quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Quase 60 anos a dignificar e a promover o desenvolvimento da cultura portuguesa

O triunfo de Júlio Cardoso…

"Foi a percepção de que para a ‘sua’ Seiva resistir a tantos tratos de polé que sofrera na última década e renascer e renovar-se, pondo à frente da vaidade (dominante no meio) de querer ver a morte da criatura depois do seu criador a abandonar, é um acto que junta inteligência, generosidade e a prova do verdadeiro amor e do saber com que a construiu em quase meio-século já passado. Não o digo em homenagem, até porque sei que posso continuar a contar com ele para outros sucessos da Seiva Trupe que se adivinham e que alguns deles ainda conseguirão espantar os agnósticos disso ou mesmo aqueles que, mediocremente, ambicionavam que ela desaparecesse. Digo-o porque, mais do que todos os grandes êxitos que a Seiva Trupe-Teatro Vivo teve no seu ‘consulado’ e sobre os ombros da sua criatividade e da sua capacidade operativa, repartidas em várias partes com o António Reis, a ousadia do convite traduziu o desejo inquestionável de que a criatura fosse para lá do criador, prosseguisse e continuasse a ser o que (quase) sempre foi: um estandarte da Cidade e do Norte. É este o grande triunfo de Júlio Cardoso. Que transcende o próprio, mas por vontade do próprio, tornando-o, ainda mais, a referência definitiva da Seiva Trupe-Teatro Vivo nas linhas que esta ocupar (e já ocupa) na memória do Teatro Português.

E quando chegar a minha hora, depois de ter sabido conseguir atingir as metas a que me propus (incluindo a de sementes que só florescerão depois de mim), voltarei a tornar-me seu discípulo para ter a mesma lucidez de saber o momento de passar de mãos a direcção artística, com a mesma atitude de normalidade e sem intromissão, tal como o meu Mestre o fez comigo.

Poderia dizer que, num certo sentido, este triunfo de Júlio Cardoso é também uma bofetada de luva branca a muitos dos seus detractores, no meio. Mas prefiro dizer que foi o maior afago que tornou público o seu amor à Seiva Trupe, ao Teatro, ao Porto. E às suas tão peculiares Gentes."

Castro Guedes

Artigo de opinião no jornal Público 

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Lembras-te?..

"vais continuar a votar neles?"
Imagem sacada daqui
«O primeiro imposto sobre os "lucros inesperados" foi aplicado em Portugal, sob aplauso da direita liberal, quando Vítor Gaspar, ministro das Finanças, resolveu taxar com 20% todos os prémios de jogo superiores a 5 mil euros, que já eram recebidos "limpos" pelos vencedores, depois de pagas todas as taxas ao Estado, obras sociais e et cetera, contra os 20 mil euros base de taxação em Espanha, por exemplo.
Agora assistimos a um "ó da guarda!", "os ladrões socialistas!", pela mesma direita liberal face à intenção mostrada pelo Governo em taxar ganhos nos casinos das criptomoedas

Santana Lopes acusa Agência Portuguesa do Ambiente de gozar com a Figueira da Foz

Texto via Diário as Beiras

Foto António Agostinho


«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, acusou hoje a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de estar a gozar com o município, ao protelar no tempo intervenções de transposição de areias na zona costeira do concelho.

Depois do que foi dito [pela APA], tomar uma decisão dessas é gozar com a cara dos figueirenses”, frisou aos jornalistas o presidente do município da Figueira da Foz, no final da sessão da Câmara de hoje.

Segundo o autarca, a APA não tem intenção de executar antes de 2025 a transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia para sul da Cova Gala, que estava prevista para 2023.

A vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó, explicou que durante a elaboração do Orçamento municipal para 2023 a APA foi contactada sobre a intervenção prevista, por causa de uma comparticipação municipal, mas que aquele organismo comunicou que aquele “‘big shot’ não vai existir antes de 2025”.

Para o presidente da Câmara, esta data “é inaceitável” e a reprogramação financeira proposta pela APA, num protocolo que envolve o município e o porto da Figueira da Foz, que constava da ordem de trabalhos de hoje, não vai ser aceite e será alvo de renegociação.

“Somos unânimes na recusa inaceitável desta situação”, disse Santana Lopes, depois de obter solidariedade política da oposição, que está em maioria na Câmara Municipal.

Aos jornalistas, o autarca disse já não ter certeza se ia avançar em outubro a primeira fase da intervenção com a transposição de 100 mil metros cúbicos de areias na zona costeira do concelho, prevista inicialmente para maio e depois para setembro.

Disseram-me que seria em outubro, mas não vejo as máquinas, nem tenho a confirmação de que estejam aí. Já me tinham dito que seria em maio e setembro, portanto, não vou dar garantia de mais nenhum [mês]”, referiu.

A execução do ‘big shot’ – antecede a construção de um sistema fixo (‘bypass’), que estava inicialmente prevista para 2024, mas que face ao adiamento da segunda fase [transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia] – também vai sofrer alteração.

A construção do ‘bypass’ deverá representar um investimento de 18 milhões de euros, com um custo total, a 30 anos, que inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 60 milhões de euros, movimentando um milhão de metros cúbicos de areia por ano.

Santana Lopes recordou que o anúncio das intervenções costeiras da Figueira da Foz foi há cerca de um ano, pelo então ministro do Ambiente, Matos Fernandes.

A vereadora socialista Diana Rodrigues exortou o executivo a ser “intransigente nesta reivindicação, para que [a intervenção] aconteça com a maior brevidade”.

Também o vereador social-democrata Ricardo Silva considerou que este adiamento representa mais uma falta de consideração do Governo pela Figueira da Foz.»

Embarcação elétrica entra ao serviço nos próximos meses

 Via Diário as Beiras

"Na Figueira da Foz, é o empresário e programador informático António Durão que representa a plataforma Digital Valley"

 Via Diário as Beiras

"A proposta do protocolo entre o Município da Figueira da Foz e a Techframe - Sistemas de Informação integra a agenda da reunião de câmara que se realiza hoje, sendo submetida a votação. Por coincidência, António Durão toma posse, como vereador do PS, na mesma sessão (ver edição do dia 8). Por isso, embora não sendo signatário do documento, por ter feito a ponte entre os dois futuros parceiros e por ser representante do Digital Valley no concelho, terá de se declarar ausente da reunião de vereação."

Reforma de 650 euros só recebe mais 6 euros

"Universo atinge mais de metade dos 2,7 milhões sujeitos a um aumento entre 4,43% e 3,53%. Governo justifica corte nas subidas face à inflação com a sustentabilidade da Segurança Social, mas a proposta do Orçamento mostra que o sistema previdencial terá um excedente de 3,1 mil milhões em 2023 e uma almofada de 34,3 mil milhões até 2060."
"Com uma inflação galopante, que o governo estima em 7,4% este ano, embora o Conselho das Finanças Públicas aponte para 7,8%, os pensionistas com prestações de 650 euros brutos vão ter de viver com apenas mais 5,58 euros nos bolsos todos os meses, segundo os cálculos do Dinheiro Vivo com base nas simulações da Ernest & Young (E&Y) para 2023. Significa que cerca de 1,6 milhões de reformados, ou seja, mais de metade dos que irão beneficiar de uma atualização entre 4,43% e 3,53% em 2023, terão um acréscimo líquido mensal de 0,8%. Mais 5,58 euros, portanto.
As simulações da E&Y já têm em conta a atualização das reformas entre 4,43% e 3,53%, a subida dos escalões de IRS em 5,1% e o abate do mínimo de existência que permite maior liquidez no final do mês. Analisando os diferentes patamares de remunerações, é possível concluir que as pensões mais baixas serão as mais penalizadas.
Um pensionista viúvo com uma prestação de 650 euros brutos vai receber, em termos líquidos, apenas mais 78,13 euros por ano ou cerca de seis euros mensais, enquanto um reformado com uma remuneração mensal de 1500 euros terá direito a um aumento líquido anual de 216,52 euros ou 15,46 euros por mês. No primeiro caso, e porque a pensão está abaixo de 957,40 euros (2 vezes o Indexante dos Apoios Sociais que se fixará em 478,7 euros em 2023), a atualização bruta será a mais elevada, de 4,43%, ainda que muito abaixo dos 8% que, pela aplicação normal da fórmula, o pensionista teria direito. Na segunda situação, o aumento será de 4,07% já que a remuneração se situa entre 957,40 euros (dois IAS) e 2872,20 euros (seis IAS). Apesar da atualização ser inferior, em termos líquidos, o aumento é superior face a um pensionista com uma prestação de 650 euros. Prestações acima de 2872,20 euros terão uma atualização de 3,53%.
A partir de um certo patamar de rendimentos, não há lugar ao abate ou dedução pelo efeito do mínimo de existência, pelo que os acréscimos líquidos começam a diminuir à medida que se sobe de nível remuneratório. Por exemplo, um casal de pensionistas com uma reforma de 760 euros por sujeito passivo, beneficiará de um aumento anual de 562,62 euros ou 40,40 brutos mensais. Já um casal com uma pensão de 1500 euros brutos por titular, verá a prestação líquida subir 433,03 euros no conjunto do ano de 2023, ou seja, terá mais 30,93 euros no final do mês."

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Da Aprendizagem à Sobrevida»

 

Não acham que anda qualquer esquisita no ar lá por Lisboa?..

«Laurinda Alves, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML) com o pelouro Direitos Humanos e Sociais, entre outros, enviou um email para as juntas de freguesia para que estas divulguem “junto das pessoas de maior vulnerabilidade social” a realização de um “piquenique” e numa “caminhada/marcha” pela cidade, inserida no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se celebra no próximo dia 17. “A iniciativa é direccionada para pessoas em situação de vulnerabilidade social, escreve a autarca.

A iniciativa partiu da vereadora Laurinda Alves (Foto NUNO FERREIRA SANTOS).


A iniciativa é destinada às
“pessoas de maior vulnerabilidade social”, tem lugar no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e inclui ainda um piquenique no Parque Eduardo VII. Associação co-organizadora diz que Marcelo Rebelo de Sousa marcará presença.»

Notícia completa AQUI.

"A prova é encarada pela hotelaria como uma mais-valia turística"

 Via Diário as Beiras

Descentralização ou transferência de encargos?

"Foi em Julho de 2018 que PS e PSD deram luz verde ao processo de descentralização de competências para as autarquias. Descentralização, desresponsabilização ou transferência de encargos, que consequências terá para municípios, trabalhadores e escola pública, eis o tema de mais um episódio do Megafone, para o qual convidámos Manuela Mendonça, presidente do Conselho Nacional da Fenprof e membro da Comissão Executiva da IE, Internacional da Educação, organização que representa mais de 32 milhões de profissionais da educação, de 383 sindicatos de 178 países; José Correia, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e Alfredo Monteiro, presidente da Assembleia Municipal do Seixal e membro do Conselho Directivo da ANMP."

«Contas certas» e bónus vão para as empresas

«Contas certas» do Governo alimentam o empobrecimento

Produtividade e salários reais

"O crescimento dos salários reais em 2022 será negativo (-2,6%) e o crescimento da produtividade será de 4,5%. Para que o peso dos salários, ajustado pelo número de trabalhadores, no rendimento nacional permaneça constante, o seu crescimento real deveria ser igual ao da produtividade (4,5%, ao invés de -2,6%)."

"Os portugueses cada vez mais produtivos e cada vez mais pobres…"

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

“Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”

Via Ther Terrorist

"A Concertação Social é a maquilhagem da Câmara Corporativa pelas mãos de um partido, alegadamente socialista, para esvaziar o protesto e a contestação nas empresas. A câmara alta não eleita do Parlamento, e sem enquadramento constitucional. Nos idos do Estado Novo as direcções dos sindicatos eram nomeadas pelo poder político e a Câmara Corporativa funcionava, oleada e nos eixos. Com o advento da democracia e a impossibilidade de se nomearem direcções sindicais inventou-se uma central sindical - UGT, hoje pouco mais que os minúsculos sindicatos dos bancários, sem representatividade absolutamente nenhuma no mundo do trabalho, para assinar por baixo o que os sindicatos dos patrões decidem, e aí está o fascismo de volta, 10 anos depois de 74, data ta criação da Concertação Social.

O fascismo não é o Ventas do Chaga a dizer patetices nas televisões e no Parlamento, com os câmaras de eco eleitos a grunhirem "apoiado" e "muito bem" ou a gesticularem abundantemente para as outras bancadas parlamentares, o fascismo, como conceito, está mais presente nas nossas vidas do que a maioria possa pensar ou sequer admitir."

"Na imagem Torres Couto e Cavaco Silva brindam com vinho do Porto ao acordo da Concertação Social. Começou aqui o "sindicalismo responsável", a bem do crescimento económico, da riqueza do país e da qualidade de vida dos trabalhadores, antes de terem inventado os colaboradores. Vejam onde chegámos e onde estamos."

Resta a rua...

Filipe Tourais: «António Costa e António Saraiva, dois amigos à saída de um acordo, dizem-no ambos, histórico. Histórico não significa necessariamente que tenha sido um bom acordo. Para o Saraiva foi óptimo, não tenhamos dúvidas, não fosse o Saraiva o guru dos gurus de um modelo de enriquecimento de empresários parasitas da miséria que pagam aos seus trabalhadores.

Resta a rua. A rua que lhes diga que se esticaram à bruta e ultrapassaram todos os limites do tolerável. Desta vez, muito provavelmente, com uma originalidade: ainda haveremos de ver o Ventura, o Cotrim e o Montenegro na primeira fila de uma manifestação contra aquelas coisas que eles dizem serem as causas que não são do aperto. Daqui a quatro anos, haveremos de conversar melhor sobre estas três amélias que o Costa está a empurrar para o poder de produzirem ainda mais apertos. O Costa é amigo de apertar e de ajudar quem aperte. A troika prossegue sem troika. A geringonça agora é com os patrões e a UGT.»

Ladrões de Bicicletas: «CGTP fica de fora do acordo de rendimentos, informa o Público. E fica muito bem: afinal de contas, e ao contrário da UGT, sabe a diferença entre nominal e real.

Sabe que este ano está a ocorrer uma transferência de rendimentos do trabalho para o capital superior à do tempo da troika, insistimos.  E sabe que, se depender do governo, este padrão pode bem continuar

Sabe o valor de quem trabalha e sabe como quem trabalha é nominalmente valorizado e realmente desvalorizado.

A CGTP sabe que cientificamente só se pode prever a luta: “O conteúdo do Acordo para uma suposta melhoria dos rendimentos, salários e competitividade, reforça as razões para uma forte mobilização e uma ampla participação nas Manifestações que dia 15 de Outubro vamos realizar em Lisboa e no Porto.”»

Vídeo sacado daqui

Renovação do ar precisava-se no PS Figueira

Muito gosta o Povo de teorizar sobre a mediocridade na política.
No País e na Figueira.
Como somos Povo, vamos então também teorizar.

Para começo de conversa, convém começar por esclarecer o óbvio: existe uma forte ditadura partidária que só admite para os postos-chaves quem muito bem entende.
No País e na Figueira.

Uma reforma política profunda poderia dar uma certa saúde à democracia portuguesa.
Todavia, isso nenhum partido quer porque liquidaria práticas próprias do funcionamento dos partidos enraizadas há décadas.
No País e na Figueira.

Quem é eleito para cargos partidários, só fala no bem do partido. 
Que o mesmo é dizer, no seu bem próprio. 
Nomeadamente, como explorar as fraquezas alheias para ganhar eleições. 
Alguém pensa no que é que convém ao interesse da polis e o que é que podemos acrescentar mais, ou corrigir o que os nossos antecessores fizeram?
O importante é ocupar lugares, mesmo que para continuar a mesma prática política.
No País e na Figueira.

Embora a excelência ande arredada do PS - no País e na Figueira - os socialistas figueirenses, pelos vistos, nestas eleições perceberam  que os que lá têm estado nos últimos 12 anos já não serviam.
Fizeram o mínimo: vão experimentar outros.
Imagem via Diário as Beiras
 

Orçamento do Estado para 2023

O Povo, ai o Povo...
Pelo menos uma grande parte dele, já tem mais do que idade para ter experiência e juízo. 
Já passou por tanto nos últimos 35 anos e não aprendeu nada: nem com o PSD, nem com o PS.
Não se importa de levar porrada. E tanto não se importa que ofereceu ao "socialismo" de Costa (que é mais de pôr os pensionistas a pagarem a dívida com fome) uma maioria absoluta. 
Agora, aguente o Costa, mais os seus seguidores, os Saraivas, mais as suas saraivadas e a UGT, mais os seus apaniguados.
Aguente a maioria absoluta. É a democracia a funcionar.
O Povo, porém, não está sozinho: pode sempre contar com o inquilino de Belém, para um apertado abraço de conforto, uma lágrima ao canto do olho e umas selfies absolutamente espectaculares.

sábado, 8 de outubro de 2022

O político Carlos Monteiro chegou ao fim da linha?

Eleições para a concelhia do PS.
Os números, segundo fonte próxima do PS.
A nova líder do PS da Figueira da Foz, Raquel Ferreira (lista B), obteve 326 votos, contra 268 de Carlos Monteiro (lista B).

Segundo a Figueira Tv e a Revista ÓBVIA, "a deputada à Assembleia da República, Raquel Ferreira, venceu o antigo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, na corrida à liderança da Concelhia do Partido Socialista figueirense.
Carlos Monteiro, que se recandidatava depois de ter perdido a autarquia para Pedro Santana Lopes, e ter recentemente pedido a suspensão do mandato de vereador para assumir o cargo de vogal do conselho de administração do Porto de Aveiro e Figueira da Foz, conquistou 45% dos votos em urna, enquanto Raquel Ferreira obteve os restantes 55%. Votaram cerca de 500 dos 730 militantes com capacidade eleitoral activa (quotas pagas).
Nas secções, está já apurada a de Buarcos, onde venceu Maria José Moura; em Maiorca, Antonio Jesus; na Marinha das Ondas, João Parracho, e na secção da Figueira da Foz, Ricardo Pereira, candidatos afectos à lista de Raquel Ferreira. 
A lista liderada por Carlos Monteiro conquistou as secções de Tavarede, Borda do Campo e Brenha, encabeçadas por Dina Bandeira, Lucínio Carvalho e Fausto Loureiro, respectivamente."
Ao que a ÓBVIA apurou, "o acto eleitoral decorreu com normalidade, à excepção de uma altercação na mesa de Buarcos, no Grupo Caras Direitas, onde a PSP foi chamada por alegadamente o ainda secretário-coordenador e recandidato Nuno Marques ter agredido um elemento da lista adversária."

A carreira política de Carlos Monteiro pode ter terminado hoje. 
Ou não? Não se esqueçam que estamos na Figueira...
A política é feita por pessoas. Com virtudes e defeitos. Mas, por pessoas como todos nós.
As notícias sobre a morte política de Carlos Monteiro afinal não eram exageradas. 
O PS Figueira, tem inúmeras razões para malhar no político, mas convinha não perder o contexto político figueirense global de vista. 
Todavia, mesmo tendo em conta que estamos na Figueira, depois dos erros políticos cometidos nos últimos 2 anos e picos por Carlos Monteiro, um relançamento de uma nova vida política de Carlos Monteiro é pouco provável.

Nisso, o resultado de hoje, foi muito claro.
Para quem observou esta disputa eleitoral entre Carlos Monteiro e Raquel Ferreira fora dos meandros partidários, facilmente deu conta que o resultado da votação nada teve a ver  com ideias ou com discussão de projectos diferentes apresentados pelos contendores, tendo em vista a eficácia da estrutura política do PS Figueira e a luta por uma vitória em próximas autárquicas. 
As campanhas eleitorais de hoje são de uma completa inutilidade. Raramente acrescentam uma ideia. Alguém deu conta de um debate sereno  sobre formas de organização e intervenção política?
O que se viu, foi a conquista de um território partidário debaixo de uma nova liderança concelhia, espaço político esse que vai além de Raquel Ferreira. 
Para o PS chegar a ser alternativa autárquica ao actual poder autárquico - melhor dizendo, a Santana Lopes - vai ter de trabalhar muito.