domingo, 19 de dezembro de 2021
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"Rio sob pressão", obrigado a vencer em 30 de Janeiro
Ontem, evidenciaram-se Rangel, Luís Montenegro e Carlos Moedas, não por terem apresentado uma ideia nova ou uma visão diferente para Portugal, mas pelas contas a ajustar com o passado e com os seus próprios fantasmas.
Como é evidente, unidade, unidade, unidade, - todavia, Rui Rio está obrigado a vencer as próximas eleições legislativas, caso contrário terminarão as tréguas internas.
Por seu lado, Carlos Moedas - cujo discurso provocou aplausos de pé - colocou-se a ele próprio na posição de exemplo a seguir, com a sua vitória na Câmara Municipal de Lisboa: "acho que a vitória em Lisboa foi muito importante, deu uma dinâmica muito importante, e, como disse muitas vezes na campanha, acho que de Lisboa vamos ganhar o país. E, portanto, é isso que venho aqui dizer, para estarmos unidos, porque é a hipótese que temos de ganhar o país."
Luís Montenegro - líder parlamentar nos tempos de Passos Coelho e derrotado por Rio nas diretas de janeiro de 2020 - pediu ao presidente reeleito do partido que vença agora António Costa como venceu no PSD os seus adversários internos.
"Eu queria dizer-lhe, Dr. Rui Rio, você já demonstrou cá dentro que consegue ser eficaz e aproveitar as oportunidades para ganhar eleições diretas. E eu que o diga e que o diga também o Paulo Rangel, a quem envio uma saudação amiga", afirmou. Deixando logo de seguida um apelo: "queremos que faça o mesmo a António Costa e ao PS", e recordando-lhe que agora não tem álibis com divisões internas: "tem um partido todo consigo, vá em frente, Portugal precisa de nós, Portugal precisa de si."
De sublinhar que algo inesperadamente, Montenegro afirmou-se de acordo com a tese de Rio segundo a qual o segundo maior partido nas próximas legislativas deve viabilizar o governo formado pelo maior partido. Contudo, exigiu que António Costa esclareça se também está disposto a isso (naquilo que classificou como o seu "teste do algodão"). "esta é a questão central: se o PSD ganhar as próximas eleições e se o PSD formar governo sem maioria absoluta, está o PS disponível para viabilizar dois primeiros Orçamentos do Estado?", uma pergunta que Rio depois consideraria numa entrevista à RTP ter "toda a razão" para ser feita, dirigindo-a ele próprio ao líder do PS.
À margem dos trabalhos, foram-se preparando as listas aos órgãos dirigentes. Do núcleo mais restrito de direção executiva do partido, a Comissão Permanente, sairão dois vice-presidentes, Isabel Meirelles e Nuno Morais Sarmento, que transitam, respetivamente, para a Mesa do Congresso e para o Conselho de Jurisdição Nacional. Entram para os seus lugares Ana Paula Martins (bastonária da Ordem dos Farmacêuticos) e João Pais de Moura (antigo presidente da Câmara de Cantanhede), que se juntaram aos vice-presidentes reconduzidos André Coelho Lima, Isaura Morais, David Justino e Salvador Malheiro, e ao secretário-geral, também com mandato renovado, José Silvano.
Para o Conselho Nacional - o "parlamento" do partido, sendo a eleição por método proporcional - preparavam-se várias listas, como habitualmente. Além da de Rio, também uma de Miguel Pinto Luz, outra de Carlos Eduardo Reis e outra ainda de Pedro Calado (presidente da Câmara do Funchal, sendo Luís Montenegro o seu 1.º subscritor).
Portugal já não é um país de marinheiros
As consequências do desinvestimento nas pescas e na construção naval estão à vista.
Contudo, o potencial para fazer do país um gigante marítimo, da sua condição geográfica única aos novos negócios dos transportes e biotecnologias, está todo cá. O que falta fazer, então?"
Quem diz mal do dia a dia em terra, ignora as amarguras, mas também as alegrias, que dele se podem retirar no mar.
No mar uma pessoa afeiçoa-se. Muitas vezes, por pessoas de quem sabe pouco e imagina muito...
Finalmente, algo de novo...
"O Instituto Nacional de Estatística revelou esta semana mais dados sobre o Censos 2021 e a confirmação de uma nova estrutura familiar. Somos menos e estamos mais sozinhos, com mais separações e, pela primeira vez, com mais divorciados do que viúvos. As famílias estão mais pequenas e os dados da natalidade indicam que seremos ainda menos no futuro. As mulheres estão em maior número que os homens, o que se deve à sua maior longevidade. Somos 10.344.802 habitantes em Portugal (menos 2,1% que há 10 anos) e continuamos a ter uma população maioritariamente solteira (43,4%), o que até aumentou ligeiramente. Os casados (41,1 %) estão a perder terreno para os divorciados, estes últimos com mais 2% que em 2011, totalizando 8%. Também a proporção de viúvos diminuiu ligeiramente (7,5%) e, pela primeira vez foi superada pelos divorciados."
sábado, 18 de dezembro de 2021
Lido ontem nos jornais...
À atenção dos incumbentes derrotados PSD e PS figueirenses...
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD.
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes.
E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD..."
Santana Lopes falou aos figueirenses (2)
Imagem via Diário as Beiras |
sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
Telenovela da aprovação do Orçamento 2022: novo capítulo segue dentro de momentos...
Para quem está a acompanhar, dentro do possível, a telenovela em curso na Figueira em torno da aprovação do Orçamento camarário para 2022, e ainda não percebeu, é fácil explicar e entender os resultados eleitorais em 26 de Setembro passado.
1. Como sabemos, ousadia, audácia e gosto pelo risco político, foi coisa que nunca faltou a Santana Lopes.
2. Em Maio passado, ao ver o deserto político que era a Figueira, deve ter pensado com os seus botões: «nesta altura da sua vida o que lhe convinha era vir agitar e animar a "cousa" política figueirense.»
3. Se ganhasse, ganhava. Se perdesse, perdia. Todavia, o risco de perder era mínimo, como o presente continua a demonstrar...
4. Se por putativa hipótese o Orçamento camarário para gerir a autarquia figueirense em 2022 não fosse aprovado, como é que se iriam acabar as obras do ex-presidente Carlos Monteiro?
Novo espaço livreiro na Figueira
O Governo, a gestão política da pandemia e o papel das autarquias na crise...
Como sabemos, até ao momento, "o executivo camarário da Figueira da Foz mantém a festa da passagem de ano, mas com controlo de segurança sanitária à entrada. Nomeadamente, apresentação de testes negativos e certificado de vacinação, para se poder aceder ao local do espetáculo, que se realiza no Coliseu Figueirense."
Na conferência de imprensa a que acabei de assistir, Marta Temido disse há pouco em directo: "Prevalência da Ómicron ronda já os 20%. No Natal pode chegar aos 50% e aos 80% até ao final do ano".
Na gestão do actual momento da pandemia, nas medidas mais impopulares, não se nota que o governo, com eleições a pouco mais de um mês, está à defesa ao poupar-se a implementar medidas impopulares, como o cancelamento de eventos, deixando essa decisão ao livre arbítrio dos autarcas?
A vida em Portugal está a ficar difícil para os "empreendedores", ou isto só tem a ver com as eleições?..
O Orçamento para 2022
Pedro Santana Lopes, foi eleito pelo Movimento Figueira a Primeira, que venceu as últimas eleições autárquicas sem maioria absoluta, elegendo quatro vereadores (foi buscar dois vereadores ao PS e dois ao PS). A reunião extraordinária do executivo para votação do Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2022, realizada na sexta-feira passada, foi suspensa depois de a oposição ter ameaçado chumbar os documentos.
Em declarações aos jornalistas, na passada quarta-feira, o presidente do município confirmou a realização de reuniões com os dois partidos da oposição e admitiu que as negociações não estavam fáceis. O autarca referiu que as negociações continuavam a decorrer, mas frisou que não está disposto a satisfazer todas as exigências da oposição, que acusou o executivo de não ter estratégia e de apresentar um significativo aumento de despesas correntes.
Na edição da passada quarta-feira do Diário de Coimbra, o "PSD admitia o sim ao Orçamento se forem introduzidas alterações".
Santana Lopes tem vindo a rejeitar as críticas das oposições, afirmando que não “gasta nada a mais” e atribuindo o aumento das verbas com despesas correntes à sub-orçamentação, por exemplo, da rubrica do pessoal, cujas verbas eram depois “repostas a meio do ano”.
“Estamos a fazer o Orçamento inicial para responder à execução de anos anteriores”, disse o presidente do município, referindo que a rubrica das despesas correntes já desceu 2,5 milhões de euros.
As negociações “não estão fechadas”. Santana Lopes admitiu que as propostas de viabilização apresentadas pelo vereador do PSD poderão ser mais aceitáveis do que as do PS. Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, o Orçamento para 2022, no montante de cerca de 83,4 milhões de euros, “tem uma preocupação fundamental, que é assegurar a gestão do município neste tempo de incerteza e de excecionalidade” causada pela pandemia da covid-19. Segundo o líder do executivo figueirense o Orçamento para 2022 “não contém novidades, nem médias nem pequenas, e traduz os compromissos assumidos”, sendo “muito idêntico” ao de 2020.
Na comunicação que ontem fez via facebook, "Santana Lopes disse que os figueirenses nas últimas autárquicas ao escolherem a equipa vencedora, foi para ser aplicado o programa da equipa que dirige, que foi a escolhida para dirigir a autarquia, e não daqueles que tiveram 10% ou percentagem inferior ao FAP."
O Orçamento para 2022 do Município da Figueira da Foz continua em negociações, ao que consta, "difíceis".
Todavia, alguém tem dúvidas de que teremos o orçamento municipal para 2022, mais dia menos dia, aprovado?