quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Portugal é o terceiro país europeu que perdeu mais ferrovia: 460 quilómetros

Porque é preciso continuar a "manter o foco".
Ainda a propósito do livro "O primeiro-ministro e a arte de governar" do, "desde incompreendido a odiado, pela esquerda, Cavaco Silva"... 

Via Jornal Público

"A rede ferroviária portuguesa diminuiu 18% entre 1995 e 2018 – o terceiro maior declínio entre um grupo de países que inclui a União Europeia a 27, o Reino Unido, Noruega e a Suíça, analisados num estudo divulgado nesta terça-feira pela organização ambientalista Greenpeace. No mesmo período, a rede rodoviária em Portugal cresceu 2378 km no mesmo período, ou seja, 346% – estamos também em terceiro lugar, mas entre os países em que o número de estradas mais aumentou.

Estudo da Greenpeace mostra que Portugal investiu mais do triplo na construção de estradas, entre 1995 e 2018, do que na ferrovia. Mais de 100 mil pessoas perderam acesso a comboios."

terça-feira, 19 de setembro de 2023

"Olhando para os anos 70, foi desemprego e greves, seguidos de Reagan e Thatcher. Veremos no que dá desta vez..."

Um projecto para rasgar horizontes

 Via Diário as Beiras

Para ver melhor clicar na imagem

Da série "porque o foco é preciso": leiam Viriato Soromenho Marques

 "O impacto da guerra na Alemanha"

"Numa das suas numerosas intervenções infelizes, a MNE alemã, Annalena Baerbock, afirmou que a Alemanha está em guerra com a Rússia. Como sempre aqui tenho escrito, atravessamos o período mais perigoso desde o final da II Guerra Mundial. Pessoas como a MNE alemã, que pisam o gelo fino aos pulos, colocam-nos a todos nós em risco. Elas representam a crescente iliteracia e baixa decência dos titulares de cargos públicos nas nossas democracias.

As consequências disto para o resto da Europa e Portugal são imensas. Berlim já afirmou que o seu contributo para o orçamento da UE terá de ser reavaliado em baixa. Se a guerra durar até às próximas eleições federais (setembro de 2025), crescem as probabilidades de os nacionalistas liderarem a chancelaria junto ao Spree. O projeto europeu, no qual Lisboa apostou couro e cabelo, terá fortes possibilidades de começar a ser desmantelado a partir de Berlim, antecipando a viragem nacionalista francesa em 2027."

O melhor mesmo, porém, é ler o texto todo.
Talvez aprendam alguma coisa. 
E é tão fácil: basta clicar aqui.

Da série, "porque o foco é preciso": a história humana é a história pela libertação de todas as formas de opressão e exploração

"A União Europeia contra a História"...
Para ler clicar aqui. 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Nepaleses partilham cultura com a comunidade marinhense

 


Via Diário as Beiras

"A comunidade nepalesa celebrou, ontem, na Marinha das Ondas, as festividades Teej, tradição dos hindus na qual as mulheres celebram a felicidade do casamento, a prosperidade e os valores da família. O evento, que se realizou no pavilhão desportivo de uma coletividade da vila e sede da freguesia, juntou dezenas de pessoas de diferentes nacionalidades e religiões, incluindo marinhenses.

Os nepaleses são a maior comunidade de imigrantes residentes naquela freguesia da margem Sul da Figueira da Foz, maioritariamente asiáticos. Neste momento, mais de 20 por cento da população local são estrangeiros, que ali trabalham e vivem, sobretudo na indústria.
Muitos dos primeiros a chegar, vindos da Ásia, começaram a trabalhar em explorações agrícolas do Alentejo e do Algarve, acabando por optar por trabalhar em unidades industriais da Marinha das Ondas, que se debatem com falta de mão de obra. Entretanto, vem sendo feito o reagrupamento familiar. Neste momento, cerca de uma centena de crianças nepalesas frequentam escolas do concelho."

O eterno Cavaco

Porque "o foco é preciso."

«Não vou ler. Cavaco é maçador, não tem autoridade política e moral para ensinar a governar para o futuro e só tem um desígnio: alimentar o seu ego. Mas interessam-me as consequências destas aparições para uma direita encalhada em personagens do passado. Passos ainda pode fazer alguma coisa por ela. Cavaco só sublinha a confrangedora ausência de futuro no PSD

Quando o ainda relativamente jovem Paulo Portas garantia, como coisa definitiva, que nunca faria política na vida, declarou.

 “Acho injusto comparar o Dr. Cavaco ao Dr. Salazar. Injusto para o Dr. Salazar em muitas coisas. O Dr. Cavaco não é democrata nem deixa de ser. O Dr. Salazar era voluntariamente antidemocrático. Ou seja, tinha preocupações e pensamento político, o Dr. Cavaco não tem. O Dr. Salazar escrevia admiravelmente e era um cínico como não se repete na vida política portuguesa. E o Dr. Cavaco não escreve nem fala nada de especial, é mesmo muito maçador, e também não é tão cínico. Está longe desse ‘refinement’ no exercício do poder.” 

Perante a pergunta “então porque ganha eleições?”, o jornalista conservador respondeu: “pensões e autoestradas”

Daniel Oliveira.

Para ler na íntegra clicar aqui.

«... “isto acontece desde que fizeram as obras” de requalificação na frente marítima de Buarcos»...

 Via Diário as Beiras


Ao contrário de Cavaco, "muitas vezes me engano e cada vez tenho mais dúvidas"...

Nunca tive qualquer espécie de simpatia pelo político Cavaco SilvaPor muitas razões, em geral. E, também, por muitas razões, em particular, que só a mim me dizem respeito.
Cavaco em 1987. Foto sacada daqui

Em 15 de Fevereiro do corrente ano de 2023,  o “mito Cavaco” esteve na nossa cidade  a convite da Misericórdia - Obra da Figueira. Na ocasião, «o ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva questionou o gasto de “milhares de milhões” de euros em Portugal em projetos de rentabilidade social “muito discutível”, quando são necessários noutros domínios “para minorar o sofrimento” da população mais carenciada. Questionado, na altura, pela agência Lusa sobre os projetos referidos, Cavaco Silva escusou-se a enumerá-los e prestar mais declarações, justificando a sua posição com a “muito perigosa” situação política do país.
“Eu tenho sido muito solicitado para falar sobre a situação política do nosso país. Mas considero que, da minha parte, não é tempo de falar, porque considero que a nossa situação política é, neste momento, muito perigosa e eu não quero atirar achas para a fogueira”, frisou Cavaco Silva.
“Por isso, peço-lhe desculpa em não acrescentar mais nada do que aquilo que há pouco disse naquele microfone”, sublinhou na altura.»

Este, é o Cavaco Silva de sempre. Recuando no tempo, verificamos que "muitas das ideias feitas em torno de Cavaco Silva são falsas e o seu prestígio frequentemente fundado na falta de memória."
Refresquemos um pouco a memória.
"Aníbal Cavaco Silva conquistou duas maiorias absolutas consecutivas em eleições legislativas e exerceu funções como Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995." Antes,  "exerceu funções como ministro das Finanças e do Plano (1980–1981) do VI Governo Constitucional, chefiado por Francisco Sá Carneiro. Entre 2006 e 2016 foi Presidente da República.
Em 1983, PS e PSD coligaram-se para levar a cabo políticas necessárias para cumprir os requisitos para a adesão à então CEE e, ao mesmo tempo, sanear as contas públicas. A coligação improvável serviu para tornar possível medidas de austeridade, garantindo, simultaneamente, que a sua impopularidade não encontraria eco na disputa político-partidária. E o que fez então Cavaco Silva?"
Em 1985, veio fazer a rodagem do seu carro à Figueira da Foz, tendo sido eleito líder do PSD, baseado numa plataforma que fazia do combate demagógico ao Bloco Central a principal bandeira. 
Sublinhe-se: "o Cavaco Silva que sempre se  apresentou  como o maior defensor do rigor e da austeridade, ascendeu ao poder surfando a onda da impopularidade do Bloco Central.
O Governo tomava medidas difíceis, mas que hoje ninguém hesita em classificar de absolutamente necessárias. Cavaco Silva aproveitou a impopularidade do Governo para trepar os primeiros degraus do poder."

Ganhas as eleições de 1985, ficaram patentes algumas das características que já eram visíveis, para os mais atentos, na sua acção política. 
Em primeiro lugar, "a ideia de que não era um político e que se encontrava fora do sistema. Algo de espantoso para alguém que ao longo da sua vida o que fez foi essencialmente política."
A saber: quando Pinto Balsemão era primeiro-ministro, foi um dos principais instigadores da oposição interna no PSD; antes já tinha sido Ministro das Finanças e viria a ser Primeiro-Ministro por uma década e candidato derrotado à Presidência da República. Depois foi Presidente da República durante 10 anos.
Contudo, continua a querer passar  ser essencialmente um Professor, alguém que está acima da disputa partidária. "Insiste em ser o político anti-classe política."
Lembram-se do célebre  artigo sobre a boa e a má moeda, publicado nas vésperas da queda do Governo Santana Lopes?
Na altura, "toda a gente se apressou a dar cobertura à tese da suposta degradação da classe política, por contraponto a um momento anterior (terá sido o dos memoráveis elencos governativos de Cavaco Silva?)."
Porventura, porém, "o aspecto mais característico da sua acção como primeiro-ministro foi a aplicação, em Portugal, do que é chamado de “efeito Bismarck”. O princípio é simples. Otto von Bismarck, enquanto primeiro-ministro da Prússia, na segunda metade do século XIX, tinha dois grandes objectivos: o primeiro era a unificação de uma nação, no caso a Alemanha, e o segundo era contrariar o poder crescente do movimento social-democrata. O que o chanceler Bismarck fez para responder a este duplo problema foi aplicar o que se tornaria uma solução politicamente popular entre os líderes de perfil autocrático.
O “efeito Bismarck” consiste, no essencial, na conjugação de dois tipos de medidas políticas. Um primeiro que visa a fidelização dos agentes da administração pública ao poder político e que assenta na criação de situações de privilégio relativo dos funcionários públicos em termos de vínculo laboral e de protecção na reforma; e um segundo que passa por generalizar a protecção social, com um perfil conservador e fora de uma lógica emancipatória, como forma de esvaziar, ainda que com propósitos diferentes, o caderno reivindicativo do movimento social-democrata. O resultado destas medidas é historicamente a criação de um modelo de Estado Providência de perfil corporativo e conservador.
O que Cavaco Silva fez enquanto primeiro-ministro foi precisamente isto. Vivia-se um contexto de algum desafogo financeiro, o país beneficiava da alavanca de desenvolvimento do primeiro Pacote Delors e o Governo optou por apostar no desenvolvimento do “monstro voraz”. Fê-lo através da criação de um conjunto de regalias para a administração pública que, a prazo, se têm tornado financeiramente insustentáveis e socialmente iníquas (à cabeça a promoção automática das carreiras, que por si só representa uma parcela muito importante do aumento da despesa com remunerações). Ao mesmo tempo que se aumentou a dimensão social do Estado, sem cuidar da sua modernização – por exemplo, aumentaram-se as pensões sem que houvesse uma preocupação de aumentar a justiça interna ao sistema de pensões."
Afinal quem é o "Pai" do "Monstro"?
Com a recuperação subliminar da ideia autoritária de que não era um político, herdando algum desafogo financeiro consequência das medidas difíceis tomadas durante o Bloco Central e dos fundos comunitários, Cavaco Silva, para ganhar eleições, limitou-se a aplicar uma fórmula conhecida: aumentou, de modo perverso, as regalias dos funcionários públicos e a dimensão social do Estado. No fundo, utilizou a táctica já experimentada cem anos antes por Bismarck, na Alemanha. O resultado só poderia ser a criação de um Estado que é um “monstro”, não tanto pelo que gasta, mas pelos obstáculos corporativos que cria e que dificultam a sua reforma e adequação a novos contextos. Que, mesmo assim, Cavaco Silva tenha construído a imagem de alguém que tomou medidas difíceis não deixa de ser espantoso. Afinal, o que fez foi governar do modo mais fácil, mas que é também aquele que deixa herança mais pesada no médio-prazo."
Foto: Nuno Fiox

Passaram 7 meses sobre a mais recente viagem da Cavaco à Figueira.
Um dia destes lançou um livro. Mais um. 
Como a vida é feita de opções e o tempo e o dinheiro, para mim, são bens escassos, qualquer livro de Cavaco entra no rol dos que nunca lerei.
Por isso, comento apenas uma afirmação que terá proferido na apresentação do livro: Cavaco terá dito que uma remodelação do governo é a «tarefa mais difícil» de um primeiro-ministro.
Confesso, mais uma vez, a minha ignorância e a minha incapacidade política.
Talvez por continuar a ser ingénuo, penso que ser primeiro-ministro é uma tarefa complicada, difícil, desgastante, aborrecida e trabalhosa, por requerer várias capacidades e atributos: planeamento, negociação, bom senso, gestão financeira, capacidade oratória, entre muitas tarefas e competências. A acrescer as dificuldades, ser primeir-ministro exige disponiblidade pessoal e familiar, portanto, pensava eu, só ao alcance de seres politicamente superiores como Mário Soares, Cavaco Silva, Durão Barroso, Guterres, Sócrates, Passos Coelho, António Costa, entre outros.
Tendo em conta o que Cavaco terá dito - que uma remodelação do governo é a «tarefa mais difícil» de um primeiro-ministro - e tendo em conta que o Professor tem muito mais autoridade do que eu para opinar sobre o assunto, começo a acreditar que ser primeiro-ministro, em Portugal, está ao alcance de qualquer um de nós.
Sei lá eu. Por ventura, até ao alcance de Montenegro...

Há aqui um padrão...

O IL vai votar a favor da moção de censura do Chega: 

-  liberais até dizer chega.

Vontade forte

"«A Iniciativa Liberal e o Chega são quem tem, neste momento, alguma vontade forte de querer mudar coisas», mas «vão ser barrados pelos poderes instalados». Esta hifenização IL-Chega foi sugerida, em entrevista à rádio TSF, no passado dia 29 de Abril, por uma encarnação do poder capitalista instalado há muitas décadas, Pedro Ferraz da Costa. De facto, num percurso sem qualquer mérito, em que o essencial foi garantido pela lotaria familiar — do colégio alemão à empresa da área farmacêutica herdada —, Ferraz da Costa foi presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), patrão (...)"

domingo, 17 de setembro de 2023

Para mais tarde recordar

OS CANDIDATOS NATURAIS
para ler melhor clicar na imagem

A nossa memória vai-se tornando mais curta. 
Vem isto a propósito do texto "Os candidatos naturais", publicado no Correio da Manhã, por Santana Lopes.  
Para Santana Lopes, "há dois candidatos naturais, um à direita e outro à esquerda: Durão Barroso e António Guterres."
Convém ficar registado o prognóstico, para podermos lembrar com precisão, daqui a um ano e picos, o homem que, aparentemente, se auto-excluiu do mapa dos candidatos presidenciáveis.

Porém, o caminho faz-se caminhando (ou "queimando".)... 
DURÃO, tem uma larga faixa da sociedade portuguesa que não o consegue suportar de nenhuma maneira.
E não só à esquerda.
Não subestimando a importância do cargo e a honra que para ele foi ocupar o cargo de Presidente da Comissão Europeia, ninguém esquece as consequências que a aceitação do cargo por Durão teve,  por ter "abandonado" o País: a indigitação de Santana Lopes para PM, sem realização de eleições, deixou vários arguidos com contas a prestar ao tribunal da História.
Desde logo, o próprio Durão.
GUTERRES, mesmo na perspectiva da esquerda, não é a melhor escolha para o cargo.
Uma larga faixa da sociedade portuguesa não consegue "engolir" Guterres.
E não é só à direita. 
Assusta-os que Guterres possa vir a ser presidente. 
Sendo o político dos consensos, moldável num mesmo momento a opiniões e políticas contrárias entre si, poder-se-ia pensar tratar-se do presidente ideal para o dia a dia, da acção governativa de qualquer partido no poder. 
No entanto, Guterres enquanto governante, mostrou claramente ser incapaz de tomar decisões de estado. Não revelou firmeza de convicções nem coragem política.

Perante isto, será de concluir que a opinião de  Santana releva estratégia eleitoral? 
Quem sabe?..
Talvez sim. Ou talvez não.

Marcelo...

Anda qualquer coisa estranha no ar...

Num dia chama gorda a uma cidadã.

Noutro faz comentários esquisitos sobre o decote de uma imigrante. 

O que se passa?..

sábado, 16 de setembro de 2023

Pela saúde por todo o país

A CGTP organizou manifestações em defesa do Serviço Nacional de Saúde em todo o País.
São 20 ações de protesto no país em defesa do SNS e do seu estado, juntando utentes e, até, médicos a pedirem acção governativa.
Em Coimbra foi assim.
Via Notícias de Coimbra

Filhos de imigrantes fazem aumentar população escolar no nosso concelho

Via Diário as Beiras

Jornada nacional de defesa e reforço do SNS: Coimbra 10h30m de hoje

 

A CGTP-IN promove hoje, em todo o país, várias ações de protesto integradas na “jornada nacional de defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde” (SNS), exigindo mais investimento por parte do Governo nesta área.

“O SNS é indispensável para continuar a assegurar cuidados de saúde universais e integrados, centralizados no utente”, defende a central sindical, considerando que a saúde precisa de um serviço “público, gratuito e universal” que chegue a todos os cidadãos. 
As ações de protesto, que acontecerão em todas as capitais de distrito, nalguns casos com mais do que uma iniciativa, pretendem alertar para o “desinvestimento e subfinanciamento do SNS”.

Ponto positivo: Portugal ficou a saber que o escritor Camilo teve extenso currículo amoroso...

Escultura foi dada por Francisco Simões e inaugurada em 2012 
Foto: Catarina Seemann / Global Imagens

"Moreira recua e afinal estátua de Camilo fica onde está".

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Centenário de Eduaardo Lourenço assinalado na Figueira


O Município da Figueira da Foz assinala, no dia 28 deste mês, pelas 21H30, no Auditório Madalena Biscaia Perdigão, o centenário do nascimento de Eduardo Lourenço. 
O professor, escritor, ensaísta e filósofo faleceu em dezembro de 2020, aos 97 anos. 
A efeméride é assinalada nas 5as. de Leitura (ciclo de tertúlias literárias promovido pela autarquia figueirense), tendo como convidados Guilherme d’Oliveira Martins (ensaísta e professor universitário), José Carlos Seabra Pereira (professor universitário) e Helena Rafael (da editora Gradiva). Teresa Carvalho (professora universitária e crítica literária) será a moderadora. 
Eduardo Lourenço nasceu em São Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, distrito da Guarda. Considerado “uma figura incontornável do pensamento, da cultura”, tem “uma relevante intervenção, desde a segunda metade da década de 40 do século passado até quase ao fim da segunda metade da década de 10 deste século”
Na Universidade de Coimbra, Eduardo Lourenço foi discípulo do figueirense Joaquim de Carvalho. Deixou uma extensa lista de obras publicadas e recebeu diversas distinções, em Portugal e no estrangeiro.
O evento tem entrada livre, sujeita à lotação da sala.

"Santana Lopes lamenta falta de proposta da região Centro para novo aeroporto"

iniciativa do município ciclo de debates Figueira da Foz - Encontros da Claridade, teve a sua primeira edição realizada no dia 13 de julho, no jardim interior do CAE, com Santana Lopes a assumir o papel de moderador, dedicada ao futuro da Europa.
Como convidados estiveram Nuno Rogeiro e António Martins da Cruz.
A segunda, teve lugar na passada quarta-feira. Falou-se sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa e voltou a lotar o espaço. 
A próxima será em novembro.
No final do debate (que pode ser ouvido na íntegra clicando aqui), que juntou Luís Machado, José Furtado e Carlos Brazão, defensores das opções de Alcochete, Alverca e Santarém, respectivamente, Santana Lopes voltou a lamentar aos jornalistas que a região Centro “não tenha apresentado um projecto que faça pensar o país de outra maneira”
“Devia ter sido apresentado um projecto para a região Centro que defendesse a coesão territorial”, disse Pedro Santana Lopes, que moderou o debate “Um aeroporto três soluções”, no âmbito da iniciativa “Figueira Encontros da Claridade”, realizada, quarta-feira à noite, no Centro de Artes e Espectáculos (CAE). 
O autarca, depois de já ter sido presidente entre 1997-2001, de novo a gerir o concelho da Figueira da Foz, desde Setembro de 2021, considerou que as estruturas regionais não trabalharam para apresentar “um projecto que fosse o mais conveniente” para o Centro, que estivesse actualmente a ser analisado pela comissão técnica. “O país todo ele precisa de ser repensado no seu equilíbrio, mas o problema é que muitas vezes o resto do país fica à espera de que as pessoas de Lisboa apresentem projectos”, referiu o antigo primeiro-ministro, que quando exerceu essas funções defendeu a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil. 
Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, “se a região tivesse apresentado um projecto que fosse o mais conveniente para o Centro, tinha ido à luta com os outros projectos” que estão a ser analisados. 
Santana Lopes, recordou que, já há 20 anos, na sua primeira passagem pela autarquia, lhe fazia impressão que a região Centro não estivesse representada nas comitivas oficiais do Presidente da República e do primeiro-ministro nas visitas ao estrangeiro. 
Na opinião de Santana Lopes, Santarém ao apresentar uma proposta para instalação de um novo aeroporto “tapa um bocado” a possibilidade do Centro ter um a infraestrutura aeroportuária com outra centralidade regional. “Santarém fez, se calhar, embora privados, o que a região Centro devia ter feito. Podia ser mais a sul ou menos a sul da região, mas devia ter estado neste processo todo desde o início”, sublinhou. 
Recorde-se que no início de Junho, o presidente da autarquia figueirense disse que o Município não subscrevia a deliberação de apoio à localização do novo aeroporto em Santarém tomada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra e defendeu que o Centro devia ter uma infraestrutura aeroportuária. “Não queremos manifestar nenhuma preferência por nenhuma das nove opções, mas há uma posição de princípio: a região Centro deve ter o seu aeroporto”, disse, na altura, Santana Lopes, numa intervenção no período antes da ordem do dia da reunião do Executivo. 
A Comissão Técnica Independente terá de entregar ao Governo, até 31 de Dezembro, o relatório com as conclusões do seu trabalho indicando qual é a melhor solução para o futuro aeroporto da região de Lisboa.
Questionado sobre se a Região Centro continua a ser apenas uma zona de passagem entre Lisboa e o Porto, Santana Lopes, respondeu assim: “O que disse há 20 anos foi que aquilo que nós vemos é um baile mandado a passar-nos por cima entre Lisboa e o Porto. Já não é tanto assim, mas ainda é um bocado assim. E esta questão [do futuro aeroporto] é um bom exemplo”

Foto: Diário as Beiras