Via Diário as Beiras
O autarca eleito pelo movimento independente FAP falava na sessão da Assembleia Municipal, quando respondia a questões colocadas pela oposição.
“Em democracia, é tão importante quando os eleitores elegem quem governa ou quem está na oposição. Quando há uma mudança destas, os eleitores devem ser ouvidos. Esta realidade não pode ser ignorada. Há atitudes de quem está na governação ou na oposição que atingem todos”, defendeu Santana Lopes.
O presidente da câmara ressalvou que não tinha falado com ninguém sobre o assunto, que se tratava de “uma reflexão pessoal”.»
«O líder da “bancada” do PS, João Portugal, partido que é oposição na câmara e tem maioria na Assembleia Municipal, não subscreveu a reflexão do autarca da FAP. “Não acho que tenha de haver eleições porque os vereadores [do PS] suspenderam o mandato”, sustentou o socialista. “O senhor também saiu da [presidência] da Câmara de Lisboa e não houve eleições [antecipadas]”, acrescentou João Portugal. Por outro lado, indicou que a lei não prevê atos eleitorais antecipados por aquelas razões.
“Não vou comparar os motivos que levaram à [minha] saída da Câmara de Lisboa com os dos vereadores do PS”, ripostou Santana Lopes, que deixou a autarquia lisboeta para assumir o cargo de primeiro-ministro, quando Durão Barroso passou a presidir à Comissão Europeia.»