sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Núcleo do Sal em festa ultrapassa os 10 mil visitantes


O Núcleo Museológico do Sal foi inaugurado a 17 de agosto de 2007 com o objectivo de interpretar, valorizar e difundir testemunhos singulares reportados à relação secular do Homem com o território das salinas do concelho da Figueira da Foz.

Até ao final de Agosto, o Núcleo Museológico do Sal, em Armazéns de Lavos, está a celebrar 15 anos de existência, com a iniciativa “(A)gosto com Sabor a Sal”. 

No próximo domingo, revive-se uma das tradições mais emblemáticas com a recriação da “Safra à moda antiga”.

No passado dia 17, dia do aniversário, houve uma “enchente”, com o “dia aberto”, particularmente vocacionado para as famílias e crianças. 

Aos 73 anos morreu o actor Orlando Costa


"Ao longo de uma carreira de 50 anos que se dividiu entre o teatro, a televisão e algum cinema, Orlando Costa tornou-se uma cara conhecida do grande público português, inevitavelmente associada à série policial Zé Gato. O actor morreu esta sexta-feira em sua casa, aos 73 anos. A morte foi confirmada à Agência Lusa por uma fonte da Casa do Artista."

"O parque de estacionamento pode desenvolver o Mercado Municipal?", é a pergunta. Porém, a questão não será muito mais complexa?..

Notícia Diário as Beiras: «Concessionários do mercado municipal da cidade anseiam por parque de estacionamento coberto.»

"O comércio tradicional, incluindo, ou sobretudo, os mercados municipais das cidades, estão em desvantagem em relação aos centros comerciais e à maioria das grandes cadeias de distribuição. É uma luta desigual que o mercado livre impõe aos mais pequenos.

Além de não conseguirem obter economia de escala, para poderem praticar preços mais competitivos, os pequenos comerciantes também sentem os efeitos do estacionamento que as grandes superfícies garantem gratuitamente. O executivo camarário está a trabalhar no sentido de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva com um parque subterrâneo.

Os concessionários daquele mercado anseiam por ter estacionamento coberto próprio, para os clientes e para eles. 

Para atenuar as diferenças e estabelecer o equilíbrio possível, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, anunciou a construção de um parque subterrâneo com ligação direta ao mercado."

A Figueira, tal como todas as cidades portuguesas, é uma urbe onde a utilização do transporte individual domina.

No passado dia 8, data em que saiu esta notícia escrevi no meu blogue.

«Só não sabe quem não faz compras nesses espaços comerciais figueirenses: que o comércio tradicional, incluindo os comerciantes e os utentes do Mercado Municipal, na baixa da nossa cidade vive, há décadas,  numa situação de desvantagem em relação "à mercearia", que teve um crescimento exponencial na última década no concelho da Figueira da Foz.

Ou já esqueceram, que o modelo de crescimento implementado pelos 12 anos de governação socialista do concelho, entre 2009 e 2021, assentou na criação de empregos com muito baixos níveis salariais e, em muitos casos, sem qualquer progressão ao longo da carreira? Para não falar na precariedade do emprego criado e o que foi extinto...

A verdade é esta: o estacionamento no casco velho da cidade é mesmo um problema sério. 

Portanto, o caminho terá de ser mesmo este: olhar para essa dificuldade e resolvê-la.

Creio que ninguém coloca em causa a necessidade de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva de estacionamento para facilitar a vida aos vendedores e aos utentes...

As circulares externas, em qualquer cidade, servem para proporcionar maior fluidez ao trânsito. Na Figueira, serviram para instalar superfícies comerciais.»


Uns mais, outros menos, no fundo todos dependemos do carro para gerir o nosso quotidiano. Estivemos cerca de 50 a viver na penúria. De repente, o 25 de Abril de 1974 abriu portas. O poder, sempre populista, escolheu que a cidade teria de ser construída tendo em conta o carro, e deixou de apostar no transporte público.

Veja-se o que aconteceu em termos nacionais e locais à ferrovia.

Contudo, as cidades não teriam de ser assim. 

As ruas, na melhor das hipóteses, passaram a ser 95% para o carro.

Portanto, neste contexto, é normal os presidentes de câmara gastarem milhões em recursos públicos a promover o uso do automóvel, através de mais estacionamento, sem que isso traga sequer benefícios para os peões... 

Na Figueira, o que mais existe é estacionamento concessionado, não pela Câmara Municipal, mas por um privado.

No fundo, o que aconteceu foi a  legalização e a ocupação do espaço citadino em benefício de um privado em detrimento dos interesses do colectivo dos figueirenses.

Ainda hoje, seriam 9 e 40, na marginal, frente ao Grande Hotel, vi um funcionário da empresa exploradora do estacionamento pago, sem mão a medir para passar multas aos carros estacionados ao longo da Avenida 25 de Abril.


Por hábito, comodismo e, também, por escassez de oferta do transporte público, quem vem da periferia à cidade, desloca-se sobretudo de automóvel. Quem mora na cidade, desloca-se na cidade, igualmente, sobretudo de automóvel.

As políticas e as mentalidades têm que mudar. Alguém alguma vez pensou que na Figueira seria colocado um Hospital dentro de um parque de estacionamento?

Pois, como sabem, isso aconteceu! Portanto, não me admira que para os figueirenses passarem a ir com mais frequência fazer compras ao Mercado, isso passe por colocar (praticamente lá dentro...) um parque de estacionamento!


E chegamos à chamada "pescadinha-de-rabo-na-boca": por as pessoas "terem" de usar o carro na cidade, deve ser a câmara a dar-lhes estacionamento?

Por outro lado, as Câmaras ao proporcionarem estacionamento, não estarão a convidar mais pessoas a ficarem dependentes do carro? 

Até prova em contrário, mais estacionamento leva a mais uso do carro.

Não será uma incoerência ambiental ser a sociedade a disponibilizar  recursos para facilitar e promover o uso do automóvel com a construção de mais parques? 

Esses, recursos, por exemplo, não seriam melhor utilizados para promover a habitação a preços controlados em vez de serem gastos na "promoção" do automóvel?

Parque de estacionamento do Mercado Municipal (2)

 Via Diário as Beiras

A famosa entrevista de Marcelo

«A famosa entrevista de Marcelo é uma mistura de simplismos, superficialidades e irrelevâncias, o que tudo durará menos do que o interesse nas cuecas invisíveis de Cristina Ferreira».

Imagem via CNN Portugal

«Com o país mergulhado no caos, à beira do colapso nas mais diversas áreas, Marcelo Rebelo de Sousa multiplica palhaçadas públicas de Verão para divertir (alguns) portugueses, indiferente ao sofrimento de todos aqueles que morrem nos hospitais sem cuidados de saúde, que perdem vidas e bens nos incêndios, que sufocam com a carga fiscal e continuam indefesos perante o Fisco, que desesperam com a lentidão da Justiça,  que se indignam com o nepotismo e a corrupção instaladas e que vivem condicionados pela brutal violência urbana.»

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Marcelo: a banalidade da vulgaridade

"Marcelo tenta remeter a responsabilidade da ascensão do Chega para os imigrantes e os seus valores “ligados a Igrejas Evangélicas”. Num país sério, estas declarações exigiriam um pedido de desculpas."

Revista ÓBVIA: crónica mês de Julho

ÓBVIA, UMA PUBLICAÇÃO COM (ALGUM) PASSADO, PRESENTE E FUTURO


Parabéns a todos nós, que contribuímos para os 12 meses de vida desta nossa/vossa Revista ÓBVIA. Um ano passou-se num instante.
Para mim, comemorar um aniversário é, sobretudo, poder exprimir a felicidade de estar vivo.
Há um ano, fui convidado para colaborar. Aceitei. 
Uma das razões, agora me confesso, foi porque, optimista como sou, pensei que isto não durasse muitos meses. 
Felizmente, tinha - e tenho - mais que fazer. Como vêm, enganei-me redondamente. Um ano depois, continuo com mais que fazer, mas graças ao esforço de uma dedicada tripulação comandada pelo Fernando e pela Andreia, chegámos a este momento sem sobressaltos de maior.
Aconteceram algumas mudanças. A tripulação foi reforçada. Deu para ver que o comando comanda.
Continuamos a navegar num oceano complicado, porém, sempre em direcção à Liberdade. 
Esperamos todos conseguir manter esta nau à tona, pelo menos, por mais um ano. Para gáudio e contentamento dos amigos e despeito e irritação dos que não gostam. Para quem não gosta, há muito. 
Para todos os que têm lido, evocado, elogiado e menosprezado, fica o meu efusivo abraço comemorativo.

A Figueira continua na mesma. 
Para passar tempo, para além dos inúmeros eventos promovidos pela câmara para atrair pessoas à Figueira - o que tem acontecido, com maior intensidade desde o passado mês de Junho -, o pessoal da política ligado à oposição ao actual executivo, incapaz de sustentar uma crítica objectiva e concreta à gestão de Santana Lopes, virou as baterias para os órgãos de comunicação social e outras personagens menores, que abordam nas suas páginas na internet a realidade figueirense, por não terem capacidade e competência para fazerem aquilo que a oposição deveria fazer por dever e obrigação, pois foram mandatados pelo eleitorado para isso: fazer oposição.
Estes insultos, estratégicos e organizados, para além de boçais, não traduzem o descontentamento real. Pior: escondem incapacidades preocupantes para o futuro da Figueira, um ressabiamento pouco saudável e um ressentimento verdadeiro. 
Porquê? Porque estes insultos são a versão histérica e estéril da democracia. 
A oposição ao actuar assim, perdeu força e banalizou o protesto.
A oposição, para fazer oposição, na Figueira ou qualquer lado, precisa de certos atributos: trabalhar os assuntos, ter boa retórica, inteligência e coragem.
Um bocadinho mais, portanto, do que espalhar boatos engraçados e insultos próprios de adepto de futebol.
Os políticos locais, em vez de calçarem a chinela vingativa, se fossem competentes e  verdadeiros, talvez contribuissem para uma Figueira melhor e mais atractiva para quem cá vive e para quem nos visita...

Daqui para a frente, como colaborador desde a primeira hora da ÓBVIA, não posso prometer nada.
Apenas - enquanto quem comanda assim o entender e eu puder -  que a escrita continua, percorrendo o nobre caminho de Servir com a Matriz daquele que foi o País de Abril: a Liberdade.
Convém não esquecer nunca que, hoje, apesar de todos os atropelos cometidos pelos chamados partidos do arco do poder, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, pode-se viver em Liberdade, (não duvidem, a maioria é que vive tolhida pelo medo...). 
Apesar de tudo, hoje, não é o mesmo que era antes de Abril de 1974.
Andam por aí muitas "estórias" mal contadas...
O problema é mesmo esse - "estórias" mal contadas. 
Sobretudo, visando a intriga, redutoras, mentirosas e omissas. 
Quase todos sabemos do que a Figueira politiqueira e mesquinha tem vivido ao longo dos anos: da intrigalhada política.
Os resultados falam por si.

OBVIAMENTE, venha daí outro ano. A ÓBVIA tem tudo para crescer. E, tal como eu, ir envelhecendo. 
A ÓBVIA é muito jovem e tem muito futuro pela frente.
A mim, na barba e na têmpora já se notam os cabelos brancos! O resto, porém, tanto quanto me apercebo, continua fixe.

Ecopista no Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz foi reprovada pelo Centro 2020

«Os projetos Ciclovia do Mondego e Ecopista do Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz foram reprovados pelos Programa Operacional Centro 2020 e a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra está a ponderar a apresentação de novas candidaturas.
Os dois projetos da CIM correspondem à intenção de investimentos de 3,5 milhões de euros e quatro milhões de euros, respetivamente, e tinham sido candidatados aos apoios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Centro 2020.
“Não vamos desistir. Estes projetos estarão sempre em cima da mesa”, disse o secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito, à agência Lusa.
Jorge Brito adiantou que o “chumbo” das candidaturas “está ainda a ser avaliado” pela entidade que as apresentou.
O mesmo responsável admitiu, contudo, que a CIM venha a optar por repor as candidaturas dos projetos no âmbito do Portugal 2030.
Em declarações à Lusa, corroboradas pelo presidente da Comunidade Intermunicipal, Emílio Torrão, que estava presente no momento, Jorge Brito recordou que a Ciclovia do Mondego e a Ecopista do Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz são projetos que visam a mobilidade sustentável, integrados na “estratégia de descarbonização” da economia da União Europeia.»

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Parque de estacionamento do Mercado Municipal

 Via Diário as Beiras

PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ: os números, sempre os números...

 Via Diário as Beiras

"Querem lítio? É pôr a serra a arder!"

2017.
"As causas deste incêndio nunca foram explicadas. A única certeza é de que a origem foi, no mínimo, estranha.
Os efeitos da prospeção de lítio são visíveis e deixam perceber as dimensões das zonas exploradas. As minas a céu aberto são visíveis a quilómetros de distância.
Os rasgos, os degraus e as escavações feitas pelas empresas para procurar os melhores locais para instalar as zonas de exploração de lítio estão bem desenhados na paisagem.
À medida que as áreas afetadas vão sendo identificadas, as preocupações aumentam. O modo de vida, a forma de ganhar o sustento de cada dia também será afetado.
As empresas interessadas na exploração do lítio em Portugal estão a aproveitar as regiões destruídas pelos grandes fogos de 2017."
Em 2022 a Serra da Estrela está de novo a arder. O fogo regressou. E a origem dos fogos continua a ser estranha.
Uma crónica de Bruno Fialho
"A nossa Serra da Estrela, o pulmão de Portugal, está a arder há uma semana, de uma maneira nunca antes vista.
Começo por dizer que, quem tem tentado denunciar os esquemas, a corrupção, a má preparação, a falta de conhecimento de quem toma as decisões para aqueles que estão no terreno, mas que está sentado numa secretária em Lisboa, ou até a surreal inexistência de meios adequados para combater os gigantescos incêndios que estão a acontecer, imediatamente, é ameaçado para se calar.
É por demais ofensivo ver os nossos governantes a tentar esconder a incompetência e os erros cometidos pelos seus boys, nomeadamente aqueles que foram escolhidos a dedo e que sabem tanto de apagar fogos, como eu sei da cultura de pepinos.
A título de exemplo, a Secretária de Estado do Ministério da Administração Interna, Patrícia Gaspar, afirmou à RTP 1 que não existiu descoordenação no combate aos incêndios, quando todos já percebemos que o Governo pouco ou nada fez para salvar a Serra da Estrela, pelo que, ao fazer essas falsas afirmações, devia ser alvo de uma averiguação por parte Ministério-Público.
Entre as muitas situações de incompetência e descoordenação que têm acontecido, houve uma em particular, de que tive conhecimento por intermédio de amigos e que me deixou atónito.
Sabia que um helicóptero de combate aos fogos efectuou uma aterragem de emergência e, como não existe coordenação ou equipamentos fiáveis, teve 4 bombeiros, completamente desnorteados, à procura do aparelho, de povoação em povoação, sem a mínima ideia onde é que ele poderia ter aterrado? Isto aconteceu, mas a Secretária de Estado acha que são coisas normais.
Depois, ouvir a mesma Secretária de Estado dizer que os erros são inevitáveis, é assustador! É este tipo de gente incompetente que está a governar o país? São estes “carolas” que decidem sobre a vida de milhares de bombeiros e operacionais?
Esta Secretária de Estado e, já agora, todos os restantes membros do Governo, que não tenham a ideia de pôr os pés na Serra da Estrela, porque alguém lhes poderá dar a lição que merecem.
Infelizmente, o que aconteceu em Pedrogão não nos serviu de nada. Continua tudo igual, ou pior, sendo que, desta vez, já não há “Cabritas” a vender golas anti-fumo, mas temos o PS que continua com as “Costas” largas, porque tudo é feito à nossa frente e são muito poucos aqueles que verdadeiramente se indignam.
Como já tenho dito várias vezes, por muito menos, em 1974, uns oficiais do quadro permanente das Forças Armadas, uns convencidos pelos comunistas que iriam perder dinheiro para os oficiais milicianos, outros porque genuinamente queriam mudar algo no nosso país, fizeram uma revolução.
Olhando para trás vejo que os portugueses só se revoltam depois dos ditadores morrerem, portanto, como o António Costa ainda tem muitos anos de vida, vamos continuar a sofrer às mãos do PS.
Mas, os incêndios na Serra da Estrela não afligem toda gente, já há quem esteja a esfregar as mãos de contente com a possibilidade de transformar os parques florestais da Serra da Estrela em locais de prospecção e exploração de lítio.
E quem são os grandes defensores da exploração de lítio em Portugal? É o Governo PS, que colocou alguns boys em empresas estratégicas para controlar os milhões que vão ser negociados entre empresas e o próprio Governo.
Repito, quem tenta denunciar o que se está a passar, imediatamente é ameaçado para se calar, porque estão em jogo milhares de milhões de euros.
Se me acontecer alguma coisa nos próximos tempos, os leitores do DD já sabem o que foi.
E o que tem este metal (lítio) a ver com os incêndios da Serra da Estrela?
Começo por recordar que os Estados Unidos da América afirmam que Portugal tem a maior reserva de lítio da Europa e a sexta maior do mundo.
Depois, o Ministério do Ambiente já veio a público dizer que considera que a prospecção e exploração de lítio é uma oportunidade única para o país, no contexto de uma aposta global na descarbonização.
O que não nos podemos esquecer é que o Ministério do Ambiente foi quem mandou encerrar as centrais de carvão em Portugal, que serviam para produzir energia, para agora, só no primeiro semestre deste ano, andarmos a comprar mais de mil milhões de euros em energia a Espanha, em grande parte produzida em centrais de carvão espanholas.
Quanto ao facto de a exploração de lítio provocar enormes danos no ambiente e nas paisagens, promover a contaminação dos solos e reduzir a qualidade do ar, o Governo português contrapõe de que é um verdadeiro “negócio da China”.
Mas, se é um “negócio da China” e o Chile, a Argentina e a Bolívia são o chamado “triângulo do lítio”, concentrando cerca de 68% das reservas desse metal, por que razão estão em pior situação económica do que Portugal?
Se analisarmos a lista de países do mundo classificadas pelo produto interno bruto (PIB) em paridade de poder de compra (PPC) per capita, verificamos o seguinte: Portugal está em 38.º lugar, o Chile no 55.º, a Argentina no 62.º e a Bolívia no 114.º.
Se o lítio fosse o novo petróleo, como muitos nos tentam convencer que é, acha que os países do “triângulo do lítio” estavam numa posição tão abaixo daquela em que está Portugal?
Termino este artigo enviando um abraço sentido a todas as populações atingidas pelos incêndios, dizendo que podem contar com os portugueses para ajudá-los a recuperar tudo o que perderam, e respondendo com a minha opinião à pergunta que deixei acima: considero que era necessário fazer arder a Serra da Estrela, para criar condições para aumentar as áreas de prospecção e exploração de lítio, nomeadamente as que se situam nos distritos da Guarda e Castelo Branco.
É por isso que escolhi o título, QUEREM LÍTIO? É PÔR A SERRA ARDER!"

A Ucrânia a bombardear jornalistas

(Quem vê as nossas televisões já deve ter reparado que os mísseis russos só atingem hospitais, escolas, maternidades e outras infraestruturas civis… Como se isso fosse possível nesta época de alta tecnologia que eles dominam até melhor que o Ocidente. Em contrapartida os mísseis ucranianos acertam sempre em alvos militares, de acordo com os nossos comentadores de trazer por casa.

Na verdade, este testemunho de quem está lá, no terreno, arriscando a vida, dá conta que não é assim. A Ucrânia dispara sobre alvos civis, no caso jornalistas e os nossos órgãos de informação censuram tais factos.

Já não chegava as guerras serem deploráveis. Temos ainda que viver com a censura instituída de novo, e curiosamente, instituída em nome da Liberdade. Os déspotas fazem sempre isso.

Estátua de Sal, 16/08/2022)

Bruno Amaral de Carvalho
Donetsk, 16 de Agosto.

"No meio de sucessivos bombardeamentos, há ideias que não desaparecem por si e não consigo parar de pensar nisto. Há quase duas semanas, um hotel cheio de jornalistas foi atacado em Donetsk. Durante este ataque, morreu uma mulher que caminhava junto à entrada do Donbass Palace. Meia hora depois, havia ainda mais jornalistas no local a fazer a cobertura do que tinha acontecido. Eu estava entre eles quando esta zona voltou a ser atacada. Três projécteis caíram a 50 metros de distância do hotel matando outras quatro pessoas, entre as quais uma professora de ballet e a sua aluna de doze anos.
Para além da morte de civis, algo que deve chocar qualquer um de nós enquanto cidadãos independentemente do lado da guerra, o silêncio absoluto sobre um ataque contra este hotel cheio de jornalistas é algo que mostra uma parte sinistra desta guerra. Ninguém, nenhum governo ou sindicato, condenou esta agressão contra quem trabalha para mostrar o que aqui se passa.
Por curiosidade, resolvi perguntar a Javier Couso, irmão de José Couso, repórter de imagem espanhol que morreu no Iraque, em 2003, depois de um ataque norte-americano contra um hotel com jornalistas, qual foi a reacção das instituições e sindicatos à morte deste jornalista e de Taras Protsyuk, repórter de imagem ucraniano ao serviço da Reuters. Nesse mesmo hotel, em Bagdad, estava Carlos Fino, da RTP, e Carmen Marques, da TVI. Os Estados Unidos afirmaram que estavam a responder ao fogo de um franco-atirador, algo contestado por vários jornalistas no local.
Segundo Javier Couso, a maioria dos sindicatos espanhóis condenou o ataque contra este hotel, onde as forças norte-americanas sabiam que havia jornalistas, e exigiram uma investigação. A própria Federação Internacional de Jornalistas condenou este ataque, assim como o Sindicato dos Jornalistas, em Portugal.
Também não havia qualquer posição militar no Donbass Palace. Felizmente, desta vez, não houve vítimas entre os jornalistas, ao contrário do que já aconteceu do outro lado da linha da frente, algo que mereceu, e bem, o repúdio do sindicato português e da Federação Internacional de Jornalistas. A dúvida que permanece é sobre o silêncio em relação a um ataque contra um hotel cheio de jornalistas e o que fica no ar, uma vez mais, é se este silêncio terá a ver com o facto de estarmos a cobrir a guerra a partir do lado russo. A defesa da liberdade de imprensa e do pluralismo exige que nos posicionemos contra qualquer agressão que ponha em causa o trabalho de qualquer jornalista em qualquer parte do conflito. Foi nesse sentido, enquanto sócio, que enviei esta mensagem à direcção do Sindicato dos Jornalistas na esperança de que haja um pronunciamento sobre este ataque ao nosso trabalho enquanto repórteres em Donetsk."

terça-feira, 16 de agosto de 2022

É claro que, em política, é tudo propaganda...

Só com o passar do tempo e a realidade histórica, é que conseguimos  ter a certeza que os socialistas governaram mal a Figueira, entre 2009 e 2021.

Aliás: em abono da verdade, há muito tempo que ninguém governa bem este concelho. Presumo, até, que ninguém sabe como se faz. 

Os figueirenses nunca sabem se estão bem, a não ser que alguém lhes diga que estão bem. 
Também não sabem se estão mal.

Normalmente, dizem-lhes as duas coisas.
A situação diz uma coisa e a oposição a outra coisa.
E os figueirenses ficam na dúvida e sem saber o que hão-de pensar.

Isso, para eles, é ouro sobre azul: resolve-lhes este problema. 
O de pensar, claro.

Um dia destes, somos capazes de ficar mais exigentes, olhar em volta e ver. 
Há esforços para resolver o atraso. 

O concelho está a fazer um esforço de modernização.
Confesso-me curioso pela chegada do outono, para ver se vamps continuar a comer castanhas assadas em em cartuchos feitos a partir de papel de lista telefónica. 

Claro que isso é, apenas, um pormenor.
O importante era resolver o problema da pobreza. 
Contudo, vivemos na Figueira onde o dinheiro sempre foi um problema para a maioria...

"O casamento deveria ser um contrato a prazo"

 Para ler clicar aqui.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Crescer...

"Porque todas as pessoas grandes já foram crianças.
(Há é poucas que se lembram disso.)"

Foto António Agostinho
Os  desgostos, os contratempos, as dificuldades e os obstáculos, são para ultrapassar.
Ou nos matam, ou fazem-nos crescer. 
Sobreviver, não é mérito: é condição. 
E quem não aguenta? 
Fica pelo caminho...
Crescer é fantástico. 
Todavia, pode não o ser. 
Crescer é a consequência de uma serie de vivências que se pudéssemos escolher, muitas não as teríamos tido.
Crescer implica perder e aprender a lidar com isso.
Crescer implica perceber que sabemos pouco e podemos pouco. 
Crescer implica perder a naturalidade e a ingenuidade. 
Crescer significa deixar de ver a vida de uma forma pura e simples. 
Significa deixar de rir e aprender a sorrir. 
Porém, crescer é inevitável.
Devíamos saber aprender a crescer.
Mas, é possível aprender a crescer?

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Pausa para descanso do pessoal


Há dias em que apetece ir 
para sítios onde se possa pensar sossegado (não estou a pensar, por enquanto, em ir para o congelador).

Regresso, se me apetecer, talvez, um dia destes.