terça-feira, 27 de outubro de 2020
A Figueira ainda não morreu definitivamente... Mas, por este caminho, já não falta muito...
Cristina Ferreira e as presidenciais
Via Luis Osório
«Sigo Cristina Ferreira para me ajudar a compreender o mundo.
É a mais popular apresentadora de televisão em Portugal.
E é tudo menos parva.
Sabe o que faz, sabe o que diz e sabe os efeitos das suas opiniões. Sabe também aproveitar em seu benefício o que aparentemente são fragilidades (suburbana, ostracizada pelas elites). É o paradigma de My Fair Lady. Insinuante e quase ingénua (sem o ser). Uma mulher simples sem ser vulgar (sendo-o bastas vezes).
Em tempo de discussão presidencial – perfilando-se já candidatos para 2025 –, a apresentadora e agora diretora de programas da TVI (pobre Nuno Santos) já confessou que pode ir a jogo.
E deixem-me dizer uma coisa quase pornográfica.
Ela pode ganhar.
Num país tão pouco politizado, e com tão baixos índices de compreensão sobre os mecanismos sociais, económicos e políticos, porque não? Seria levar à máxima a ideia de que a democracia se transformou num recreio onde o que verdadeiramente é importante passa por estarmos animados em permanência. E quem melhor do que Cristina Ferreira para o conseguir? Quem melhor do que ela para transformar o Palácio de Belém num gigantesco estúdio de televisão em que, 24 horas por dia, poderíamos ver o que a Presidente fazia, com quem reunia, os seus almoços e jantares, as reprimendas que daria ao primeiro-ministro, as visitas guiadas à residência oficial, os segredos dos governantes estrangeiros, os detalhes dos banquetes oficiais, as noites de sono e tudo sobre os seus assessores, cozinheiros, maquilhadores, massagistas, mestres de cerimónias, amores?
E para acabar, diria o seguinte. O desejo de se candidatar a Belém também diz sobre a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa. Ele é tão próximo das pessoas, tão Papa Francisco, tão aparentemente pouco institucionalista, que levou Cristina a considerar que pode desempenhar bem a função. Cristina Ferreira não o afirmou, mas acha que Marcelo é um excelente apresentador de televisão e que aquilo que ele faz ela poderá também fazer. Se Marcelo é amado pelo país, ela também o é.»
O PS e a decisão sobre as presidenciais...
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Viagens ComSentidas...
Pelas juntas de freguesia...
Manuel António Pina: "empenhar-se ao máximo, sabendo que é irrelevante. É essa a grandeza do ser humano"
Filme do Turismo Centro de Portugal vence grande prémio em festival
domingo, 25 de outubro de 2020
Figueira: foi uma vez...
Figueira, um concelho a empobrecer.
Essa é que essa, como escreveria o Eça...
Não a empobrecer por causa da pandemia, que apenas agravou e tornou indisfarçável esse empobrecimento, mas de antes, de mais de 4 décadas sem rumo.
Sem emprego para os jovens e a morrer de envelhecimento.
Fechou-se a maternidade, que vinha do tempo da «outra senhora». Ter filhos, na Figueira, ou na maternidade da A14, passou a constituir um misto de loucura e coragem.
Figueira, que foi uma vez uma terra de liberdade.
É claro, que não perdeu liberdade em termos formais. Neste concelho, em matéria de liberdade, sempre se publicitou muito mais do que aquilo que se concretizou.
Mas a perder liberdade de facto. Famílias com menos oportunidade de escolha na educação a dar aos seus filhos. Casais com menos rendimento e maiores encargos, com menos infraestruturas públicas que impostos, sem horários nem apoios, impossibilitados de terem filhos. Trabalhadores sem expectativas de promoção. Empresários sem incentivo para promoverem. Jovens qualificados, sem saídas profissionais.
Figueira, que foi uma vez, terra de esperança, que desistiu de si e do futuro.
Figueira, um concelho que continua agarrado à grandiloquência do passado. Mas, um concelho sem qualquer visão de futuro. Um concelho onde é sempre carnaval: demasiadamente ocupado em gastar no dia-a-dia o dinheiro que existe, sem querer investir solidamente num futuro sustentável e sem qualquer aposta na sua emancipação.
Um concelho em que os jovens qualificados só “fora” podem esperar oportunidades.
Um concelho ao longo de décadas domesticado pelos partidos políticos, com avenças e lugarzinhos para distribuir pelos indefectíveis, sem que a competência seja - vagamente sequer - critério.
Um concelho de jovens sem expectativa de futuro, presos ao presente em casa dos pais.
Um concelho sem esperança, onde para pagar uma dívida que deveria estar mais do que prevista em termos de orçamento, em vez de tentar um acorde de pagamento recorre a mais um empréstimo, empurrando com a barriga para a frente, para ter mais dinheiro disponível, para continuar a fazer disparates urbanísticos.
Figueira, uma terra de políticos incompetentes.
Neste concelho, manda o executivo camarário mais incompetente de que há memória, suportado numa maioria absolutíssima e mais acéfala que se poderia imaginar.
Uma oposição, em grande parte conivente e folclórica, também impreparada, compõe o ramalhete.
Dois terços do principal partido da oposição, comporta-se como uma espécie de Dupont do Dupont que está no executivo.
Estes dois terços da oposição, ávido e faminto de umas migalhas que lhe caiam da mesa, vai fazendo o seu papel de dividir o que sobra da oposição.
Chega, CDS e os dois terços da oposição que têm sido a muleta da situação, não estão a dormir para acabar com o resto...
A Figueira ainda não morreu definitivamente
Mas, por este caminho, já não falta muito.
Todos somos pessoas
Os super-homens e as super-mulheres também.
(Nascem, crescem, amam, odeiam, são poderosos, são frágeis, têm calor, têm frio, vivem momentos felizes, vivem outros de desespero.)
Todos somos alguém.
Vivemos.
Sofremos.
Morremos.
Todos somos mortais.
Todos somos pessoas.
Umas más, outras boas.
Ninguém é igual.
Mas, todos, somos o coração de Portugal.
Até numa simples vacina nem todos somos tratados como iguais...
sábado, 24 de outubro de 2020
Novo livro de Cavaco Silva
«Nem dado»...
«Até parece que alguém está a pagar o livro requentado de um tardio Cavaco Silva, escrito para comemorar os 25 anos em que deixou o Palácio de S. Bento. Ninguém já se recorda, mas Cavaco Silva - que ainda hoje se acha como não sendo nem de direita nem de esquerda, como o afirmaria todo o sujeito que é de direita - saiu envolto no tabu de deixar o poder entregue aos mais turvos interesses, ao que parece pressionado por provas entregues à comunicação social do enriquecimento ilegal de diversos ministros, igual fruto do seu papel de introduzir - através de políticas deliberadas e desejadas - o projecto neoliberal em Portugal.
Na sua autobiografia política escreveu que se afastou porque se tinha vindo "cansando da vida partidária", que "estava a ficar farto", que os "comportamentos oportunistas e mesquinhos de alguns dirigentes partidários desenvolveram" nele "uma crescente sensação de fastio e vontade de reencontrar outras envolventes humanas, outras linguagens, outras atitudes" e que "era com sacrifício que participava nas reuniões dos órgãos de direcção do partido e escutava os discursos dos chamados barões ou de certos dirigentes".»
... às vezes, "pela boca morre o peixe"...
"Chega quer tornar voto obrigatório e sanções para quem não cumprir"!..
«Ricardo Santos: a sorte de ter à mão de semear um homem providencial! "O seu a seu dono". A justiça fez o seu papel. Os políticos que façam o seu. Qual é a dúvida? » (2)
Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia de Quiaios vai reunir de novo dia 28 de outubro de 2020
Nos termos do disposto no número dois do Artigo 53.o da Lei nº 7512013, de 12 de setembro, distribuo a Ordem de Trabalhos da Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia, a realizar no próximo dia 28 de outubro (quarta-feira), pelas 21h30, na sede do Quiaios Clube.
1. Período da Ordem do dia
1.1.Tomada de posse dos novos elementos da Assembleia de Freguesia para ocupação dos lugares vagos;
1.2. Discussão e votação da ata da sessão ordinária de 25.09.2020;
1.3. Discussão e votação da ata da sessão extraordinária de 28.09.2020;
1.4. Discussão e votação da ata da sessão extraordinária de 06.10.2020;
1.5. Eleição, por escrutínio secreto, dos vogais da Junta de Freguesia;
1.6. Tomada de posse dos novos elementos da Assembleia de Freguesia para substituição dos membros da assembleia que irão integrar a Junta de Freguesia;
1.7. Eleição, por escrutínio secreto, dos lugares vagos na Mesa da Assembleia de Freguesia.
A sessão é pública.