que pode ele dizer? Ainda nem tomou posse e certamente sentiu-se feliz por Scholz ter de fazer o seu último passeio dos tristes, papel idêntico aliás, ao de Trudeau. 
E assim, até a «famosa» proposta de paz europeia (com o Canadá a bordo) se desfez em fumo antes mesmo de ser apresentada a Trump que, de qualquer forma, nunca lhe ligaria nenhuma."