Via Diário as Beiras
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
«O programa do governo para a Saúde não foi aprovado por uma maioria dos portugueses, mas apenas pela maioria dos que votaram», disse o bastonário!..
Isto não é gozar com quem precisa de um SNS em condições?
Perante um argumento destes era possível alguém governar em algum lado?
O programa do presidente da Junta de Freguesia, o programa do Presidente da Câmara, o programa do Presidente da República foi aprovado pela maioria, ou apenas pelos que votaram?
O programa do bastonário da Ordem dos Médicos foi aprovado pela maioria dos médicos, ou apenas pelos que votaram?
quarta-feira, 31 de agosto de 2022
terça-feira, 30 de agosto de 2022
"... por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo"...
AS SANÇÕES CONTRA A RÚSSIA QUE SUICIDAM A EUROPA: EM FRENTE CAMARADAS, O ABISMO É NOSSO
Via Meditação na Pastelaria, "uma análise assinada pela jornalista suíça de origem egípcia Myret Zaki. Alguns excertos traduzidos.
«... No final de Junho, o rublo tornou-se na moeda com melhor desempenho no mundo, atingindo o seu nível mais elevado em relação ao dólar em 7 anos. O PIB [russo] diminuirá em 6% em 2022, de acordo com o FMI, mas não 15% como fora previsto em Março. Analistas de Wall Street tinham previsto um colapso da Rússia.
Em Março, lembra-nos o “Business Insider”, a JP Morgan previra que o PIB russo cairia 35% no 2º trimestre. Para a Goldman Sachs, a economia do país experimentaria a sua maior contracção desde a implosão da URSS. Mas de Janeiro a Junho, o declínio foi de apenas 4% em relação ao ano anterior, graças a exportações acima do esperado, principalmente para a Índia. (...)
A estratégia [das sanções] estava extremamente bem montada. Excepto num "pormenor": a maioria dos países devia entrar no jogo e foi aí que a porca torceu o rabo. "A maior fraqueza das sanções, observa "The Economist", é que mais de uma centena de países, o que representa 40% do PIB mundial, não seguiram os Estados Unidos e a Europa, e não impõem nenhum embargo (parcial ou total ) à Rússia […] A maioria dos países não deseja implementar a política ocidental.”
(...) Países tão importantes como a China, Índia, Brasil, Arábia Saudita estão a fazer exactamente o contrário, continuando a sua cooperação com a Rússia. Do Dubai, pode-se voar sete vezes por dia para Moscovo. A dura realidade reside na influência insuficiente que as democracias ocidentais tiveram sobre o resto do mundo.
(...)
Mas a observação mais dolorosa é o preço exorbitante que o Ocidente é obrigado a pagar para punir os seus inimigos. É difícil escapar à sensação de autopunição face ao custo desproporcionado suportado pela Europa, onde uma crise energética sem precedentes se aproxima, falhas de energia eléctrica são anunciadas para este Inverno, picos de preços e recessão económica.
(...) a premissa básica estava errada. Em vez de serem indolores para o Ocidente e fatais para a Rússia, como originalmente se esperava, as sanções estão a mostrar-se pelo menos igualmente punitivas para a Europa. A assimetria é até invertida. “A Rússia poderia dar-se ao luxo de interromper todas as exportações de gás para a Europa por um ano sem grandes consequências para sua economia”, escreve Liam Peach, analista da Capital Economics, em nota citada pelo “Bloomberg” a 25 de Agosto. (...).
Inflação, escassez, insegurança são elementos que podem colocar as populações ocidentais contra os seus governos, quando o objectivo inicial das sanções era que os russos se voltassem contra o Kremlin.
(...)
Para “The Economist”, a conclusão é que o Ocidente será forçado a regressar às estratégias de “hard power”, ou seja, o poder militar, com um rearmamento maciço dos membros da NATO. Sem dúvida porque é nessa área que o Ocidente ainda tem uma vantagem muito clara.
Mas face a potências nucleares, poderemos manter esse tipo de raciocínio, ou ele é totalmente imprudente? Quando autoridades de Washington viajam repetidamente para Taiwan para dar palestras sobre a China, que resultado pode ser previsto de tal estratégia? Já antecipámos as consequências desta vez? (...)»
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
Santana voltou a sair a meio de um debate televisivo
Imagem via Samuel Quedas
Angola é nossa?
«Diz o take da Lusa que o filho de Baltazar Rebelo de Sousa recusa comentar as eleições em Angola, não por ser um Estado independente e soberano, mas por o processo eleitoral ainda estar a decorrer. Depois tudo o que é jornal, rádio e televisão, repete o take da Lusa, e tornam a repetir o take da Lusa, de microfone estendido à roda de Marcelo, já em território angolano à saída do aeroporto em Luanda. E Marcelo repete o take da Lusa e recusa comentar o processo eleitoral que ainda decorre. E o tabu dura quarenta e oito longas horas até alguém com sentido de Estado se ter lembrado de chamar o Presidente da falta de noção à razão, e jornalista não foi de certeza, tal a vertigem mediática para o espectáculo circense. Estas coisas deviam deixar-nos profundamente envergonhados ou, no mínimo, embaraçados, mas a seguir o artista sai aos beijinhos, de telemóvel em punho para a selfie, e toda a gente encolhe os ombros "tadinho, é assim mas não é má pessoa, o que é que se há-de fazer?".»