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Imagem via Diário as Beiras |
A incompetência; a soberba; o saloísmo; os maus arquitectos; o falso tradicionalismo; a mania do luxo e da
pompa das elites; as obras de fachada;
e, acima, de tudo a falta de carinho e amor pelo que é essencial na vida das pessoas estão a fazer o seu caminho no nosso concelho.
O tipicismo é a profunda genuinidade... É onde reside a alma
de uma cidade como a Figueira, a sua verdade, que se tem que manter, sob pena
dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o
Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao
Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a "maluca" onda de surf, apesar de
pessoas como as que compõem o actual executivo camarário, a terem liquidado.
A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo...
Para quem gosta da freguesia de S. Pedro, é difícil e
doloroso constatar que a barbárie e a selvajaria atingiriam a
dimensão actual - a que se vai seguir ainda -, quando o que resta de teoricamente
protegido - o Cabedelo - for também
devastado pelo “progresso”.
A acção destrutiva que, nestes últimos vinte e tal anos,
desabou na Cova e Gala - e que se materializou na forma como se betonizou, se
descaracterizou a paisagem e se desfigurou a Aldeia -, empenha-se, neste momento, em aniquilar o
impensável: o Cabedelo.