"PS da Figueira da Foz diz que caso de autarca que citou Mussolini é assunto encerrado"...
Declaração de interesses: temos pena, mas a alguns de nós resta-nos continuar a ser gente e não verbos de encher...
"PS da Figueira da Foz diz que caso de autarca que citou Mussolini é assunto encerrado"...
Declaração de interesses: temos pena, mas a alguns de nós resta-nos continuar a ser gente e não verbos de encher...
Primeira página do jornal O Figueirense de 16 de Novembro de 2012 |
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder do PS local mostrou-se hoje "indignado" com a postura do PSD no caso do presidente de Junta que citou Mussolini e disse que o assunto está encerrado.
O presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, na Figueira da Foz, apelidou de tolos e ignorantes os autores de uma petição, utilizando, num ofício em papel timbrado, uma citação atribuída ao ditador fascista italiano Benito Mussolini.
"O presidente de junta já referiu que não pretendeu citar Mussolini, não tão pouco sabia que a frase lhe estava associada, o que, em termos de Partido Socialista concelhio, encerra o assunto", disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara da Figueira da Foz e líder concelhio socialista, Carlos Monteiro.
O presidente do município manifestou-se ainda "indignado" com a abordagem de que diz ter sido alvo por parte da concelhia do PSD.
O PSD da Figueira da Foz acusou o presidente da junta de freguesia socialista de má conduta democrática, exigindo ainda ao presidente da Câmara Municipal que, "de uma forma clara e inequívoca, manifeste o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa", sob a pena "de estar a ser cúmplice de má conduta democrática" do presidente da junta, António Salgueiro.
"Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara", afirmou ainda Carlos Monteiro.
Na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, eleito pelo PS, afirmou, também por escrito: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".
A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945.»
Nota de rodapé. Os senhores António Salgueiro e Carlos Monteiro, militantes do Partido Socialista (um partido fundado por Mário Soares, um homem que viveu intensamente, correu riscos, foi corajoso, que se manifestou e lutou contra os representante políticos de um país chamado Portugal, quando o poder político era fascista) que graças ao 25 de Abril de 1974, são, respectivamente, presidente da junta de freguesia de S. Pedro e presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, estão em sintonia: quem os ousar questionar, interpelar ou criticar, "leva".
Recorde-se: na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por duas residentes, que juntaram à carta uma petição subscrita ao longo do mês de julho por uma centena de pessoas, António Salgueiro, eleito pelo PS, afirmou, também por escrito: "O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".
Com esta atitude mostrou que vive, de facto, noutro tempo. Um tempo em que o cidadão comum não tinha opinião. Um tempo em que contestar ou criticar um político é um pecado que deve ser castigado.
Os senhores António Salgueiro e Carlos Monteiro devem continuar a viver num tempo que já passou. Não percebem o tempo de hoje, daí esta inabilidade de ambos. Ainda não perceberam que vivemos em democracia e que todos os cidadãos e cidadãs têm direitos e deveres. Não perceberam nada. Se percebessem alguma coisa não faziam estas figuras ridículas que estão escarrapachadas nos jornais.
A nós, pelo menos a mim, resta-me continuar a ser gente e não verbo de encher...
"Já vimos o Presidente aparecer no local onde o avião caiu poucos minutos depois do acidente, já vimos o Marcelo em todos os desastres, já vimos o Marcelo em todas as procissões, já vimos o Marcelo em todos os funerais, já vimos o Marcelo ir a todas as praias com o seu polo azul cueca a salvar o turismo na ausência dos bifes, o que nunca pensámos era ver o Presidente chegar primeiro que os nadadores salvadores a todos os náufragos.
Marcelo Rebelo de Sousa parece querer ultrapassar os votos de Mário Soares, mas ao ritmo destes improvisos vamos acabar por ver os livros da Anita serem suplantados pelos livros do Marcelito. Compreende que Marcelo rebelo de Sousa queira ficar na história de Portugal à força de disparos de máquinas fotográficas, mas a este ritmo há um sério risco de começar a cair no ridículo.
Marcelo ainda não percebeu que a maralha não quer uma selfie com o grande Presidente, mas sim ter uma selfie com uma espécie de artista que conseguiu levar uma boa parte dos portugueses a achar tanta graça a uma selfie com o Marcelo como a assinatura do Cavani na camisola que trazem vestida. Aos poucos o país volta a ter o comentador que gosta deste brinquedo que vai do Algarve ao Minho e tem cada vez menos um Presidente para ter o mesmo Marcelo de sempre.
Isso pode ser muito bom para o seu ego e até para os resultados das próximas presidenciais, mas é mau que o país tenha cada vez mais um Presidente da República para ter um Marcelito. Secar o espaço político à esquerda, ao centro e na direita pode ser muito bom para o seu ego, mas serve apenas para fazer crescer a extrema-direita, que vê neste candidato presidencial uma excelente oportunidade para crescer.
O grandioso salvamento das duas jovens que estavam num barco e que depois de um naufrágio já tinham bebido um par de pirolitos foi uma anedota ridícula. Quando vi os coletes olhei bem para ter a certeza de que não os tinham metido pelas pernas, em vez de os meterem pelos braços, pois só de cabeça para baixo é que teriam bebido tanta água.
Sejamos sérios, estamos numa praia segura, com nadadores salvadores bem equipados que só chegaram de imediato e se o Marcelo estava sozinho em tão perigosa tarefa é porque alguém disse aos seus guarda-costas que se deixassem ficar para trás. Marcelo não salvou ninguém e com banhadas destas é ele que se vai afundando, que não há político que consiga o afogamento quando se nada no ridículo."
Via jumento
"Em Portugal, um notável é, como se sabe, alguém que, em certa altura da vida, exerceu o direito aos seus quinze minutos de glória televisiva, o que pode acontecer tanto por ter descoberto o caminho marítimo para a Índia como por ter andado, em qualquer concurso, aos pontapés aos restantes concorrentes. Aparecer em festas de "sociedade", ocupar um cargo político, por irrelevante que seja, ou ser acusado de um crime infame (ou ser advogado de alguém acusado de um crime infame) são também, entre muitas mais, vias apropriadas para aceder à notabilidade.
De tal modo que ser não-notável se tornou uma raridade, acessível apenas a gente sofisticada."
Manuel António Pina, Visão, fevereiro de 2004.
"Silêncio é a unica resposta que devemos dar aos tolos.
Porque onde a ignorância fala a inteligência não dá palpites!“
PSD Figueira exige ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que “de uma forma clara e inequívoca”, manifeste o “maior repúdio” por um “desaforo à democracia representativa”.
O caso levantado pelo OUTRA MARGEM na passada sexta-feira, dia 14, atingiu dimensão nacional. Por exemplo, Observador, Expresso, Público, Diário de Notícias. tvi24, Notícias ao Minuto, entre outros, foram alguns dos órgãos de informação que já se referiram ao asssunto.
Entretanto, a comissão política da Figueira da Foz do PSD exige ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que “de uma forma clara e inequívoca”, manifeste o “maior repúdio” por um “desaforo à democracia representativa”.
O PSD da Figueira da Foz acusou este domingo de má conduta democrática o presidente de junta socialista que apelidou de tolos e ignorantes os autores de uma petição, usando uma citação atribuída ao ditador Benito Mussolini.
Numa nota enviada à agência Lusa ao início da noite, a comissão política de secção da Figueira da Foz do PSD exige ainda ao presidente da Câmara Municipal e líder concelhio do PS, Carlos Monteiro, que "de uma forma clara e inequívoca, manifeste o seu e o do seu partido maior repúdio por mais este desaforo à democracia representativa". "Sob pena de estar a ser cúmplice da má conduta democrática de António Salgueiro", argumenta ainda o PSD.
No comunicado, a concelhia social-democrata manifesta a sua "profunda indignação pela má conduta cívica e democrática evidenciada" por António Salgueiro, que numa resposta às autoras de uma exposição enviada à junta de freguesia, relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, utilizou uma citação atribuída ao antigo ditador fascista italiano.
"O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites", escreveu António Salgueiro, num ofício em papel timbrado da junta de freguesia da margem sul do Mondego, no distrito de Coimbra.
A frase utilizada pelo autarca socialista é atribuída, em inúmeras fontes espalhadas pela internet, ao ditador italiano Benito Mussolini, considerado o pai do fascismo e aliado de Hitler, que morreu em 1945. Entre outras referências, a citação é dada como publicada num livro de António Santi, escritor e investigador norte-americano descendente de italianos, intitulado "O livro da sabedoria italiana", editado em 2003.
"Fica uma vez mais evidente que, quer a citação atribuída ao ditador Benito Mussolini, quer a tentativa desastrada de justificação, na qual se refere a Mussolini com uma leviandade que não julgávamos já possível a um filiado no Partido Socialista, revelam um total desrespeito pela democracia", argumenta a concelhia do PSD.
«Confrontado com a polémica em redor da resposta em papel timbrado da junta e da citação atribuída a Mussolini, António Salgueiro manifestou, via Diário as Beiras, desconhecer a autoria da frase por si utilizada.
“Eu não sabia que estava a citar Mussolini, mas isso também não me preocupa, toda a gente tem coisas boas e más. A maior parte das coisas que Mussolini fez foram más, eu tenho simpatia por Álvaro Cunhal e sei que ele não fez tudo bem”, argumentou o autarca.
“Se calhar, aqui [na citação que lhe é atribuída] o Mussolini acertou”, acrescentou.»
Todos somos ignorantes.
Exemplo pessoal: eu, que me considero atento à realidade, se me dissessem que um autarca da minha Aldeia, teria um comportamento destes, diria: impossível.
O eleitor da minha Aldeia não alinha com fascistas. Meio século de repressão bastou.
Ignorante me confesso. Temos um presidente de junta que para responder aos fregueses, cita um fascista.
O salgueirimosvírus é um problema que temos pela frente.
E contra esse nem Graça Freitas, nem Marta Temido podem fazer nada.
Contudo, Carlos Monteiro podia e devia.
Nós, juntos, podemos.
Pensem um bocadinho. Para pedir demissões, no fundamental, temos de estar todos unidos.
Um presidente de junta, que não passa de um irresponsável, na minha opinião, mesmo da minha Aldeia, merece continuar a ocupar um cargo desta responsabilidade?
Foto via António Esteveira |