sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

A ética deve matar a democracia?

Pedro Tadeu 


"Marques Mendes já é candidato pelo PSD, Vitorino ou Seguro podem sê-lo pelo PS.

Marques Mendes e António José Seguro, que têm falado bastante, fazem da ética uma das suas bandeiras. António Vitorino, que se mantém calado, tem nesta frente um notório rabo de palha, pois demitiu-se em 1997 do Governo de António Guterres por uma falha ética ao não ter declarado corretamente o valor da compra de um monte em Almodôvar, para não pagar uma parte ou a totalidade de um imposto que existia na época, a Sisa.

Porém, as ideias já expostas por Seguro e Mendes nesta matéria da ética, muito semelhantes, são um susto: aparentemente os dois, muito indignados por o deputado Miguel Arruda, suspeito de roubar malas em aeroportos, estar ainda em funções na Assembleia da República, querem arranjar forma de deputados indiciados de crimes poderem serem expulsos do Parlamento.

Isto é um caminho para que, através de acusações anónimas entregues no Ministério Público - que tem a obrigação de as investigar -, qualquer mal-intencionado possa arranjar maneira de colocar sob suspeita um deputado.

Se a isto acrescentarmos a proverbial demora da Justiça, as clássicas violações de segredo de justiça, o inevitável profuso noticiário sobre o assunto, o tradicional descontrolo irracional da classe política neste tipo de situações e as possíveis asneiras da investigação, teremos o Parlamento a facilitar operações de saneamento por motivos políticos em vez de intervenções reais de “limpeza” do hemiciclo da frequência de criminosos.

A consequência de tal medida seria piorar a ética na política por se abrir a porta a uma fácil e eficaz utilização da Justiça para fins políticos, o que é mesmo antiético.

Como não vejo maneira de uma medida desse tipo ser imune a manipulação, prefiro levar com Miguel Arruda no Parlamento do que debilitar gravemente a liberdade política de todos os deputados.

Seguro e Mendes propõem, assim, uma medida antidemocrática para salvar a democracia. E não é a única: Seguro quer que a votação dos Orçamentos do Estado na AR não os inviabilize, tornando o seu debate pluripartidário objetivamente inútil, e Mendes quer tornar obrigatório (foi o que se percebeu no seu discurso de lançamento de candidatura) que os partidos tenham uma Comissão de Ética, não deixando que cada formação política decida livremente como deve organizar-se.

Ter candidatos presidenciais do PSD e PS que acham que a falta de ética na política se resolve com degradação da democracia é um lamentável sinal de falta de bom senso político - e estou a ser o mais comedido que me é possível."

Autarcas figueirenses não entendem veto do Presidente da República

O Presidente da República decidiu devolver à Assembleia da República, sem promulgação, o diploma que procedia à reposição de freguesias agregadas pela Lei n.º 1-A/2013, de 28 de janeiro.
Na mensagem enviada ao Parlamento, o Presidente da República refere três dúvidas sobre o diploma, solicitando que o reaprecie.
A primeira é relativa à reversão parcial da reforma de 2013, iniciada em 2011, e ao facto de ser contraditória com a linha dominante, inspirada pelas instituições europeias, de um envolvimento das autoridades locais num novo modelo multinível de governança; a segunda dúvida tem ver com a falta de compreensão ou transparência pública do processo legislativo, os seus avanços e recuos, as suas contradições, as hesitações e sucessivas posições partidárias, a inclusão e a exclusão de freguesias, e, sobretudo, o respeito rigoroso dos requisitos técnico-legais a preencher, para ser possível a desagregação; a terceira, e decisiva, é sobre a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa já às eleições autárquicas de setembro ou outubro deste ano, daqui a pouco mais de seis meses.
Na Figueira da Foz, o processo de Ferreira-a-Nova para a restituição da autonomia administrativa da antiga freguesia de Santana foi o primeiro a ser aprovado pelo grupo de trabalho da AR. Nos últimos dias que antecederam a votação, foi incluída, também, a desagregação de Buarcos e São Julião e Brenha de Alhadas.
Imagem via Diário as Beiras
Luis Medina e Silva, autarca nas Alhadas e o grande impulsionador do Movimento Brenha a Freguesia dirigiu sobre este assunto uma 
CARTA ABERTA AO EXMº PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA. Para ler clicar aqui.

Tudo sobre a Clássica Figueira Champions

A edição de hoje do Diário as Beiras, inclui um suplemento especial onde encontra tudo sobre a festa do ciclismo que vai tomar conta do concelho da Figueira da Foz, neste fim de semana, com destaque para a Clássica UCI de domingo.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Presidente da Câmara de Coimbra acusado de peculato e falsificação de documento

Ao DN, José Manuel Silva garante que esta acusação do MP não trava a sua recandidatura e diz-se alvo de "uma campanha de claras motivações políticas".
A acusação pode colocar em causa a recandidatura José Manuel Silva com o apoio do PSD que na sua orientação política para as autárquicas “não vai permitir” candidatos autárquicos “acusados” pela justiça. A direção do PSD exige dos seus candidatos, e das estruturas do partido, compromissos com a “transparência e integridade” e “idoneidade e ética” sublinhando que a “sua atuação” terá que ser “norteada pela legalidade e rigor” e “pautando-se pela transparência em todas as suas decisões”
José Manuel Silva, em declarações ao DN, confirma que já informou o PSD da "acusação". Será candidato a presidente de câmara? "Sim, serei". Com apoio do PSD? "O PSD dirá o que entender quando o entender"
Esta acusação ao Presidente da Câmara de Coimbra, agora conhecida, que foi motivada por uma “denúncia anónima,” é, segundo o próprio, um processo “que não tem fundamento jurídico válido”
A informação foi revelada pelo próprio autarca num artigo de opinião publicado no Diário de Coimbra e previamente comunicada ao PSD.

A hipocrisia, tal como a mentira, tem perna curta


OUTRA MARGEM: 19 de abril de 2020. O bolo de 15 milhões e o jornalismo "não domesticado"...

"O BE pediu apoios de 15 milhões de euros para a comunicação social. 

A proposta dos bloquistas foi apresentada como um desafio ao Governo."
O BE pediu...
"E o Governo investiu 15 milhões de euros em publicidade institucional para apoiar comunicação social."
No fundo vai ser isto: "o Governo vai gastar 15 milhões de euros em publicidade institucional. A verba poderá começar a chegar aos órgãos de comunicação social ainda durante o mês de abril e traduz a prometida ajuda pública à imprensa, rádio e televisão". 
Traduzindo: os portugueses vão dar 15 milhões de euros à Comunicação Social. E a RTP e a Lusa ficaram de fora deste bolo.
Admitindo que o BE teve preocupações com a qualidade da informação a que os portugueses têm direito - os portugueses têm direito a mais que o facebook, pois o facebook é apenas o facebook... - e que numa sociadede culta, exigente e democrática, é fundamental haver  uma Comunicação Social livre e isenta, feita por jornalistas competentes, fica-me uma interrogação: quais são e onde estão esses órgãos de Comunicação Social? 
De acordo com a ministra da Cultura Graça Fonseca , esta verba representa o triplo do que estava previsto no Orçamento do Estado para 2020

É assim, atirando diheiro para cima do problema, que o poder, “mais do que apoiar os órgãos de comunicação social, tem como desígnio principal, defender um jornalismo livre, independente e plural”?
Uma “comunicação social” domesticada servirá de pouco aos que pagaram a factura dos 15 milhões: os portugueses... 

Baixo Mondego, região de milho

 Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

PSD aprova apoio à candidatura de Santana Lopes à Figueira da Foz

Via
RTP: "a Comissão Política Nacional (CPN) do PSD aprovou hoje o apoio à recandidatura do ex-líder do partido Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A direção do PSD homologou hoje 57 candidatos a Câmaras Municipais, informou o partido em comunicado. “Destas escolhas, destaque para o regresso de Pedro Santana Lopes a candidaturas do PSD, num sinal claro de unidade e agregação. O PSD privilegia a escolha dos melhores candidatos e projetos em cada localidade”, refere o partido. 
Esta será a primeira vez que Pedro Santana Lopes concorrerá com o apoio do PSD desde que deixou o partido em 2018, depois de o ter liderado entre 2004 e 2005, altura em que foi também primeiro-ministro. 
A CPN é o órgão que, no PSD, tem a competência estatutária para homologar candidaturas aprovadas pelas distritais e propostas pelas concelhias."
Entretanto, no Figueira na HoraBruno Reis afirma que Santana Lopes «(re)candidata-se à Câmara pelo FAP, uma decisão que surge “sob o manto ancestral da nossa tradição democrática e com o olhar firme no horizonte”. “Embora muito tenha sido alcançado no presente mandato, a jornada rumo à excelência continua, liderada pelo presidente Pedro Santana Lopes, garantindo a revitalização da nossa bonita cidade, a Figueira da Foz, um tesouro que merece ser exaltado”, refere o líder do movimento FAP, adiantando que “desta vez contamos com o apoio do PSD e de todas as forças políticas e cívicas que partilhem desta visão”.

Porque é que tanta gente no PS odeia António José Seguro?

"Quando alguém com o peso de Augusto Santos Silva diz que António José Seguro “não cumpre os requisitos mínimos” para ser candidato do PS à Presidência da República, não estamos perante meras críticas de um adversário político. Não cumprir os “requisitos mínimos” é insulto máximo; é recusar a um ex-secretário-geral do PS uma existência política para além da junta de freguesia; é o que se diz a um miúdo que não tem idade para entrar na discoteca ou conduzir um carro. As palavras de Santos Silva são uma tentativa brutal de exterminar uma candidatura antes de ela nascer e uma manifestação de ódio profundo à figura de António José Seguro. A grande questão é: porquê?.."
Quer saber? Tem de ler a edição de hoje do Público.

"Município quer dar mais espaço à mobilidade suave"

Via Diário as Beiras

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Foi reparada uma injustiça que durava há 42 anos: a integração na toponímia figueirense do nome do Poeta Joaquim Namorado

Em reunião realizada pelas 17 horas, hoje, dia 10 de Janeiro de 2025, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Figueira da Foz, a Comissão Municipal de Toponímia decidiu atribuir o nome de "Rotunda Poeta Joaquim Namorado",  à rotunda que fica situada junto ao Posto de Saúde Buarcos.
Joaquim Namorado e Guilhermina Namorado no dia do seu casamento. Coimbra, 1942.

Joaquim Namorado viveu entre 1914 e 1986. Nasceu em Alter do Chão, Alentejo, em 30 de Junho. Joaquim Namorado, em vida teve uma Homenagem. Tal aconteceu nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983. Por iniciativa do jornal barca nova, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem, que constituiu um acontecimento nacional de relevante envergadura, onde participaram vultos eminentes da cultura e da democracia portuguesa.

A integração na toponímia figueirense do nome do Poeta 

Chegou a ser aprovada a atribuição do seu nome a uma praceta, mas hoje o nome que lá está é outro - o de Madalena Perdigão.
Muitos anos depois, no passado 30 de junho de 2014, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, na inauguração de uma mostra bibliográfica comemorativa do centenário de nascimento de poeta, o escritor e professor Joaquim Namorado, o vereador da Cultura de então, dr. António Tavares, verificando a injustiça (mais uma...) que estava a ser cometida, prometeu vir a dar finalmente o nome de Joaquim Namorado à toponímia figueirense - o que só hoje se concretizou
Por iniciativa de Santana Lopes, a Câmara da Figueira reparou uma injustiça que durava desde Janeiro de 1983. Para o desfecho positivo da resolução deste assunto, fica o registo da preciosa colaboração da Junta de Freguesia de Buarcos e do vereador do Pelouro Manuel Domingues.

Em breve Vitorino anunciará o que toda a gente já espera: que não será candidato a Presidente da República

 O candidato que o PS vai apoiar é Seguro. Ou ainda é preciso fazer um desenho?



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Autarcas reclamam a reposição das antigas delimitações

 Via Diário as Beiras


sábado, 8 de fevereiro de 2025

Registe-se...

Imagem daqui

Sabemos que a Maria Teresa Horta era Comunista.
Sabemos que a Maria Teresa Horta era Poeta.
Sabemos que Maria Teresa Horta era Mulher.
O que não sabemos é se a Maria Teresa Horta alguma vez apareceu em público com uma mala que lhe despertasse entusiasmo!..