quinta-feira, 16 de abril de 2020

Comportamento dos figueirenses... (4)

"No dia em que escrevo temos 13 casos positivos de Covid-19 registados na Figueira. O cumprimento das medidas e contenção e de distanciamento social dos figueirenses não me parece especialmente negativo nem positivo em relação ao que conhecemos no resto do país e da Europa. Não me parece que os passeios na praia sejam de especial perigosidade e está por demonstrar que o senhor que vai passear o cão cinco vezes por dia tenha um impacto significativo na propagação do vírus.
No entanto, tem sido nos lares de terceira idade e nas instituições de saúde que mais casos graves de infeção têm sido reportados em Portugal e nos países que adotaram medidas de confinamento. Nesse particular os figueirenses quer a título individual, quer em associações, quer em empresas ou em organismos públicos têm demonstrado o seu sentido de solidariedade, contribuindo com a manufatura de viseiras, de máscaras, de vestuário de proteção para os profissionais das instituições de saúde, para além de terem contribuído financeiramente para a compra dos desejados ventiladores.
Para lá destes valiosos contributos e curto prazo, existem os contributos de todos os outros figueirenses que pagaram os seus impostos durante décadas, durante uma vida de trabalho, para termos hoje um Serviço Nacional de Saúde (SNS) universal, que tem sido o principal pilar do combate à Covid-19.
Depois existem aqueles que escolheram outra via. Os que participam num esquema de montagem de empresas que desvia a riqueza que é criada no nosso concelho para paraísos fiscais. Conhecemos bem os hipermercados instalados no concelho que recorrem a estas práticas.
A propósito da falta de solidariedade manifestada pelo ministro das Finanças holandês, esta semana foi divulgado um relatório da Rede de justiça Fiscal que revela que em 2017  Portugal perdeu mais mil milhões de euros de receitas fiscais através de subsidiárias instaladas na Holanda.
Hoje apercebemo-nos melhor do que nunca que esta prática é chocante e usurpadora de riqueza necessária ao SNS para salvar vidas. Podemos atuar contra isto a nível local? Podemos, basta haver vontade."

Mira vai comemorar Abril

Via Município de Mira

A solidariedade da hotelaria Figueirense...

Conforme informação que pode ser conferida na página da AHP (Associação de Hotelaria de Portugal), no concelho da Figueira da Foz a QDA - Quinta d´Anta Hotel Rural, em Maiorca, é a única unidade que colocou os seus 18 quartos ao dispor para poderem ser ocupados por profissionais de saúde.
Neste momento, tem uma médica que presta serviço no HDFF. A breve prazo terá, pelo menos, mais 3.

É esta a postura dos hoteleiros da Figueira, que nunca se coíbem de exigir da câmara, portanto, do dinheiro de todos nós, as iniciativas que lhes permitam ter as suas unidades preenchidas com clientes.
Fica o registo para memória futura.

... preocupante.

PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Os números divulgados hoje, comparados com os últimos anteriormente conhecidos.


Via Mário Martins

COVID19: Figueira, mais 3 casos...

Imagem via Mário Martins

Já tenho a "bucha" pronta e o garrafão de 5 litros em espera: mas quando será possível fazer o piquenique?

Imagem via facebook de António Agostinho

Maria de Sousa (1939-2020), uma vida sem muros

"A imunologista Maria de Sousa morreu na noite de terça-feira, aos 81 anos, nos cuidados intensivos do Hospital São José (em Lisboa), vítima de covid-19 e depois de uma semana de internamento. Professora emérita da Universidade do Porto, Maria de Sousa percebeu a migração organizada dos linfócitos, células do sistema imunitário, e tem hoje por essa descoberta o seu nome em qualquer manual sobre o sistema imunitário. Tal como também tem o seu nome indissociável de uma visão inovadora sobre a conversa entre o sistema imunitário e o metabolismo do ferro.

Nasceu em Lisboa em 1939. Depois de se ter formado em Medicina em 1963, pela Faculdade de Medicina de Lisboa, começou a sua carreira dedicada à investigação científica. Inglaterra, Escócia, Estados Unidos e Portugal – assim se pode desenhar em traços largos a geografia científica da sua vida."
Via Público

Para assistir à homenagem que lhe foi prestada ontem no Jornal da Noite SIC, clicar aqui.

Três notas e um comentário para arrumar de vez a entrevista de Carlos Monteiro...

1. Em tempo de pandemia faltou uma palavra de conforto (sobre apoio estamos conversados...) às IPSS´s.
2. A estranha ausência da referência ao caso da obra do Jardim Municipal.
3. A leitura que fez das oposições: "uma que alerta e quer contribuir para a melhoria do concelho e outra que tem uma preocupação essencialmente partidária."
E quem é quem é quem nessas oposições?
"Em termos de vereação, os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo têm a primeira postura. E também, às vezes, Ricardo Silva. Mas quando assume o papel de líder da Concelhia do PSD, tem uma postura diferente."

Carlos Monteiro, como professor que, presumo, continua a ser, não vai certamente desistir de tentar ensinar, à parte da oposição que, no seu entender, ainda não sabe o que é ser "um bom opositor"
Isto é relevante, pois deve passar também por aí o que, a seu ver, deve ser "um bom figueirense"
Vai ser necessária muita paciência: tanto quanto me lembro, na Figueira sempre houve maus alunos e maus professores...

«A situação é crítica e tende a piorar».

Ensino à distância e as dificuldades dos alunos carenciados na Figueira e em Coimbra...

Imagens via Diário as Beiras

ENTÃO VAMOS LÁ À MÁSCARA!

"Cá por casa a Paula já preparou as máscaras... Pronto, se tem que ser, seja! Mas que o uso da máscara levanta alguns problemas levanta...
Com a máscara há uma série de coisas que se vão tornar confusas. Há coisas que se fazem com a boca, e não estou a falar de sexo, que ficam em risco. Por exemplo tocar instrumentos de sopro... 
E não se deixem abater. Eu que tenho o nariz mais feio do mundo vou ficar muito melhor de máscara."

Citação retirada de um texto com o nível a que Nelson Fernandes nos habituou
Para ler na íntegra,  clicar aqui.

A escolha vai ser feita por si



"É obsceno que o governo conte os tostões nos apoios aos 'de baixo'. As regras do euro são a razão principal por que o faz. O que está em jogo nesta pandemia é a sociedade que queremos ter depois da tragédia que nos atingiu.

Queremos manter um SNS sub-financiado, com os seus trabalhadores desconsiderados por falta de condições de trabalho e salários medíocres?

Queremos um país que forma bons enfermeiros e médicos e depois os empurra para a emigração, ou para o sector privado que vive das rendas que os nossos impostos lhe pagam?

Queremos um país profundamente desigual, em que uns acedem facilmente ao dinheiro do Estado, enquanto tantos outros ficam sem rendimento algum, até obrigados a ir pedir comida a uma IPSS, porque a sua situação precária, na economia informal, não encaixa nos apoios previstos?

Queremos ficar, para sempre, metidos num colete de forças económico-financeiro e político que obriga o Primeiro-Ministro a mendigar a autorização de Bruxelas para gastar o que for preciso, para salvar todos os que estão em estado de necessidade e não cabem na burocracia montada para que o défice e a dívida não cresçam demasiado?

E os que já têm dívidas que cheguem e, nesta emergência, estão convidados a aceder a mais endividamento (vulgo "linhas de crédito" em que o Estado só gasta com os que não cumprem), porque dinheiro a fundo perdido é demasiada despesa para uma dívida que, passada a tempestade, pode fazer Bruxelas perder a boa-disposição?

E foi assim que trataram os bancos e os banqueiros na crise financeira?

No vídeo de 5 minutos que aqui vos deixo o meu ponto é este:
vai ser preciso escolher entre
- uma vida soberana e digna, em que teremos de construir com esforço o nosso futuro, e- uma vida decadente, de mão estendida, num protectorado em que a Alemanha tem a última palavra.

A escolha vai ser feita por si."


JORGE BATEIRA

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Estas máscaras vão ser distribuídas pela população a partir da próxima semana...

Comportamento dos figueirenses... (3)

"Este é um espaço livre de opinião e não a busca de uma “bíblia” de procedimentos, acerca de realidades do concelho. Só que, desta vez, eu tenho dificuldade em opinar, em boa verdade, por falta de conhecimento que repute como credível. Perguntam “As Beiras” se consideramos estarem os figueirenses a agir de acordo com as actuais circunstâncias. Difícil!
Estou em confinamento há uma série de dias e hoje, véspera de Páscoa, fui até sítios remotos da Serra da Boa Viagem, condoída com a situação do meu cachorro, também ele sem ir à rua, apesar do que tem vindo a ser dito sobre os animais de companhia.
Certo que tenho uma garagem ampla onde ele se “passeia” à vontade, quando as portas para o jardinzinhoda frente ou para o quintal da parte traseira estão fechadas, por força do passeio dos gatos. Lavar patas desta bicharada toda é uma trabalhadeira!
Confio nas palavras do sr. Presidente da Câmara ao afirmar que o concelho se tem portado à altura da gravidade da situação pandémica. E o facto do baixo número de infectados na nossa zona, parece apontar para uma boa compreensão por parte da população. Receio que os últimos dias, com as compras de Páscoa, possam de algum modo comprometer os resultados até aqui obtidos.
Soube do cidadão que foi interceptado pela PSP, após ter violado o confinamento mandatório, já que havia testado positivo. Interrogo-me por que acontecem estes casos, isolado julgo, mas fico pensando se não teria havido uma razão de fundo: isolamento, necessidade absoluta, sei lá! Mas é sempre possível contactar telefonicamente entidade - câmara municipal, Junta de Freguesia, Cruz Vermelha, Bombeiros…
De algum lado haveria de ter surgido uma mãozinha de ajuda mas quem sou eu para julgar? Mais cedo do que tarde, todos acabamos por cometer erros e alguns de palmatória, a “menina dos sete olhos” de que falavam os nossos avós. Havia uma pendurada na despensa da minha casa de criança, impondo respeito – eu tinha!
Mas nunca saiu de lá."

Cantanhede reforça aquisição de equipamento de proteção individual

Via Noticias de Coimbra

«No seguimento das medidas de prevenção e contenção da pandemia SARS-COV-2/Covid-19 que têm vindo a ser aplicadas e perante as necessidades crescentes que implicam medidas extraordinárias, a Câmara Municipal de Cantanhede procedeu a nova aquisição de material de protecção individual, de forma a melhorar as condições de trabalho dos profissionais de diversas áreas, nomeadamente da saúde, serviço social, segurança e proteção civil.»

Anel das Artes, uma confusão que já vem longe...

ACTA N.º 15/2018
REUNIÃO ORDINÁRIA DE 30-08-2018, ponto 12

- ANEL DAS ARTES
O Vereador Ricardo Silva deu nota de que, segundo a Comunicação Social, de finais de fevereiro de 2017, o Anel das Artes englobaria uma área de dois mil metros quadrados, cujo orçamento rondaria o milhão de euros. Sendo uma estrutura com formato redondo, destinada a acolher eventos e que vai ficar parcialmente descoberta. Pelo que conclui que será um novo Touril, em ponto pequeno, mas sem touradas. -----------------------------------------------------------------------
Salientou que, em reunião de Câmara Municipal, de 28 de maio de 2018, questionou o Presidente, se o Anel das Artes era para avançar, que respondeu que daria nota isso oportunamente, quando o projeto estivesse concluído. Perante essa posição, alertou, nessa reunião, que o projeto, antes de avançar, devia ser amplamente  discutido pelas forças vivas da cidade, como qualquer intervenção a ser realizada pela Câmara Municipal. ------------------------------------------------
Realçou que, numa entrevista, em abril de 2015, a Vereadora Ana Carvalho
Oliveira deixou cair que a 2ª fase da Beneficiação do Areal da Praia ficaria
para uma próxima e eventual oportunidade, uma etapa que incluía o Anel das
Artes, constituída por um anfiteatro redondo e uma piscina. Mas porque o Touril
ficava muito próximo, apesar de ser privado, podia ter uma utilização mais
pública, não fazia sentido avançar com o Anel das Artes. ------------------------
Questionou, afinal, em que é que se ficava, adiantando que partilhava, tal como
os restantes elementos do PSD – Partido Social Democrata, da opinião da 
Vereadora Ana Carvalho Oliveira, de que aquele projeto seria mais um
esbanjamento de recursos públicos. ----------------------------------------------
Desta forma, vem requerer o estudo de viabilidade económica do projeto do Anel das Artes, para saber qual a sua função e utilidade ao longo do ano. ------------
O Presidente salientou que havia ali uma ligeira confusão, e explicou que o Anel
das Artes, anteriormente, tinha uma configuração completamente diferente,
aquando do Concurso de Ideias. Presentemente, denomina-se Anel das Artes ou
Centro Multiusos e vai ter outra configuração, porque aquele espaço, por
natureza, capta uma série de eventos, e justifica-se, por possuir um nível de
utilização surpreendente, superior a 50%, ao ano. -------------------------------
Salientou que, entretanto, será apresentado um projeto, em alternativa àquele
espaço, mas que não tenha um impacto agressivo à vista e à paisagem tal como o que lá está agora. --------------------------------------------------------------
Acrescentou que o projeto há muito tempo está pré-anunciado, e logo que possível vai ser feita a devida apresentação, que julga estar na fase final, mas espera que entendam que aquele não é mais do que um aproveitamento de um espaço, para dar continuidade ao que já lá se concretizava. ----------------------------------
Concordou que o projeto inicial era diferente, mas que não fazia sentido, pela
sua configuração, realmente semelhante à do Touril. -----------------------------
O Vereador Ricardo Silva realçou que isso não implicava que não lhe fossem
entregues os elementos solicitados. ---------------------------------------------
O Presidente informou que o projeto ainda estava em fase de decisão, e logo que estivesse pronto, iria ser apresentado a todos, em reunião de Câmara Municipal. -
A Câmara Municipal tomou conhecimento. ------------------------------------------

A cobertura digital do concelho

 Via Teo Cavaco
"A pergunta, feita de acordo com a ata da sessão da Assembleia Municipal de 27 de fevereiro de 2019; a resposta, na mesma sessão, e a evidência de que tinha razão - está demonstrado, no Diário "As Beiras" de hoje.
Para quando a transmissão online das sessões da Assembleia Municipal da Figueira da Foz?"

Bendita reunião de câmara por videoconferência...

Mafra (é preciso dizer mais alguma coisa)...

A Câmara de Mafra começou hoje a distribuir um pacote de oito máscaras cirúrgicas por cada habitação do concelho, um investimento de meio milhão de euros para combater o contágio da pandemia da covid-19.
"Estamos a distribuir um 'kit' de oito máscaras em todas as casas do concelho" afirmou à agência Lusa Hélder Sousa Silva, presidente deste município do distrito de Lisboa.