quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Rio garante não haver compromissos com ninguém para candidaturas às autárquicas...


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Não tenho compromisso com rigorosamente ninguém, até porque eu próprio defini que, até ao dia 1 de janeiro, é zero [não há candidatos]. Outra coisa é eu tomar café com alguém e perguntar o que é que esse alguém acha para o seu concelho. Isso pode acontecer, mas é uma coisa completamente informal, não tem a ver com uma estratégia completamente montada". 
Rui Rio comentava uma notícia do Observador, divulgada na terça-feira, de que teria falado com o social-democrata Paulo Rangel sobre a hipótese de o eurodeputado avançar com uma candidatura à Câmara do Porto.

Mensagem de Natal de sua excelência o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

 Daqui

Adoro o espírito de Natal...

Imagem via Diário as Beiras

Amanhã é a véspera de Natal. 
O "nosso" presidente e o seu executivo, no fundo toda a Câmara, mesmo à beira do Natal, essa magnânima quadra de boa vontade entre os homens e, ao mesmo tempo de paz e alegria, não regateia esforços para passar a sua imagem... 
Abençoados os políticos, que não deixam ninguém para trás, nomeadamente os jornais e jornalistas: mesmo em tempo de Natal, é sempre importante o contributo para a venda de papel...

O projecto da ponte com uma única faixa de rodagem (vai ter o "trânsito regulado por um sistema inteligente de semáforos"), que há-de (um dia) ligar Lares ao Alqueidão e vice-versa...

Imagem Diário as Beiras

A vida não anda má para todos: ainda há elite...

«Os 16 caçadores que mataram 540 animais na Quinta da Torre Bela terão pagado entre sete a oito mil euros para poderem participar no evento.»

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Inadmissível (estilo musculado; melhor, «cajadado»?)...

«Na reunião quinzenal, o empresário invadiu o edifício Pirâmide, onde decorrem as sessões da autarquia e interrompeu a sessão com um cajado em punho, que utilizou para agredir o presidente mas também um vereador e ainda um funcionário. A reunião estava a ser transmitida online pela autarquia mas foi imediatamente interrompida, sendo apenas audíveis os gritos que decorreram dessa agressão.»

É dizer ao ministro que a erosão é na "Cova da Gala" que ele sabe...

Vídeo sacado daqui. Imagem via Diário de Coimbra.



Não brinquem com a saúde dos figueirenses: cuidem e valorizem os meios que já existem...

O ano está quase a terminar.
Ontem, tal como faço sempre que posso, acompanhei parte da reunião camarária.
Isto, não é só andar por aqui a escrever por escrever. Há que procurar estar o mais documentado possível sobre a realidade figueirense. Isso, como é óbvio, exige força de vontade, capacidade de sacrífíco, perseverança, pundonor, paciência, muita paciência, entre outras coisas.
Ao estar a assistir, ontem, à última sessão camarária de 2020, um ano já de si difícil e traumatizante para largos milhares de portugueses, dei comigo a pensar se a gestão da Figueira, no que respeita à gestão da coisa pública diz respeito, "está a correr bem"...
Fiquei desiludido. Aquilo que estava a assistir em directo não tinha correspondência com a realidade. 
Por exemplo, aquilo que para muitos pode ser visto como uma boa notícia, a mim gera-me desconfiança: não estará aqui a machada final nos centros de saúde das aldeias do nosso concelho?
Mais meios? Preferia que cuidassem e valorizassem os que ainda existem...

200 mil euros para apoios sociais a empresas e empresários em nome individual

 Via Diário as Beiras

Mais 600 mil para o Cabedelo

Via Diário as Beiras

«A câmara municipal obteve mais 600 mil euros de apoios europeus para as obras de requalificação do Cabedelo. Este novo cofinanciamento foi conseguido na sequência do acordo obtido entre a autarquia e o concessionário do parque de campismo. Tem como destino a requalificação dos terrenos ocupados pelo equipamento, cuja área de exploração foi reduzida para menos de metade. 
A futura concessão terá espaço para bangalôs e cerca de 20 caravanas, estas com permanência limitada.»

Caiam na real...

Como não ando por aqui para enganar ninguém, claririfico, desde já, que não gosto deste executivo camarário: pressinto-o desconchavado e com um elevado défice de competência. 
Li ontem no jornal DIÁRIO AS BEIRAS, que o presidente da Câmara da Figueira da Foz quer construir na cidade um campo de futebol para estágios de seleções e clubes. 
Carlos Monteiro disse isso na Assembleia Municipal que se realizou na passada sexta-feira. O autarca fez o anúncio quando foi questionado pelo deputado da CDU, Nelson Fernandes, sobre a necessidade de haver um campo de jogos com relvado natural, já que o único que existia, o do estádio municipal, está a ser substituído por relva sintética. 
Registe-se, que já existe um centro de estágios no concelho: o Rosa Náutica, na Praia de Quiaios, que tem recebido clubes e seleções de diversas modalidades, nacionais e estrangeiros.

Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Monteiro afirmou que o campo de futebol para estágios vai ao encontro da reivindicação de hoteleiros da cidade. 
Porém, pelo menos para mim, tudo isto, em 2020, soa a estranho e roça um amadorismo atroz.
Os centros de estágios desportivo são considerados uma das heranças do Euro 2004, que se  realizou em Portugal.
Registe-se que os centros de estágio desportivo têm, ao longo dos anos, contribuído positivamente para evolução de modalidades e desportistas nacionais. 
Ao mesmo tempo têm dinamizado as regiões onde estão inseridos.

A renovação das infra-estruturas desportivas, das vias de comunicação e até de algumas unidades hoteleiras, são consideradas boas heranças deixadas após a realização do Euro 2004, em Portugal.
Um bom exemplo desta estratégia é  Melgaço. A vila mais a norte de Portugal percebeu que uma das formas de combater a sua localização periférica poderia passar  pela construção de um moderno equipamento desportivo, preparado para responder às necessidades de várias modalidades.
Foram investidos 15 milhões de euros. 

Mais próximo de Lisboa, existe o Centro de Estágios de Rio Maior (que conheço bem, pois vivi em Rio Maior, por razões profissionais, alguns anos), que continua a atrair para uma área anteriormente pouco valorizada, milhares de desportistas. O Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio Maior, preparado para acolher as mais variadas modalidades, tem ainda capacidade para hospedar mais de 100 pessoas nas suas instalações, em condições em tudo semelhantes a um hotel.
Foram investidos largos milhões de euros. Na altura em que vivi em Rio Maior, parte da população questionava os milhões gastos nesta opção política de desenvolvimento, pois isso criou dificuldades ao desenvolvimento doutros sectores da vida do concelho.

Outro dos exemplos frequentes neste tipo de instalações desportivas surge na simbiose entre o conforto das unidades hoteleiras e a proximidade de centros de estágios. Ofir, em Esposende, e Quiaios, na Figueira da Foz, conseguiram conjugar o investimento privado em unidades hoteleiras de qualidade, com centros de estágios privados, ou municipais, que permitem taxas de ocupação frequentes durante o ano.
Na Beira Alta, cidades como Guarda, Seia, Gouveia, ou Celorico, já deram  passos neste rumo, conseguindo, nos últimos anos, oferecer condições para que algumas das principais equipas de futebol nacionais procurem na região tranquilidade e bons equipamentos, mas, sobretudo, preços competitivos. Luso e Óbidos são outros exemplos.
No Algarve,  diversas unidades hoteleiras e o bom clima,  proporcionam boas condições de trabalho para as equipas que procuram a região, durante todo o ano, nomeadamente as cujos campeonatos param no Inverno devido às condições de tempo adversas.

É neste contexto que Carlos Monteiro quer competir no exigente mercado dos estágios de clubes e seleções de futebol, com  "uma placa de relva natural, umas balizas, uma coisa simples" para encher os hotéis da Figueira da Foz?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

OS MEUS AMIGOS

«Dos meus amigos quero calor. Quero saber que sejam bons. Quero saber que queiram saber. Cada um de nós é uma pequena embarcação. Uns à deriva, outros não. Partilhamos o rio. Uns estão de lancha. Outros com o barco furado e a meter água. Vão-se afogar. Rememos até eles e convidemo-los para o nosso barco. Já fui salvo algumas vezes. Sinto já ter salvado. Ser amigo é isto. Salvar, dar amparo, dar chão tão seguro que apeteça dançar em cima dele. Mesmo que na flutuação perigosa de um rio. Mesmo que sob um nevoeiro de pensamentos abstrusos. Dêem-me esse chão. Agarrem-me pelo braço. Dou-vos esse chão, agarro-vos pelo braço. Hoje aqui, amanhã acolá. Hoje em choro, amanhã em deleite. Hoje a deitar água, amanhã a reparar a embarcação furada de outro. É isto que são os meus amigos. Mais bonitos do que a junção de todas as letras que a República das Letras escreveu sobre amizade – porque real.»

O verdadeiro artista...

Via Diário as Beiras
«“Aquilo que pretendemos é uma placa de relva natural, umas balizas, uma coisa simples, para podermos ter algumas seleções a treinar e ficar nos hotéis”. No entanto, garantiu Carlos Monteiro, “isso será a longo prazo, porque a prioridade é recuperar os equipamentos desportivos existentes”...  
Por esta ordem de prioridades, acrescentou o edil, será construída uma piscina coberta na cidade, um pavilhão polidesportivo e, depois, “havendo condições para isso”, o campo com relvado natural.»

Ouvido na rua: "esta malta que gere a Câmara tem a mania de planear mal as obras..."

Obras no Mercado Municipal Engenheiro Silva 
Comerciantes em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS: 
"Isto está a prejudicar-nos. O negócio estava mau por causa da pandemia e as obras arrasaram o negócio, numa quadra do ano em que esperávamos vender mais qualquer coisinha."

domingo, 20 de dezembro de 2020

Uma comemoração diferente para assinalar os 138 anos de vida dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz assinalou ontem o seu 138.º aniversário.

O evento foi lembrado de forma simbólica: houve uma romagem aos cemitérios e o desfile silencioso de viaturas pela cidade, com paragem em frente a Câmara Municipal, onde a sirene de um carro tocou, «numa homenagem a todas as vítimas da Covid-19, a todos os que estão na primeira linha, desde os médicos aos enfermeiros, funcionários dos lares, até aos bombeiros, Cruz Vermelha, INEM, Protecção Civil», no fundo, «os que se confrontam com a doença e que a ela têm que dar resposta».
Foi uma comemoração de aniversário diferente.
Não Sessão Solene comemorativa e a entrega das Distinções Honoríficas. Foi apenas entregue simbolicamente por todos os que justamente as iam e vão receber, ao Presidente da Assembleia Geral.

Na foto, o Coronel Carlos Gonçalves, Presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz.

Em Quiaios onde ficou, por parte do PS Figueira, o respeito pela ética republicana?

Já todos sabemos o que se passou em Quiaios. 
Assistimos ao funcionamento da justiça, embora lento. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou Fernanda Lorigo do poder. 
O PS Figueira, a seguir, transformou um caso de Justiça num caso de política. 
Neste momento, a freguesia de Quiaios ficou sem o presidente da junta em funções, após a renúncia ao mandato dos eleitos da oposição (PSD e CDU) na Assembleia de Freguesia. 
Existe uma comissão administrativa provisória, até o Governo indicar uma comissão que fará a gestão corrente da autarquia até à realização de eleições intercalares. 
A demissão colectiva dos eleitos do PSD e CDU aconteceu na sequência da perda de mandato, imposta em setembro pelo tribunal, da presidente e do secretário da junta. 

Um problema que apenas teve a ver com a Justiça, transformou-se num problema político, dada a insistência do PS em tentar formar novo executivo. 
PSD e CDU, em maioria na Assembleia de Freguesia, fizeram o que tinham que fazer. 
Na Assembleia Municipal realizada no passado dia 18, Quiaios não esteve representada por não existir presidente de junta. Porém, Quiaios não deixou de ser falada na Assembleia Municipal. 
Primeiro, o presidente da câmara participou à assembleia a ausência, quando o correto teria sido o presidente da assembleia a fazê-lo... 
Depois, o deputado Nelson Fernandes, da CDU, criticou as declarações do ex-presidente de junta feitas ao DIÁRIO AS BEIRAS, nas quais defendeu que à oposição restava viabilizar um executivo de compromisso ou renunciar por não ter nada para oferecer à freguesia. 
João Portugal, saiu em defesa do autarca quiaense. Instalou-se alguma polémica, que se estendeu e envolveu, lamentavelmente, o presidente da assembleia municipal. 

Não foi bonito e perdeu-se tempo. No meio disto tudo, dei comigo a pensar onde ficou, neste caso de Quiaios, a tal ética republicana, tão cara ao PS, pois foi um conceito introduzido no debate político nacional por dirigentes do partido no poder no país e na Figueira. 
Recordo que o político que se comportou com grande elevação e dignidade neste capítulo, dando um exemplo de ética que ainda é recordado, foi António Vitorino. Quando era ministro da Defesa do Governo de António Gutierres, um jornal acusou-o de ter fugido ao cumprimento das suas obrigações fiscais. Perante as notícias António Vitorino apresentou a sua demissão, porque sobre um ministro do Governo não podiam recair suspeitas tão graves, isso apesar de a então Direção-Geral dos Impostos ter esclarecido que António Vitorino tinha cumprido com as suas obrigações. 
Aliás, se bem me lembro, apenas teria sido cometido um erro processual que o prejudicou. 

É assim que os democratas se deveriam comportar. 
António Vitorino deu o exemplo, a partir daí passou a ser uma referência ética para toda a classe política, desde o Presidente da Republica ao presidente da junta de freguesia da aldeia mais recôndita, incluindo Quiaios. 
Por isso, não entendemos porque razão o PS Figueira não retirou as devidas ilações éticas e morais e assumiu as consequências políticas em Quiaiois. 
Querem que vos recorde o que se passou em 2014 na freguesia de S. Pedro, onde ainda sem julgamento e sentença dos Tribunais, bastou uma notícia de jornal,  para acontecer a demissão do presidente eleito pelo PS, e a seguir a de todos os elementos eleitos pela lista do PS para a assembleia de freguesia?
Afinal como é: a ética republicana para o PS Figueira é uma coisa que se usa avulso? 
Com o arrastamento do caso de Quiaios, o PS tentou impedir o que não poderia deixar de ser feito por imperativos éticos do seu partido e que vai acontecer, para bem da ética e do respeito que os políticos têm de merecer: o funcionamento da democracia.
São atitudes políticas, como a tomada pela concelhia do PS no caso de Quiaios, que contribuem para a profunda descredibilização da república e da democracia em Portugal. Deixem de "atirar areia" para os olhos dos figueirenses.

Despedido médico que denunciou morte de Ihor

«Carlos Durão tem carreira ligada à criminologia, mas foi dispensado da Medicina Legal»