Via Diário as Beiras
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
Depois da propaganda a realidade...
- regista Alfredo Barroso, depois de ler e ouvir 'betos' já crescidinhos, peneirentos e "colunistas", de jornais e TV's que já foram de referência» |
Lembram-se da algazarra da direita nos últimos oito anos ao fazer a comparação do fraco crescimento económico português com o dos países de leste?
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
"A barra da Figueira vai de mal a pior. Esta administração do porto última, muito pior que as outras, tem sido uma verdadeira nódoa".
Armador da Figueira da Foz exige obras na barra e demissão da Administração do porto.
«Num texto publicado na rede social Facebook, António Lé, antigo presidente da cooperativa de produtores Centro Litoral e o maior armador português da pesca do cerco, afirmou que o que acontece na barra da Figueira da Foz – considerada perigosa para os barcos de pesca e de recreio, pela acumulação de areia e orientação de entrada e saída, para sudoeste, que faz com que a ondulação de noroeste embata de lado nas embarcações – “é um atropelo ao direito à vida que tem cada indivíduo”.
As críticas de António Lé estenderam-se à Administração portuária conjunta dos portos de Aveiro e da Figueira da Foz, que acusa de nada fazer para garantir a segurança dos pescadores na barra.
“Administradores do Porto de Aveiro e Figueira da Foz tenham vergonha e vão-se embora antes que sejam forçados”, vincou, no texto, António Lé, acusando ainda a classe política nacional de estar alheada da situação vivida na barra da Figueira da Foz.
“A classe política anda toda muito entretida a magicar acordos e arranjos de governação (…) Pergunto-me para quê? Para quem querem estes tipos governar? Para um pelotão de condenados que nem sequer têm direito a auxílio numa situação de perigo? Quando um cidadão, ou uma classe profissional, são deixados entregues a si mesmos numa situação limite, algo está por definição errado na palavra país”, argumentou.
Ouvido pela agência Lusa, o armador da Figueira da Foz reiterou as críticas à administração portuária, mas também à classe política, argumentando que o texto por si publicado é “um grito de revolta e é um ultimato” aos representantes do Estado.
“Cuidado, queremos ter aqui as altas individualidades que representam o país, nomeadamente o Presidente da República, o senhor primeiro-ministro e os ministros num contexto de festa, num contexto de celebração de qualquer coisa de bom para a nossa cidade. Nunca mais cá venham no contexto da Virgem Dolorosa [o naufrágio ao largo da Marinha Grande que, em Julho, provocou seis mortos] ou no contexto das outras pessoas que perderam a vida à entrada da barra, por falta de segurança [como no naufrágio do arrastão Olívia Ribau, que resultou em cinco mortos, em 2015] ou incompetência das administrações sucessivas da Administração portuária”, enfatizou o armador.
António Lé, referiu-se, nomeadamente, à actual Administração dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz “que tem sido a pior de todos os tempos”.
“Aveiro e Figueira têm tratamentos completamente diferentes. E a Figueira da Foz tem de ser vista como um porto seguro, não um inseguro que afasta qualquer tipo de negócio ou possibilidade de negócio. Mas, mais importante, a Figueira é um porto integrado, não é só de pesca, nem só comercial e de recreio, tem as três vertentes e tem de ter segurança”, aduziu.
Questionado se a actual configuração do porto privilegia a segurança dos navios cargueiros de maiores dimensões, em detrimento das embarcações de pesca e de recreio, António Lé afirmou que a insegurança é para todos.
“Ainda não tivemos foi a infelicidade de haver uma falha mecânica qualquer [num cargueiro] porque, em termos de resistência, será muito mais difícil tombar um grande do que um pequeno. Tombando [um grande] teremos percas materiais e não humanas, nos outros [de pesca e recreio] teremos perdas humanas e a vida humana não tem preço”, argumentou o armador.
A Lusa tentou ouvir Nuno Lé, presidente da cooperativa Centro Litoral, que representa os armadores desta região, mas os contactos resultaram infrutíferos.
Já fonte da Administração dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz remeteu uma reacção para um comunicado a divulgar mais tarde.»
Na Antena 1, no programa Portugal em directo, António Lé proferiu as seguintes declarações:
O isolamento da classe política e o rumo ao caos
Para o jornal Público, Montenegro fez “mau cálculo político” ao não revelar reuniões com Ventura.
António Capucho, antigo ministro de Cavaco Silva: “André Ventura iria inventar qualquer pretexto e criar todos os incidentes possíveis e imaginários” para “conseguir atenção mediática dia sim, dia sim, e ser entrevistado todos os dias nas televisões”.
Ferreira Costa, politólogo: se o Governo insistir em manter um diálogo com o Chega, passará a ideia de que “está a fazer tudo para se manter no poder” — o primeiro-ministro “não se pode colocar numa posição em que fica prisioneiro de um partido com uma estratégia assente na sobrevivência política e na tentativa de se manter na ordem do dia”.
Nota de rodapé.
Em Portugal, temos uma a classe política que vive numa redoma. Entregue a si mesma, às suas conversas e encontros, no isolamento das suas mordomias. A vida do cidadão comum, que anda em transportes colectivos, anda na rua, sente regularmente um local de trabalho colectivo ou um mercado, passa-lhes ao lado. A política em Portugal tornou-se um misto de palavras e intrigas. Sobrevivem os piores. A falta de diálogo que se está a acentuar entre as cúpulas partidárias resulta as mais das vezes, de tricas, questões e rivalidades puramente pessoais. A mediocracia (expressão criada por Balzac para designar “nova classe política burguesa”) é dominante no espaço político. Desde o 25 de Abril tivemos políticos e técnicos capazes, que a revolução cilindrou. E como o rumo dos acontecimentos não vai mudar, teremos mais políticos incompetentes, e caminharemos para uma sociedade cada vez mais cruel e desumana.
Isto continua a prometer. E muito...
Via Diário as Beiras
António Guterres é mesmo um cobarde?
terça-feira, 15 de outubro de 2024
50 anos depois interrogo-me: o 25 de Abril de 1974 foi uma "revolução" ou um "milagre"?
Na data histórica do 25 de Abril de 1974, um golpe militar desencadeado por um setor mais ativo e consciente de umas Forças Armadas física e moralmente exaustas com 13 anos de uma Guerra Colonial sem fim à vista, que não fosse o da derrota face aos movimentos de libertação das colónias africanas, derrubou uma longa ditadura de 48 anos e devolveu ao País a liberdade e uma esperança no futuro.
No dia 25 de abril de 1974 tinha 20 anos de idade. Vivia na Cova e Gala, uma Aldeia bisonha, cinzenta, deprimida e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto, incluindo as que me estavam mais próximas. O preto era a cor das suas vidas. A minha avó Carmina Pereira, Mãe do meu Pai, viúva de um pescador do bacalhau, desde a década de sessenta que vestia de preto. A minha avó Rosa Maia, Mãe da minha Mãe, viúva de um combatente da I Guerra Mundial, vestia de preto desde 1928. A minha Mãe, ficou viúva a 6 de Junho de 1974. Passou, logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, a vestir de preto até 14 de Julho de 2015, dia em que morreu.
O preto era a cor das nossas vidas.
Há 50 anos Portugal era diferente! Havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado, licença para poder usar isqueiro...
E havia medo, muito medo.
A ditadura castra e oprime, bloqueia o pensamento e impede que se escolha.
50 anos depois daquele “dia inicial inteiro e limpo”, em Outubro de 2024, vejo o óbvio: o 25 de Abril de 1974 foi mais do que a "revolução possível" - foi um "milagre".
Ricardo Salgado começou hoje a ser julgado em Lisboa com outros 17 arguidos (incluindo três empresas) acusados de um total de 276 crimes.
Percebem agora porque é que em 1975 os bancos foram nacionalizados?
Para não serem roubados por dentro.
A 30 de Abril de 1974, à saída de uma reunião com Spínola, em que o presidente da Junta de Salvação Nacional discute o programa do MFA com os maiores capitalistas portugueses da época, António Champalimaud felicita «todos os que estiveram na base da gloriosa arrancada – o 25 de Abril de 1974». Além de Champalimaud, estão presentes José Manuel de Mello, Manuel Ricardo Espírito Santo, Miguel Quina (o banqueiro portuense do Borges e Irmão). Champalimaud recorda o regime caído há cinco dias e como este «limitava drasticamente a capacidade de acção dos homens de iniciativa» (Filipe Fernandes, Fortunas & Negócios, empresários portugueses do século XX, 2003). Como já sabemos, este antifascismo foi de pouca dura e, para defender as suas posses, Champalimaud e todos os outros passaram-se para a conspiração anti-democrática.
Eram os homens mais ricos de Portugal na queda do Estado Novo e voltaram a sê-lo no fim da vida, beneficiando do processo de privatizações ...
50 anos depois daquele “dia inicial inteiro e limpo”, em Outubro de 2024, o óbvio está à vista: o 25 de Abril de 1974 foi mais do que a "Revolução possível" - foi mesmo um "milagre".
Dez anos depois arranca o julgamento do caso BES
Ricardo Salgado é o principal rosto dos arguidos, que hoje se debate com a doença de Alzheimer, segundo os relatórios médicos apresentados pela defesa
Ricardo Salgado, era chamado, com fascínio e algum temor, "dono disto tudo", uma alusão direta a DDT, o veneno. Hoje, é mais o "devedor disto tudo": 8,3 mil milhões de euros.
ACUSAÇÃO MP calcula em 18 mil milhões as perdas por crimes associados à derrocada do grupo. No megaprocesso que começa hoje a ser julgado são apontados prejuízos acima dos 11,8 mil milhões. Em causa mais de 300 crimes que envolvem 18 arguidos. Salgado é o principal arguido.
Juíza do BES diz que Salgado tem de ser julgado, mesmo que depois fique em liberdade. Interesse público e pacificação social justificam submissão a julgamento de arguido que padece de Alzheimer, e lei permite-o, justifica magistrada.
A Filipa e o João celebraram o amor
Foto: DIÁRIO AS BEIRAS |
No limite, é um acto revolucionário.
Existe no amar algo que pode transformar a sociedade e cada um de nós.
Quem ama troca a segurança e o bem estar pelo gesto assertivo.
Com isso a vida ganha cor.
A existência, antes vazia, passa a ser preenchida com a excitação dos riscos, mas também das recompensas.
«João e Filipa Gomes casaram, no último sábado de setembro, no Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, devido ao internamento de João por doença prolongada. João Góis tem um cancro raro em estado muito avançado associado a Síndrome de Lynch.
O casal é da Mealhada e tem um filho com menos de um ano.
“O casamento era um objetivo na nossa vida, mas, infelizmente, a doença do João trouxe-nos a um patamar em que já não poderíamos fazer muita coisa. Em conversas um com o outro decidimos concretizar este desejo enorme”», contou, ao DIÁRIO AS BEIRAS, Filipa Gomes no passado dia 10.
O medo e a felicidade, ganham significado onde antes só existia o comodismo.
Porventura, descobre-se um rumo onde antes reinava a desorientação e a alienação.
O amor pode mover montanhas, por ser um sentimento que devolve significado à existência.
Colectiva e de cada um de nós.
O amor, é determinante nas vidas de todos nós.
Para muitos de nós, diria que é a mola real que nos faz mover.
E o amor só pode ser entendido em toda a sua dimensão.
Há dias em que nos apetece uma história bonita e romântica.
Todavia, nem todas as histórias de amor têm finais normais e, muito menos, fáceis.
«João Góis, que casou no final de setembro nos Cuidados Paliativos do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, faleceu.
O jovem natural do concelho da Mealhada era vítima de cancro raro em estado muito avançado associado a Síndrome de Lynch e, uma semana depois de ter casado com a mulher, Filipa Gomes, faleceu. João Góis era mestre da Escola de Samba Real Imperatriz e, em conjunto com a mulher, eram pais de um bebé com menos de um ano.
O funeral realiza-se na quarta-feira, às 16H00, na Igreja da Mealhada, onde o corpo chegará por volta das 13H00», pode ler-se hoje no DIÁRIO AS BEIRAS.
O amor está tão banalizado nos dias que vivemos, que são histórias como esta que o elevam e nos fazem sentir frágeis, vulneráveis e humanos.
Como escreveu o Pedro Rodrigues, "o amor celebra-se todos os dias. O amor celebra-se a todos os momentos, em todos os gestos - mesmo nos mais pequenos. Aliás, mais nos mais pequenos. Amar implica uma continuidade. Amar e ser amado obriga-nos a darmos o nosso melhor constantemente. Obriga-nos a estarmos atentos. Obriga-nos a construir, todos os dias, uma base para o futuro. Não o marquem com uma cruz no calendário para o celebrarem de ano a ano. Acreditem no amor. Cultivem o amor. Colham os frutos desse amor. Não hoje, não amanhã, mas sempre. Sejam os melhores para quem amam: todos os dias, a todas as horas.
Não se esqueçam de celebrar o vosso amor."
Foi o que fizeram a Filipa e o João.
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
OE: quando Pedro Nuno Santos se atirou para uma armadilha
«Serão os mesmos que pediram “responsabilidade” a Pedro Nuno Santos a falar dos seus ziguezagues e falta de clareza. Acham que, em negociações, não se avança e recua. E que se pode ser claro quando se gere uma derrota anunciada. Esta nunca poderia ser uma verdadeira negociação, porque duas forças só negoceiam quando as duas têm alguma coisa a perder. E, a Montenegro, tanto dava ter um OE com cedências mínimas como ir a eleições. Só precisava de gerir a responsabilização do PS, no que, ainda por cima, sabia contar com a ajuda de boa parte do aparelho mediático e dos derrotados internos do partido.
Câmara da Figueira da Foz, em sessão da assembleia municipal extraordinária rejeita suspeições sobre unidade de biocombustíveis (II)
Isto só lá vai com um detector de mentiras!
Segundo o que Marques Mendes comentou, nesta novela de quem mente com mais dentes, se o Montenegro, se o Ventura, é palavra contra palavra, só se pode desempatar indo lá pela credibilidade.
Ficamos na mesma...
A meu ver, isto só lá vai com um detector de mentiras.
Iria ter um share de audiências nunca visto em televisão...
Irreversível estreia hoje às 21h00, na RTP1
Via Município da Figueira da Foz
Uma psicóloga atormentada, Júlia Mendes, e um inspetor determinado, Pedro Sousa, unem-se para resolver um homicídio brutal de uma jovem rapariga numa cidade costeira.