terça-feira, 22 de setembro de 2020

Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (4)

 Via Diário as Beiras

«Carlos Tenreiro, eleito pelo PSD mas com a confiança retirada pela concelhia, "atacou" Ricardo Silva»

Costumo acompanhar, via internet, as reuniões de câmara. À última, porém, que se realizou ontem, por motivos pessoais, não tive essa possibilidade.

Aquilo que sei é pelos jornais de hoje.

Nas Beiras pude ler:  "o vereador Ricardo Silva voltou à carga com o Paço de Maiorca. A maioria socialista e o vereador PSD Carlos Tenreiro (o Partido retirou-lhe a confiança política) reagiram com veemência acusando o edil da oposição de ter truncado o documento."

No Diário de Coimbra, sobre este assunto, vem o seguinte:


Começo a ficar cada vez mais intrigado com o apoio continuado do eleito pelo PSD, Carlos Tenreiro, ao executivo socialista, desde que Carlos Monteiro tomou posse em Abril de 2019.

Será que se pode falar em "telhados de vidro"?

Estão a ver porque é tão importante a realização da auditoria?

"Carlos Monteiro, justificou que a autarquia não aplicou uma redução no IMI por ter de pagar 5,1 milhões de euros aos credores das obras do Paço de Maiorca"

 Via Diário as Beiras

Rectificação...

Via Diário as Beiras

 A notícia em questão, pode ser vista clicando aqui.

"Ricardo Silva acabou por obter do presidente da autarquia, Carlos Monteiro (PS), a possibilidade de poder vir a concordar com a realização de uma auditoria ao dossiê Paço de Maiorca"


 Via Diário as Beiras

6,8 milhões por dia, a fundo perdido!

A
“caridadezinha” é tanta, 
que dá para desconfiar! 
Será que a Europa é santa, 
ou tem interesse em a sustentar?

Gomes Cravinho, Ministro da Defesa, defende estudo sobre necessidade de aeroporto no Centro

"Faz sentido pensando nacionalmente haver aqui uma estrutura aeroportuária? Vamos retomar um processo que já esteve em curso e que entretanto foi interrompido pelas eleições de outubro e depois pela pandemia". 
Gomes Cravinho referiu que deve existir um estudo entre o Ministério da Defesa e o Ministério das Infraestruturas e da Habitação "para olhar para aquilo que é possível para Monte Real" e, "em paralelo, deve haver um estudo sobre para que serviria, qual o investimento e como se vai buscar o financiamento".
Sobre a possibilidade de abrir a Base Aérea n.º 5, em Monte Real, se existir um projeto privado, que seja economicamente sustentável, o governante sublinhou que a "perspetiva da Defesa não tem a ver com o sucesso do projeto".

 Via Notícias ao Minuto

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Sabem o que vale ao PSD Figueira?

É, antes de ser um partido de intelectuais, clubes de pensadores, ou iluminados, é um partido cujo aparelho são as bases. 
Só um partido assim pode estar 3 anos sem uma equipa coesa e firme na oposição camarária, sem se extinguir, nem colapsar...







 Via Diário as Beiras

Olha que novidade...

Lembram-se da anedota distrital de 2018?


Depois da propaganda, temos agora a realidade: Aeroporto Internacional de Coimbra “morreu antes de nascer”!

Recorde-se:

Perante as afirmações da CIM da Região de Coimbra de que estaria a estudar com o Governo uma nova localização para o aeroporto, Gonçalo Lopes interpelou o ministro Pedro Nuno Santos, do qual recebeu uma mensagem tranquilizadora...

Jornal de Leiria. 23 de Janeiro de 2020

“Não te preocupes. Só o [aeroporto] de Monte Real tem pernas para andar”.
A mensagem foi enviada pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, ao presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, que a interpreta como o reforço do “compromisso do Governo” em relação à abertura da Base Aérea n.º 5 (BA5), em Monte Real, à aviação aviação civil."

Figueira da Foz: mais 4 casos confirmados...


 Imagem via Diário as Beiras

Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (3)

 Via Diário as Beiras

A arrogância meritocrática

«Os que aterraram lá em cima tendem a acreditar que o seu sucesso se deve apenas a si mesmos. E na mesma lógica acham que os que ficaram para trás merecem o seu destino. 

Esse menosprezo gera cada vez mais indignação e rancor. As elites meritocráticas são pouco humildes. Muitos nunca se interrogaram sobre os privilégios. Desafiar essa naturalização é importante, propondo o fomentar de espaços comuns de cidadania, onde pessoas de condições e estilos de vida diversos se encontrem, renovando a sociedade civil, furando bolhas, criando experiências partilhadas. Talvez tenha razão. Mas não sou tão optimista. Os comportamentos só se transformarão com políticas. E este devia ser o momento para as implementar, repensando o valor social da contribuição de quem faz trabalhos que não gozam de prestígio ou mal remunerados. Se existiu altura em que os mais privilegiados tiveram oportunidade de constatar o quão dependemos uns dos outros foi este, através da actividade essencial de muitos daqueles que assumiram riscos enquanto outros estavam protegidos. Se não existir um pingo de humildade agora, será quando?»
Via jornal Público

O debate político-partidário local está degradado ha muito tempo

Nos idos de 1975, no decorrer do chamado PREC, alguma da direita mais radical alinhada com a "Maioria Silenciosa", trouxe ao debate político a moca de Rio Maior. 
Como sabem, a moca é um pau maciço, com uma ponta mais larga cravejada de pregos. Essa, era a arma que essa direita imbecil entendia ser a melhor para combater os comunistas. 

45 anos depois, em Agosto
 de 2020, na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia de S. Pedro relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, um autarca militante e eleito pelo PS, respondeu, por escrito e em papel timbrado do órgão autárquico a que preside, a Junta de Freguesia de S. Pedro: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites"
A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945. 

O PSD criticou. Por sua vez, «o presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder do PS local mostrou-se "indignado" com a postura do PSD! 
O presidente do município manifestou-se "indignado", sim, mas com a abordagem de que diz ter sido alvo o assunto por parte da concelhia do PSD. 
Que foi a seguinte: o PSD da Figueira da Foz acusou o presidente da junta de freguesia socialista de má conduta democrática, exigindo ainda ao presidente da Câmara Municipal que, "de uma forma clara e inequívoca, manifestasse o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa", sob a pena "de estar a ser cúmplice de má conduta democrática" do presidente da junta, António Salgueiro. 
E qual foi a resposta de Carlos Monteiro?
"Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara".
"É uma imagem", dirão os socialistas apoiantes de Salgueiro e Monteiro. 
Pois é. E bem verdadeira. É a imagem de quem acha que a política se faz à cacetada (deseja-se que apenas com o verbo). 

Quem acompanha a vida política local e assiste a reuniões da Assembleia e Câmara Municipal, sabe que não existe debate político há muitos anos na Figueira. 
Quando muito, existe debate partidário. Nas Assembleias Municipais a qualidade dos seus membros (principalmente nos partidos do chamado arco do poder) tem vindo a degradar-se eleição após eleição. 
(Quem duvidar desta realidade, que vá assistir a uma sessão e depois trocaremos opiniões...)
Como escreve João Vaz na edição de hoje do Diário as Beiras, «os actores com qualidade política são poucos. 
Nas reuniões da Câmara Municipal, entre presidente e vereadores, está o melhor palco local de discussão e debate político. Contudo, assistimos frequentemente a ataques pessoais, defesas de honra, “queixinhas pessoais” e um sem número de remoques sem substância política. Alguns políticos locais chegam a misturar a sua vida privada com a intervenção política, amiúde vitimizando-se, degradando o debate político.» 

E o que pode fazer um cidadão? Tentar exercer o direito de cidadania. Como pode e como sabe. Só que isso não é bem visto, nem benquisto, pelo poder do momento. 
Como cidadãos, em teoria, temos todo o direito de nos manifestarmos, contra ou a favor, com esta ou aquela linguagem, apenas com os limites da ética e do código penal. Só que os novos censores não aceitam a Liberdade de pensamento. Gostam é de estabelecer os limites da Liberdade de expressão e de pensamento. Na Figueira, os políticos no poder nunca fizeram esquecer algumas perversidades geradas no absolutismo de Salazar. 
Os intocáveis, como vimos na reacção de Carlos Monteiro em relação ao vergonhoso e antidemocrático comportamento do seu camarada António Salgueiro, esquecem o essencial: em democracia, tudo e todos estamos permanentemente em regime de prova
Em 2020, tal como em 1975 (aconteceu e acontece comigo...), o "lápis azul" assume formas mais maquiavélicas de tentar riscar as opiniões diversas. 
A ameaça velada, o sorrizinho amarelo, o passar à frente, o vê lá no que te andas a meter, a encomenda para a tentativa de silenciamento. 
Assim não vamos lá: só com o exercício da cidadania, cumpriremos a democracia.

Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (2)

Piscina das marés - Figueira da Foz  
Vídeo sacado daqui

Aldina Duarte

«O grande acontecimento que marca a minha primeira infância é o fascismo. 
A minha infância foi triste, cruel (...) 
As crianças pobres assistem à humilhação dos pais (...) 
O fascismo é isso. Achar que há seres humanos de primeira e seres humanos de segunda. 
O segundo momento da minha vida foi o 25 de Abril, é óbvio. Foi a restituição da dignidade merecida.»

domingo, 20 de setembro de 2020