segunda-feira, 4 de julho de 2022

Há coisas tão fáceis de explicar...

No Brasil, Marcelo mergulhou juntamente com o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, nas águas de Copacabana, onde nadaram 
A política, na sua real, verdadeira e nobre dimensão, é a arte de conseguir que as pessoas em democracia (em ditadura dispensam-se tais chatices...) optem pelas escolhas mais acertadas e convenientes, mesmo não sendo as mais populares, tendo como objectivo o desenvolvimento sustentado duma cidade ou dum país. 
Por isso, é que tanto a nível local, como a nível nacional, personagens que abundam no acessório em prejuízo da substância, politicamente são uns falhados.
Querem dois exemplos de políticos com carreiras longas nessa situação?
A nível local: Carlos Monteiro. 
A nível nacional: Marcelo Rebelo de Sousa.
O que prova que a atração pelo popularucho, pode ser fatal. 
É mesmo uma doença e pode matar.
Nem que seja pelo ridículo...

"A propósito de nada: Cunhal"

POSTAL DE FIM-DE-SEMANA DE LUÍS OSÓRIO

"1.
Sim, passa tudo muito depressa. Por isso, se tens ideias no bloco de notas, ou sonhos que fizeste por esquecer, não desperdices mais o que na tua vida não passa hoje de um grito mudo. Torna-o real como no tempo em que tudo te era possível… Se queres pintar quadros procura a tela; se te amargura o livro que não escreveste regressa a ele; se tens a urgência de intervir faz por isso; se adiaste o amor por falta de coragem ganha-a de uma vez. Não fiques parado. E não esperes por homens providenciais que possam indicar o caminho, estes por longos anos não surgirão porque mesmo os melhores estarão presos a um colete-de-forças.
2.
Não me posso queixar. Tenho 50 anos e o privilégio de conhecer ou ter conhecido algumas pessoas excecionais – Soares, Cunhal, Adriano Moreira, Eduardo Lourenço, Siza, Cunha Rego, Saramago e vários outros que me surpreenderam com um olhar, uma frase, uma ideia ou a sua energia.
Volto a Cunhal. Um dia convidei-o para estar num colóquio. Uns dias após o convite, no início de uma qualquer manhã, a avó materna, mulher da minha vida, acordou-me sobressaltada com um «Miguel (assim me chamava), vai ao telefone. Devo ter ouvido mal, mas pareceu-me que o homem disse que é o Álvaro Cunhal».
Era mesmo… no outro lado da linha estava a voz e tudo o que nela vinha agarrado. Não me recordo de uma palavra desse telefonema, mas o colóquio aconteceu num Palácio Beau Séjour que me foi “emprestado” por Assunção Júdice, irmã de José Miguel.
3.
Depois disso estive umas quantas vezes com ele. Chegámos a falar do 5 Dias, 5 Noites, do José Fonseca e Costa. Nunca me disse se gostara ou não do filme, nem sequer se se sentira bem retratado por Paulo Pires… levou a conversa, como sempre, para onde quis: «Na clandestinidade saí e entrei por muitos sítios. Quando vi Moscovo pela primeira vez, num congresso organizado pela juventude comunista internacional em 1935, saí pelo Alentejo. Atravessámos Espanha, os Pirenéus e a Alemanha nazi. E o que dizer da Polónia e dos países bálticos? Só ditaduras, ditaduras, ditaduras. Não era fácil atravessar clandestinamente toda a Europa para chegar à União Soviética. Mas muitos de nós fizeram-no».
4.
Um homem excecional, sem dúvida. Será que os reconheceremos no futuro? Hum… questão difícil. É como aqueles que oiço dizer que têm excesso de habilitações. Não me comovo com o argumento. Porque as habilitações valem o que valem, são uma carta em branco pois nelas não se mede o carácter ou a inteligência – há pessoas maravilhosas e outras deploráveis nessa condição. Mais complicado é mesmo os que defendem ideias antes de alguém estar preparado para as escutar. Não os reconhecemos, no máximo ficamos na dúvida. Depois a vida prossegue, os anos passam e um dia, num qualquer amanhã, alguém dirá que este ou aquele tiveram razão antes de tempo. Os que nasceram com excesso de futuro não são de lugar nenhum. Essa é que é essa."

domingo, 3 de julho de 2022

Da série, "notícias do santanal"...

 Via Diário de Coimbra

Dois pormenores sobre o Congresso do PSD

Pelo pouco que tenho acompanhado do Congresso do PSD, fica a ideia que Montenegro surpreendeu ao apresentar uma lista agregadora, evitando deixar de fora muitos dos seus possíveis rivais no futuro. 
Ao que parece, vão ser muitos “galos” no poleiro da mesma capoeira...
Outro problema: a fragilidade do grupo parlamentar.
Um pormenor curioso, que também tem a ver com a Figueira.
Paulo Colaço, presidente cessante do Conselho de Jurisdição, subiu ao palco para fazer um pedido relacionado com as expulsões do partido, tendo em conta que o PSD “expulsou 150 companheiros nos últimos dias”.
“Por vezes os militantes traem o partido e por vezes o partido trai os militantes”, disse, deixando um alerta a Luís Montenegro: “trabalhem para que nas próximas autárquicas menos gente tenha de ser sair do partido.”

sábado, 2 de julho de 2022

Foi bonita a cerimónia do lançamento do livro "Histórias de Mineiros"

Foto António Agostinho
Na tarde do dia 2 de julho de 2022, por iniciativa da Comissão Política do Partido Comunista na Figueira da Foz, foi apresentado o livro "Histórias de Mineiros".
O evento realizou-se na Biblioteca Municipal, pelas 17 horas, com a presença de algum público.

"Histórias de Mineiros", é um livro que publica 11 crónicas, que o responsável pelo OUTRA MARGEM conheceu há 42 anos, ainda em manuscrito entregue por Augusto Alberto Rodrigues na redacção do Barca Nova, um jornal que durou o que tinha que durar: "apareceu e desapareceu da mesma forma".

No prefácio da obra, Alexandre Campos, na altura um jovem repórter, sublinha: "em jeito de reportagem, são depoimentos obtidos em conversas com os próprios que conviveram com o sofrimento, a dor, as agruras e amarguras de um trabalho duro, tornado mais duro ainda pela exploração sem escrúpulos, no tempo do fascismo".
Mais adiante, refere: "escusado será dizer que desses homens já não resta um único."
Citando Augusto Alberto Rodrigues: "que tenham agora a paz porque em vida rolaram tal e qual as pedras de carvão arrancadas a pulso e bagas de suor".

Por sua vez António Augusto Menano, refere no posfácio: "a força destas crónicas é serem novas, no sentido de tratarem situações, detalhes, que, embora parciais, fazem parte de uma totalidade. Os textos estão mais perto da demonstração dos efeitos do que na revelação das causas".

José Martins, Leitão Fernandes, Joaquim Namorado, Cerqueira da Rocha, Ruy Alves, Armando Correia, Falcão Martins, Mário Neto, hoje em dia figuras esquecidas por todos na Figueira, lá onde estiverem, devem estar satisfeitos, pois, entre outros, foi graças a eles, ter existido um jornal chamado Barca Nova, o que tornou possível ter acontecido a publicação deste livro de Augusto Alberto Rodrigues, 42 anos depois. Se não tivesse existido o Barca Nova este livro, muito presumivelmente, não teria conhecido a luz do dia.

Feira das Freguesias (6)

Via Diário as Beiras

Novas regras de trânsito no cruzamento da Ferrugenta

 Via Diário as Beiras

APA lança concurso para recarga de areia na Cova

 Via Diário as Beiras

Ontem, "a intervenção tinha sido reagendada para outubro".
Hoje, "a transferência de areia será feita “durante o verão”, até ao final do mês de setembro.
Nota importante: estamos a falar da Praia da Cova, a mesma praia.

"Ricardo Ribeiro é um gigante"

"Esta é a história de um homem que provou que ninguém está condenado à partida.
A história de um dos maiores artistas portugueses."

Para ouvir, clicar aqui. Para ler, clicar aqui.

Morreu o Zé

Foto Pedro Cruz.
Notícia via Diário as Beiras.
«Um homem foi ontem atropelado por uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho no perímetro do Hospital Distrital da Figueira da Foz HDFF), acabando por falecer nas Urgências desta unidade de saúde. O acidente aconteceu durante a noite de quinta-feira para sexta-feira.

“O hospital socorreu a vítima de imediato e prestou-lhe os cuidados de saúde necessários, acabando por falecer na sequência dos ferimentos que apresentava”, afirmou o HDFF ao DIÁRIO AS BEIRAS. A PSP tomou conta da ocorrência. O homem era natural de S. Pedro, freguesia do sul do Concelho da Figueira da Foz, onde residia, localidade onde está instalado o HDFF. Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, junto de fonte policial, a vítima, José Manuel Silva Fernandes Cores, de 56 anos, residia com um familiar num bairro de habitação pública e não tinha profissão conhecida. A mesma fonte afiançou que “vivia da venda do peixe que lhe davam na lota e do Rendimento Social de Inserção”. Uma outra fonte contou ao DIÁRIO AS BEIRAS que José Manuel Silva Fernandes Cores costumava recolher beatas de cigarros depositadas nos cinzeiros colocados no exterior dos edifícios do HDFF. Hábito que, frisou ainda a fonte, também teria durante a noite. A investigação policial esclarecerá em que circunstâncias ocorreu o acidente.»

Mais pormenores, via Jornal de Notícias aqui.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Aeroporto...

 Já foi assim - e chegava...

Feira das Freguesias (5)

 Via Diário as Beiras

Santana nomeia AnabelaTabaçó vice-presidente

 Via Diário as Beiras

"Transferência de areias reagendada para o outono"!..

Mas não é nessa altura que as condições do mar, em muitos dias, complicam o decorrer dos trabalhos?

Fica a pergunta de um leigo. Os especialistas é que sabem da poda...

Via Diário as Beiras

"...estava previsto ser realizado até ao final de maio pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), algo que não aconteceu.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, que tem manifestado preocupação com a erosão costeira e o assoreamento da barra, revelou ontem que a transferência de 100 mil metros cúbicos de areia na área costeira para reforço do cordão dunar deverá acontecer em setembro ou outubro."

Nota de rodapé

“Histórias de Mineiros”, da autoria Augusto Alberto Rodrigues, vai ser apresentado ao público

Imagem via CDU Figueira da Foz
A Comissão Concelhia do Partido Comunista Português na Figueira da Foz, leva a efeito a apresentação do livro “Histórias de Mineiros”, na Biblioteca Municipal, no próximo sábado, pelas 17 horas.

A obra é da autoria de Augusto Alberto Rodrigues e relata «estórias» difíceis de vida de antigos mineiros do Cabo Mondego, aquando da exploração mineira de carvão naquele local.

O livro, que é uma edição da Comissão Concelhia do PCP, foi prefaciado por Alexandre Campos e tem posfácio do escritor Augusto Menano. A paginação é da responsabilidade da ilustradora Ana Biscaia.