quarta-feira, 6 de setembro de 2023
terça-feira, 5 de setembro de 2023
Agora falo eu
«Mais logo, os conselheiros de estado voltam a sentar-se à mesa que tem Marcelo na cabeceira. Mas, desta vez, não vão para falar. Vão apenas para ouvir. Ouvir António Costa, que tinha um avião para apanhar em julho e, por isso, acontece esta parte II de uma reunião que Marcelo quer que seja recordada e à qual quer dar importância.
Na primeira parte deste encontro do órgão consultivo do PR, falaram todos os conselheiros e, tirando uma ou outra exceção, os diagnósticos de como vai Portugal não foram nada simpáticos para o Governo. É certo que Cavaco Silva não disse, cara a cara, a António Costa, nem metade do que tinha andado a dizer e a escrever no espaço público nas semanas que antecederam a primeira parte da reunião. Limitou-se, o antigo primeiro-ministro e Presidente a falar de contas, do orçamento, da despesa e da receita. No mesmo caminho seguiu Miguel Cadilhe, antigo ministro das finanças de Cavaco, que arrasou os números do governo e explicou porque é que afinal as contas certas não são tão certas nem tão folgadas como diz o atual ministro das Finanças.
Daqui a pouco, o conselho de Estado vai ouvir António Costa, o penúltimo a falar. Será o tempo do primeiro-ministro poder fazer a sua defesa, explicar aos restantes conselheiros que rumo segue o governo, o que anda a fazer e o que pretende para o futuro breve, com a preparação do OE a ser trabalhada.
Por fim, Marcelo.
Marcelo já não quer nem precisa de ouvir mais nada. Aliás, já fez saber que já sabe o que vai dizer, que o discurso está escrito, que se foi "escrevendo sozinho" enquanto tirava notas das intervenções dos conselheiros. Ou seja, o que Marcelo já disse é que, independentemente do que venha a dizer António Costa, as conclusões já estão tiradas. Marcelo quis que se soubesse que não precisa de ouvir António Costa para saber o que dirá. A estratégia de desvalorização da intervenção de António Costa é apenas mais um episódio - na minha opinião, grave - do contrapoder que, desde maio passado, quando Galamba ficou no governo contra a vontade de Marcelo, o presidente está disposto a exercer nestes dois anos e meio que faltam para o fim do mandato e numa altura em que o espaço público já se agita com nomes e disponibilidades de presidenciáveis.Além disso, além disto, Marcelo já ameaçou que esta coisa do Mais Habitação não fica assim. "A regulamentação terá de me vir parar às mãos", disse, este fim de semana, o chefe de Estado, depois de lembrar, mais uma vez, que ele acha que o pacote não vai funcionar. E lamentou não ter havido abertura do PS para um acordo - nem que fosse pequeno - com o PSD para que o programa se tornasse mais abrangente e «estrutural». Marcelo vetou, o diploma vai voltar sem ser mexido, ele vai (ter de) promulgar e, depois, vai esperar que o documento regresse a Belém, já regulamentado.
A frente de batalha entre PR e PM está aberta, por mais que digam, um e outro, que cada um está a cumprir escrupulosamente o seu papel e que, um e outro, estão a atuar dentro das competências e atribuições que a constituição lhes confere.
Este é o conselho de Estado de Marcelo. Que marcou em maio, que lembrou frequentemente que era em julho, que teve de interromper, que retoma agora. Marcelo já tomou o pulso ao conselho. A questão é, agora, o que dirá o PR a fechar a reunião e, já agora, se os conselheiros refletem de facto a sociedade portuguesa. Ou se, pelo contrário, a sala do conselho é apenas (mais) uma bolha.»
O drama da habitação
"A delegação da Figueira da Foz “abriu portas” em Outubro de 2011 e desde 2012 que pode dispor de instalações cedidas pela Câmara Municipal o que possibilitou a colaboração, ainda hoje existente, com as juntas de freguesia de S. Julião, Tavarede, Buarcos e Marinha das Ondas. A delegação da Figueira da Foz apoia diariamente indivíduos sem-abrigo, fornecendo-lhes nas suas instalações a necessária alimentação.
Apoia, semanalmente, diversas famílias com um cabaz de alimentos e distribui, diariamente pelas famílias carenciadas todas as quebras de alimentos recolhidos nos Supermercados do Grupo Pingo Doce desta cidade. O apoio prestado pela delegação contempla também o fornecimento de roupa e calçado a toda a comunidade que deles necessite."
Contudo, o "número de pessoas a viver nas ruas da cidade está a aumentar".
Nos últimos anos, a falta de habitação pública e de arrendamento acessível está a “mandar” pessoas para a rua.
Há quem, mesmo com emprego, não consiga pagar a renda ou a prestação ao banco.
Esta realidade, já não é um exclusivo das grandes cidades. E este impasse parece não ter fim. Aliás, segundo as últimas notícias, tem tendência para agravamento: os analistas contactados preveem que o BCE vai voltar a subir os juros, apesar dos receios sobre recessão na zona euro, aumentando a pressão sobre quem tem empréstimos indexado às Euribor.
Imagem via Diário as Beiras |
Sara Tavares
"... a quem a vida tudo deu e quase tudo tirou."
DIGNIDADE E CARÁCTER.
segunda-feira, 4 de setembro de 2023
Será que alguém se lembrou de alertar o senhor Ministro das Infrestruturas para a situação em que se encontra actualmente o Portinho da Gala?
Nem seria necessário grande esforço: bastaria alguém ter lembrado ao senhor ministro, para olhar para esquerda, depois de atravessar a Ponte dos Arcos, ao vir da Figueira...
Imagem Via Diário as Beiras
Na oportunidade, esteve acompanhado pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes; pelo assessor do presidente da Câmara de Ílhavo, Bruno Ribau; pelo presidente dos portos da Figueira da Foz e de Aveiro, Eduardo Feio; e pelos comandantes das duas capitanias, Cervaens Costa e Vítor Conceição Dias.
Antes da sessão, o ministro João Galamba aproveitou para surfou as boas ondas da outra margem, que foi o que restou incólume depois daquela "infeliz" requalificação realizada pela anterior gestão camarária.
Quem sabe, sabe...
PAULA SIMÕES
"Se o Dia do Tavaredense é a 9 de Maio e durante alguns anos era neste dia que se faziam as grandes festas cá da Terra, porque mudaram a data e se comemoram em setembro, quando há festas em tudo quanto é lado?
Para mim, Festas em Tavarede, serão sempre o S. Martinho em Novembro e o Dia de Tavarede em Maio!
Respeitemos a História!
Para mais tarde recordar...
Via Diário as Beiras
"Administração portuária quer construir uma nova infraestrutura no Cabedelo, indo ao encontro das pretensões de Santana Lopes"
As festas acontecem, porque o Povo gosta de festas....
Por este Portugal de lés a lés, do litoral ao interior, quem é que ainda tem dinheiro para satisfazer os desejos do Povo? Fácil de responder: as Câmaras Municipais, como por exemplo, a de Montemor-o-Velho.Montagem a partir de uma imagem sacada ao Diário as Beiras
Os 50 Anos do 25 de Abril comemoram-se em 2024. Contudo, uma democracia adulta e saudável é isto?..
Qualquer português minimamente informado reconhece isto.
Já lá fui muitas vezes. Ainda na edição 2022 lá estive.
Em 2023, porém, havia uma razão de interesse especial: o Avante!, era uma festa de olhos postos em Paulo Raimundo. O secretário-geral do PCP estreou-se no comício deste domingo como líder do partido na Festa do Avante!
Era no comício da Festa do Avante! onde Paulo Raimundo se estreou como secretário-geral do PCP este domingo que os olhos estavam postos.
domingo, 3 de setembro de 2023
Portinho da Gala
O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros, para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. O assoreamento e a falta de manutenção dificultam a actividade das várias dezenas de pescadores de pesca artesanal que têm a sua base logística no Potinho da Gala.
Foto António Agostinho. Mais fotos aqui. |
Folclore popularucho e gratuito
sábado, 2 de setembro de 2023
Municípios do Centro recorrem a tribunal pela suspensão das tarifas do lixo
A providência cautelar foi interposta no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra no dia 18 de Agosto e envolve municípios como Arganil, Cantanhede, Coimbra, Figueira da Foz, Lousã, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho, Penela, Soure, Águeda, Anadia, Estarreja, Oliveira do Bairro, Vagos, entre outros.
O objectivo da providência cautelar é suspender a eficácia da decisão da ERSAR, que fixou as tarifas para o período regulatório 2022-2024 da ERSUC. Os municípios argumentam que os procedimentos para a definição destas tarifas são irregulares e solicitam a anulação da decisão da ERSAR.
Nuno Moita, em consonância com outros autarcas, afirmou que as novas tarifas são excessivamente elevadas e foram estabelecidas em contexto de ilegalidade. Ele espera que a justiça compreenda os argumentos apresentados pelos municípios, dado que a implementação das novas tarifas teria consequências financeiras graves e irreversíveis para os munícipes.
O autarca de Condeixa-a-Nova também destacou a necessidade de uma fiscalização rigorosa ao contrato de concessão atribuído à ERSUC, que tem gerado resultados financeiros negativos desde a privatização em 2015.
Fonte ligada a este processo disse à Lusa, que o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Emílio Torrão, estava a participar na tarde de ontem, sexta-feira, numa “reunião de trabalho” com o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, em Lisboa, para uma “troca de informações” relacionada com a recolha de resíduos pela ERSUC."
Gestão do calendários das festas...
Porém, por este Portugal de lés a lés, do litoral ao interior, quem é que ainda tem dinheiro para satisfazer os desejos do Povo?
Fácil de responder: as Câmaras Municipais e algumas Juntas de Freguesia.
Se as Câmaras Municipais têm de reabilitar esquadras da polícia e da gnr, equipamentos escolares, estádios de futebol, espaços para organizar eventos como a JMJ, obras essas que deveriam ser feitas por quem de direito, será assim tão estranho que um executivo Municipal, ou uma Junta de Freguesia, gaste uma fatia do orçamento para oferecer ao Povo aquilo que o Povo gosta?
Álibis, justificações e pretextos para isso acontecer é o que não faltam: entre promoção do território e do turismo, dar visibilidade à “marca” do município ou da freguesia, desenvolvimento da economia local, retorno financeiro com a criação de mais valias, é só escolher...
Antigamente, havia comissões de festas.
Agora, via os meios que "inventa" para pensar e executar esses eventos, são as autarquias que fazem. No fundo, são os executivos (por vezes, mais os Presidentes) que escolhem os artistas para divertir e proporcionar esses tais momentos de festa, magia e alegria ao Povo.
Contudo, ainda há excepções.
Na minha Aldeia, ainda são os festeiros, cidadãos que dão o corpo ao manifesto de borla, que organizam a Festa em Honra do Padroeiro, S. Pedro.
A Festa da minha Aldeia tem o azar de se realizar no final de Junho, altura em que as Festas da Cidade, organizadas pelo Município, estão ao rubro.
A concorrência é de monta. A desigualdade de meios é brutal.
Embora o esforço e o empenho dos festeiros da minha Aldeia seja sempre grande, os artistas famosos que actuam nos mesmos dias e às mesmas horas na cidade, acaba por dividir o Povo.
No fundo, podemos admitir que a concorrência acaba por ser prejudicial e não servir a ninguém.
Depois da festa segue-se o desmontar da tenda...
Que esse período sirva para reflectir...
sexta-feira, 1 de setembro de 2023
Santana Lopes intrigado com a falta de financiamento para projeto de milhões
“Acho muito estranho que não haja apoio, num sistema com estas características, que até tem suscitado o interesse de muitos outros municípios, quando existem tantos programas de apoio à inovação, tecnologia, eficiência e transição energética”, disse aos jornalistas Pedro Santana Lopes.
O autarca, que falava no final da reunião de Câmara, salientou que a Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, foi o primeiro município português a implementar o projeto Smart IP, que herdou do anterior executivo liderado pelo socialista Carlos Monteiro.
Para Santana Lopes, é um “paradoxo completamente irracional não haver nenhum apoio, só porque, em princípio, este projeto tem um retorno rápido, que permite poupança nos custos e amortizar o investimento”.
O presidente da autarquia figueirense reuniu esta semana com a secretária de Estado da Energia, a quem pediu uma solução depois de apresentar o projeto que obrigou o município a endividar-se à banca durante 10 anos para executar o investimento de sete milhões de euros.
Segundo o autarca, só em juros, a Câmara da Figueira da Foz paga anualmente 400 mil euros.
“A falta de financiamento é um assunto que me intriga desde o início”, frisou Santana Lopes, considerando, no entanto, que o projeto é “altamente meritório e inovador, permitindo ao município poupar milhares de euros e ser autónomo.
A Figueira da Foz foi o “único município do país que foi por este caminho [empréstimo à banca], já que os outros fizeram contratos com privados e vão deduzindo mensalmente os pagamentos nas faturas da energia”.
“Eu diria que é estúpido, não há outra palavra, existir tanta componente de inovação neste projeto e não haver apoio”, sublinhou o autarca, referindo que o executivo “não tem descansado” à procura de uma solução.
O projeto, cujo consórcio responsável pela sua implementação envolve empresas da Figueira da Foz, permite uma poupança anual de 80% de energia e a redução de 1.650 toneladas de dióxido de carbono, com a amortização do investimento em cerca de três anos e meio.
Abrange todo o concelho, depois de ter sido testado, como projeto piloto, na freguesia de Vila Verde, abrangendo cerca de 22 mil luminárias, o que, segundo as estimativas, representa uma poupança anual na ordem dos 2,8 milhões de euros na fatura da energia, que anteriormente era na ordem dos cinco milhões de euros.
Através da iluminação pública, o município pode instalar uma rede de comunicação “altamente diferenciadora” que permite maior sustentabilidade, podendo instalar radar simples, detetores inteligentes, e monitorizar a qualidade do ar, os resíduos sólidos urbanos, os estacionamentos e a rega de espaços verdes, entre outras utilidades.»
Turismo Centro de Portugal: sai Pedro Machado, entra Raul Almeida
Pedro Machado cessou ontem funções como presidente da Turismo Centro de Portugal, 17 anos após ter tomado posse pela primeira vez, precisamente em 1 de setembro de 2006.
Reeleito em 2008, 2013 e 2018, Pedro Machado estava impedido de nova candidatura devido à limitação de mandatos.
Questionado pela Lusa sobre um eventual regresso à política, sabendo-se que foi candidato à Câmara da Figueira da Foz nas eleições autárquicas em 2021, Pedro Machado assegurou que esse é um “livro que está bem fechado”.