domingo, 24 de março de 2019

Isto é vida?

Pintura Cunha Rocha, via COVA GALA... entre o rio e mar
Vou  viajar aos anos 70 do século passsado, quando não havia computadores, internet e telemóveis. 
Nessa altura, também não havia ódio virtuais, fosse no Facebook ou noutra rede social. Aliás, ainda nem sabiamos que iriam existir redes sociais. 
A "conversa de café" era a realidade. No que me toca,  o "café" das conversas, eram dois. Na Gala, o "Dory". Na Figueira, a "Nau".
A conversa podia ser uma manifestação de indignação, local ou nacional, futebolística ou política. Mas, não passava daí.
Eram tempos mais simples, mas também menos dados ao rancor e ao ódio. Nada escalava e muito menos atingia as proporções de hoje em dia. Na melhor das hipóteses, sei isso por experiência própria, era um contributo importante para o aperfeiçoamento e aprendizagem pessoal, através de boas e sustentadas discussões. Vendo pelo lado menos positivo, não se passava de  expressões tipo esta: "oportunistas, traidores, vendidos, só querem é mamar"
Em 2019 tudo é diferente: há ódio. Há rancor. Há perseguição. Há mesquinhez.
Mas, de onde veio tudo isto? 
Vivemos numa sociadade individualista, da competição e do confronto, onde o valor que fala mais alto não é a cultura: é o dinheiro, o poder, a vaidade. Não se olha a meios para atingir os fins.
O grande problema da sociedade contemporânea, a meu ver, é a falta de conhecimento, escola e vida, no que à vivência e expiriência diz respeito. E, estou a referir-me às chamadas elites políticas, ou seja, aos ex-jotinhas que pululam e inquinam tudo quanto é partido. 
Para essa gente, sem passado de trabalho e de aprendizagem, tudo se resume ao imediato. Ao seu umbigo e, sobretudo, ao seu interesse pessoal. 
Depois temos o Povo: o  julgamento, que não é feito  no local próprio, é feito na rua: "havia de haver pena de morte". Não há uma pergunta, uma reflexão. Só há vontade de agredir, de punir sem julgamento ou conhecimento de causa.
Vivemos o momento que nos é dado pelas CMTV desta vida. Depois, quando vamos a votos esquecemos tudo. E continuamos a escolher os mesmos. São todos iguais, dizemos para tranquilizar e justificar a nossa inércia, o nosso comodismo e o nosso desinteresse perante a vida: a nossa e a dos outros.
Escreveu Ruy Belo, “ninguém, no futuro, nos perdoará não termos sabido ver”. Depois, temos escolha: A escolha de ser livre.
"Vejamos, pois, e cumpramos o nosso dever falar. O nosso dever escolher. E escolher ser livre, na liberdade de querer tudo e de nada querer, na esperança contínua de que no fim os bons ganham sempre, na prática quotidiana de nos informarmos, pensarmos, termos opinião própria, evadirmo-nos da manipulação e acolhermos em alegria a vida do lado certo, do lado do bem, do lado da justiça. Na peça dentro da peça, Hamlet não prepara a sua tragédia, escolhe ser livre e vive a apoteose. Ouça, estou a falar consigo, vou continuar a falar consigo."

Poupanças...

"A Junta da Marinha das Ondas assinala hoje o 91.º aniversário da freguesia. As comemorações limitam-se a uma missa e à sessão solene. Este ano, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS o presidente, Manuel Rodrigues Nada, “será uma cerimónia singela, para não se gastar dinheiro”.
Na sessão solene dos 91 anos da Marinha das Ondas, Manuel Rodrigues Nada não vai abordar o dossiê da instalação de um Centro Integrado de Valorização de Resíduos (CIVR), por um privado, na freguesia, contra o qual a população e a junta reagiram. “Não vou abordar esse assunto porque estamos a acompanhar a evolução do processo”, esclareceu.

Leitura


SINOPSE
Joana nasceu condenada aos infortúnios da vida. A vila pobre, o pai ausente, a mãe entregue ao álcool, o irmão deficiente. Apesar de ter sido agraciada com inteligência e beleza, as qualidades da rapariga parecem não ser suficientes para que ela reme contra a corrente. 

Numa terra de ninguém, Joana luta para ser gente: resiliente como uma flor que teima em brotar entre as pedras da calçada. 

O romance de estreia de Pedro Rodrigues é sobre a dureza da vida e a importância de se manter viva a esperança por uma primavera que acaba sempre por chegar, mesmo depois do mais rigoroso inverno.

sábado, 23 de março de 2019

Nem todos vão ao casino. Há quem passe pelo Salão Brasil...

Falta de contacto com a realidade?..

"O Cabedelo deve ser a única praia do país onde APA propõe a deslocalização de edificações para a frente marítima. A alteração do Plano de Praia pretende contornar as condicionantes às novas edificações previstas, no PDM, na FAIXA DE PROTEÇÃO COSTEIRA. Ao contrário do que advoga no resto da costa, no Cabedelo a APA quer legitimar a construção em ESPAÇO NATURAL das edificações que pretendem demolir em ESPAÇO URBANO. Primeiro desloca as edificações para cima do mar e depois propõe um MURO DE BETÃO para as proteger. São três disparates para nós pagarmos: a demolição, a construção e o muro de betão." 

Via  SOS CABEDELO

Hoje, todos os caminhos vão dar ao Casino Figueira...

 Pedro Rodrigues, logo mais, pelas 17 horas, vai fazer o lançamento do seu mais recente livro.

Bom sábado

sexta-feira, 22 de março de 2019

O PS continua um espectáculo

Mário Soares meteu o socialismo na gaveta. António Costa tirou a monarquia do armário.

Qual é o problema?..

Praticamente em directo de Maiorca

A crónica de hoje no Diário as Beiras

Imagem sacada daqui

Estudassem...

... mas já que estudar dá trabalho, aprendam via SOS CABEDELO
"A praia do Cabedelo integra a primeira zona de «ondas com especial valor para a prática de desportos de deslize» no ordenamento do território em Portugal. Será que vai ser também a primeira área classificada a ter a onda estragada pelo refluxo do mar (backwash) contra um MURO DE BETÃO? Onde está o estudo de "avaliação dos potenciais impactos negativos" da obra costeira que querem legitimar? Se existem soluções alternativas porque insistem na pior?

POC - NG 14 ...a actuação da Administração deve atender ao seguinte:
a) Assegurar a protecção dos locais mais valiosos para a prática dos desportos de deslize, promovendo a avaliação dos potenciais impactos negativos das obras costeiras perturbadoras da qualidade das condições das «ondas com especial valor para a prática de desportos de deslize» e quando possível a adoção de soluções alternativas;

Moçambique

Quem quiser ajudar, a Cruz Vermelha Portuguesa já lançou uma campanha de angariação de fundos. Pode contribuir aqui


Peter Pereira, um covagalense na diáspora

Vivi nos Estados Unidos a maior parte da minha vida.
Tenho orgulho de ser português, de promover o país o quanto posso e vou sempre considerar-me português”.
Peter Pereira tem família na Cova-Gala.

Alexandre Herculano

quinta-feira, 21 de março de 2019

OBRAS NO CABEDELO

Estou há três quartos de hora a ouvir falar do assunto na Foz do Mondego Rádio. Apenas concluí que ninguém tem certezas sobre o assunto. Incluindo eu. E as obras estão a prosseguir enquanto o problema continua em consulta pública. Estamos a falar do Cabedelo, "uma das jóias da Figueira". Da "Aldeia do Mar" e da "Cidade Surf", que ninguém sabe o que era, já nem se fala. Deixem o Cabedelo em paz... Aquilo só precisava de novos acessos, protecção da duna, um balneário e umas passadeiras em madeira. Sobrou uma obra de merda que vai dar cabo da "jóia" e, espero, da "coroa" dos reizinhos da Figueira.

Porque hoje é dia da árvore...

Parque Verde plantou 3 árvores


A propósito do Dia da Árvore O Movimento Parque Verde emitiu o seguinte comunicado:
1. O Movimento Parque Verde veio hoje assinalar o dia Mundial da Floresta com a plantação simbólica de 3 árvores no Parque Florestal Rotário Manuel Alberto Rei. Este movimento entende ser contra natura a existência de um estaleiro, neste parque, para stock de inertes e parqueamento de máquinas. Haverá, certamente, outros locais mais apropriados para o efeito.
2. As árvores têm sido objecto de maus tratos na Figueira da Foz, veja-se o massacre ocorrido em Buarcos, aquando da execução de um pretenso projecto de requalificação urbanística o qual em nada contribuirá para a descarbonização nem para benefício da população.
3. Por outro lado, constatámos o corte/abate de várias árvores frondosas na Av. Joaquim de Carvalho e a podas desnecessárias e absolutamente mutiladoras, em vários pontos da cidade que continuam a verificar-se em Março.
4. Se a autarquia tem o compromisso de contribuir para amenizar as alterações climáticas através da descarbonização, como se explicam estas acções? São as árvores com a respectiva folhagem que absorvem o dióxido de carbono do ar no próprio processo de crescimento. Não há melhor eficácia a descarbonizar.
5. Falta mais arborização no Parque das Abadias, seriamente afectado com a tempestade Leslie, sendo um atentado contra a sua beleza e harmonia paisagística a projectada instalação de mais uma superfície comercial nas suas imediações.
6. Por outro lado, não se compreende que as árvores que, por falta de rega, secaram na praia ainda não foram prontamente replantadas. Deverá haver garantia contratual para o efeito no âmbito do respectivo contrato de empreitada.
7. Assistimos com muita preocupação à progressiva betonização da Várzea de Tavarede, sem qualquer respeito pelas condicionantes legais inscritas em sede de PDM e APA (Agência Portuguesa do Ambiente) relativamente às linhas de água ali existentes, nem pela biodiversidade, seriamente comprometida pela opção do “plantio” de superfícies comerciais.
8. Ocorre perguntar onde fica o prometido Parque Verde Urbano?
9. Consideramos que junto às rodovias urbanas da cidade, em vez da propagação de placards publicitários de tamanho considerável, com reduzida distância entre eles, deveriam ter sido plantadas novas espécies arbóreas mais coerentes com uma política de sustentabilidade ambiental.
10. Defendemos, há muitos anos, que a Figueira da Foz - cidade com o nome de árvore – situada na Costa de Prata, poderá valer mais do que ouro, quando optar por práticas mais ecológicas em prol da garantia, no presente e no futuro, de um autêntico património arbóreo/biológico, suporte de uma vida saudável para toda a população.

O silêncio dos jovens figueirenses

Via DIÁRIO AS BEIRAS

"No passado dia 13 de março milhares de jovens, no mundo inteiro, saíram à rua em protesto, fazendo greve às aulas, contra as atitudes irresponsáveis e de submissão aos interesses económico políticos dos múltiplos governos, exigindo o fim da inação destes quanto à sustentabilidade e preservação do planeta.
NÃO HÁ PLANETA B foi o slogan dos jovens...

Quanto ao nosso nicho estudantil figueirense, foi estranho e preocupante a ausência de uma reação, de uma atitude proativa que refletisse a preocupação por parte dos nossos jovens estudantes para com o que se está a passar com as alterações climáticas. O silêncio dos jovens figueirenses refletiu uma atitude de passividade e cumplicidade para com as políticas desastrosas de crime contra a sustentabilidade do planeta. Devemos questionar: Onde estiveram as tão irreverentes associações de estudantes? As tão críticas juventudes partidárias? As motivantes associações municipais de jovens? As responsáveis associações ambientalistas? Da Figueira da Foz para o mundo, a resposta dos nossos jovens estudantes foi um SILÊNCIO ensurdecedor…absoluto… profundo…inquietante… que deve levar todos a refletir."