terça-feira, 21 de dezembro de 2021

A vegetação do areal urbano da Figueira da Foz deve ser removida?

Via Diário as Beiras


"É imperioso proteger, conservar e manter a vegetação que foi crescendo ao longo dos últimos 10 anos no areal da praia da Figueira. Destruir o ecossistema dunar será agora um verdadeiro crime contra o património natural.

As dunas formadas no areal têm sido lentamente povoadas por plantas pioneiras que fixam a areia com as suas raízes. São plantas extraordinárias porque têm uma incrível resistência à falta de água doce, às amplitudes térmicas, salinidade e ao excesso de luminosidade.

Poucos decisores políticos locais têm consciência da biodiversidade existente agora no areal e é escassa a informação no local sobre essa riqueza.

Enfatize-se a ameaça do colapso global da biodiversidade. É nosso dever criar nichos ecológicos e fomentar a biodiversidade sempre que possível, e não o contrário, a sua destruição.

A vegetação da praia é ainda fonte de beleza e prazer estético, desde o Estorno até ao Cardo-marítimo que aí proliferam.

A formação do ecossistema dunar resulta de um pequeno investimento no tempo do ex-presidente João Ataíde.

Daí resultou a vivência de um espaço, o areal, que anteriormente era triste e estéril.

Apesar da desejada remoção de areias pelo sistema de bypass (que é bem-vindo), grande parte do areal irá permanecer e haverá uma área consolidada que nunca será removida porque nos protege do mar.

Voltar ao passado, e querer “lavrar” novamente o areal, é absurdo."

Por não cumprimento do regimento da Assembleia Municipal

Imagem via Diário de Coimbra

Proposta CDU para a reposição das freguesias foi aprovada ontem na Assembleia Municipal

Imagem via Diário de Coimbra

O Governo, a gestão política da pandemia e o papel das autarquias na crise... (2)

Querem ver que o presidente também lê OUTRA MARGEM?

Numa postagem publicada em 17 deste mês coloquei a questão:
Na gestão do actual momento da pandemia, nas medidas mais impopulares, não se nota que o governo, com eleições a pouco mais de um mês, está à defesa ao poupar-se a implementar medidas impopulares, como o cancelamento de eventos, deixando essa decisão ao livre arbítrio dos autarcas?
Como sabemos, até ao momento, "o executivo camarário da Figueira da Foz mantém a festa da passagem de ano, mas com controlo de segurança sanitária à entrada. Nomeadamente, apresentação de testes negativos e certificado de vacinação, para se poder aceder ao local do espetáculo, que se realiza no Coliseu Figueirense."
Ontem na Assembleia Municipal, o presidente Santana Lopes confrontado sobre a questão pelo PS e PSD, foi taxativo: "se o Governo não proíbe porque vêm aí eleições, nós temos de proibir?"

Imagem via Diário de Coimbra

LEMBRAR JOSÉ DIAS COELHO, SESSENTA ANOS APÓS O SEU IGNÓBIL E BÁRBARO ASSASSINATO

19 de dezembro de 2021
Rodrigo de Freitas, aos 85 anos, num exercício de memória enquanto esta responde.

1 – Não é possível esquecer! Não é possível ignorar! Torna-se imperioso e inadiável lembrar aqueles da sua geração, mas sobretudo os jovens de hoje, detentores do futuro. Viver, lutar, enfrentar 48 anos duma ditadura fascista salazarista, imposta ao povo português. Para que conste sobre José Dias Coelho: Nasceu em Pinhel em 19 de Junho de 1923. Depois de ter passado por várias escolas e instituições, frequentou com sua companheira Margarida Tengarinha a Escola Superior de Belas Artes na área de escultura, sendo ambos expulsos e impedidos de ingressar em qualquer outro estabelecimento de ensino. Foram demitidos de professores das escolas onde lecionavam. Era corrente em escolas superiores e universidades assim suceder a quem lutava pelos seus ideais, pela liberdade, pela igualdade colectiva, contra o obscurantismo e miséria da grande maioria dos portugueses. 
2“A MORTE SAIU Á RUA” 
Eram cerca das 18h30 de 19 de Dezembro de 1961, quando José Dias Coelho descia a Rua do Lusíadas para a Rua da Creche, Largo de Stº Amaro, Lisboa. De um carro saltaram vários indivíduos que o perseguiam. Agarraram-no, encostaram-no à parede e deram-lhe voz de prisão. Resistiu e gritou “É A PIDE! SOU COMUNISTA!”. Foram as suas últimas palavras. Um dos esbirros da PIDE de pistola na mão deu dois tiros, um deles à queima-roupa. Tombou encostado à parede. Momentos depois os esbirros que o agarravam meteram-no num carro e rapidamente arrancaram… testemunhas viram-no cair… 
Eram 19 horas em todos os relógios…! 
3 – Cerca das 20 horas dois indivíduos deixam o corpo moribundo no hospital da CUF. Tiveram que se identificar. Tratava-se de agentes da PIDE da brigada de José Gonçalves. 
4 – No Instituto de Medicina Legal de Lisboa, onde foi autopsiado em 23 de Dezembro de 1961, os peritos concluíram que a causa de morte foi “um tiro disparado no peito à queima-roupa com intenção de matar…” 
Tratava-se de um crime politico. Os nomes dos agentes e do responsável dos tiros, vieram a saber-se, após o 25 de abril de 1974, quando na sede da PIDE na Rua António Maria Cardoso, começou a funcionar a Comissão de Extinção da PIDE, sob a orientação da Marinha Portuguesas. 
5DO TRIBUNAL MILITAR DE STª CLARA À FARSA DO JULGAMENTO DOS CARRASCOS QUE ASSASSINARAM JOSÉ DIAS COELHO
Em Janeiro de 1967, 16 anos depois do crime realizou-se o julgamento com juízes da composição mais reacionária do corpo da justiça de Salazar, vindo à memória os juízes dos tribunais plenários sendo escolhidos a dedo pelo governo e os presidentes escolhidos pelo ministro da justiça. 
A estes “juízes“ políticos, Aquilino Ribeiro, chamou prostibutários, longe de prever que após o 25 de Abril de 1974 pairaria no ar de alguns tribunais o fantasma de António Spínola, nomeado presidente da Junta de Salvação Nacional, instalada no Palácio de Belém. Spínola tudo fez para que a comissão de extinção da PIDE/DGS não fosse criada e pudesse desempenhar as suas funções com isenção e verdade… Assim se revelou mais uma vez os “caracteres” e intenções de Spínola, concretizadas com golpes, ataques e traições a tudo o que o programa do MFA estava a levar à prática. É esta iminente figura que é louvado a Marechal, dado como “pai” da democracia. Mas o tempo e a história acabarão por colocar tal marechal na merecida prateleira do lixo tóxico. 
Voltando ao julgamento, após a leitura da sentença, que absolveu os Pides, as pessoas que assistiram gritaram “Assassinos! Assassinos!”, gerando-se grande confusão no tribunal. Terminaria a saída da assistência indignada, com alas de Pides na escadaria do tribunal de Stª Clara, insultando provocatoriamente Margarida Tengarinha e sua cunhada Maria Adelaide com palavrões dos mais soezes, reles e sórdidos. Assim, a sentença vergonhosa proferida por juízes reacionários o permitira. Ainda sob estes acontecimentos, José-Augusto França, historiador e critico de arte escreveu um artigo no DL em 4 de Fevereiro de 1977, indignado, dedicado a José Dias Coelho, com o titulo, “O preço da vida de um escultor”
Todo este dramático acontecimento, terá, sempre, como canção e música “A morte saiu à rua” que José Afonso dedicou a José Dias Coelho, num acto de coragem e risco, perpetuando a sua acção política, pela paz, pelos seus ideais, a sua corajosa militância, a sua coragem, a sua sensibilidade artística, tudo pela liberdade e felicidade do povo do seu país, e dos povos de todo o mundo, sujeitos às mais indignas formas de opressão e repressão. 
Recordo, mais uma vez, José Dias Coelho, não deixando de registar os testemunhos vividos e escritos de Margarida Tengarinha, de Manuel Loff, entre muitos outros. 

E um apelo faço às novas gerações para meditar, estudar, divulgar, como foi penoso e arriscado conquistar a liberdade e o sonho que comanda A VIDA. 

Rio, Ventura e Cavaco...

O líder do Chega, André Ventura, considera que o presidente do PSD, Rui Rio, poderá ter dado o “primeiro passo” para um governo de direita com o discurso que fez no domingo no encerramento do congresso dos sociais-democratas.
No passado domingo, por sua vez, José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, também colou  Rio ao Chega, ao considerar que Rio teve um discurso “anti-sistema”, como o Chega, e parece ter “uma agenda escondida”.
Ventura foi claro: "Já temos um caminho para andar". “Gostei de ver Rui Rio tocar em pontos que são importantes para a direita, como é o caso da subsidiodependência, da fiscalização dos apoios sociais e de percebermos que não podemos ter um país em que andam uns a trabalhar e outros a viver à conta desses”.  
Cavaco Silva, concorda há muito que o PSD deve entender-se com o Chega
É uma opinião legítima, entenda-se, mas que não surpreende ninguém. 
Não esqueçamos que Cavaco se sentia perfeitamente integrado no regime fascista, politicamente e moralmente abonado por três fascistas no exercício de funções. Não esqueçamos que Cavaco recusou uma pensão a Salgueiro Maia, que atribuiu  a dois inspectores da PIDE, António Augusto Bernardo e Óscar Cardoso. Não esqueçamos que Cavaco boicotou Saramago por motivos ideológicos. Não esqueçamos que Cavaco apelidou o 10 de Junho de “dia da raça”. Não esqueçamos que Cavaco votou contra a resolução da ONU, aprovada por esmagadora maioria, em 87, que exigia a libertação de Mandela. A lista podia continuar, pelo que não existe surpresa alguma em ver Cavaco do lado dos neosalazaristas. Surpresa, se a há, é não ter sido Cavaco a fundar o Chega. Surpresa, se a há, é ter visto Cavaco eleito por um partido de centro-direita com designação oficial de ideologia de centro-esquerda. 
Rio, Ventura e Cavaco, sublinhe-se, todos filhos do PSD. E na mesma luta?

Quartel da Imagem acolhe exposição “Rostos e Vidas” – Projecto “Mais Interações em Movimento E8G”


Realiza-se na próxima quarta-feira, dia 22 de dezembro, pelas 11h00, no Quartel da Imagem, a inauguração da exposição “Rostos e Vidas”, que contará com a presença da Vereadora com o Pelouro dos Assuntos Sociais, Olga Brás, da Coordenadora da Zona Norte e Centro do Programa Escolhas, Maria de La Salete Rocha Lemos e da Alta Comissária para as Migrações, Sónia Pereira.

Trata-se de uma exposição de sensibilização a toda a comunidade para a importância dos Direitos e Igualdade entre todos, promovida pelo Projeto “Mais Interações em Movimento E8G“, no âmbito da iniciativa “Escolhas de Portas Abertas 2021” (EPA21), a qual pretende abrir o Projecto à população em geral, às instituições locais, bem como aos líderes e decisores políticos, locais e regionais.
A mostra conta com a colaboração do fotojornalista figueirense Pedro Agostinho Cruz e do Município da Figueira da Foz e tem por base as fotografias da campanha desenvolvida para a Semana da Igualdade 2021. Irá ficar patente ao público de 22 a 31 de dezembro de 2021, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h00 e aos sábados das 15h00 às 19h00 (excepto Dia de Natal).
A entrada é livre, contudo sujeita ao cumprimento das normas da Direcção-Geral da Saúde.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Assembleia Municipal aprova Grandes Opções do Plano para 2022/2026 e Orçamento Municipal para 2022

«A Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou hoje o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2022, no montante de 83,3 milhões de euros, que prevê uma linha de continuidade relativamente a 2021.
Silvina Queiroz, único eleito pela CDU, foi o
elemento da AMFF mais activo na sessão desta tarde

Os documentos foram aprovados por larga maioria, com quatro votos contra do PSD (3) e da CDU e a abstenção do único elemento do Bloco de Esquerda, cerca de 24 horas depois de terem sido viabilizados na Câmara pelo PS, na continuação da reunião extraordinária de 10 dezembro, que foi suspensa após a oposição ameaçar chumbar os documentos, o que obrigou a um processo negocial.
Na reunião de hoje, o PSD e a CDU denunciaram o incumprimento do prazo de 48 horas estabelecido pelo regimento para os documentos chegarem aos deputados municipais para análise, situação que foi resolvida com a votação da inclusão daquele ponto na ordem de trabalhos, que mereceu a concordância das restantes forças políticas e dos presidentes das Juntas de Freguesia.
O PS, que detém a maioria absoluta na Assembleia Municipal, justificou a aprovação com o facto de ser um orçamento de continuidade, mas, através do deputado João Portugal, frisou que “não o era há uma semana”.
O deputado municipal endereçou os parabéns ao executivo por ter “cedido” aos vereadores socialistas e inscrito no Orçamento uma verba de mais de 1,1 milhão de euros para investimentos nas freguesias.
No entanto, João Portugal advertiu que, futuramente, o PS não irá viabilizar orçamentos que aumentem a dívida municipal e desafiou Santana Lopes a “tentar” reduzir a dívida do município “seja a vapor ou de TGV” no final dos quatros anos de mandato.
O actual presidente da Câmara, que, recentemente, numa declaração nas redes sociais, se comprometeu a não aumentar um “cêntimo” à dívida, respondeu que também será necessário o PS não “fazer exigências” que aumentem a dívida.
Em declaração de voto, o PSD justificou o voto contra com o facto de o executivo de Santana Lopes ter revelado “muitas das práticas infelizmente repetidas nos últimos anos, como a incapacidade para o diálogo estratégico e para uma negociação com premissas de crescimento sustentável, preferindo-se a disputa casual e avulsa, sem uma visão integrada e integradora para o concelho”.
Também a deputada única da CDU votou contra o Orçamento por se tratar de um documento “de continuidade”

Candidato de esquerda vence eleições presidenciais no Chile

Via Diário de Notícias

"O deputado de esquerda Gabriel Boric, apoiado pela Frente Ampla e pelo Partido Comunista, venceu a segunda volta das eleições presidenciais no Chile ao obter mais de 55,18% dos votos.

O seu opositor, o advogado de extrema-direita José Antonio Kast, com 44,92% dos votos, já reconheceu a vitória do ex-líder estudantil."

Abençoado País que tem "patriotas" e "cidadão desinteressados e servidores públicos" deste calibre!...

Via Expresso:

Livraria Miguel Carvalho

Miguel Carvalho, está "de regresso ao panorama comercial e dos eventos das livrarias independentes. Daqui em diante, é aqui que vos espera, na Figueira da Foz".


Sábado passado, dia 18, nasceu um novo espaço livreiro na Figueira da Foz. 
Os livros não nos mudam. Porém, algumas das coisas de que os bons livros falam, essas sim, podem contrbuir para a nossa transformação. 
Os melhores livros que li falavam da vida. Incluiam ternura, solidariedade, resiliência, sobrevivência, coragem, medo,  envelhecimento e morte. 
Sem esquecer o amor... 
Passo a coisa a quem a quiser apanhar: visitem a Livraria Miguel de Carvalho, no horário das 10:00 às 19:00 de terça-feira a sábado, na Rua Dr. José Jardim, 79, na Figueira da Foz (à Praça Velha e pelourinho) na zona histórica, junto à marina da cidade. 
“LIVROS, É NAS LIVRARIAS”...

Orçamento Municipal para 2022: como se previa, não interessa como começou, mas como acaba...

Como foi ontem divulgado, "o Orçamento do Município, de 83,3 milhões de euros, foi aprovado, com os votos a favor da maioria relativa do movimento independente Figueira A Primeira (FAP) e do PS. O vereador do PSD, Ricardo Silva, votou contra." 
A reunião de câmara realizada a um domingo, concluiu a sessão interrompida no passado dia 10, o que permitiu abrir negociações com a oposição e os presidentes de junta. 
Registe-se que o Orçamento Municipal para 2022 foi aprovado pela vereação camarária no dia anterior à sua votação na Assembleia Municipal, o que acontecerá hoje.
No final da reunião de ontem o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, mostrou-se surpreendido com tamanha generosidade política por parte dos socialistas. “Estava à espera da abstenção”, admitiu, em declarações aos jornalistas. 
“Não rejeito, não ironizo. Também fizemos um esforço idêntico com o PSD, mas o PSD queria redução de impostos, internalizar a empresa municipal Figueira Domus, verbas para o comércio… Uma série de propostas que eram outro patamar”, sublinhou. 
Ricardo Silva votou contra porque, como afirmou aos jornalistas, “este é o orçamento do marasmo e da continuidade das políticas do PS que conduziram a Figueira da Foz ao marasmo”
“Para quem vinha fazer a rotura com o passado recente, ficou muito aquém”, disse ainda Ricardo Silva.
No decorrer da reunião de câmara, Ricardo com ironia afirmou: “o orçamento do PS foi aprovado”.
Mas afinal, o que é que levou os socialistas a votar a favor do orçamento? 
Segundo Carlos Monteiro, o voto favorável se justificou-se com a inclusão das propostas apresentadas pelo PS na versão final. Nomeadamente, obras nas freguesias e redução da despesa corrente. Caso contrário, como havia anunciado no dia 10, o PS votaria contra. 
Carlos Monteiro, porém, também realçou que o voto favorável  se deveu ainda ao facto de o novo executivo camarário ter tomado posse há apenas dois meses. “Este não é o orçamento que ameáçamos chumbar. O documento foi alterado”,  embora as “as negociações não tivessem decorrido como deviam”
As negociações com os socialistas tiveram como interlocutores os vereadores Anabela Tabaçó e Manuel Domingues. 
O vereador Manuel Domingues foi elogiado por Carlos Monteiro e Nuno Gonçalves "pela sua postura durante o processo negocial"
Via Diário as Beiras


Operação da ASAE, em colaboração com a GNR e PSP

 Via Diário as Beiras


domingo, 19 de dezembro de 2021

Figueira já tem Orçamento Municipal para 2022

Ricardo Silva, vereador PSD, votou contra

Realizou-se hoje, domingo, dia 19 de dezembro, a partir das 16h15m, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a continuidade da reunião extraordinária de Câmara Municipal realizada no dia 10, a qual tinha como principal ponto da agenda a aprovação do Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) para 2022 que ronda os 84 milhões de euros. O documento, como era previsível, foi aprovado. Votaram a favor FAP e PS. Votou contra o vereador PSD.

Rio tem razão: se o PSD tivesse sido governo desde 1974 o SNS nunca seria um problema, simplesmente porque nem sequer existia...

Rui Rio está a fazer o discurso de encerramento do 39º Congresso do PSD. 
Estou a ouvi-lo.  Na opinião do presidente do PSD é essencial "dizer a verdade aos portugueses": "menorizar o marketing e ser frontais, rigorosos e verdadeiros"
A saúde foi um tema focado por Rui Rio no seu discurso, com o presidente do PSD a dizer que o Serviço Nacional de Saúde está "novamente fragilizado""O SNS não está a dar resposta satisfatória às necessidades das pessoas", disse Rui Rio. "O PSD não pode deixar o Serviço Nacional de Saúde à sua sorte, e, muito menos, seguir a mesma lógica da esquerda mais radical, que, proclamando querer salvá-lo, apenas tem contribuído para a sua degradação", refere o líder do PSD. E aponta para a necessidade de uma "reforma que coloque verdadeiramente as pessoas em primeiro lugar".

Se dependesse do PSD o SNS nunca seria um problema.

Recorde-se. O PSD, juntamente com o CDS, votou contra a chamada “lei Arnaut”, quando ela foi levada ao Parlamento, onde foi aprovada com os votos favoráveis do PS, do PCP, da UDP e do deputado independente Brás Pinto. Na base da recusa da direita esteve o facto de o texto consagrar um SNS “universal e gratuito”. O PSD viria, em 1990, embalado pela maioria absoluta cavaquista, a fazer aprovar uma nova Lei de Bases da Saúde em que introduzia a palavra “maldita” para a esquerda: “privado”. Cavaco fez questão de deixar expresso que os cuidados de saúde seriam prestados em articulação com o sector privado  - o então primeiro-ministro colocava no terreno a pretensão de abrir vários sectores da economia à iniciativa privada e a saúde não foi exceção. A seu lado esteve o CDS. Do outro lado da barricada estavam os "vencedores" de 1979.

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Reunião de Câmara extraordinária

Realiza-se hoje, domingo, dia 19 de dezembro, pelas 16h15m, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a continuidade da reunião extraordinária de Câmara Municipal realizada no dia 10, a qual tem como principal ponto da agenda a aprovação do Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) para 2022.
A reunião é pública.

"Rio sob pressão", obrigado a vencer em 30 de Janeiro

Quem está a acompanhar, via televisão, o 39º. Congresso do PSD que se está a realizar em Santa Maria da Feira, teve oportunidade de ir vendo passar os discursos e as poses de diversas personagens políticas.
Ontem, evidenciaram-se  Rangel, Luís Montenegro e Carlos Moedas, não por terem apresentado uma ideia nova ou uma visão diferente para Portugal, mas pelas contas a ajustar com o passado e com os seus próprios fantasmas.
Como é evidente, unidade, unidade, unidade, - todavia, Rui Rio está obrigado a vencer as próximas eleições legislativas, caso contrário terminarão as tréguas internas.
Vitória em 30 de Janeiro, foi o que  exigiram na reunião máxima do PSD, as principais vozes da oposição interna. Todos fizeram o expectável discurso, segundo o qual agora o tempo interno é de "unidade" em torno do líder reeleito nas diretas, omitindo-lhe, portanto, qualquer crítica. Foram, porém, também muito claros a dizer que de Rio não se espera outra coisa que não uma vitória.
Paulo Rangel fez mesmo questão de insinuar que o incrível será que isso não aconteça. Fê-lo ao considerar, em declarações aos jornalistas, que a vitória do PSD está "perfeitamente ao alcance". Foi esta a frase completa: "houve as eleições internas, foi um tempo de debate que eu acho que reforçou e legitimou muito a presença do PSD, como, aliás, se vê. Penso que foi um processo muito positivo e, portanto, a partir de agora é concentrar todos os esforços para ganharmos as eleições, o que está perfeitamente ao nosso alcance."
Por seu lado, Carlos Moedas - cujo discurso provocou aplausos de pé - colocou-se a ele próprio na posição de exemplo a seguir, com a sua vitória na Câmara Municipal de Lisboa: "acho que a vitória em Lisboa foi muito importante, deu uma dinâmica muito importante, e, como disse muitas vezes na campanha, acho que de Lisboa vamos ganhar o país. E, portanto, é isso que venho aqui dizer, para estarmos unidos, porque é a hipótese que temos de ganhar o país."
Luís Montenegro - líder parlamentar nos tempos de Passos Coelho e derrotado por Rio nas diretas de janeiro de 2020 - pediu ao presidente reeleito do partido que vença agora António Costa como venceu no PSD os seus adversários internos.
"Eu queria dizer-lhe, Dr. Rui Rio, você já demonstrou cá dentro que consegue ser eficaz e aproveitar as oportunidades para ganhar eleições diretas. E eu que o diga e que o diga também o Paulo Rangel, a quem envio uma saudação amiga", afirmou. Deixando logo de seguida um apelo: "queremos que faça o mesmo a António Costa e ao PS", e recordando-lhe que agora não tem álibis com divisões internas: "tem um partido todo consigo, vá em frente, Portugal precisa de nós, Portugal precisa de si."
De sublinhar que algo inesperadamente, Montenegro afirmou-se de acordo com a tese de Rio segundo a qual o segundo maior partido nas próximas legislativas deve viabilizar o governo formado pelo maior partido. Contudo, exigiu que António Costa esclareça se também está disposto a isso (naquilo que classificou como o seu "teste do algodão"). "esta é a questão central: se o PSD ganhar as próximas eleições e se o PSD formar governo sem maioria absoluta, está o PS disponível para viabilizar dois primeiros Orçamentos do Estado?", uma pergunta que Rio depois consideraria numa entrevista à RTP ter "toda a razão" para ser feita, dirigindo-a ele próprio ao líder do PS.

À margem dos trabalhos, foram-se preparando as listas aos órgãos dirigentes. Do núcleo mais restrito de direção executiva do partido, a Comissão Permanente, sairão dois vice-presidentes, Isabel Meirelles e Nuno Morais Sarmento, que transitam, respetivamente, para a Mesa do Congresso e para o Conselho de Jurisdição Nacional. Entram para os seus lugares Ana Paula Martins (bastonária da Ordem dos Farmacêuticos) e João Pais de Moura (antigo presidente da Câmara de Cantanhede), que se juntaram aos vice-presidentes reconduzidos André Coelho Lima, Isaura Morais, David Justino e Salvador Malheiro, e ao secretário-geral, também com mandato renovado, José Silvano.
Para o Conselho Nacional - o "parlamento" do partido, sendo a eleição por método proporcional - preparavam-se várias listas, como habitualmente. Além da de Rio, também uma de Miguel Pinto Luz, outra de Carlos Eduardo Reis e outra ainda de Pedro Calado (presidente da Câmara do Funchal, sendo Luís Montenegro o seu 1.º subscritor).

Portugal já não é um país de marinheiros