sexta-feira, 5 de abril de 2019
Uma foto que é, apenas, uma visão das coisas. Todavia, esta fotografia, ao mesmo tempo objectiva e parcial, tem o poder de nos dar, pelo pormenor, a visão do todo...
"Monumento ao entulho desconhecido com o pescador armado em fiscal de obras e cimento"...
Via Isabel Maria Coimbra
"Familygate", a tradição já vem de longe... (II)
O assunto não é de hoje, nem de ontem: Governo de Cavaco Silva, onde é que isso já vai, nomeou 11 mulheres de ministros e secretários de Estado e mais 4 familiares directos.
Costa, ontem, disse que Parlamento deve definir critérios nas nomeações familiares no Governo.
Não posso estar mais de acordo.
Não é justo que me peçam a mim, que nunca tive uma profissão de sonho, que abdique, por exemplo, de um Serviço Nacional de Saúde eficaz e competente, para que as famílias políticas possam ter uma profissão de sonho, que não satisfaz nenhuma outra necessidade, para além da vossa própria realização pessoal.
Po outro lado, descontando casos patológicos, creio ser impossível alguém sentir-se realizado por exercer uma actividade que "não satisfaz nenhuma outra necessidade".
Parece-me, no entanto, que o ponto de discussão não é se os crontribuintes devem pagar "profissões de sonho", mas qual o nível de oferta dessas profissões, pago pelo contribuinte, que é razoável ou sustentável.
Se eu, contribuinte, pagasse o trabalho dos melhores cientistas, filósofos, professores, médicos, economistas, não daria por mal utilizado o meu dinheiro.
Quanto vale viver numa cidade onde são todos primos, mas nenhum é beneficiado?.. Não tenho notícias de nenhum favorecimento de nenhum familiar do presidente da câmara, do presidente da assembleia muncipal, ou, sequer, de algum vereador ou presidente de junta ou assembleia de freguesia!..
Que eu saiba, na Figueira nem os amigos têm sorte nenhuma...
Costa, ontem, disse que Parlamento deve definir critérios nas nomeações familiares no Governo.
Não posso estar mais de acordo.
Não é justo que me peçam a mim, que nunca tive uma profissão de sonho, que abdique, por exemplo, de um Serviço Nacional de Saúde eficaz e competente, para que as famílias políticas possam ter uma profissão de sonho, que não satisfaz nenhuma outra necessidade, para além da vossa própria realização pessoal.
Po outro lado, descontando casos patológicos, creio ser impossível alguém sentir-se realizado por exercer uma actividade que "não satisfaz nenhuma outra necessidade".
Parece-me, no entanto, que o ponto de discussão não é se os crontribuintes devem pagar "profissões de sonho", mas qual o nível de oferta dessas profissões, pago pelo contribuinte, que é razoável ou sustentável.
Se eu, contribuinte, pagasse o trabalho dos melhores cientistas, filósofos, professores, médicos, economistas, não daria por mal utilizado o meu dinheiro.
Quanto vale viver numa cidade onde são todos primos, mas nenhum é beneficiado?.. Não tenho notícias de nenhum favorecimento de nenhum familiar do presidente da câmara, do presidente da assembleia muncipal, ou, sequer, de algum vereador ou presidente de junta ou assembleia de freguesia!..
Que eu saiba, na Figueira nem os amigos têm sorte nenhuma...
quinta-feira, 4 de abril de 2019
"Familygate", a tradição já vem de longe...
Governo de Cavaco Silva nomeou 11 mulheres de ministros e secretários de Estado e mais 4 familiares directos.
Dias Loureiro, Fernando Nogueira, Marques Mendes, Arlindo Cunha... O que têm em comum estes ex-membros do Governo de Cavaco Silva? As respectivas mulheres foram nomeadas para cargos na estrutura do Executivo. Há mais casos. Apesar disso, ontem o ex-primeiro-ministro criticou arduamente os "jobs for the boys" do Partido Socialista, que hoje fizeram a sua primeira vítima: o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, que nomeou um primo para o seu gabinete.Depois de na semana passada ter afirmado que não se recordava de existirem relações familiares nos governos que liderou, o ex-primeiro-ministro e ex-presidente da República, Cavaco Silva, voltou ontem a pronunciar-se sobre o tema.
Foi na apresentação do livro “A Reforma das Finanças Públicas em Portugal”, de Joaquim Miranda Sarmento, porta-voz do conselho estratégico nacional do PSD, que Cavaco Silva, referindo-se de novo ao tema, afirmou o que se segue: “Como se tem vindo a e verificar, a prática de 'jobs for the boys' é muito negativa para o país e para os portugueses. No livro que escrevi em 2017, classifiquei as situações deste tipo como indecorosas".
Num artigo do jornal O Independente, datado de 7 de Fevereiro de 1992 (a meio da segunda maioria absoluta do PSD), as nomeações são expostas em catadupa. Quase ninguém escapa.
Maria dos Anjos Nogueira, mulher do poderoso ministro da Presidência e da Defesa Nacional, Fernando Nogueira, foi colocada como adjunta do secretário de Estado da Saúde, José Martins Nunes. Confrontada pelo Independente, confirmou a nomeação, mas recusou-se a comentá-la. Também Fátima Dias Loureiro, mulher de Dias Loureiro, ministro da Administração Interna, foi para adjunta de Pedro Santana Lopes. Licenciada em História, foi-lhe atribuído um salário mensal de 310 contos líquidos. Ao Independente afirmou que “estou cá e não guardo segredo (...) estou cá pelo que sou”. Também Sofia Marques Mendes, mulher do agora comentador da SIC (que na altura era um dos membros mais influentes do Governo), foi nomeada para adjunta do secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Amaro. Licenciada em Línguas e Literatras Modernas, fora professora durante oito anos. Salário que passou a auferir no Ministério da Agricultura: os mesmos 310 contos que a mulher de Dias Loureiro. Em declarações ao jornal então dirigido por Paulo Portas, afirmou que ainda se estava a “meter nos assuntos”, mas que “gostava” do trabalho de gabinete. Outro caso apresentado era o de Margarida Cunha. Mulher do então ministro da Agricultura Arlindo Cunha, foi nomeada secretária do ministro Couto dos Santos, com o salário de 150 contos mensais. Ao jornal, justificou a sua nomeação com “a confiança pessoal e política que existe à partida para estarmos aqui dentro.” Também Carlos Encarnação, secretário de Estado Adjunto na Administração Interna, tinha a sua mulher no Governo. Maria Filomena de Sousa Encarnação era adjunta do subsecretário de Estado da Cultura, António Sousa Lara. Advogada em Coimbra, acompanhou o marido para a capital, onde já fora chefe de gabinete do então Provedor de Justiça, Mário Raposo. Outro caso: Maria Cândida Menezes. Reconhece o apelido “Menezes”? Sim, pertence a Luís Filipe Menezes, na altura secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e futuro líder do PSD. Maria Cândida era secretária de Fernando Nogueira. Ainda outro: Celeste Amaro, mulher de Álvaro Amaro, secretário de Estado da Agricultura, foi destacada para trabalhar nos serviços sociais da Presidência do Conselho de Ministros, onde era vogal da direção. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, acompanhou Amaro de Coimbra para Lisboa. Ao Independente afirmou que “as coisas são difíceis para qualquer mulher de um membro de Governo. Tem de servir de mãe e de pai. E ninguém que seja profissional quer deixar de trabalhar. Acontece o mesmo com algumas amigas minhas que estão na mesma situação”. Outro caso apontado era o do casal Paulo Teixeira Pinto e Paula Teixeira da Cruz. Ele tinha sido recentemente nomeado sub-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Teixeira da Cruz era assessora de Marques Mendes, o secretário de Estado, chefe direto de Teixeira Pinto. Tratava-se, porém, de um caso com contornos especiais. Teixeira da Cruz fora nomeada para o cargo em 1987 e o marido, que viria a tornar-se banqueiro, entrou depois dela no gabinete. Os dois tinham sido colegas no curso de Direito, tendo obtido as melhores notas do seu curso. A lista prossegue com Regina Estácio Marques, secretária de Carlos Encarnação e mulher de Pedro Estácio Marques, assessor de Cavaco Silva – ou seja, até no seu gabinete Cavaco tinha colaboradores com familiares diretos na estrutura governamental. Ao Independente, Regina sublinhou que “não foi nenhum tacho para uma senhora doméstica que está em casa sem fazer nada”. Outra Loureiro, que nada tinha a ver com Dias Loureiro, foi nomeada para o Governo, mais concretamente para a Administração Interna, onde convivia com o seu marido, Carlos Loureiro. Ao Independente, Fátima Loureiro revelou que quando se colocou a possibilidade de o seu marido vir de Coimbra para Lisboa, lhe impôs uma condição: virem os dois para a capital. “Não fazia sentido eu ficar lá sozinha e o meu marido viver aqui também sozinho”, afirmou então. Ganhava 250 contos líquidos como adjunta. O lote de relações familiares descritas pelo jornal estende-se por muitos outros nomes: Eduarda Honorato Ferreira, responsável pela coordenação da agenda do Ministro das Finanças, era irmã de José Honorato Ferreira, chefe de gabinete de Cavaco Silva. Isabel Elias da Costa, mulher de Elias da Costa, secretário de Estado das Finanças, era adjunta de Couto dos Santos nos Assuntos Parlamentares. Teresa Corte Real Silva Pinto, secretária de Couto dos Santos, era irmã da secretária de Estado da Modernização Administrativa, Isabel Corte Real. Isabel Ataíde Cordeiro, adjunta da secretária de Estado do Desenvolvimento e Planeamento Regional, Isabel Mota, era casada com Manuel Falcão, chefe de gabinete do secretário de Estado da Cultura. Com um porém: Isabel já estava no gabinete quando o marido ainda não se encontrava no Governo. É, pois, um caso diferente dos demais. Também Margarida Durão Barroso, mulher do então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Durão Barroso (que havia de chegar a líder do PSD e a presidente da Comissão Europeia), foi nomeada para a Comissão dos Descobrimentos.
Ao todo, são 15 casos no governo Cavaco Silva - e só no seu gabinete são dois. Mas o ex-primeiro-ministro não se recorda deles. Em declarações ao Polígrafo, Inês Serra Lopes, ex-directora do Independente e autora do artigo, afirma que fez o texto com base em listas internas dos vários ministérios a que teve acesso. "Estavam lá os nomes e os respetivos números de telefone. Desatei a telefonar para todos os apelidos que imaginava que poderiam ter alguma ligação com um membro do Governo." Algumas das visadas "falaram tranquilamente", outras nem por isso: "Houve quem me tenha desligado o telefone na cara."
Hoje, o chamado “familygate” já fez a primeira vítima: o Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, demitiu-se na sequência da divulgação da nomeação do seu primo para adjunto do seu gabinete.
Actualização: Este artigo foi editado às 16h14, com uma alteração: as nomeações de familiares do sexo feminino no Governo de Cavaco Silva totalizavam 15, como constava no título inicial, mas 4 delas não tinham relações maritais com membros do Governo, embora tivessem ligações familiares directas."
Os quintais...
"Em Portugal, um deputado da nação pode perfeitamente ser advogado, consultor, administrador e até accionista de empresas que celebram contratos com entidades públicas. A única restrição é não deter mais de 10% do seu capital social. O novo Estatuto de Deputados era suposto mudar isso. E, de facto, foi votada favoravelmente a proibição de “exercer o patrocínio judiciário” em processos “a favor ou contra o Estado”. Mas, à última hora, o PSD decidiu introduzir uma subtileza: o deputado não pode, mas pode a sociedade de advogados para a qual ele trabalha, desde que o próprio não intervenha no processo."
Assim não dá, senhores deputados
A classe política já deu conta do crescente desinteresse do eleitorado, na participação dos actos eleitorais. Hipocritamente, diz que é preciso reverter essa tendência, tentando reverter a ideia, quase geral, que os políticos portugueses são oportunistas, alguns desonestos e que enveredam por esse caminho para protegerem os seus quintais.
Muitos dos deputados licenciados em direito possuem ligações a escritórios de advogados. Ao longo dos anos têm-se servido do parlamento, como uma espécie de quinta, onde cultivam o seu alfobre, através da criação de diplomas legislativos, que transplantam depois para os respectivos escritórios, numa absoluta demonstração de conflito de interesses, os quais têm sido motivo de diversas criticas, cujo resultado tem sido o afastamento duma percentagem significativa do eleitorado dos actos eleitorais, também por esta pratica desde há vários anos cultivada.
E quando se pensava que no parlamento se iria por fim a esta promiscuidade, pois é mesmo disso que se trata, eis que afinal os interessados na manutenção desta manifesta pouca vergonha recuam na intenção e votam na manutenção da ligação dos advogados, aos escritórios para os quais trabalham. Não será desta forma que se contribuirá para a reversão da má impressão que alguma classe política tem, por via dos seus comportamentos a demonstrar, com mais esta decisão, que conseguirão alterar grande parte da opinião pública, não estranhando que nos próximos actos eleitorais o abstencionismo continue a aumentar significativamente.
O que, porventura, não será mau para a boa colheita que têm tido com a maneira cuidada e proteccionista como têm tratado da sua quinta.
Assim não dá, senhores deputados
A classe política já deu conta do crescente desinteresse do eleitorado, na participação dos actos eleitorais. Hipocritamente, diz que é preciso reverter essa tendência, tentando reverter a ideia, quase geral, que os políticos portugueses são oportunistas, alguns desonestos e que enveredam por esse caminho para protegerem os seus quintais.
Muitos dos deputados licenciados em direito possuem ligações a escritórios de advogados. Ao longo dos anos têm-se servido do parlamento, como uma espécie de quinta, onde cultivam o seu alfobre, através da criação de diplomas legislativos, que transplantam depois para os respectivos escritórios, numa absoluta demonstração de conflito de interesses, os quais têm sido motivo de diversas criticas, cujo resultado tem sido o afastamento duma percentagem significativa do eleitorado dos actos eleitorais, também por esta pratica desde há vários anos cultivada.
E quando se pensava que no parlamento se iria por fim a esta promiscuidade, pois é mesmo disso que se trata, eis que afinal os interessados na manutenção desta manifesta pouca vergonha recuam na intenção e votam na manutenção da ligação dos advogados, aos escritórios para os quais trabalham. Não será desta forma que se contribuirá para a reversão da má impressão que alguma classe política tem, por via dos seus comportamentos a demonstrar, com mais esta decisão, que conseguirão alterar grande parte da opinião pública, não estranhando que nos próximos actos eleitorais o abstencionismo continue a aumentar significativamente.
O que, porventura, não será mau para a boa colheita que têm tido com a maneira cuidada e proteccionista como têm tratado da sua quinta.
Claro que isto não tem a ver com nada. Somos todos muito europeus e sempre na vanguarda e muito democratas e com um sentido de justiça apuradíssimo...
Uma coerência exemplar
12 de Junho de 2017 (ano sem eleições legislativas):
4 de Novembro de 2018 (ano sem eleições):
3 de Abril de 2019 (ano com eleições europeias e legislativas):
Carlos Tenreiro no Dez & 10
A grande revelação da noite...
Imagem via Diário as Beiras. Para ler melhor, clicar na imagem |
“O Pereira Coelho esteve no meu escritório a convidar-me para ser o candidato. Manuel Domingues [à data, presidente da Concelhia] e Ricardo Silva estavam presentes”, afiançou Carlos Tenreiro. “Penso que ele ainda tem uma grande influência na estrutura partidária local. Pelo menos, nesta geração mais nova – Ricardo Silva, Manuel Domingues, Tiago Cadima… Senti que havia ali uma ligação e o Pereira Coelho é que lidera ali o grupo. Tem influência”.
Para mim, que nada tenho a ver com a vida interna do PSD, a não ser na implicação que isso possa ter a ver com a minha vida, enquanto figueirense, é preocupante que Paulo Pereira Coelho, tenha um papel activo na gestão do PSD/Figueira, ao ponto de se dizer (sem que isso tenha sido desmentido) que Paulo Pereira Coelho tem capacidade e poder de decisão na escolha do líder do PSD Figueira ou na escolha dos que vão às eleições autárquicas no meu concelho.
Apetecia-me solicitar um esclarecimento à concelhia do PSD/Figueira, mas não o faço, pois não tenho esse direito. Isso é um assunto a tratar entre os companheiros.
Quanto ao resto desta participação do vereador Carlos Tenreiro no Dez & 10, destaca-se o habitual porreirismo local.
"Ricardo Silva... Ricardo Silva, neste momento não tem votação: está suspenso.
De zero a dez, o dr. Ataíde leva 8 pontos. Independentemente do mau ou bom resultado governativo que as pessoas vão fazendo, seria incapaz de desqualificar as pessoas.
A Mafalda Azenha, leva também 8 pontos, pois eles estão todos empenhados.
Miguel Pereira, leva também 8 pontos e pela mesma razão: eles estão todos empenhados. Podem é não ter jeito para tratar a nossa terra como ele deve ser tratada.
Ana Carvalho: 8. Pelas mesmas razões: empenhados mas não o suficiente.
Nuno Gonçalves: 8 e pelas mesmas razões.
Carlos Monteiro: 8. O meu amigo, o meu migo a quem eu telefonei: oh, Carlos ganhaste o Partido Socialista, vem jantar comigo!.. Por amor de Deus (riso...)!..
Miguel Babo: 20. O Miguel Babo é uma pessoa de uma coragem extrema, pois não é fácil fazer política na oposição. É uma pena quando partidos políticos descartam pessoas com a qualidade de Miguel Babo.
Carlos Tenreiro: este? dou 0, alguma vez ia votar em mim..."
Como comentário final, deixando um abraço ao dr. Carlos Tenreiro, só me apetece escrever: o convidado desta semana do Dez % 10 compensou a falta de música que, a título excepcional, aconteceu nesta edição.
"Porreiro, pá!"
quarta-feira, 3 de abril de 2019
“Figueira Domus” - Propaganda Enganosa
"É passada uma falsa ideia de que existe uma “redução dos gastos”, mas é claramente notório que os gastos até aumentam de 1,010 milhões de euros para 1,028 milhões de euros, ignorando até o efeito da provisão constituída no ano de 2017.
Desde o ano de 2014 a dívida bruta de clientes/beneficiários tem estado numa tendência de subida, afinal o que tem sido feito?
Outra propagada enganosa dita pela Administração da Figueira Domus é o investimento em “reparação e manutenção” feitas nos bairros sociais ao longo do ano 2018.
Os bairros sociais, estão cada vez mais degradados, com falta de manutenção e investimento, situação que o “Furacão Leslie” agravou, até hoje ainda não foram reparados.
Mas a realidade, no próprio relatório e contas da Figueira Domus de 2018, os gastos com “Conservação e Reparação”, têm o valor mais baixo dos últimos 6 anos."
Quando o consenso é algo tão amplo, quase chega a ser quase uma abstracção e deixa de ser transformador...
Daqui, via DIÁRIO AS BEIRAS:
«Francisco Curado (presidente da Assembleia de Freguesia de São Pedro) e
Jorge Aniceto (tesoureiro da junta) também já assinaram a ficha de
militante do PS. “A intenção é apoiar uma eventual candidatura de Carlos Monteiro à câmara”,
reforçou António Salgueiro. Assim, no executivo da junta daquela
freguesia urbana da margem sul da foz do Mondego, apenas a secretária,
Ana Maria Fernandes, deverá continuar como independente.»
MONTEIRO E SALGUEIRO ENLEADOS NAS TEIAS ONDE SE MOVEM
Ontem, publiquei uma postagem a que dei o título: Uma viagem pelo interior da política partidária. A dado passo escrevi: vivemos num país, em que nos partidos (porque só os partidos podem apresentar listas de candidatos a deputados) dois anos antes das eleições se começam a afiar as facas, para espetar nos "camaradas/companheiros" do partido para serem eles a concorrer a cargos. Por isso é que existem tantas “broncas” nos partidos PSD e PS. As barracadas existem por causa do poleiro. Por isso, as eleições internas são importantes: são elas que dão a possibilidade de se obterem cargos. Não me digam que aindam pensam que determinado indivíduo, e a sua equipa, concorrem a uma concelhia ou uma distrital, só porque gostam do partido? Se assim fosse, nunca mudavam de partido…
Olhem para as movimentações que nos bastidores, neste momento, se estão a dar no PSD e no PS figueirenses. É por causa do poleiro, do poder de designar as quotas, do protagonismo, do lugar na Assembleia da Republica, na Câmara, na junta de freguesia, ou pelo lugar de assessor...
Hoje, no DIÁRIO AS BEIRAS está escarrapachado o que eu já sabia há mais de um mês.
Em declarações ao mesmo jornal, «o autarca explicou as razões que o levaram a filiar-se no PS. “Apresentei a proposta para ser militante do PS porque, embora continuando a lutar pela freguesia de São Pedro, entendi que este é o momento próprio para me fazer militante”, afirmou. Por outro lado, acrescentou: “Entendo que o vereador e vice-presidente da câmara [Carlos Monteiro] tem trabalhado muito em prol das freguesias e se ele se candidatar à câmara estarei a seu lado”. As próximas eleições autárquicas realizam-se em 2021, marcando o fim de um ciclo, já que o presidente da câmara, João Ataíde, está a cumprir o terceiro e último mandato, somando uma maioria relativa (2009) e duas absolutas, que se replicaram na Assembleia Municipal. No entanto, apesar da distância temporal, já se fala nos putativos candidatos do PS a suceder o actual detentor do poder nos paços do concelho.»
E mais adiante, ainda no mesmo jornal, pode ler-se: «Francisco Curado (presidente da Assembleia de Freguesia de São Pedro) e Jorge Aniceto (tesoureiro da junta) também já assinaram a ficha de militante do PS. “A intenção é apoiar uma eventual candidatura de Carlos Monteiro à câmara”, reforçou António Salgueiro. Assim, no executivo da junta daquela freguesia urbana da margem sul da foz do Mondego, apenas a secretária, Ana Maria Fernandes, deverá continuar como independente.»
Independentemente, das críticas que podemos partilhar quanto à forma de organização interna dos partidos na Figueira, que podem ser uma parte importante do problema da qualidade média dos quadros que os frequentam e que vêm a exercer funções de representação política, parece-me uma atitude irreflectida colocar a adesão a um partido nos termos em que o fez o presidente da junta de S. Pedro.
Se os partidos são (ou deveriam ser...) o pulmão do sistema democrático, uma doença partidária como esta do PS/Figueira (o PSD/Figueira não está melhor...) significa a pleurisia democrática figueirense.
Os partidos, na nossa cidade, são (ou deveriam ser...) as estruturas para gerir o espaço entre as aspirações populares e as realidades - cultural, económica e política. Se recorrermos a um princípio montesquiano, são eles que redigem o contrato de delegação de poder. Quando se diz que não há vida política sem os partidos, não é porque eles na Figueira (creio que no país é o mesmo...) sejam óptimos, bons, ou sequer razoáveis, antes porque sem eles não há esperança da liberdade política entendida como a vontade popular soberana (fechando Montesquieu).
A Figueira, nos últimos 45 anos, mudou. Eu também: deixei de ter ilusões.
Na nossa cidade, a ficção, por vezes, ultrapassa a própria realidade.
Olhem para as movimentações que nos bastidores, neste momento, se estão a dar no PSD e no PS figueirenses. É por causa do poleiro, do poder de designar as quotas, do protagonismo, do lugar na Assembleia da Republica, na Câmara, na junta de freguesia, ou pelo lugar de assessor...
Hoje, no DIÁRIO AS BEIRAS está escarrapachado o que eu já sabia há mais de um mês.
Em declarações ao mesmo jornal, «o autarca explicou as razões que o levaram a filiar-se no PS. “Apresentei a proposta para ser militante do PS porque, embora continuando a lutar pela freguesia de São Pedro, entendi que este é o momento próprio para me fazer militante”, afirmou. Por outro lado, acrescentou: “Entendo que o vereador e vice-presidente da câmara [Carlos Monteiro] tem trabalhado muito em prol das freguesias e se ele se candidatar à câmara estarei a seu lado”. As próximas eleições autárquicas realizam-se em 2021, marcando o fim de um ciclo, já que o presidente da câmara, João Ataíde, está a cumprir o terceiro e último mandato, somando uma maioria relativa (2009) e duas absolutas, que se replicaram na Assembleia Municipal. No entanto, apesar da distância temporal, já se fala nos putativos candidatos do PS a suceder o actual detentor do poder nos paços do concelho.»
E mais adiante, ainda no mesmo jornal, pode ler-se: «Francisco Curado (presidente da Assembleia de Freguesia de São Pedro) e Jorge Aniceto (tesoureiro da junta) também já assinaram a ficha de militante do PS. “A intenção é apoiar uma eventual candidatura de Carlos Monteiro à câmara”, reforçou António Salgueiro. Assim, no executivo da junta daquela freguesia urbana da margem sul da foz do Mondego, apenas a secretária, Ana Maria Fernandes, deverá continuar como independente.»
Independentemente, das críticas que podemos partilhar quanto à forma de organização interna dos partidos na Figueira, que podem ser uma parte importante do problema da qualidade média dos quadros que os frequentam e que vêm a exercer funções de representação política, parece-me uma atitude irreflectida colocar a adesão a um partido nos termos em que o fez o presidente da junta de S. Pedro.
Se os partidos são (ou deveriam ser...) o pulmão do sistema democrático, uma doença partidária como esta do PS/Figueira (o PSD/Figueira não está melhor...) significa a pleurisia democrática figueirense.
Os partidos, na nossa cidade, são (ou deveriam ser...) as estruturas para gerir o espaço entre as aspirações populares e as realidades - cultural, económica e política. Se recorrermos a um princípio montesquiano, são eles que redigem o contrato de delegação de poder. Quando se diz que não há vida política sem os partidos, não é porque eles na Figueira (creio que no país é o mesmo...) sejam óptimos, bons, ou sequer razoáveis, antes porque sem eles não há esperança da liberdade política entendida como a vontade popular soberana (fechando Montesquieu).
A Figueira, nos últimos 45 anos, mudou. Eu também: deixei de ter ilusões.
Na nossa cidade, a ficção, por vezes, ultrapassa a própria realidade.
terça-feira, 2 de abril de 2019
... " o Turismo está na moda… A Figueira até já esteve… só precisa é de estar outra vez!"
"A Figueira e o turismo", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso.
Os serviços técnicos da autarquia não têm chefia?..
Para ver melhor, clicar na imagem. Via SOS CABEDELO |
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