Via Diário as Beiras
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
Querem que vos caia um "nazizinho" ou um "autoritário" na sopa?... Força aí pessoal, escolham Rui Rio ou Antonio Costa...
Imagem sacada daqui |
Sondages...
Aqui há gato
"A quatro dias do fim da campanha, os dados estão lançados e há pouco que ainda nos possa surpreender. A menos que haja, até sexta-feira, algum escândalo, erro colossal ou disparate sem nome.
A campanha acabou animalizada - o PAN agradece - e o último protagonista é Zé Albino, o gato de Rio, que passou a comentador e analista político. Desde o primeiro tweet de Rio, que revelou o que pensava o seu gato do estender de mão do PS ao PAN, que Zé Albino entrou na campanha e por lá permanece todos os dias, seja para exprimir o que sente o dono, seja para levar recados dos adversários.
Tem graça? Uma vez, até pode ter. Mas não deixa de ser triste o facto de um gato servir de pombo-correio, emissor e receptor de mensagens que são para nós e que, por via desta campanha, nos chegam através dos "humores" de Zé Albino.
Faltam sete dias para as eleições. O futuro que temos nas mãos é bem mais importante e decisivo do que andarmos a falar com um, e de um... gato."
Rui Rio: "e tem graça ainda por cima"...
Via JN, Helena Teixeira Da Silva
"Rui Rio não é um homem do povo, como o povo diz. Mas sabe falar como o povo, tem via verde para o coração dos empresários e, para bem da sanidade do país, nunca usa um daqueles discos só com duas frases que, repetidas até à exaustão, não surtem outro efeito que não o do aborrecimento.
Rui Rio reinventou-se como candidato a primeiro-ministro, surgindo leve e fresco (até o gato Zé Albino conseguiu meter nos fait-divers do dia, bizarria que seria impensável há uns anos), em contraste com uma esquerda monocórdica, arriada e perdida. E tem uma oportunidade histórica para se reinventar também enquanto chefe de Governo, se lá chegar no domingo, se não persistir nos erros do passado que tornam inevitável a convivência com a perceção de que cultiva a falta de mundividência e o défice democrático.
Claro que ninguém muda quando não precisa, e a cultura e a liberdade de expressão, por mais difícil de acreditar que seja, não movem nem comovem o país, pelo que tirando a franja do costume ninguém lhe assacará responsabilidades. Rio diz dos artistas e da cultura o que nem Ventura ousa dizer dos ciganos. Por uma vez, era importante que desse o braço a torcer. Sem cultura e sem liberdade, o futuro de Portugal será sempre uma estrada demasiado estreita."
Paulo Ralha, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, ex-militante do PS, passa de candidato do Bloco de Esquerda em Braga a cabeça-de-lista do Chega em Coimbra.
Essa acusação não tem fundamento nenhum. Primeiro porque a direcção de Lisboa sempre foi uma opositora dentro do sindicato e não tem legitimidade nenhuma para agir em nome do sindicato. Em segundo lugar, já passaram dois anos desde que saí e as contas foram sempre aprovadas. Em termos legais tinham seis meses e seria a direcção nacional que teria legitimidade para avançar com um processo.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Paço de Maiorca: será possível o "milagre"?.. (2)
Ontem no OUTRA MARGEM, escrevemos.
Sexta e sábado, o Paço de Maiorca esteve de portas abertas, das 14H00 às 17H00. As visitas com cerca de meia hora de duração, destinaram-se a grupos com um número máximo de 10 pessoas.
Maria Archer, uma grande escritora que escreveu sobre a Cova, é homenageada hoje em Lisboa
Nascida em Lisboa, mudou-se para Moçambique com os pais e seus cinco irmãos em 1910. Só terminou a escola primária aos 16 anos, tendo para isso que insistir com seus pais, que achavam desnecessária a sua formação. A família voltou para Portugal em 1914, mas dois anos depois estava novamente na África, desta vez na Guiné-Bissau.
Em 1921, enquanto o seu pai regressava a Portugal, Maria Archer casou-se com o também português Alberto Teixeira Passos. O jovem casal fixou residência em Ibo. Cinco anos mais tarde, após o surgimento do Estado Novo e a crise subsequente, o marido perdeu o emprego num banco e os dois mudaram-se para Faro. Em 1931, divorciaram-se.
Separada, foi morar com os pais em Luanda, onde iniciou sua carreira literária. Publicou a novela Três Mulheres, num volume que continha também a aventura policial A Lenda e o Processo do Estranho Caso de Pauling, de António Pinto Quartin.
Voltou para Lisboa, onde iniciou um período de intensa actividade, produzindo obras sobre a sua vivência na África. Em 1945, aderiu ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), grupo de oposição ao regime salazarista. A partir daí as suas obras passaram a ser censuradas. O romance Casa Sem Pão (1947) foi apreendido. Sem condições de viver da sua produção intelectual, refugiou-se no Brasil, onde chegou em 15 de julho de 1955.
No exílio, colaborou com os jornais O Estado de S. Paulo, Semana Portuguesa e Portugal Democrático e na Revista Municipal de Lisboa (1939-1973). Alternou entre a literatura de temática africana e as obras de oposição à ditadura portuguesa. Também se encontra colaboração da sua autoria na revista Portugal Colonial (1931-1937).
Voltou para Portugal em 26 de Abril de 1979, internada na Mansão de Santa Maria de Marvila, em Lisboa, um asilo onde passou seus últimos três anos de vida.
Durante a vida, Maria Archer foi uma inconformista, consciente das discriminações e das injustiças, em geral, e, em particular, das que condicionavam o sexo feminino, numa sociedade retrógrada e, como se diria em linguagem actual, "fundamentalista", em que o regime impôs a regressão às doutrinas e práticas de um patriarcalismo ancestral.
A escrita, servida pelos dons de inteligência, de observação e de expressividade foi para Maria Archer uma arma de combate político. Como disse Artur Portela, "a sua pena parece por vezes uma metralhadora de fogo rasante".
É um combate em que a sua vida e a sua arte se fundem - norteadas por um ostensivo propósito de valorização dos valores femininos, de libertação da mulher e, com ela, da sociedade como um todo.
Ela é já uma Mulher livre num país ainda sem liberdade - coragem que lhe custou o preço de um longo exílio ...
Maria Archer é uma grande escritora E pode ser lida apenas como tal. Mas permite também diversas outras leituras.
Uma leitura sociológica, antropológica, política...
Ninguém como ela escrutinou e caracterizou o pequeno mundo da sociedade portuguesa da primeira metade do século XX, das famílias, pobres ou ricas, decadentes ou ascendentes, aristocratas, burguesas, "povo" - todos imersos na nebulosa de preconceitos de género e de classe, de vaidades, de ambições, de prepotências e temores...
"Aurea mediocritas", brandos costumes implacáveis... o mundo de contradições de um Estado velho, que se chamava Estado Novo.
Ou uma leitura feminista...
Ninguém como ela conseguiu corroer essa imagem da "fada do lar", meticulosamente construída sobre a ideia falsa da harmonia de desiguais (em que, noutro plano, se baseava a ideologia corporativa do regime), da falsa brandura do autoritarismo e da subjugação no círculo pequeno da família como no mais alargado, o do País.
Maria Archer é uma retratista magistral da mulher e da sua circunstância... O rigor da narrativa, a densidade das personagens, a qualidade literária, só podiam agravar, aos olhos do regime, a força subversiva da denúncia. Na crueza da palavra. Na nitidez do traço...
O regime não gostou desses retratos femininos, como não gostava da Autora. Primeiro, tentou desqualificá-la, desvaloriza-la. Sintomática a opinião de um homem do regime, Franco Nogueira, que em contra-corrente , num texto com laivos misóginos, a apresenta como apenas uma mulher a falar de coisa ligeiras e desinteressantes, (como o destino das mulheres....).
Sintomático também que a crítica seja divulgada pela própria editora da romancista, a par de tantas outras, todas de sentido contrário.
Não tendo conseguido os seus intentos, o Poder passou à acção: os seus livros foram apreendidos, os jornais onde trabalhava ameaçados de encerramento... Maria Archer viu-se forçada a partir para o Brasil - uma última e infindável aventura de expatriação, de onde só viria, envelhecida e fragilizada, para morrer em Lisboa.
Mas o desterro não foi pena bastante!
Teresa Horta, no prefácio da reedição de "Ela era apenas mulher" afirma que Maria Archer foi deliberadamente apagada da História.
Elegância é uma palavra que quadra com Maria Archer. Caracteriza-a na maneira como pensou, como escreveu, como se vestiu e apresentou em sociedade, como viveu a vida inteira, até ao fim...
Ousou ser Maria Archer, sem pseudónimos...
imagem sacada daqui |
"No primeiro domingo de Janeiro faz-se na Cova a romaria anual a São Pedro, padroeiro dos pescadores. No extremo da povoação, num ermo desabrigado, ergue-se a pequena e humilde capela do santo. Em redor alongam-se as dunas cobertas de juncos, enquadradas pelo pinhal e pelo mar. S. Pedro, se viesse dos areais da Judéia, com as suas rústicas sandálias de caminheiro pobre, as suas barbas austeras, a face tostada pelo ar salgado, sentir-se-ia à vontade entre a gente da Cova e no seu agreste cenário de deserto ribeirinho".
A geringonça está a renascer?
Porque é importante votar na esquerda dos humildes
PARA LER MELHOR, CLICAR EM CIMA DA IMAGEM |
domingo, 23 de janeiro de 2022
Paço de Maiorca: será possível o "milagre"?..
Na actualidade, o edifício está devoluto e em degradação há vários anos. O actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, já garantiu que vai tratar da reabilitação do imóvel classificado. De resto, vem reiterando que a reabilitação e a preservação do património são duas das suas prioridades.
"Fraca iluminação parou surf noturno na Figueira da Foz", dizem agora os surfistas...
A iluminação da praia situada na margem esquerda do Mondego, junto ao molhe sul, foi ligada pela primeira vez, no dia 6 de Setembro de 2021, entre as 20h00 e as 00h00, para garantir a prática de “diferentes desportos de deslize” à noite, afirmou na altura o município da Figueira da Foz.
A instalação de iluminação, investimento de 75 mil euros, surgiu de uma proposta no Orçamento Participativo da Figueira da Foz, que não venceu, mas que o município decidiu aproveitar, “pelo número de participantes e de votantes tão significativo”, disse o então presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro.
A iluminação inaugurada em Setembro passado, segundo foi dito na altura, iria funcionar das 20:00 até às 00:00 todos os dias, pelo menos até “outubro ou novembro”. O que não aconteceu.
“Neste período experimental, estamos a articular com o comandante do Porto e com as associações e escolas de surf que funcionam no Cabedelo, até criarmos um regulamento”, foi dito na altura pelo anterior presidente da câmara. Ainda segundo o anterior presidente, no futuro seria a Capitania que daria o aval, mediante as condições do mar, sendo apenas o sistema ligado “mediante solicitação de escolas de surf ou de alguma associação que surja para esse efeito”. “Não queremos que esteja ligado para nada, quer por questões económicas, quer por questões ambientais”, frisou Carlos Monteiro.
sábado, 22 de janeiro de 2022
"Ver para Crer" incomoda Carlos Monteiro...
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
Afinal em que é que ficamos?..
PARA LER MELHOR, CLICAR NA IMAGEM |