Esta brincadeira completamente alienada já ultrapassou os limites. Não é positiva nem
saudável para a Figueira. O momento, na Figueira, é de crise.
As pessoas, embora à superfície não
pareça, andam preocupadas com problemas reais e coisas sérias. O pão para o
dia-a-dia, o emprego de amanhã, com salário ao fim do mês e com trabalho, o
futuro dos filhos e dos netos, a saúde, o ambiente, a barra, a erosão a sul, o
areal da praia citadina, o preço da habitação, da água, do gás e da electricidade. Para além
disso, não sentem confiança, particularmente nos políticos locais. Basta perder
uma dúzia de minutos para pensar sobre o percurso de cada um e o curriculum vitae que
têm para exibir.
Para tentar perceber como isto aconteceu teríamos de ir à outra
metade da história – a que está por contar –, que nos conduziu ao actual
panorama.
Para além da importância dos media, em geral, e dos locais em
particular, penso
que os grandes responsáveis pela actual situação foram os políticos que
governaram o concelho nas últimas três décadas.
A triste realidade é que os últimos anos do nosso concelho foram
uma sucessão de erros e trambolhões em direcção ao abismo. Os nossos políticos
e governantes locais foram exemplos de
irresponsabilidade (extensível a todo o país), incompetência, compadrio,
amadorismo e leviandade. Não é por acaso que, ao fim destes anos todos de
democracia, a Figueira perdeu peso e importância, e a educação, a cultura, o
desporto e a saúde estão como se sabe…
O sistema político faliu. Alternativas não existem neste
momento. As pessoas – quem anda na rua sabe o que ouve – dizem: mal por mal
fiquem lá os que estão. Os políticos estão desacreditados e nunca ninguém é
responsável por coisa alguma – politicamente falando.
Não foi por acaso que as últimas eleições locais, foram ganhas com uma campanha descaradamente
mentirosa por parte da força vencedora, como a realidade comprova.
Perante isto, a população perdeu qualquer réstia de
confiança no tratamento de assuntos sérios e importantes para o concelho,
descobrindo que o seu voto, verdadeiramente, nunca serviu para nada. A população ganhou repugnância pelas mesmas
mentiras de sempre, à medida que ia sentindo na pele a degradação do concelho
ao arrepio dos discursos de circunstância.
Na política figueirense tem triunfado a fantasia.
Será essa a esperança do PSD/Figueira em Fevereiro de 2019,
a pouco mais de 2 anos e meio das próximas autárquicas?
Isto, é um insulto indigno a todos os figueirenses, a que
nenhum devia ficar indiferente, independentemente da sua cor política…