segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Da série, o areal urbano está assim por erros e falta de visão do homem...

Areal

«A praia da Figueira é única na Europa. Não se conhece um exemplo de crescimento do areal como aqui. O molhe susteve as areias, o seu prolongamento há cerca de 10 anos engordou ainda mais a praia. Nos últimos anos cresce mais em altura do que em largura. Já quase não se vê o mar nalgumas zonas do calçadão e da avenida marginal.
Retirar a areia para o outro lado é uma ideia racional, com pernas para andar, defendida pelo SOS Cabedelo e por vá-rias pessoas ligadas ao mar. Falta vontade política, técnicos qualificados e parte do dinheiro disponível (fundos comunitários) tem sido esbanjado em futilidades. Esmiuçando a questão, notamos que um assunto deste calibre deveria ter uma comissão permanente de acompanhamento, envolvendo a ciência, o laboratório MARE, o porto, os cidadãos ligados ao mar e à cidade. Mas a questão está remetida a esforços ocasionais, sem que o município apresente uma visão estratégia clara. Mesmo retirando a areia para o outro lado do rio (margem sul), haverá areia durante largos anos, logo devemos pensar como melhorar este espaço, atendendo à mitigação das alterações climáticas que trazem ondulação mais forte e o nível médio do mar a subir.
No primeiro mandato de João Ataíde (PS), 2009 - 2013, o Concurso de Ideias para a Requalificação e Renovação da Praia e Orla de Figueira da Foz e Buarcos permitiu que surgissem ideias arrojadas para o areal. Compartilho algumas delas, merecedoras de investimento público, por me identificar com os seus princípios. Arborizar vários espaços, suster a flora autóctone da praia e ao mesmo tempo criar uma forte vertente lúdica, protegida do vento! Há uma tese de mestrado do arquiteto João Negrão (Universidade de Coimbra, 2016) que reflete sobre a “Frente de mar da Figueira da Foz” e que nos dá que pensar: “Dicotomia irónica, entre a cidade de Las Vegas que cresceu em torno de uma estrada de deserto e o “deserto” que cresceu em frente à “estrada” marginal da Figueira da Foz”.»

CRÓNICA VIA Diário as Beiras.  

Nota via OUTRA MARGEMO aumento da praia da Figueira
Já em 1958, antes do início das obras dos molhes, o LNEC antevia o que posteriormente se veio a comprovar: o enorme aumento da praia da Figueira da Foz devido à construção do molhe norte, uma vez que funciona como uma barreira ao forte transporte de areias que se faz sentir ao longo da costa de norte para sul.
O excessivo crescimento da praia de banhos da Figueira, em todas as soluções ensaiadas, tornou-se altamente prejudicial à manutenção de boas profundidades no canal da barra, referindo-se que “no caso da Figueira da Foz, qualquer canal que venha a ser dragado, e de que resulte uma secção molhada muito superior à que actualmente existe, não se manterá logo que as areias comecem a contornar o molhe norte".
Este fenómeno de assoreamento do estuário é facilmente compreendido através da análise da passagem de areias que ocorre da praia a norte para a praia a sul do rio Mondego e pela explicação de como se forma o banco da barra (banco de areia que se forma em frente à Foz do rio Mondego, altamente prejudicial para a navegabilidade do porto).

Mais um problema: "Feira de antiguidades ainda sem novo sítio definido..."

Via Diário as Beiras
«Duas edições depois na rua da República, a Feira de Coleccionismo, Antiguidades e Velharias da Figueira da Foz volta a mudar de sítio. Organizado pelo Núcleo Figueirense de Coleccionadores (NUFICOL), o evento mensal – no primeiro sábado do mês – já se realizou em diversas zonas da cidade. Nos últimos tempos, tinha-se fixado no jardim municipal, mas o recinto vai entrar em obras e a nova configuração não permitirá voltar àquele local.
A feira sai da rua da República porque alguns comerciantes ali instalados se manifestaram contra, argumentando que, com a interdição de trânsito automóvel e sem estacionamento, o negócio estava a ser prejudicado. Entretanto, ainda não se sabe onde será realizada a próxima edição, podendo ser na zona daquela artéria entre a rua 10 de Agosto e a praça 8 de Maio ou na marginal ribeirinha, onde já se realizou.
A vice-presidente da câmara, Ana Carvalho, frisou ao DIÁRIO AS BEIRAS que “os comerciantes [da rua da República] não estão a aproveitar a oportunidade”

Da série aeroporto na Região Centro: vamos continuar a "brincar aos aeroportos dos pequeninos"? (um assunto que já vem de longe...)

Presidência aberta de Mário Soares, nos concelhos de Montemor-O-Velho e Figueira da Foz em Julho de 1990. 
Para recordar clicar aqui.

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir?.. (15)

domingo, 26 de janeiro de 2020

"O coreto que viajou em 1926 da Figueira da Foz para as Alhadas"...

Carlos Carvalhas na TSF

O VENCEDOR DO PENELA PRESÉPIO É FIGUEIRENSE

Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz vão ter um novo comandante: Jody Rato sucede a João Moreira no comando da corporação

Via Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz
"A proposta de nomeação de Jody Fernandes Rato foi aprovada por unanimidade pela direcção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, em reunião realizada na noite de sexta-feira, 24 de Janeiro, na presença, concordante, dos líderes de todos os Órgãos Sociais da Associação e comunicada, em seguida, a todo o corpo activo."
Sobre a nomeação de Jody Rato, o presidente da Direcção da Associação dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, Lídio Lopes considera-a “um contributo decidido e competente, para este novo tempo, num novo ciclo da vida do Corpo de Bombeiros”

Sobre o Comandante cessante,  João Moreira, 15 anos de comandante e “missão cumprida, Lídio Lopes na sua página do facebook, escreveu:
"Foi uma Honra poder partilhar com o Cmdt João Moreira os destinos da nossa Casa, um Homem extraordinário, um Comandante, uma personalidade única que exerceu sempre o seu compromisso com extraordinário e relevante zelo, com competência, dedicação, disponibilidade e abnegação. Que a vida lhe sorria, porque merece. Sei que posso continuar a contar com o seu contributo e isso é um conforto para todos nós."
Termina a publicação, "dando as Boas Vindas ao novo Cmdt Jody Rato, sei, por muitos, pelo seu curriculum, pelo rasto que deixou por onde passou e pelo testemunho de muitos com quem cruzou, que é o Homem certo, no momento, para conduzir o nosso Corpo de Bombeiros. Contará sempre com a minha Lealdade, Prontidão, disponibilidade para estar presente e apoiar, mas também com a minha conhecida frontalidade, sabendo sempre qual o meu lugar, o seu, será a partir de 15 de fevereiro o nosso Comandante! Toda a sorte do mundo para si, porque será a sorte do CBVFF."

Da série aeroporto na Região Centro: vamos continuar a "brincar aos aeroportos dos pequeninos"? (Divergências internas no PS figueirense?)

Na Assembleia Municipal realizada no passado dia 19 de Dezembro, há pouco mais de um mês, a maioria do Partido Socialista, chumbou um proposta do PSD sobre a abertura da Base Aérea de Monte Rela à aviação civil.
Imagem via Diário as Beiras

Num comunicado datado de 20 de Dezembro pode ler-se que "o PSD da Figueira da Foz, coerente com a sua posição de sempre, pugna pela abertura da Base de Monte Real ao tráfego aéreo civil.
A posição que a CIM COIMBRA assumiu, só se entende para dar cobertura ao falhanço da promessa eleitoral do Dr. Manuel Machado de mandar fazer um aeroporto internacional em COIMBRA! Ou então para nada fazerem!
O PSD da Figueira da Foz, repudia o posicionamento do Presidente substituto, Dr. Carlos Monteiro, pois enquanto vice do Dr. João Ataíde subscreveu a posição de ser, tal como o PSD, a favor de Monte Real. Posição que tem sido defendida por todas as forças políticas da Figueira da Foz, desde o célebre falhanço do famigerado aeroporto Internacional da Figueira da Foz (mais um promessa do PS figueirense).
Na última Assembleia Municipal, o Partido Socialista, chumbou a Moção do PSD em defesa abertura da Base de Monte Real ao tráfego aéreo civil.
Este posicionamento confuso, enfraquece a reivindicação justa de termos um aeroporto que sirva a região e sugere uma submissão aos interesses do PS COIMBRA!"

Numa crónica assinada pela vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, ontem publicada no jornal Diário as Beiras, a eng. Ana Carvalho considera "Monte Real A solução mais sustentável".
Passo a citar: "A localização a escolher para o aeroporto deverá ser a mais sustentável. E nesta ponderação, deverão ser considerados todos os fatores financeiros e ambientais, não só de instalação e operação do aeroporto, propriamente dito, mas também das acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e, se possível, marítimas, que garantam a sua intermodalidade.
Perante este cenário, parece-me que a solução de Monte Real é a melhor. Vejamos: a base aérea já está construída e funciona bem, bastando ser adaptada para voos civis; está junto à linha ferroviária do Oeste; é servida por autoestrada; está a poucos quilómetros de um porto comercial, também ele próprio servido pelas mesmas acessibilidades; tem uma localização geográfica muito central, a 154km de Lisboa e a 177km do Porto."

Face a isto, o que pode um vulgar cidadão, como eu, pensar?
Haverá divergências internas num PS Figueirense de poder local absoluto?
Se assim fosse, o que não creio, isso seria natural num partido de facções, como sempre foi o PS - também na Figueira.
O que me inquieta é que se fosse um cidadão vulgar, como eu sou, a divergir da opinião oficial do presidente Carlos Moto Serra Monteiro, seria logo alvo insultos e outras coisas que tais... 
Atenção: não estou a sugerir que alguém insulte a eng. Ana Carvalho por ela numa crónica publicada no Diário as Beiras, ir ao encontro da moção apresentada pelo PSD na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, que foi chumbada pela maioria de poder absoluto que o Partido Socialista detém no poder local no concelho da Figueira da Foz. Que isto fique bem clarificado...

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir? (14)

Via Diário as Beiras, Ricardo Santos conta "a viagem do coreto da Figueira da Foz para as Alhadas"...

sábado, 25 de janeiro de 2020

Da série aeroporto na Região Centro: vamos continuar a "brincar aos aeroportos dos pequeninos"? (6)

Ana Oliveira

"Que solução defende para voos comerciais na Região Centro?
A pergunta que o Diário As Beiras lança esta semana para reflexão não é nova e, até tem sido, nos últimos tempos, assunto da ordem do dia. Mas o tema já é pensado e discutido desde a década de 60. A história já vai longa e os consensos vão variando conforme as pessoas, ou como diz o ditado português, “cada cabeça, sua sentença”, ou consoante os momentos políticos que vão surgindo ao longo dos anos. Porque, o que importa, é “encantar o povo” com promessas, porque prometer não custa! E está à vista quem muito tem perdido… toda a Região Centro do país.
Os episódios dos últimos anos e dos últimos meses falam por si. Defende-se Monte Real, Coimbra; volta-se a defender a Base Aérea de Monte Real… Mais tarde pensam melhor e afinal o mais correto seria um novo aeroporto, feito de raiz, entre o sul de Coimbra e o norte de Leira, lá para os lados de Soure/Pombal.
Mas se for assim, a Figueira da Foz também deve revindicar o aeroporto da região, pois encontra-se entre as coordenadas agora defendidas pela Comunidade Intermunicipal (CIM), relembrando que, em tempos, existiu o início de um aeródromo em terrenos junto à Zona Industrial da Gala e podia ser que assim a reabilitação da estrada EN109 (IC1) visse luz ao fundo do túnel ou propunha o concelho de Cantanhede que, há cerca de 25 anos também pensou na implementação de uma base aérea em terrenos junto à praia da Tocha. Estamos numa fase em que tudo se pode propor, porque não Figueira ou Cantanhede?
Enfim… Houve tempos em que tudo se podia fazer, mas que, entretanto, tudo foi esquecido. Nos dias de hoje, tudo se pode dizer. Num momento a seguir, pode-se defender outra coisa qualquer! Até o seu contrário… Defendo a solução da abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego aéreo civil, considerando que é a solução mais coerente, contribuindo para o desenvolvimento económico, crucial, para a zona centro.
Mas o que essencialmente defendo como solução é lucidez e bom senso a dois protagonistas que ocupam cargos de grande influência para a região, mais precisamente o presidente da câmara de Coimbra, Manuel Machado, e o presidente da CIM, José Carlos Alexandrino."
Um aeroporto na Região Centro é essencial para o crescimento do turismo e necessário para o desenvolvimento económico da região e do país. Por outro lado, em Portugal, há poucos aeroportos, em comparação com a grande maioria dos países europeus, em que em cada 100km há um aeroporto. Croácia, Dinamarca, Finlândia ou Eslováquia, com metade da população de Portugal, têm mais do dobro dos aeroportos do nosso país (excluindo as ilhas).
A localização a escolher para o aeroporto deverá ser a mais sustentável. E nesta ponderação, deverão ser considerados todos os fatores financeiros e ambientais, não só de instalação e operação do aeroporto, propriamente dito, mas também das acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e, se possível, marítimas, que garantam a sua intermodalidade.
Perante este cenário, parece-me que a solução de Monte Real é a melhor. Vejamos: a base aérea já está construída e funciona bem, bastando ser adaptada para voos civis; está junto à linha ferroviária do Oeste; é servida por autoestrada; está a poucos quilómetros de um porto comercial, também ele próprio servido pelas mesmas acessibilidades; tem uma localização geográfica muito central, a 154km de Lisboa e a 177km do Porto.
Há ainda a considerar que existem vários exemplos na Europa de aeroportos militares com voos civis. Aterrei uma vez, num Boieng 737, no aeroporto Tampere-Pirkkala, e vi dois F16 a descolarem uns minutos depois, da mesma pista, pois, este aeroporto é, também, base finlandesa da Satakunta Air Command.
Outro exemplo, é o do aeroporto internacional alemão Rostock-Laage, onde, em simultâneo com a aviação civil, voam F16 da Jagdgeschwader 73. Já para não falar de Gibraltar, cujo aeroporto, para além de ser partilhado com a Força Aérea Real Britânica, apresenta uma situação insólita, a de a sua pista atravessar a estrada rodoviária principal para Gibraltar.
Perante todas estas evidências, impõe-se uma questão. Será que não podemos também aproveitar e adaptar os recursos já existentes? Acima de tudo, há que, de uma vez por todas, decidir a localização do aeroporto na Região Centro, que podendo não ser a ideal, é, sim, a possível e a mais sustentável."

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir? (13)

Os condicionalismos da pesca da lampreia, os problemas da marina, os jacintos-de-água e as lições do senhor presidente Monteiro... (4)

Finalmente, algo no reinado do presidente Carlos Moto Serra Monteiro que não é para «breve»:
Imagem via Diário as Beiras

Paulo Leitão, eleito por Coimbra, questionou, na Assembleia da República, o ministro do Mar

"O deputado do PSD Paulo Leitão, eleito por Coimbra, questionou, na Assembleia da República, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, sobre a zona portuária. Começou por perguntar se a Figueira da Foz irá beneficiar das verbas destinadas a dragagens e intervenções de emergência nos portos do Centro e Norte do país.
Paulo Leitão afirmou ainda que, na visita que fez à lota, “foi possível constatar os graves da-nos nas instalações” provocados pela tempestade “Leslie”, em outubro de 2018. “Em contraponto ao desfile de governantes no rescaldo da tempestade, acrescentou, “este é mais um exemplo da inoperância deste e do anterior Governo”, cri-ticou.“Quanto mais tempo é que temos de aguardar pela recuperação das in-fraestruturas afetadas?”, indagou Paulo Leitão. Por outro lado, indicou “a falta de investimento na modernização da es-tação de tratamento de águas salgadas e fábrica de gelo”. O deputado perguntou, também, se está previsto um montante de 400 mil euros para a construção de um novo edifício naquela área de concessão. E afirmou que “o assoreamento da entrada da barra tem sido um dos principais entra-ves à segurança de tripulantes e embarcações”.
As respostas chegaram através do secretário Estado José Apolinário. O membro do Governo esclareceu que o referido plano de dradagens não inclui áreas sob jurisdição das administrações portuárias. No caso da Figueira da Foz, destacou, são feitas “dragagens regulares” pela administração do porto.
Acerca dos prejuízos provocados pela “Leslie” na zona portuária, José Apolinário afirmou que foram realizadas obras, através do acionamento do seguro, incluindo as da Docapesca. Contudo, ressalvou: “Reconheço que é necessário fazer outras intervenções de requalificação no espaço”. E comprometeu-se a “ver em que medida, no Orçamento do Estado [deste ano], se pode responder a algumas das questões” colocadas pelo deputado da oposição."

Via Diário as Beiras

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

A música portuguesa a gostar dela própria: há mãos para aplaudir? (12)

E a Figueira da Foz estreou hoje as "Figas"...

Foto Pedro Agostinho Cruz, via Diário as Beiras
"Sobre os preços que serão praticados, o presidente da Câmara explicou que uma viagem única (acessível através do descarregamento da aplicação móvel e emissão de um cartão temporário no quiosque multimédia) custará um euro, para uma utilização máxima de 30 minutos, tendo a bicicleta de ser colocada numa das sete docas (estações) de recolha antes do final desse período.

Há depois a possibilidade de subscrições mensais (cinco euros), semestrais (15 euros) e anuais (23 euros) para utilização regular do meio de transporte, sempre com períodos limitados a um máximo de 30 minutos por cada viagem."

Da série aeroporto na Região Centro: muitos já prometeram e ninguém cumpriu... (2)

Praticamente em directo, via RTP/Informação