sexta-feira, 24 de abril de 2020

Festa da Sardinha versus "Sunste" e o sistema de senhas para controle de acesso às praias

A direcção da Associação Recreativa Malta do Viso decidiu cancelar a «33ª Festa da Sardinha Malta do Viso», agendada para os dias 3 a 6 de junho próximo, por motivo da actual pandemia causada pelo Covid-19.
Ontem,  à tarde, sozinho, fui para um local isolado da Aldeia fazer aquilo que já não fazia há muito: uma caminhada como deve ser, uma actividade de que sentia saudades.
Aproveitei bem o tempo e o facto de estar só. E  pensei na recente e já célebre entrevista publicada no Diário as Beiras, e no que o senhor presidente da câmara disse: “só vamos adiar a realização [do “Sunset”] no limite da impossibilidade de ser realizado”
Pensei ainda mais. Cheguei a uma sugestão que talvez possa ajudar a  tentar ultrapassar o problema que constitui o "Sunset" (sim, se o "Sunset" não se realizar, vai ser um problema... E se se realizar vai ser também um problema)... 
Dentro do espírito colaboracionista, que é a minha imagem de marca,  deixo uma sugestão a quem de direito: e que tal montar  uma tenda no Parque das Gaivotas,  tendo no interior meia dúzia de máquinas de costura e meia dúzia de costureiras a fazer máscaras! Depois, seria só colar um cartaz no plástico exterior da tenda a dizer: há máscaras disponíveis. Se, por mero acaso,  aparecesse a fiscalização,  sempre se poderia apresentar a desculpa do contributo altruista em prol da defesa da economia do concelho, que o mesmo é dizer,  do bem comum.
Entretanto,  sempre se poderiam ir distribuindo e vendendo outras coisitas... Sei lá? Como no verão o acesso às praias poderá só ser feito com senhas, montar lá a máquina para as distribuir e, ao mesmo tempo, ir rentabilizando o esforço e o gasto feito com a montagem da tenda, vendendo bonés, gelados, bejecas, tremoços, pevides, rolos de papel higiénico, gel desinfectanre e outras coisas. Talvez desse para desenrascar... 
Quem de vocês, seus maldizentes profissionais, se atreve a atirar a primeira pedra a esta ideia?

UMA PRIMEIRA PÁGINA DO DIÁRIO AS BEIRAS PARA MAIS TARDE RECORDAR

Na minha Aldeia, uma das concretas Conquistas de Abril, passou por as crianças e os jovens  ganharem o direito à prática do desporto.
Parece irrelevante, mas o direito à prática desportiva, dos Portugueses em geral, e dos jovens da minha Aldeia, em particular, foi uma conquista de Abril.
As condiçoes ainda não são as melhores, mas a melhora ainda vai acabar por ser uma realidade na AldeiaIsto vai, amigos, isto vai...

quinta-feira, 23 de abril de 2020

"Que solução propõe para a requalificação do Cabo Mondego?" (4)

"O Cabo Mondego é um local especial que acumula uma rica variedade de interesses: geográfico, viveiro marítimo, paisagístico e histórico para o homem e a natureza. O futuro do Cabo Mondego deve combinar e valorizar estas particularidades e evitar a tentação do betão. Sobretudo qualquer que seja a solução a adotar, esta deve passar por um estudo rigoroso realizado por peritos dos vários domínios do conhecimento e da técnica que ali se cruzam. Não podemos voltar a cair nos erros do passado, construindo a todo o custo a obra do mandato, esquecendo as linhas de continuidade naturais e humanas do Cabo Mondego.
É naquele local que a placa continental mergulha abruptamente no mar. Os recortados rochosos submersos são preciosos para a fauna e a flora marítima local. Por isso simpatizo muito com uma solução integrada que garantisse que o manto natural que desce a Serra da Boa Viagem até ao fundo do oceano reforçasse o seu caráter selvagem.
A solução que se adotou nas Berlengas, criando uma pequena reserva nos fundos marítimos em torno das ilhas foi um sucesso a todos os níveis.
Não apenas aumentou consideravelmente a quantidade e a variedade de fauna e flora marítima na zona protegida, como atraiu turistas interessados na natureza marítima e insular e aumentou simultaneamente a quantidade de pescado nas águas circundantes.
Apesar de Portugal ser um pequeno território, é um dos países do mundo que oferece mais locais de estudo da história dos dinossauros. O Cabo Mondego faz parte desse puzzle e poderia ter uma função mais ativa no estudo científico e na divulgação deste interessantíssimo tema. Da mesma forma penso que o Cabo Mondego poderia contribuir mais para a perpetuar a memória do trabalho, das mulheres e dos homens associados à atividade de extração mineira.
Em suma, vejo com simpatia uma requalifi cação que reforçasse o caráter selvagem do Cabo Mondego, mas que simultaneamente nos contasse histórias naturais e humanas enquanto se disfrutasse de uma forma limitada da sua riqueza através de passeios, algum mergulho e alguma pesca."

"A direcção da Associação Recreativa Malta do Viso decidiu cancelar a «33ª Festa da Sardinha Malta do Viso», agendada entre os dias 3 e 6 de junho próximo por motivo da actual pandemia causada pelo Covid-19"...

"As empresas vão ter grandes problemas na tesouraria..."

25 de Abril: Obra em vídeo celebra data online com amor e esperança

Via Notícias de Coimbra

"Um vídeo com depoimentos de pessoas que resistiram à ditadura, focado nas relações amorosas e na esperança de liberdade, vai ser exibido ‘online’ no sábado para celebrar o 25 de Abril, resultado de uma iniciativa promovida pelo primeiro-ministro."

Os avençados...

Nestes 46 anos decorridos, pós 25 de Abril, na Figueira, houve dezenas  - e continua a haver - de avençados pela Câmara, pela defunta Figueira Grande Turismo, pelas águas e outras instituições pagas com o dinheiro dos contribuintes (nós).
São defesas e médios. Não são avançados. São avençados.


Porém...
A Independência e o exercício da Democracia custa os "olhos da cara", dá muito trabalho e tem custos para o cidadão comum. 

O exercício da cidadania é uma actividade a tempo inteiro. 
Lobrigo poucas pessoas interessadas nisso. 
A começar no exercício da educação para a cidadania na sua prática quotidiana.

Vivemos numa sociedade de  compadrio feito de avenças para jotinhas e familiares de autarcas vigaristas, passando por milhares de concurso públicos viciados através do suborno e do pagamento de favores eleitorais, até ao topo da hierarquia política onde se corrompe à grande e à portuguesa.
Nos últimos 30 anos - pelo menos - Portugal é um país entregue a gatunos de fato e gravata. Os saques sucedem-se, os criminosos passam entre os pingos da chuva e os danos, que se acumulam, são irreparáveis. Como é irreparável a quebra de confiança na classe política, pagando os poucos justos pela multidão de pecadores.

É verdade ou mentira o divórcio entre a população e os seus representantes eleitos?
Isso, por si só, não é preocupante?
O estado a que isto chegou é o carburante ideal para o motor da "nova" extrema-direita colocar  o medo na população, instrumentalizar o fenómeno da corrupção para criar o caldo que visa ter a solução messiânica do fim da democracia, feita de discriminação, violência e autoritarismo.

Somos um País de brandos costumes. E, ao  sê-lo, somo-lo também com os saudosistas do fascismo. E se nada fizermos  para contrariar os abusos da elite política corrupta, outros o farão. Outros, que trarão consigo o lápis azul, a polícia política e o partido único.
E tudo começou om os avençados...

ADMINISTRACÇÃO DO PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

Recorde-se que o presidente da câmara, Carlos Monteiro, por inerência, ocupa o lugar de Presidente da Assembleia Geral da Administração do Porto da Figueira da Foz. Uma dúvida: quem teria, com conhecimentos do sector, o PS figueirense para indicar para administrador? A meu ver José Iglésias... 
(Eu sei, que o seu nome não podia ser proposto).

Apoios...

 Via Diário as Beiras
 Via Diário de Coimbra

O problema destas obras há muito que deixou de ser quando (re)começam, mas quando vão terminar...

Imagem via Diário as Beiras

E a Serra da Boa Viagem?..

Hoje no Diário as Beiras

Praia vai ter um número máximo de pessoas...

Os últimos dias da Pide

José Couto, Presidente do CEC

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Comemorar o 25 de Abril em 2020...

Na minha Aldeia, uma das concretas Conquistas de Abril, passou por as crianças e os jovens  ganharem o direito à prática do desporto.
Parece irrelevante, mas o direito à prática desportiva, dos Portugueses em geral, e dos jovens da minha Aldeia, em particular, foi uma conquista de Abril.
As condiçoes ainda não são as melhores, mas a melhora ainda vai acabar por ser uma realidade na AldeiaIsto vai, amigos, isto vai:

É isto, em tempo de pandemia, um vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz?

DR. CARLOS TENREIRO, V. Exa. é um brincalhão e um porreirinho do catano, mas como político é um falhanço completo: nem a Junta de Buarcos e S. Julião conseguiu ganhar ao meu Primo!..
Na actualidade, toda a gente já percebeu o óbvio -  V. Exa. virou porta voz DO PODER... E sem necessidade de megafone, pois está por dentro... 

Nada contra. Nem a favor. Não votei em si, nem na sua lista. Portanto, não me traiu a mim, nem traiu o meu voto. A quem isso aconteceu, que lhe peça contas. Constato, é que desde Abril do ano passado, V. Exa. é um seguidor acrítico, cego e surdo, mas  não mudo,  do "discurso oficial" do actual poder  socialista local.  E que, mais do que sintonizado, V. Exa. está totalmente engajado. E é (mais um) porta voz. Mas, isso,  continua a ser problema seu. Se daí tirar dividendos, que lhe façam bom proveito.

Face ao que se passou na última reunião da Câmara Municipal, poderia perguntar-lhe era o que estava a fazer há 30 anos e tal anos: não o faço nem precisa de me responder: eu sei.
Aproveito é este escrito na minha casa, para esclarecer onde eu estava.
A trabalhar, como administrativo, na EDP, depois de sem cunhas ou ajudas familiares, ter ido a um "casting": um concurso externo com mais de 7 600 (sete mil e seiscentos) concorrentes e ter ficado colocado em 3º. (terceiro) lugar.
E, por essa altura, era secretário do executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro, depois de ter derrotado, nas urnas, o todo poderoso PS figueirense de 1985/1986. Era, também, membro dos corpos gerentes do Grupo Desportivo Cova-Gala (onde tenho uma "carreira" de mais de 25 anos) - fui vogal,  vice-presidente da Direcção, secretário (da Direcção e da Assembleia Geral), presidente do Conselho Fiscal, presidente da Assembleia Geral. Andei, como membro dos corpos gerentes, a partir dos 16 anos pelo Desportivo Clube Marítimo da Gala. Passei pelo Clube Mocidade Covense. Fiz parte de uma Comissão de Moradores na Cova e Gala, a seguir ao 25 de Abril de 1974. Nos tempos difíceis, fui festeiro (sim, fui festeiro), isto é, fiz parte de uma equipa que organizou e realizou a Festa de S. Pedro na Cova e Gala. Já neste século, fui secretário da Direcção do Centro Social da Cova e Gala durante 8 anos. Fiz parte da Direcção do Sindicato dos Empregados de Escritório do Distrito de Coimbra. E fui jornalista. E fui empregado de escritório. E trabalhei no projecto do Baixo Mondego. E andei nas obras. E fui tasqueiro. E andei à pesca da lampreia e do sável. Sei bem a dureza desta pesca em noites gélidas de janeiro e fevereiro. E apanhei toneladas de berbigão no rio Mondego... E sei bem o que é estudar à noite - e ter de me deslocar de bicicleta, no inverno, para frequentar as aulas na Bernardino Machado, depois de um dia de trabalho.

Tenho 66 anos. Não tive um Pai rico (mas tive um rico Pai, apesar de ter morrido muito novo). Não tive ajudas do sogro (apesar de ter sido um grande seu Amigo). Enfim, desde muito novo que estou habituado a contar comigo próprio...
Nunca fui empregado político, nem "avençado". Conheço - e bons proveitos disso deve ter tido - quem foi "avençado" de 3 presidentes de câmara: Aguiar de Carvalho, Santana Lopes e Duarte Silva. Nem nunca pedi favores profissionais a ninguém. E, até hoje, nunca deixei de comer...

"Que solução propõe para a requalificação do Cabo Mondego?" (3)

"Nenhum sítio parece mais indicado para merecer uma autêntica requalificação, que preserve a história e deixe às gerações futuras um apreciável espólio e uma herança soberba, quanto o nosso Cabo Mondego. Esclareço que quando me refiro ao Cabo incluo toda a sua envolvente. Vivemos dias escuros e admito que embora já tardia, uma intervenção de fundo no local pode não ser a prioridade, numa lógica de estratégia política e económica que terá de ser cirurgicamente observada no futuro próximo. Com este reparo não digo que se deixe para as calendas o que já devia ter sido feito no Cabo, orgulho do concelho e um dos seus mais estimados ex-libris. Começando: depois da massiva exploração industrial de inertes nas encostas da Serra da Boa Viagem, deverá ser tentada a reposição do coberto vegetal, obrigação devidamente suportada pela lei enquadradora. Não será tarefa fácil, mas tal não pode assumir-se como desculpa para nada se fazer em prol da recuperação do aspecto mais próximo possível da paisagem original. Entretanto: este é o sítio por excelência para um grande polo museológico e centro interpretativo da sua história, começando há muitos milhões de anos quando o Jurássico Superior aqui deixou marcas indeléveis da evolução do planeta que nos foi dado habitar. Muitos dos contramoldes das pegadas dos grandes sauros foram retirados e levados para o Museu de História Natural, havendo algumas ainda visíveis. Mas nada impede que regressem onde sempre pertenceram. Antes referi a implantação do Museu do Mar também aqui e como seria bem-vindo. Falta falar de outro importante aspecto do Cabo: a actividade mineira aqui mantida desde o século XVIII até 1967, quando cessou a actividade. A extracção do carvão está inscrita na história da população, nomeadamente dos Vais, estórias de luta árdua por difícil sobrevivência, sacrifícios terríveis, muitos lutos a assombrar famílias. Isto não pode continuar “encoberto”. Exigem-no o respeito pelo local e a manifestação de apreço por todos os que ali laboraram. Guarde-se, pois, a memória única deste sítio único."

Não sabe o que é a Quinta do Sal?

Para já, não passa de mais uma candidatura, segundo a vice-presidente da câmara da Figueira da Foz,  avançada pela Autarquia. O Diário as Beiras, na sua edição de hoje, explica o resto.
Resumindo.
"Trata-se é um projecto pedagógico inovador, com componente científica, do Centro Ciência Viva aplicado ao processo de produção do sal e ao empreendedorismo.
O projecto, além da autarquia figueirense e do Centro Ciência Viva, envolve a Universidade de Coimbra, o laboratório Marefoz, a Incubadora de Empresas da Figueira da Foz e associação de produtores de sal local.
Os países associados da União Europeia Noruega, Islândia e Liechtenstein contribuem até 75 por cento do investimento elegível (750 mil euros), caso a candidatura seja aprovada."