terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Paulo Ralha, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, ex-militante do PS, passa de candidato do Bloco de Esquerda em Braga a cabeça-de-lista do Chega em Coimbra.

É uma volta de 180 graus. O bloquista Paulo Ralha, conhecido por ter sido durante oito anos o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), vai ser o cabeça-de-lista do Chega no círculo eleitoral de Coimbra nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro.
Anteriormente, Ralha tinha fortes ligações ao Bloco de Esquerda, tendo sido candidato nas eleições legislativas de 2011 em quinto lugar na lista do círculo eleitoral de Braga (o sindicalista é natural de Barcelos, concelho do distrito de Braga). Além disso, foi militante do PS entre 2013 e 2019.
"Estamos a lutar para que o partido tenha uma votação histórica, quer afirmar-se como o terceiro maior partido português. É claro que dentro desse objetivo se conseguir ser eleito melhor ainda. Junta-se o útil ao agradável.

Foi agora acusado por parte da delegação de Lisboa do STI de ter gasto milhares de euros em “viagens fantasma”... 
Essa acusação não tem fundamento nenhum. Primeiro porque a direcção de Lisboa sempre foi uma opositora dentro do sindicato e não tem legitimidade nenhuma para agir em nome do sindicato. Em segundo lugar, já passaram dois anos desde que saí e as contas foram sempre aprovadas. Em termos legais tinham seis meses e seria a direcção nacional que teria legitimidade para avançar com um processo. 

Mas fez essas despesas? 
As contas foram sempre aprovadas e tive a oportunidade de provar que gastei sempre muito menos do que a direcção anterior. Por exemplo, quando entrei para o sindicato, os dirigentes anteriores ficavam um mês num hotel e pagavam dois, três mil euros por mês. Eu arrendei uma casa a pagar 700 euros. As deslocações? Morava em Braga."

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

A cidade que fomos: Praça Velha

Paço de Maiorca: será possível o "milagre"?.. (2)

Ontem no OUTRA MARGEM, escrevemos.

Sexta e sábado, o Paço de Maiorca esteve de portas abertas, das 14H00 às 17H00. As visitas com cerca de meia hora de duração, destinaram-se a grupos com um número máximo de 10 pessoas. 

Para além dos técnicos de cultura da Câmara da Figueira da Foz, as visitas foram acompanhadas e supervisionadas por elementos do corpo dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, “por razões de segurança” e cumprimento das normas sanitárias.
O edifício está devoluto e em degradação há vários anos. O actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, já garantiu que vai tratar da reabilitação do imóvel classificado. De resto, vem reiterando que a reabilitação e a preservação do património são duas das suas prioridades.
Todavia,  pelo que me pude aperceber no rescaldo da visita, existem dificuldades que se vão colocar à reabilitação do que foi edificado - e do que foi destruído
Se o acervo doado ao Paço está a salvo, bem como os azulejos removidos e o célebre papel oriental pintado, há muitas novas inserções de betão que aumentam a área útil do edifício, criação de pisos abaixo do nível edificado original que são uma fonte de instabilidade e infiltrações no edifício e a quase total destruição dos planos originais da casa pela remoção de paredes - alterações quase impossíveis de serem revertidas.  De lamentar ainda o abandono das zonas nobres da casa - a cozinha e a capela, eventualmente pré existências ao edifício do século XVII.
Vim de Maiorca ontem à tarde, naturalmente triste, chocado, desolado, revoltado e com a seguinte dúvida: no estado a que isto chegou, para além de fazer acontecer um milagre, o que fazer com o Paço de Maiorca e com que dinheiro?»
O Paço de Maiorca continua a ser notícia hoje. Ler para crer.
Via Diário as Beiras.
E via Diário de Coimbra.

Maria Archer, uma grande escritora que escreveu sobre a Cova, é homenageada hoje em Lisboa

Realiza-se hoje na Biblioteca Nacional um colóquio que marca as comemorações dos 40 anos da morte da autora de Ela é Apenas Mulher, uma voz insubmissa durante a ditadura do Estado Novo. 
Quarenta anos depois da sua morte, a escritora portuguesa Maria Archer (1899-1982), autora de Ela É Apenas Mulher, romance considerado escandaloso em 1944, mas também de Ida e Volta duma Caixa de Cigarros (1938) e de Casa Sem Pão (1947), censurados e apreendidos pela PIDE durante a ditadura do Estado Novo, além de vários livros sobre África, onde viveu, e de outros, como Os Últimos Dias do Fascismo Português, refectindo o seu trabalho como jornalista, tem um dia inteiro dedicado a si e à sua obra na Biblioteca Nacional de Portugal. 
O colóquio internacional Maria Archer: reflexos e reflexões, que tem entre os seus convidados investigadores de universidades portuguesas, brasileiras, espanholas, francesas e norte-americanas, acontece hoje no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), em Lisboa, a partir das 9h30. Tem entrada livre, sujeita a inscrição, e terá transmissão online via Zoom (o ID da reunião é 848 6544 3846 e a senha de acesso 096452). 
“Maria Archer terá o reconhecimento que ela merece”, diz ao jornal Público numa conversa telefónica a académica brasileira Elisabeth Battista, autora de Maria Archer — o legado de uma escritora viajante (Edições Colibri). É uma das convidadas deste colóquio que abordará as facetas fundamentais desta autora de romances, novelas, contos, crónicas, ensaios, peças de teatro e literatura infantil, sobre quem o crítico João Gaspar Simões escreveu em 1949: “Abram os olhos, Exmos. Senhores, têm diante de vós um escritor, porque os seus contos embora tenham sexo — nas observações que a denunciam e nos temas que tratam — não o tem: são portanto do sexo nobre, o primeiro sexo! […] Maria Archer afirma-se indiscutivelmente um dos nossos primeiros contistas e um grande escritor português!” (na crítica ao livro Há-de Haver uma Lei). 
No Portugal “provinciano e moralista dos anos ditadura fascista, com uma censura atenta às entrelinhas”, como escreveu Maria Teresa Horta no prefácio de Ela é Apenas Mulher, Maria Archer tinha uma “linguagem invulgarmente livre para a época”

OUTRA MARGEM, numa postagem de 18 de Agosto de 2015, referiu-se a Maria Archer nestes termos.
Maria Emília Archer Eyrolles Baltasar Moreira, conhecida como Maria Archer (Lisboa, 4 de Janeiro de 1899 - Lisboa, 23 de Janeiro de 1982), foi uma escritora portuguesa.
Nascida em Lisboa, mudou-se para Moçambique com os pais e seus cinco irmãos em 1910. Só terminou a escola primária aos 16 anos, tendo para isso que insistir com seus pais, que achavam desnecessária a sua formação. A família voltou para Portugal em 1914, mas dois anos depois estava novamente na África, desta vez na Guiné-Bissau.
Em 1921, enquanto o seu pai regressava a Portugal, Maria Archer casou-se com o também português Alberto Teixeira Passos. O jovem casal fixou residência em Ibo. Cinco anos mais tarde, após o surgimento do Estado Novo e a crise subsequente, o marido perdeu o emprego num banco e os dois mudaram-se para Faro. Em 1931, divorciaram-se.
Separada, foi morar com os pais em Luanda, onde iniciou sua carreira literária. Publicou a novela Três Mulheres, num volume que continha também a aventura policial A Lenda e o Processo do Estranho Caso de Pauling, de António Pinto Quartin.
Voltou para Lisboa, onde iniciou um período de intensa actividade, produzindo obras sobre a sua vivência na África. Em 1945, aderiu ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), grupo de oposição ao regime salazarista. A partir daí as suas obras passaram a ser censuradas. O romance Casa Sem Pão (1947) foi apreendido. Sem condições de viver da sua produção intelectual, refugiou-se no Brasil, onde chegou em 15 de julho de 1955.
No exílio, colaborou com os jornais O Estado de S. Paulo, Semana Portuguesa e Portugal Democrático e na Revista Municipal de Lisboa (1939-1973). Alternou entre a literatura de temática africana e as obras de oposição à ditadura portuguesa. Também se encontra colaboração da sua autoria na revista Portugal Colonial  (1931-1937).
Voltou para Portugal em 26 de Abril de 1979, internada na Mansão de Santa Maria de Marvila, em Lisboa, um asilo onde passou seus últimos três anos de vida.
Durante a vida, Maria Archer foi uma inconformista,  consciente das discriminações e das injustiças, em geral, e, em particular, das  que condicionavam o sexo feminino, numa sociedade  retrógrada e, como se diria em linguagem actual, "fundamentalista", em que o regime  impôs a regressão às doutrinas e práticas de um patriarcalismo ancestral.
A escrita, servida pelos dons de inteligência, de observação e de expressividade foi  para Maria Archer uma arma de combate  político. Como disse Artur Portela, "a sua pena parece por vezes uma metralhadora de fogo rasante"
É um combate em que a sua vida e a sua arte  se fundem - norteadas por um ostensivo  propósito de valorização dos valores femininos, de libertação da mulher e, com ela, da sociedade como um todo.
Ela é já uma Mulher livre num país ainda sem liberdade - coragem que lhe custou o preço de um longo exílio ...
Maria Archer é uma grande escritora E pode ser lida apenas como tal. Mas permite também diversas outras leituras.
Uma leitura sociológica, antropológica, política...
Ninguém como ela  escrutinou e caracterizou o pequeno mundo da sociedade portuguesa da primeira metade do século XX, das famílias, pobres ou ricas, decadentes ou ascendentes, aristocratas, burguesas, "povo" - todos  imersos na nebulosa de preconceitos de género e de classe, de vaidades, de ambições, de prepotências e temores...
"Aurea mediocritas", brandos costumes implacáveis... o mundo de contradições de um Estado velho, que se chamava Estado Novo.
Ou uma leitura feminista... 
Ninguém como ela conseguiu corroer essa imagem da "fada do lar", meticulosamente construída sobre a ideia falsa da harmonia de desiguais (em que, noutro plano, se baseava a ideologia corporativa do regime), da falsa brandura do autoritarismo e da subjugação no círculo pequeno da família como no mais alargado, o  do País. 
Maria Archer é uma retratista magistral da mulher e da sua circunstância... O rigor da narrativa, a densidade das personagens, a qualidade literária, só podiam agravar, aos olhos do regime, a força subversiva da  denúncia. Na crueza da palavra. Na nitidez do traço... 
O regime não gostou desses retratos femininos, como não gostava da Autora. Primeiro, tentou desqualificá-la, desvaloriza-la. Sintomática a opinião de um homem do regime, Franco Nogueira, que em contra-corrente , num texto com laivos misóginos,  a apresenta como apenas uma mulher a falar de coisa ligeiras e desinteressantes, (como o destino das mulheres....). 
Sintomático também que a crítica seja divulgada pela própria editora da romancista, a par de tantas outras, todas de sentido contrário.
Não tendo conseguido os seus intentos, o Poder passou à acção: os seus livros foram  apreendidos,  os jornais onde trabalhava ameaçados de encerramento... Maria Archer viu-se forçada a partir para o Brasil - uma última e infindável aventura de expatriação, de onde só viria, envelhecida e fragilizada, para morrer em Lisboa.
Mas o desterro não foi pena bastante! 
Teresa Horta, no prefácio da reedição de "Ela era apenas mulher" afirma que Maria Archer foi deliberadamente apagada da História. 

Elegância é uma palavra que quadra com Maria Archer. Caracteriza-a na maneira como pensou, como escreveu, como se vestiu e apresentou em sociedade, como viveu a vida inteira, até ao fim...
Ousou ser Maria Archer, sem pseudónimos...
Noutra postagem, esta de 24 de Agosto de 2015, OUTRA MARGEM, escreveu sobre a autora hoje homenageada em Lisboa. 
Recordar a Aldeia
imagem sacada daqui
Maria Archer, grande escritora, homenageada sábado passado, na Cova-Gala, em 1938 na  sua novela "Entre Duas Viagens" escrevia assim sobre nós. 
"No primeiro domingo de Janeiro faz-se na Cova a romaria anual a São Pedro, padroeiro dos pescadores. No extremo da povoação, num ermo desabrigado, ergue-se a pequena e humilde capela do santo. Em redor alongam-se as dunas cobertas de juncos, enquadradas pelo pinhal e pelo mar. S. Pedro, se viesse dos areais da Judéia, com as suas rústicas sandálias de caminheiro pobre, as suas barbas austeras, a face tostada pelo ar salgado, sentir-se-ia à vontade entre a gente da Cova e no seu agreste cenário de deserto ribeirinho".

Porque é importante votar na esquerda dos humildes (2)

Via Correio da Manhã

A geringonça está a renascer?

Paulo Baldaia, via Diário de Notícias

«A maioria absoluta com que António Costa sonhou e (desconfio) Marcelo Rebelo de Sousa lhe vendeu como sonho realizável não existe nem nunca existiu. A geringonça, como fórmula de poder, nunca deixou de ser a solução mais viável para António Costa.

Se o Chega for o partido charneira, a instabilidade será ainda maior, Rio não pode fazer qualquer acordo e tem de esperar pelo momento em que o Presidente possa convocar novamente eleições. É igualmente por isso que se torna importante que Rui Rio esclareça sem margem para qualquer dúvida que não aceitará conversas com o Chega, só dessa forma será possível conquistar uma vitória que pode crescer nas eleições seguintes.

Esta campanha a única coisa que parece ter matado foi mesmo o bloco central. A estabilidade terá de ser conseguida com o PS a governar à esquerda ou o PSD a governar à direita.»

Porque é importante votar na esquerda dos humildes

As sondagens valem o que valem. Mas, todos já nos apercebemos que o percurso do PS na pré e na campanha eleitoral em curso, tem sido um desastre.
O caminho que o PS tem andado a trilhar tem sido lamentável e triste. A partir do chumbo do Orçamento, Costa assestou toda a artilharia nos seus ex-parceiros de geringonça.
Os resultados estão à vista: António Costa vai-se afundando nas sondagens ao pedir maioria absoluta. Todavia, o problema começou antes, com a arrogância e prepotência táctica que Costa começou por evidenciar nas negociações do Orçamento, que a campanha sublinhou e tornou visível, pois como disse Jerónimo de Sousa, a estratégia dele e do PS, "não era encontrar soluções", mas tendo como objectivo, "ir a eleições"
Como escreveu Ana Sá Lopes ontem no Público, Costa "O construtor de pontes passou a destruidor (e está a fazer cair o PS)".
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domingo, 23 de janeiro de 2022

Paço de Maiorca: será possível o "milagre"?..

Sexta e sábado, o Paço de Maiorca esteve de portas abertas, das 14H00 às 17H00. As visitas com cerca de meia hora de duração, destinaram-se a grupos com um número máximo de 10 pessoas. 
Para além dos técnicos de cultura da Câmara da Figueira da Foz, as visitas foram acompanhadas e supervisionadas por elementos do corpo dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, “por razões de segurança” e cumprimento das normas sanitárias.

A Câmara da Figueira da Foz chama a esta iniciativa “Ver para crer”. É fácil perceber  porquê: um espaço patrimonial icónico e de inegável interesse para o município deu lugar a um ciclo ruinoso.
A realidade ultrapassa a ficção. O que vi é mau de mais. O visitante, neste caso eu, fica profundamente incomodado com a realidade "das atrocidades culturais cometidas num dos mais notáveis edifícios de caráter civil, datado de finais do século XVII”
No início da visita, tomei contacto com  "um filme com imagens reais de locais específicos do paço, captadas há 20 anos, em confronto com a dramática realidade dos dias de hoje"
“Ver para crer”,  abana mesmo consciências. A preservação patrimonial é uma questão de cultura e de valores. O processo político é conhecido. Passou pela decisão política de cancelar as obras de reabilitação e transformação do Paço de Maiorca em unidade hoteleira, tomada quando o PS governava o município, com João Ataíde na presidência da câmara. A empreitada, da responsabilidade do município, porém, havia sido lançada pelo anterior executivo camarário, liderado pelo PSD, era Duarte Silva presidente da autarquia. 
A exploração comercial do imóvel envolvia uma parceria do município com um privado. O fim das obras e a dissolução da empresa mista resultou no pagamento, em 2021, pelos contribuintes figueirenses, de uma indemnização de cerca de seis milhões de euros aos credores. E poderá não ficar por aqui, já que o ex-parceiro privado exige ser ressarcido em 200 mil euros. 

Na actualidade, o edifício está devoluto e em degradação há vários anos. O actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, já garantiu que vai tratar da reabilitação do imóvel classificado. De resto, vem reiterando que a reabilitação e a preservação do património são duas das suas prioridades.
Todavia,  pelo que me pude aperceber no rescaldo da visita, existem dificuldades que se vão colocar à reabilitação do que foi edificado - e do que foi destruído
Se o acervo doado ao Paço está a salvo, bem como os azulejos removidos e o célebre papel oriental pintado, há muitas novas inserções de betão que aumentam a área útil do edifício, criação de pisos abaixo do nível edificado original que são uma fonte de instabilidade e infiltrações no edifício e a quase total destruição dos planos originais da casa pela remoção de paredes - alterações quase impossíveis de serem revertidas.  De lamentar ainda o abandono das zonas nobres da casa - a cozinha e a capela, eventualmente pré existências ao edifício do século XVII.
Vim de Maiorca ontem à tarde, naturalmente triste, chocado, desolado, revoltado e com a seguinte dúvida: no estado a que isto chegou, para além de fazer acontecer um milagre, o que fazer com o Paço de Maiorca e com que dinheiro?

"Fraca iluminação parou surf noturno na Figueira da Foz", dizem agora os surfistas...

Em Setembro passado, a poucos dias da realização das eleições autárquicas, a Praia do Cabedelo, ficou a contar com iluminação à noite para permitir a prática de surf e ‘bodyboard’ para lá do pôr-do-sol.
A iluminação da praia situada na margem esquerda do Mondego, junto ao molhe sul, foi ligada pela primeira vez, no dia 6 de Setembro de 2021, entre as 20h00 e as 00h00, para garantir a prática de “diferentes desportos de deslize” à noite, afirmou na altura o município da Figueira da Foz.
A instalação de iluminação, investimento de 75 mil euros, surgiu de uma proposta no Orçamento Participativo da Figueira da Foz, que não venceu, mas que o município decidiu aproveitar, “pelo número de participantes e de votantes tão significativo”, disse o então presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro.

A iluminação inaugurada em Setembro passado, segundo foi dito na altura, iria funcionar das 20:00 até às 00:00 todos os dias, pelo menos até “outubro ou novembro”. O que não aconteceu.
“Neste período experimental, estamos a articular com o comandante do Porto e com as associações e escolas de surf que funcionam no Cabedelo, até criarmos um regulamento”, foi dito na altura pelo anterior presidente da câmara. Ainda segundo o anterior presidente, no futuro seria a Capitania que daria o aval, mediante as condições do mar, sendo apenas o sistema ligado “mediante solicitação de escolas de surf ou de alguma associação que surja para esse efeito”“Não queremos que esteja ligado para nada, quer por questões económicas, quer por questões ambientais”, frisou Carlos Monteiro.
Passados quase 6 meses, via Jornal de Notícias, ficamos a saber que a iluminação é insuficiente e necessita ser reforçada com mais dois ou três postes: "retoma da prática na praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, está dependente da colocação, pela Câmara, de mais postes"
Segundo o mesmo jornal, "a iluminação da praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, para a prática de surf durante a noite foi interrompida poucas semanas depois de ter sido inaugurada, no início de setembro. A decisão foi tomada depois de os praticantes da modalidade considerarem insuficiente os postes de iluminação. Os surfistas têm já agendada uma reunião com a Câmara para retomarem o projeto"
Eurico Gonçalves, proprietário de uma empresa de surf no Cabedelo e um dos promotores da iniciativa disse ao Jornal de Notícias. "Na altura, a iluminação foi inaugurada de forma experimental. Ao fim de algumas semanas, chegámos à conclusão que eram necessários mais postes de iluminação, sobretudo para o período de inverno, e demos parecer negativo"
Admite que a mudança do Executivo Municipal, com a saída de Carlos Monteiro e a entrada de Pedro Santana Lopes para a presidência, pode ter atrasado o processo. Segundo o surfista, não é totalmente seguro a prática de surf à noite enquanto o equipamento não estiver todo completo. "Com mais dois ou três postes já haverá segurança suficiente para retomarmos a prática noturna sem problemas", sublinha. 
Os promotores acreditam que após a reunião com a Câmara, a situação será resolvida. Eurico Gonçalves não tem ainda uma data para a retoma do surf noturno, mas acredita que este regressará no início da primavera.

A cobertura do Coliseu Figueirense resolveria a falta de um espaço multiusos na cidade? (2)

 Via Diário as Beiras

sábado, 22 de janeiro de 2022

A cidade que fomos: quem se lembra do Visconde de Vila Verde?

Via jornal barca nova, edição de 17 de Novembro de 1977
Para ver melhor, clicar nas imagens

"Ver para Crer" incomoda Carlos Monteiro...

A decisão do executivo camarário presidido por Santana Lopes, de abrir o Paço de Maiorca ao público, para os visitantes poderem ter a oportunidade de ver com os próprios olhos o estado em que se encontra o imóvel, levou o ex-presidente Carlos Monteiro a reagir em comunicado.   

O Paço de Maiorca abre portas, a partir de ontem, durante este mês, à sexta-feira e ao sábado, das 14H00 às 17H00. As visitas, com 30 minutos de duração, destinam-se a grupos com um número máximo de 10 pessoas. 
São acompanhadas e supervisionadas por elementos do corpo dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, “por manifestas razões de segurança” e cumprimento das normas sanitárias, e por técnicos de cultura da Câmara da Figueira da Foz.
Via Diário de Coimbra, a imagem acima mostra um resumo do comunicado emitido por Carlos Monteiro.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Afinal em que é que ficamos?..

Segundo o Diário as Beiras de hoje, "a adjudicação da prestação de serviços nas Actividades de Tempos Livres de 12 escolas foi aprovada por unanimidade". 
Contudo, a página do Município no facebook diz o contrário"O lançamento de um novo concurso foi aprovado por unanimidade."
Afinal como ficamos?
De harmonia com a correcção feita pelo Diário as Beiras na edição de  hoje, o prestador dos serviços, mesmo tendo mudado o presidente da câmara, pode continuar descansado. A prestação continua assegurada e as criancinhas de 170 famílias não vão ser afectadas.
Só que indo à página do facebook do Município deparamos com o contrário. Passo a citar o que lá está escrito: 
PARA LER MELHOR, CLICAR NA IMAGEM
Na Ordem de Trabalhos da reunião do passado dia 19 do corrente, sobre o assunto, consta o seguinte (
2.1.5.2  e 2.1.5.4):
Nota de rodapé. 
Sobre o assunto, na edição de ontem do Diário de Coimbra vinha a seguinte notícia.

Carlos Moedas "bloqueado"...

«Socialistas "bloqueiam" primeiro orçamento de Carlos Moedas após terem encontrado discrepâncias nas verbas que estavam destinadas a certas áreas, sobretudo habitação e mobilidade.
Carlos Moedas acusa o PS de "jogo político" e "má vontade" e diz que PCP é "exemplar".
"Eu trabalho muito bem com o PCP, tem sido exemplar, aquilo que diz é aquilo que faz"

Coitadinho, encontra-se doente e com febre: “não sei qual é a causa da febre, mas ele precisa de ser avaliado por um médico...”

«Rendeiro denuncia prisão à ONU: “As janelas não têm vidro. Não há água quente. Não há assistência médica. Não há roupa de cama ou toalhas adequadas”
O processo de extradição pode ser moroso. Opõe-se. 
Não quer estar preso na África do Sul. Queixa-se das condições prisionais naquele País... 
Está-se mesmo a ver o objectivo, não está?..

O debate na rádio e a opinião "improvável" de Sebastião Bugalho

Via Diário de Notícias
«Tendo visto todos os debates televisivos por premissa profissional, fiquei ontem com a impressão de que o embate radiofónico entre todos – ou quase todos – os líderes com assento parlamentar foi um dos melhores momentos da campanha eleitoral. 
Teve significado político, qualidade nos argumentos, questões por fim clarificadas e alguns sinais para futuro. Soberbamente moderado, foi um debate equilibrado nos tempos e nos tons. O vencedor, para mim, foi o improvável João Oliveira. Os derrotados, improvavelmente para mim, foram os pequenos partidos da direita democrática ali presentes. 

Os ausentes da arena foram, apesar de tudo isso, os mais presentes. Jerónimo esteve presente, sem dúvida, na mensagem que João Oliveira procurou transmitir. O PCP já não veste a pele do partido do protesto e contra a governação – seja ela qual for –, mas antes uma lustrosa capa de “força de convergência”. Tendo Jerónimo de Sousa sido um dos grandes defensores da solução política conhecida por geringonça, a vénia ficou feita – e com eficácia. Oliveira trouxe propostas do seu partido sobre a habitação e a demografia e esteve mais à vontade do que nas aparições no pequeno ecrã. Disparava pequenos apartes bem-dispostos (sobre a energia nuclear assinalou “a bomba atómica na ecogeringonça” que ocorreu, de facto, no debate) e conciliou conhecimento da realidade dos portugueses, dimensão política e empatia humana. Foi, palavra, uma belíssima performance do líder parlamentar comunista.»

Nota de rodapé.
Como escrevi ontem, «Sebastião Bugalho tem 25 anos.» Na minha opinião, «não passa de um puto palerma e deslumbrado levado ao colo para a mesa dos adultos...
Vá lá saber-se por quem. E porquê.»

Barcelos: "com o regresso da direita ao poder em Barcelos, cai, em definitivo, a devolução à esfera pública da gestão do serviço de água e de saneamento"

 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Paço de Maiorca, um imóvel que a câmara municipal, há cerca de 24 anos, decidiu, por unanimidade, adquirir...

Diário de Coimbra. 12 de Dezembro de 2019

Da série, Paço de Maiorca:um «crime financeiro» e «negócio ruinoso», mas (digo eu...), «com charme»!.. 

"Paço de Maiorca - Fita do Tempo". Para ler, clicar aqui.

Podia ser dita muita coisa, mas que acrescentar ao que disse, em Novembro de 2012,  o então deputado Nelson Fernandes?

“Tudo isto sem dúvida que correu bem para a Quinta das Lágrimas. Isto é um buraco para a Câmara mas não é o pior. Isto é um padrão do que aconteceu no mandato anterior. Parceiros há aí aos montes, é preciso é escolhê-los bem como fizeram no mandato anterior”

Porque foi comprado, é uma pergunta que se pode colocar, mas passou o tempo útil para isso.
Resta a questão: o que fazer com o Paço de Maiorca?