Diário as Beiras
sábado, 5 de agosto de 2023
Marcelo sente-se mobilizado
Via БЛОГ "UM JEITO MANSO" ПРОСИТ МИРА
"O Presidente Marcelo consegue sempre surpreender-me e sempre pela negativa, o que voltou a acontecer nas JMJ.
A forma com o Presidente tem acompanhado a visita do Papa - desde a tentativa que fez para "desconjuntar" Sua Santidade quando o cumprimentou pela primeira vez, passando pela presença contínua, com ar enlevado, nas diversas cerimónias e culminando hoje (veremos o que mais fará o Sr. Presidente até ao fim da visita Papal) com a subida a pé o Parque, dando autógrafos e tirando selfies - revela um provincianismo e uma constante ânsia de protagonismo que ultrapassam o razoável.
Sendo Portugal um estado laico, parece-me impossível que estas manifestações de conluio com a Igreja Católica sejam feitas como Presidente da República; e, se são feitas a nível individual, como cidadão com opções religiosas legítimas, isso deve ser devidamente esclarecido e publicitado.
Não podemos nem devemos esquecer as mais do que infelizes declarações do Sr. Presidente sobre os abusos sexuais na Igreja numa tentativa, felizmente, frustrada, de tentar minimizar as responsabilidades da Igreja.
Se é verdade que o Papa tem algumas posições interessantes sobre vários temas e parece tentar combater o que de mais errado acontece no seio da Igreja, não é menos verdade que o Papa é o atual chefe da Igreja Católica, a qual cometeu inúmeros e gravíssimos erros que ocorreram continuamente ao longo de séculos, pelos quais é naturalmente corresponsável.
Ouvindo algumas frases dos discursos do Papa e verificando a presença constante do Sr. Presidente junto de Sua Santidade, resta a esperança de que o Sr. Presidente enverede por um caminho diferente, praticando o bem de forma virtuosa, respeitando a verdade e os outros, não se deixando cair na tentação da constante notoriedade, enfim, exercendo a Presidência de outra uma forma mais próxima dos ensinamentos de Cristo. Também é possível que Sr. Presidente, após a visita Papal, sinta um chamamento, o qual deverá seguir, escolhendo uma Ordem Religiosa que imponha o silêncio e o retiro espiritual.
Já agora a afirmação do Sr. Presidente de que as JMJ são o acontecimento mais importante do Portugal democrático é de gargalhada ou resulta de insolação. Basta, por exemplo, recordar a importância das primeiras eleições livres e comparar com o que representa a JMJ para o Povo Português."
Não se pode tomar banho na Praia do Cabedelinho
Via Campeão das Províncias
"A Praia do Cabedelinho encontra-se proibida a banhos. As actividades na praia podem fazer-se, no entanto não se pode ir a banhos, para já. As análises realizadas pelas entidades competentes revelaram a existência de uma contaminação microbiológica da água. Segundo a Polícia Marítima, ainda não é conhecida uma data para o levantamento da interdição."sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Piscina de água do mar aquecida abriu ontem ao público
Abriu ao público na manhã de ontem a piscina aquecida instalada na praia de Buarcos. Com capacidade para 70 pessoas em simultâneo, o equipamento funciona todos os dias, das 9h30 às 13h e das 14h30 às 19h30, com uma permanência máxima de 30 minutos, sendo a entrada feita por ordem de chegada.
Via Diário as Beiras
Pacto de silêncio figueirense...
Via página do facebook de António Agostinho
Na Figueira e sobre a Figueira, discute-se de tudo, menos política.Isto, explica quase tudo, sobre o que tem sido a Figueira nos últimos 50 anos. Isto explica quase tudo, sobre o estado a que a Figueira chegou. Isto explica quase tudo sobre o que é a Figueira em 2023. Uma cidade onde existe, digamos assim, um silêncio institucional, uma desresponsabilização colectiva e um eterno assobiar para o lado.
Para quem gosta de pensar sobre as coisas de que gosta, impressiona esta escassez de exercício de cidadania, esta hipocrisia, este misto do mais cínico tacticismo e da mais absoluta passividade dos políticos figueirenses.
Foram atitudes como esta que minaram a construção da polis e a credibilidade dos políticos locais. Estimular o silêncio e a obediência foram sempre as prioridades de quem deteve o poder autárquico na Figueira desde que existe o chamado "poder local democrático".
Sei ao que me estou a referir, por experiências vividas ao longo de mais de quatro décadas anos na primeira pessoa.
Querer fazer passar a ideia de que esta afirmação é ridícula, persecutória, talvez mesmo conspirativa, é justamente a melhor prova de que o poder autoritário existe na nossa cidade.
A “coesão local” adquire-se, não com manobras de silenciamento colectivo, nem com esquemas de adoração a “qualquer querido líder” que fomos tendo ao longo de quase 50 anos, mas com livre discussão de ideias, debates racionais e plurais, mútua vigilância entre órgãos de poder e uma opinião pública livre e responsável no exercídio do seu espírito crítico e cívico, a começar pela concretização do direito ao voto.
Mas, com isso muito poucos parecem estar preocupados. O que é normal e compreensível: não se pode esperar que um regime podre, seja ele próprio a incentivar a erradicação da sua própria podridão.
Há dias foi notícia de jornal, que um autarca local, passou a ser, ao mesmo tempo, membro de um Governo e vereador.
Passaram os dias. Na Figueira, parece que nada aconteceu.
Não houve nenhum partido, da esquerda à direita, que eu tenha tido conhecimento, a manifestar-se sobre o assunto.
Seria assim tão normal acontecer isto no resto do País?
Não me peçam para opinar.
Como ouvi um dia Agostinho da Silva dizer numa entrevista, "o grande feito do Camões foi contar o que se passava na Ilha dos Amores e não tirar conclusão nenhuma."
Figueira da Foz avança com construção da Quinta Ciência Viva do Sal
«A Câmara da Figueira da Foz vai avançar com o projecto da Quinta Ciência Viva do Sal, que resultará da transformação do espaço do Núcleo Museológico do Sal, já existente desde 2007.
Fonte do Município disse à agência Lusa que o projecto tem como objectivo “ser um espaço inovador, com capacidade para estimular o desenvolvimento económico e social, tendo como foco a valorização do produto sal e a preservação do património natural e cultural que lhe está associado”.
“O projecto Quinta Ciência Viva do Sal – Cooperação, salvaguarda e inovação – incide na conservação, reabilitação e revitalização do património cultural costeiro associado ao complexo da Salina do Corredor da Cobra, localizada numa área de transição entre terra e mar”, explicou.
O contrato da empreitada, adjudicada pelo valor de 547.801 euros (acrescido de IVA), foi publicado na terça-feira, no Portal Base. A intervenção vai ter início ainda este mês e tem um prazo de execução de 270 dias.
A candidatura da Quinta Ciência Viva do Sal foi aprovada durante o primeiro semestre de 2021 pelo programa europeu EEA Grants, como projecto de Desenvolvimento Local e Revitalização de Património Cultural Costeiro.
O EEA Grants é um mecanismo financeiro plurianual, através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam financeiramente os estados-membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita, como é o caso de Portugal.
A produção artesanal de sal na Figueira da Foz, que remonta ao século XII e cuja recolha é inteiramente feita à mão, segundo técnicas ancestrais, foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, anunciou a tutela no dia 18 de Julho.
A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) destacou a inscrição dos “Conhecimentos tradicionais da produção artesanal do sal marinho da Figueira da Foz” naquele inventário nacional, lembrando que a actividade neste município perdura até hoje, “tendo conhecido diferentes ciclos ao longo da história”.»
quinta-feira, 3 de agosto de 2023
Primeira piscina de água salgada abre hoje ao público
Foto José Antóio Silva Teixeira |
Segundo se pode ler na edição de hoje do jornal Diário as Beiras, "ao final da tarde de ontem, a Câmara da Figueira da Foz estava a ultimar os trabalhos para poder abrir esta manhã o equipamento municipal ao público.
O acesso à piscina sazonal é gratuito, mas com limite de banhistas em simultâneo. O tanque tem 28 metros de comprimento, 20 de largura e uma profundidade máxima de um metro. A água do mar é aquecida através de um sistema de aquecimento ligado à rede elétrica. Enquanto se mergulha na piscina de água salgada aquecida na Praia de Buarcos, progridem as obras da instalação de uma infraestrutura semelhante na Praia do Relógio.
Depois de Vila Nova de Gaia, a Figueira da Foz é a segunda zona balnear do país com esta oferta turística."
quarta-feira, 2 de agosto de 2023
Papa a caminho de Lisboa
O Papa Francisco chega esta quarta-feira, às 10.00 horas, à base aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para participar até domingo na Jornada Mundial da Juventude.
Espera-se que os portugueses, os católicos e os não católicos, prestem a melhor atenção ao conteúdo das palavras do Papa.
Como é teoria, as contas do retorno acabam sempre por ficar por fazer...
Serenatas do Mondego: hoje tributo a Zeca Afonso por Vítor Almeida e Silva
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Os casos João Ataíde e Daniel Azenha: uma questão política
"O autarca da oposição aceitou o convite."
Entretanto, "Daniel Azenha vai continuar a desempenhar as funções de vereador."
Em Abril de 2019, João Ataíde foi convidado para Secretário de Estado do Ambiente e aceitou.
Começou por suspender funções na presidência da Câmara da Figueira da Foz.
Poucos dias depois, porém, foi obrigado a renunciar ao mandato autárquico.
A decisão, como foi referido na altura, foi política. As obras e os dossiês da autarquia com relação directa à pasta do Ambiente estarão na origem da opção pela renúncia.
Não se tratando de uma ilegalidade, a renúncia prendeu-se com a incompatibilidade política com que poderia deparar-se o novo membro do Governo.
Com a renúncia, João Ataíde passou a não poder regressar à presidência da Câmara da Figueira da Foz, nesse mandato.
Como sabemos, com a ida para Lisboa de João Ataíde, a autarquia figueirense passou a ser presidida por Carlos Monteiro, antigo vice-presidente da edilidade que, na altura, acumulava a liderança do PS local.
O que têm a dizer os políticos figueirenses, sobre Daniel Azenha passar a ser adjunto do secretário de Estado da Juventude e do Desporto e, continuar ao mesmo tempo, a desempenhar as funções de vereador na Câmara da Figueira da Foz.
Todos sabemos que não é uma ilegalidade. Mas, poderá vir a surgir alguma incompatibilidade política...
Ser autarca e, ao mesmo tempo, fazer parte de um Governo será assim tão normal no resto do País?
Não me peçam para opinar sobre este assunto.
Como ouvi um dia Agostinho da Silva dizer numa entrevista, "o grande feito do Camões foi contar o que se passava na Ilha dos Amores e não tirar conclusão nenhuma."
"Primeiro de Agosto, primeiro de inverno"
Esse sentimento de perda tem nome: chama-se nostalgia.
Na minha Aldeia os antigos costumavam dizer: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Sinto nostalgia, não da frase, mas de quem me dizia essa frase. Principalmente da minha avó Rosa Maia e da minha Mãe.
Naqueles anos da minha juventude, o mês de Agosto vinha fresco, com dias de chuva e muito vento. A temperatura refrescava. Cheirava a fim de verão, a fim de férias e a mudança.
Hoje, dei comigo, atavicamente, a pensar como os que me antecederam: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Há alguns anos que já não faço praia. Limito-me, para apanhar sol, aos passeios de bicicleta, às caminhadas e às esplanadas junto ao mar.
Portanto, o tempo em que sentia ser o tempo de começar a arrumar a toalha de praia e começar a despedir-me dos vestígios de sal, do sol e do cheiro da areia, já não existe: porém, são recordações sensoriais ainda bem vivas na minha memória.
A recordação que tenho dos verões da minha vida, são sobretudo isso: sensações, imagens, sons, cheiros, odores, sabores, texturas. Uma corrida junto ao mar pela areia molhada. Uma futebolada na Praia do Hospital - os banistas eram poucos e havia muito espaço - e depois um mergulho rápido para refrescar.
Nesta altura do ano, temos a possibilidade de retomar um imaginário enraizado no passado e saboreá-lo novamente - apesar do clima estar a mudar aceleradamente: "primeiro de Agosto, primeiro de inverno".
Esse imaginário, nesta fase já avançada da minha vida, é a possibilidade de recordar e brincar com as vivências e as imagens que foram ficando acumuladas desde criança.
Quando isso deixar de acontecer, sentirei que algo terminou e então, sim, sentirei o peso de ser velho e as suas consequências.
Até agora, em cada verão que finda, sinto apenas que foi mais um verão perdido da minha infância e juventude.
Por isso, a passagem de mais um "primeiro de Agosto, primeiro de inverno", como sentimento de perda que tem nome e se chama nostalgia, até agora, ainda não existe.
A seguir a este verão vem o outouno, depois o inverno, a primavera e a seguir novamente outro verão.
Há sempre lugar para a renovação.
Até nas nossas vidas.