quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Dois pesos e duas medidas

José Manuel Barata-Feyo, Provedor do Leitor do Público, sobre o facto de o jornal ter ignorado um comunicado da Amnistia Internacional, que acusa a Ucrânia de violar direitos humanos.
«A invasão da Ucrânia pela Federação Russa é condenada pela generalidade dos portugueses. Isso é uma coisa. Outra, completamente distinta, é o PÚBLICO escamotear informações relevantes aos seus leitores, actuando como se fosse um prolongamento da Presidência e do Exército ucranianos ou como se a opinião pública precisasse de filtros paternalistas para formar o seu juízo sobre o que está a acontecer nesta guerra. Na opinião do provedor, o PÚBLICO, neste caso, feriu a sua credibilidade.» 

Eleições em Angola. "A maioria dos eleitores já nasceu em tempo de paz"

«Pela primeira vez, a maioria dos eleitores já nasceu em tempo de paz. O receio de uma guerra, do regresso da guerra, já não pesa tanto sobre o eleitorado angolano, como vimos nos anteriores escrutínios".
A pobreza e o desemprego, assinalou ainda António Mateus, são "os principais tópicos sobre a mesa"

A vegetação do areal urbano... (3)

 Via Diário as Beiras

Qatar, o Mundial da Vergonha

António Araújo
«No próximo dia 21 de Novembro, às quatro da tarde em ponto, hora local, um esférico denominado Al Rihla ("A Jornada"), fabricado pela marca Adidas, com uma cobertura de poliuretano texturizado e 20 gomos, será colocado no centro de um grande rectângulo de relva. Em seu redor, um estádio com 60 mil lugares sentados, projectado pela firma alemã AS+P, querendo "AS" dizer Albert Speer, o filho do arquitecto de Hitler. A empresa holandesa que forneceu os relvados dos últimos três Mundiais de Futebol recusou-se a colaborar neste torneio após ter sabido que só na construção dos estádios já pereceram mais de 6750 trabalhadores, todos oriundos da Índia, do Bangladesh, do Nepal e do Sri Lanka. Nenhum cidadão do Qatar, país anfitrião, morreu na edificação das infraestruturas que irão receber o Mundial da Vergonha.»

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Na Figueira, «o dia de hoje é um dia muito especial: é a data em que neste país ocorre a efeméride da revolução de 24 de Agosto de 1820…»

 Via Diário as Beiras

terça-feira, 23 de agosto de 2022

A vegetação do areal urbano... (2)

Via Diário as Beiras

Quem ganha com a subida das taxas de juro?

«...  o aumento dos juros não é uma má notícia para todos. O sector bancário, por exemplo, é um dos principais beneficiários deste processo.»

Já não há amianto nos espaços de apoio ao HDFF

 Via Diário as Beiras

Dia do Artista

 Via Diário as Beiras

Optimismo: Governo diz que "Parque Natural da Serra da Estrela vai ficar melhor do que estava"!..


A ministra Mariana Vieira da Silva veio garantir que a partir de Setembro concretizar-se-á "
um plano de recuperação e revitalização que deixará a Parque Natural da Serra da Estrela melhor do que estava".
A ministra garante que a a "valorização, a recuperação e o desenvolvimento, além do que já existia, é uma prioridade deste Governo" para os territórios afetados pelo incêndio na serra da Estrela e anunciou que será declarado o estado de calamidade na região da serra da Estrela. 
As garantias da ministra foram comunicadas aos jornalistas no fim de um encontro entre ministros e presidentes de câmara, realizado em Manteigas, após o qual anunciou que seria decretado o Estado de Calamidade naquela região, afectada por incêndios que duraram uma semana.
Antes de avançar com medidas, Mariana Vieira da Silva considerou que "é fundamental" perceber a dimensão dos estragos causados pelo fogo, que lavrou durante 11 dias na serra da Estrela, contando com as reativações, após uma semana inteira a fogo, que destruiu 25 mil hectares de floresta. 
"Nos próximos 15 dias, vamos fazer o levantamento de todos os danos e prejuízos", disse Mariana Vieira da Silva. 
"Queremos saber como estão os solos, onde é preciso intervir, saber como estão as bacias hidrográficas", explicou a ministra. "Um prazo muito curto que responde a esta situação de emergência e calamidade", disse. 
A inventariação vai contar com a participação de vários organismos públicos. Após a conclusão do levantamento, serão apresentadas "medidas, ao abrigo do Estado de calamidade", que a ministra anunciou e "será decretado pelo Conselho de Ministros", para poder "responder melhor e o mais urgente possível a estes territórios". 
Mariana Vieira da Silva deixou uma mensagem de optimismo, sublinhando que a partir de setembro haverá um terceiro momento, "muito importante", um "plano de recuperação e revitalização que deixará o Parque Natural da Serra da Estrela melhor do que estava". Segundo a ministra, trata-se de "um projeto ambicioso" que vai reunir várias instituições.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Precariedade é sobre-exploração

Carvalho
da Silva
"A precariedade no trabalho é uma grave doença social, económica e cultural. Todas as dimensões da vida das pessoas/trabalhadores, e por consequência das famílias, são atingidas negativamente por ela. São imensas as áreas e temas de estudo que o comprovam.

Nos últimos 50 anos ocorreram mudanças profundas na divisão social do trabalho; alterações estruturais e organizacionais nas empresas e serviços e nas estratégias de gestão; fragmentação da produção e das tarefas inerentes a cada atividade; impactos fortes de tecnologias inovadoras; surgimento de comunicação instantânea passível de múltiplas utilizações nos processos de produção de serviços e bens; existência de novos instrumentos de trabalho; financeirização da economia e do trabalho criando a ilusão de acesso fácil ao crédito e secundarização do salário; convergência dramática entre o individualismo e o consumo. Novas formas de organização e de prestação do trabalho tiveram de ser consideradas. Todavia, a precariedade, no fundamental, não decorre de imperativos inerentes às complexidades daquelas mudanças.

Argumenta-se que as empresas agora vivem de projetos de curta duração, que tudo é volátil. Mas, há instrumentos de gestão e possibilidades de readaptação de atividades muito mais eficazes que no passado. Quanto à volatilidade do emprego, repare-se que, quer no setor privado, quer no público, são imensos os postos de trabalho permanentes por onde passam trA precariedade no trabalho é, em grande medida, um conjunto de mecanismos de sobre-exploração. Enfraquecidas as representações coletivas dos trabalhadores e bloqueada a negociação coletiva, o cutelo do arbítrio mercantil pesa sobre toda a regulamentação. A normatividade laboral é instrumentalizada. Em vez de se proibir o que é ilegal, criam-se enquadramentos jurídicos que normalizam as formas de trabalho atípico. O resultado é sempre pior retribuição do trabalho e perda ampla de direitos e formações.

Ao contrário do que se tenta impingir aos jovens, a precariedade é uma velharia que imperou durante séculos, relançada em força com o incremento do neoliberalismo nos anos 70/80 do século passado. Faz parte dos instrumentos mais requintados da "economia que mata".

Modernos são: i) o direito à segurança no emprego como princípio estruturante da universalização do direito ao trabalho e a sua consagração constitucional; ii) "o reconhecimento de que o direito ao trabalho tem uma dimensão humana, de realização pessoal e como tal subtrai-se da arbitrária disponibilidade do empregador" (Filipe Lamelas e Pedro Rita, in Trabalho Digno.colabor.pt); iii) o Direito do Trabalho, que tem por função primeira a proteção do elemento mais frágil na relação de trabalho - o trabalhador - e não a de promover políticas económica e de emprego neoliberais; iv) o objetivo do pleno emprego para, com a riqueza existente, se criarem milhões e milhões de postos de trabalho úteis e com perenidade, nomeadamente nas áreas da educação, da saúde, da recuperação ambiental; v) a Agenda do Trabalho Digno da OIT; vi) o direito dos jovens a terem salários dignos e a organizarem família.

Salvo situações excecionais, os vínculos relativos a novas formas de o organizar e prestar o trabalho, podem ser sempre estáveis ou precários. São escolhas políticas que se fazem em cada contexto. O Governo, se tem verdadeira preocupação com os impactos da precariedade, enfoque o seu esforço na promoção da segurança no emprego." 

A vegetação do areal urbano...

 Via Diário as Beiras

Concurso para a concessão do Casino da Figueira da Foz

 Via Diário as Beiras

Quiaios: "festival tem como objetivo promover a identidade local e, em particular, o Chouriço"

Via Diário as Beiras

Uma mulher caminha sobre os canos de drenagem que desaguam no rio Bagmati, em Katmandu.

 Foto Niranjan Shrestha/AP

domingo, 21 de agosto de 2022

Terá começado a III Guerra Mundial?

«O facto de a NATO estar a intensificar seu apoio de combate aos militares ucranianos tanto na Grã-Bretanha como em territórios de outros Estados é uma prova clara de que o eixo liderado pelos EUA está em guerra com a Rússia. Já não se trata de uma guerra por procuração, mas sim de uma guerra multi-nível em grande escala. 
“Não lutaremos numa guerra contra a Rússia na Ucrânia”. Assim disse o presidente Joe Biden em Março deste ano, ao mesmo tempo que se gabava de encher a Ucrânia com armas letais a fim de assegurar que o regime de Kiev apoiado pela NATO não fosse derrotado.»

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Divulgação de resultados do projeto Mosaic.pt tem uma sessão agendada para 28 de Setembro próximo no DCMG

Realiza-se a 28 de setembro, entre as 14H45 e as 17H15, nas instalações do Desportivo Clube Marítimo da Gala, a sessão de divulgação subordinada ao tema Projeto Mosaic.pt - Relevância e contributo para a análise de risco de inundação costeira”
Este evento enquadrasse na fase de divulgação de resultados do projeto Mosaic.pt, projeto coordenado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em parceira com o Centro de Estudos Sociais. 
Pretende-se desta forma desenvolver ferramentas de apoio à gestão do risco de inundação na zona costeira. Participam, na iniciativa, diversos oradores, ligados a esta área de conhecimento.  Este evento é organizado com o apoio do Município da Figueira da FozJunta de Freguesia de São Pedro e Desportivo Clube Marítimo da Gala.
Recorde-se, o que por aqui andamos a alertar desde 2006:

Beleza, Mateus & Companhia Ilimitada...

Se, quando fores velho, queres ver o país a crescer 3,5% ao ano e, depois de morto, o PIB a duplicar a toda a velocidade, continua a fazer sacrifícios...
Continuamos com um partido socialista que tem sedes e bandeiras, mas políticas socialistas não tem. 
O partido socialista continua a ter a gestão da economia de mercado dominada pelo capitalismo global. 
Vivemos uma época de partido único em relação às políticas.

«"Ambição: duplicar o PIB em 20 anos" é o título do livro – e objectivo expresso – da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, ou Sedes, avança a manchete do Público esta sexta-feira.

A obra delineia caminhos que, avisa a associação, não são fáceis e implicam sacríficos: segundo disse um dos coordenadores, Abel Mateus, ao jornal, "para se poder levar a economia de uma trajectória de quase estagnação a um crescimento médio de 3,5% ao ano, é essencial um período de transição, em que teremos de fazer alguns sacrifícios e adoptar políticas de ruptura que só fruirão totalmente no médio e longo prazo." 

A "visão estratégica" da Sedes para o país será apresentada primeiro ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no próximo dia 30 de agosto, e depois lançada na Câmara do Porto, a 1 de setembro.»


«Nunca falha. Quando o PS se apanha sozinho no poder, lá vêm os rosinhas do costume falar das maravilhas do neo-liberalismo.

Não é de estranhar, portanto, que o PS tenha sido o partido que mais privatizou e liberalizou a economia em Portugal, antecipando-se ao PSD (outro que tal – de social-democracia só mesmo o nome) e que seja, com orgulho, “o melhor aluno da UE”


Nada de novo: mais “planos” de políticos travestidos de técnicos...

Um país sem pessoas e sem tecido produtivo vai duplicar o pib como? A produzir o quê e para quem? Pôr no mercado o quê? 

Bicas e pasteis de nata?

Mais do mesmo?

Turismo, turismo e mais turismo de massas, que tem as consequências que se sabem e que a pandemia deixou a nu...