Via SOS/Cabedelo. Para ler notícia no jornal Público, clicar aqui. |
sábado, 4 de agosto de 2018
A erosão a sul não podia esperar mais...
A erosão a sul não podia esperar mais...
"A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."
António Agostinho, via blogue OUTRA MARGEM, em 11 de dezembro de 2006.
A ocupação desordenada do litoral contribuiu para situações de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a segurança de pessoas e bens.
Foi o que aconteceu a sul do porto da Figueira da Foz, também consequência das obras do prolongamento do molhe norte em 400 metros, onde nos últimos anos se agravaram os efeitos erosivos a sul do "Quinto Molhe".
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."
António Agostinho, via blogue OUTRA MARGEM, em 11 de dezembro de 2006.
Via AS BEIRAS |
A ocupação desordenada do litoral contribuiu para situações de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a segurança de pessoas e bens.
Foi o que aconteceu a sul do porto da Figueira da Foz, também consequência das obras do prolongamento do molhe norte em 400 metros, onde nos últimos anos se agravaram os efeitos erosivos a sul do "Quinto Molhe".
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
Alguns comentários que, por serem anónimos, não publiquei, mas que seria uma pena se não fossem publicados...
“...vou oscilando. Ora te acho genial, ora acho que alguns dos posts que escreves nunca deveriam ter saído da tua cabeça...”
O que tenho a dizer: perante isto, confesso que também eu oscilo... Oscilo entre corar como um menino e, ir buscar um babete, ou passar a dizer à cabeça que se controle e só deixe sair o que for consensual!..
“... e porque ataca tanto Ataíde, um político de mero acaso e sem qualquer estofo? Mesmo quando se refere a ele com ironia...”
O que tenho a dizer: confesso que busquei, busquei e não vislumbro, nem com boa vontade, esse tal ataque à criatura em causa. Mesmo quando me refiro a ele com ironia!..
“... não pares, não pares... Os blogues na Figueira ou desistiram ou tornaram-se parecidos com os jornais. Não pares, não pares...”
O que tenho a dizer: por enquanto não. Mas, um dia, terei de parar!..
O que tenho a dizer: perante isto, confesso que também eu oscilo... Oscilo entre corar como um menino e, ir buscar um babete, ou passar a dizer à cabeça que se controle e só deixe sair o que for consensual!..
“... e porque ataca tanto Ataíde, um político de mero acaso e sem qualquer estofo? Mesmo quando se refere a ele com ironia...”
O que tenho a dizer: confesso que busquei, busquei e não vislumbro, nem com boa vontade, esse tal ataque à criatura em causa. Mesmo quando me refiro a ele com ironia!..
“... não pares, não pares... Os blogues na Figueira ou desistiram ou tornaram-se parecidos com os jornais. Não pares, não pares...”
O que tenho a dizer: por enquanto não. Mas, um dia, terei de parar!..
Gostaria, mas...
"Depois de três edições consecutivas, 2018 fica sem Orçamento Participativo (OP), mas em 2019 os figueirenses poderão voltar a submeter as suas propostas a votos, no âmbito do Orçamento da Câmara da Figueira da Foz, que dedica uma verba de 300 mil euros para aquela medida destinada a promover o exercício da democracia directa. A pausa deve-se à alteração profunda do regulamento, cuja discussão pública será em breve iniciada. A proposta de alteração foi aprovada na reunião de câmara, com os votos a favor da maioria socialista, enquanto o PSD optou por votar contra.
A autarquia optou por envolver a ciência, ao recorrer aos serviços do Centro de Estudos Sociais da Universidade. Por outro lado, vai contratar uma empresa especializada em sistemas informáticos para a votação nos orçamentos participativos, a fim de garantir rigor e corrigir falhas detectadas nas edições anteriores.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o vereador do PSD Ricardo Silva justificou o voto contra do seu partido.“Houve dúvidas, por estarem a diferenciar os jovens e por causa do sistema de votação, que permite a mesma pessoa votar mais vezes do que as permitas, através de terceiros. Foi por isso que votámos contra, porque uma câmara que se pauta pela transparência, devia ter acautelado o rigor desde o início”, sustentou o autarca da oposição."
Nota de rodapé.
Peço que compreendam: é-me totalmente impossível cumprir a tarefa, mais do que gigantesca, hercúlea, de ser consciência cívica absoluta de tudo o que se passa à nossa volta.
Para isso, teria que passar a vida num miradouro a ouvir o sol nascer, o coração dos pássaros bater, a sombra das flores crescer, o sol a pôr-se, a lua a despontar e ver o céu estrelado.
Peço que compreendam que me é totalmente impossível cumprir a tarefa.
Dos miradouros não se vêem só maravilhas!
Os miradouros, são como o nome indica, para que se possa ver tudo...
E, tudo, inclui o bom e o mau, o belo e o menos belo, a harmonia e o caos.
Tudo compõe essa paisagem, tal como na vida a estratificação da sociedade é uma realidade a que muitos gostariam de poder olhar para o lado...
Contudo, ela está diante dos nossos olhos.
Dizem por aí que “a cidade está a definhar”...
Estamos na Figueira, uma cidade onde a população não pede contas...
A autarquia optou por envolver a ciência, ao recorrer aos serviços do Centro de Estudos Sociais da Universidade. Por outro lado, vai contratar uma empresa especializada em sistemas informáticos para a votação nos orçamentos participativos, a fim de garantir rigor e corrigir falhas detectadas nas edições anteriores.
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o vereador do PSD Ricardo Silva justificou o voto contra do seu partido.“Houve dúvidas, por estarem a diferenciar os jovens e por causa do sistema de votação, que permite a mesma pessoa votar mais vezes do que as permitas, através de terceiros. Foi por isso que votámos contra, porque uma câmara que se pauta pela transparência, devia ter acautelado o rigor desde o início”, sustentou o autarca da oposição."
Nota de rodapé.
Peço que compreendam: é-me totalmente impossível cumprir a tarefa, mais do que gigantesca, hercúlea, de ser consciência cívica absoluta de tudo o que se passa à nossa volta.
Para isso, teria que passar a vida num miradouro a ouvir o sol nascer, o coração dos pássaros bater, a sombra das flores crescer, o sol a pôr-se, a lua a despontar e ver o céu estrelado.
Peço que compreendam que me é totalmente impossível cumprir a tarefa.
Dos miradouros não se vêem só maravilhas!
Os miradouros, são como o nome indica, para que se possa ver tudo...
E, tudo, inclui o bom e o mau, o belo e o menos belo, a harmonia e o caos.
Tudo compõe essa paisagem, tal como na vida a estratificação da sociedade é uma realidade a que muitos gostariam de poder olhar para o lado...
Contudo, ela está diante dos nossos olhos.
Dizem por aí que “a cidade está a definhar”...
Estamos na Figueira, uma cidade onde a população não pede contas...
Tudo percebido? Ou é preciso fazer um desenho?..
"O executivo municipal aprovou, na 2ª feira, o início do procedimento tendente a prorrogar o prazo de pagamento dos empréstimos contraídos no âmbito do Plano de Saneamento Financeiro, passando as suas maturidades de 2023 para 2032. Escrevi, há umas semanas, que é decisão que tem todo o respaldo legal e é, no plano político e ético, inatacável. Quem tem vindo a pagar as dívidas que outros deixaram, arcando com o ónus da diminuição sensível da sua capacidade de acção política, tem toda legitimidade para lançar mão deste mecanismo que a Lei do Orçamento do Estado para 2018 veio colocar à disposição dos municípios.
Se todo o processo, na sua complexidade, correr bem, a partir de 2019, o Município verá desagravado, de forma considerável, o seu encargo anual com a dívida e libertará, concomitantemente, fundos para outras aplicações mais úteis. A dívida continuará a ser paga, mas a ritmo mais lento.
Este resultado, a confirmar-se, é o culminar do esforço de anos que, finalmente, permitirá um desafogo maior, mas tem outra dimensão mais desafiante. É que a prorrogação significará uma perda da centralidade que a “questão financeira” tem tido no contexto da governação municipal e fará surgir, com força redobrada, toda a espécie de “necessidades”.
A aplicação das disponibilidades adicionais que surgirão vai exigir todo o escrutínio por parte do executivo municipal, num cenário em que, com menos restrições orçamentais, o argumento financeiro tem de ser substituído, ao menos parcialmente, por um critério ainda mais rigoroso de interesse público."
Exigência acrescida. Uma crónica de José Fernando Correia. Via AS BEIRAS.
Se todo o processo, na sua complexidade, correr bem, a partir de 2019, o Município verá desagravado, de forma considerável, o seu encargo anual com a dívida e libertará, concomitantemente, fundos para outras aplicações mais úteis. A dívida continuará a ser paga, mas a ritmo mais lento.
Este resultado, a confirmar-se, é o culminar do esforço de anos que, finalmente, permitirá um desafogo maior, mas tem outra dimensão mais desafiante. É que a prorrogação significará uma perda da centralidade que a “questão financeira” tem tido no contexto da governação municipal e fará surgir, com força redobrada, toda a espécie de “necessidades”.
A aplicação das disponibilidades adicionais que surgirão vai exigir todo o escrutínio por parte do executivo municipal, num cenário em que, com menos restrições orçamentais, o argumento financeiro tem de ser substituído, ao menos parcialmente, por um critério ainda mais rigoroso de interesse público."
Exigência acrescida. Uma crónica de José Fernando Correia. Via AS BEIRAS.
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
Nobidades do láre... (18)
Via Município da Figueira da Foz
"Motivos para sair de casa, na Figueira da Foz, não faltam: música e dança, desporto e teatro, tradições e, claro, as belezas naturais e um pôr do sol irresistível. Se gosta de caminhar na marginal, aproveite para ficar a conhecer alguns dos eventos que não vai querer perder... Para aceder a mais programação, basta ir a http://cm-figfoz.pt/"...
"Motivos para sair de casa, na Figueira da Foz, não faltam: música e dança, desporto e teatro, tradições e, claro, as belezas naturais e um pôr do sol irresistível. Se gosta de caminhar na marginal, aproveite para ficar a conhecer alguns dos eventos que não vai querer perder... Para aceder a mais programação, basta ir a http://cm-figfoz.pt/"...
Ao tempo que sabemos que na Figueira os números não mentem... Também sabemos, porém, que na Figueira os mentirosos inventam números...
Imagem: via AS BEIRAS |
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Filipe Dias garantiu, no entanto, que as afirmações do seu sucessor “não correspondem à verdade”. E acrescentou: “Claro que contabilizámos as pessoas que lá estavam a trabalhar, que não pagam entrada, mas é verdade que, no total, registámos 50 mil entradas em cinco dias”. O antigo presidente da Junta de Maiorca esclareceu, ainda, que os colaboradores dos stands das empresas também não pagavam. “Eram cerca de 200 espaços, com uma média de quatro ou cinco por cada um”, contabilizou Filipe Dias, garantindo que “os números que foram lançados para a imprensa não fogem muito à realidade”.
Polémicas à parte, a FINDAGRIM realiza-se de 8 a 12 deste mês, no largo da Feira de Maiorca. A entrada, que é livre no último dia, custa quatro euros."
Nota de rodapé.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, este ano, por ter reconhecido que a feira cresceu ao longo dos 8 anos que já leva de existência, aumentou, em relação a 2017 (único ano em que apoiou com verba) em mais 10 mil euros o apoio monetário para a realização do evento: 30 mil euros mais apoio logístico, sujeito a um reforço posterior (no final do evento) caso o evento não obtenha saldo positivo.
Isto é, os 30 mil podem ser 40 mil euros!
O mesmo é dizer: todos, incluindo o presidente da junta de freguesia de Maiorca e o presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, têm a noção que, à partida, a FINDAGRIM está condenada ao fracasso!
Façamos votos para que não seja assim...
Estudar para quê? Estamos em Portugal, onde é sempre carnaval... Alguém leva a mal?..
"Passos Coelho vai ser professor catedrático na Universidade Lusíada"!..
Federico Fellini, nos seus filmes, tratou magistralmente o tema da decrepitude das sociedades.
Rever os seus filmes (continuam actuais) é perceber como o Rei vai nu há vários anos...
Em Portugal, infelizmente, não aprendemos nada com o Mestre!
Federico Fellini, nos seus filmes, tratou magistralmente o tema da decrepitude das sociedades.
Rever os seus filmes (continuam actuais) é perceber como o Rei vai nu há vários anos...
Em Portugal, infelizmente, não aprendemos nada com o Mestre!
«Figueira da Foz. Memória de um mandato e os anos perdidos» - novo livro de Joaquim de Sousa, foi ontem apresentado...
"Se este livro não der polémica é porque a cidade morreu"- Fernando Cardoso
«Um testemunho de vida e devido»
É desta forma que António Ventura entende a obra agora apresentada. Para o autor do prefácio, “este livro é um testemunho de vida e devido, com uma dimensão colectiva”.
O jornalista falou da gestão autárquica de Joaquim de Sousa “num período difícil da vida nacional”, considerando que “em 3 anos a Figueira da Foz recuperou a sua identidade e mostrou-se ao mundo”, dando como exemplo a realização de eventos que ultrapassaram as barreiras nacionais mas também a realização do Dia do Figueirense ou a criação da Casa da Figueira da Foz em Lisboa.
Para António Ventura, Joaquim de Sousa abraçou uma liderança camarária de “transparência na gestão da res pública com medidas superiores à partidarite aguda. O seu poder era a forma de poder fazer e nunca foi a voz do dono, sempre o dono da sua voz, permitindo que o erário público fosse respeitado e não desbaratado”.
A terminar, disse que “há líderes que sem poder, têm seguidores, pela sua credibilidade. Assim é Joaquim de Sousa”.
“Hoje andamos a discutir foguetes, folclore e espectáculos”
Joaquim de Sousa confessou que neste livro pretendeu reunir alguma memória mas também fazer uma reflexão das últimas 3 décadas na Figueira da Foz.
Invocou a memória de Coelho Jordão (antigo presidente da Câmara Municipal) defendendo que “a Figueira da Foz precisava, nessa altura, de ter vida própria e desenvolver-se economicamente, porque só o Turismo não chegava”. Foi neste contexto que a fábrica de pasta de papel Celbi nasceu na Figueira da Foz: “nos anos 60 era já sensível a percepção de que o boom do Algarve, Mediterrâneo e outras praias comprometia a «clientela» da Figueira da Foz. A vinda da Celbi veio assim dar vida e emprego sustentável todo o ano”.
Olhando para o presente, Joaquim de Sousa diz que “hoje andamos a discutir foguetes, folclore e espectáculos quando o problema é criar uma vida económica todo o ano. Estamos transformados numa praia de proximidade, em que ficamos a ver passar o cortejo, vivemos numa ilusão e a pouco e pouco fomos transformados numa praia de ida e volta. A Figueira da Foz sempre foi uma praia familiar e o que se faz hoje é «sunsets». Antigamente havia uma linha constante de captação dos pais através das crianças”, organizando eventos a elas especialmente direccionados. “A linha de hoje é dos espectáculos e até tivemos uma empresa (municipal), com mais «olhos do que barriga»".
Joaquim de Sousa recordou ainda o antigo presidente de Câmara, já falecido, Duarte Silva.
“No seu mando tentou reverter alguma situação e fez obra, como a nova Ponte dos Arcos ou a instalação da central de ciclo combinado da EDP em Vila Verde. Mas estava condicionado pela herança que teve. Aguentou com a máxima correcção, mas foi um sacrificado pela Figueira da Foz”.
“Reabilitação urbana traçada na prancheta”
Ironicamente, considera que “fazer reabilitação urbana nesta altura do ano é óptimo, é a melhor altura”. E deixa uma dúvida: “quais são os estudos de trânsito que deram origem a esta reabilitação urbana traçada na prancheta?”.
Na sua opinião, “tudo isto é um rematado disparate só porque há fundos comunitários, quando há muito mais a fazer”.
Defendeu que “as autarquias hoje são agências de espectáculos para divertir, é tudo um circo e o tecido urbano está na mesma. Esta situação pode ser corrigida, acredito nisso, mas só a médio/longo prazos. Um dos problemas é que a Figueira não tem «quadros», estão todos fora por falta de emprego, mas vai aparecer uma geração que diga «basta»”.
Já perto do final da sua intervenção, deixou uma reflexão: “acredito que vamos ainda ter um presidente de Câmara que motive a cidade e as forças vivas”.
Via Figueira na Hora
Nota de rodapé.
foto José Santos |
É desta forma que António Ventura entende a obra agora apresentada. Para o autor do prefácio, “este livro é um testemunho de vida e devido, com uma dimensão colectiva”.
O jornalista falou da gestão autárquica de Joaquim de Sousa “num período difícil da vida nacional”, considerando que “em 3 anos a Figueira da Foz recuperou a sua identidade e mostrou-se ao mundo”, dando como exemplo a realização de eventos que ultrapassaram as barreiras nacionais mas também a realização do Dia do Figueirense ou a criação da Casa da Figueira da Foz em Lisboa.
Para António Ventura, Joaquim de Sousa abraçou uma liderança camarária de “transparência na gestão da res pública com medidas superiores à partidarite aguda. O seu poder era a forma de poder fazer e nunca foi a voz do dono, sempre o dono da sua voz, permitindo que o erário público fosse respeitado e não desbaratado”.
A terminar, disse que “há líderes que sem poder, têm seguidores, pela sua credibilidade. Assim é Joaquim de Sousa”.
“Hoje andamos a discutir foguetes, folclore e espectáculos”
Joaquim de Sousa confessou que neste livro pretendeu reunir alguma memória mas também fazer uma reflexão das últimas 3 décadas na Figueira da Foz.
Invocou a memória de Coelho Jordão (antigo presidente da Câmara Municipal) defendendo que “a Figueira da Foz precisava, nessa altura, de ter vida própria e desenvolver-se economicamente, porque só o Turismo não chegava”. Foi neste contexto que a fábrica de pasta de papel Celbi nasceu na Figueira da Foz: “nos anos 60 era já sensível a percepção de que o boom do Algarve, Mediterrâneo e outras praias comprometia a «clientela» da Figueira da Foz. A vinda da Celbi veio assim dar vida e emprego sustentável todo o ano”.
Olhando para o presente, Joaquim de Sousa diz que “hoje andamos a discutir foguetes, folclore e espectáculos quando o problema é criar uma vida económica todo o ano. Estamos transformados numa praia de proximidade, em que ficamos a ver passar o cortejo, vivemos numa ilusão e a pouco e pouco fomos transformados numa praia de ida e volta. A Figueira da Foz sempre foi uma praia familiar e o que se faz hoje é «sunsets». Antigamente havia uma linha constante de captação dos pais através das crianças”, organizando eventos a elas especialmente direccionados. “A linha de hoje é dos espectáculos e até tivemos uma empresa (municipal), com mais «olhos do que barriga»".
Joaquim de Sousa recordou ainda o antigo presidente de Câmara, já falecido, Duarte Silva.
“No seu mando tentou reverter alguma situação e fez obra, como a nova Ponte dos Arcos ou a instalação da central de ciclo combinado da EDP em Vila Verde. Mas estava condicionado pela herança que teve. Aguentou com a máxima correcção, mas foi um sacrificado pela Figueira da Foz”.
“Reabilitação urbana traçada na prancheta”
Ironicamente, considera que “fazer reabilitação urbana nesta altura do ano é óptimo, é a melhor altura”. E deixa uma dúvida: “quais são os estudos de trânsito que deram origem a esta reabilitação urbana traçada na prancheta?”.
Na sua opinião, “tudo isto é um rematado disparate só porque há fundos comunitários, quando há muito mais a fazer”.
Defendeu que “as autarquias hoje são agências de espectáculos para divertir, é tudo um circo e o tecido urbano está na mesma. Esta situação pode ser corrigida, acredito nisso, mas só a médio/longo prazos. Um dos problemas é que a Figueira não tem «quadros», estão todos fora por falta de emprego, mas vai aparecer uma geração que diga «basta»”.
Já perto do final da sua intervenção, deixou uma reflexão: “acredito que vamos ainda ter um presidente de Câmara que motive a cidade e as forças vivas”.
Via Figueira na Hora
Nota de rodapé.
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
O "Sr. João" pode ser qualquer um de nós...
A dignidade de um Homem está no seu coração.
Pode-se humilhar, ofender, maltratar, ignorar uma pessoa, mas nunca se lhe retira a dignidade, já que ela lhe é intrínseca.
O próprio é que se pode tornar indigno, pois esse é um poder que só ele tem.
A dignidade de um Homem, nada, nem ninguém, pode destruir.
Em S. Pedro todos conhecemos o "Sr. João".
Em devido tempo, houve quem quisesse ajudá-lo. Ele, e esse era um direito seu, recusou. Quis viver a vida ao seu jeito e à sua maneira.
Mas, agora, "O Sr. João" está num beco sem saída.
Alguém terá de fazer mesmo alguma coisa. Mesmo que isso vá contra a sua vontade. Não sei é se isso será possível.
"Porque do que ele precisa mesmo é que a sociedade por onde se arrasta e deambula olhe para ele de frente e lhe garanta na precária vida que lhe resta a dignidade humana que merece."
O "Sr. João", que eu conheço há várias décadas, é de carne e osso, existe mesmo.
Do que dele conheço, sei que a rebeldia, a independência e a dignidade, fizeram sempre parte da sua vida.
Tal como quase todos nós, porém, não conseguiu mudar o mundo.
Porém, a seu favor, posso garantir que foi um canalha a menos com me cruzei nesta vida difícil.
A dele. E a minha.
Nota: o texto acima sobre "O Sr. João", foi inspirado numa crónica de João Pita, que pode ser lida clicando aqui.
Pode-se humilhar, ofender, maltratar, ignorar uma pessoa, mas nunca se lhe retira a dignidade, já que ela lhe é intrínseca.
O próprio é que se pode tornar indigno, pois esse é um poder que só ele tem.
A dignidade de um Homem, nada, nem ninguém, pode destruir.
Em S. Pedro todos conhecemos o "Sr. João".
Em devido tempo, houve quem quisesse ajudá-lo. Ele, e esse era um direito seu, recusou. Quis viver a vida ao seu jeito e à sua maneira.
Mas, agora, "O Sr. João" está num beco sem saída.
Alguém terá de fazer mesmo alguma coisa. Mesmo que isso vá contra a sua vontade. Não sei é se isso será possível.
"Porque do que ele precisa mesmo é que a sociedade por onde se arrasta e deambula olhe para ele de frente e lhe garanta na precária vida que lhe resta a dignidade humana que merece."
O "Sr. João", que eu conheço há várias décadas, é de carne e osso, existe mesmo.
Do que dele conheço, sei que a rebeldia, a independência e a dignidade, fizeram sempre parte da sua vida.
Tal como quase todos nós, porém, não conseguiu mudar o mundo.
Porém, a seu favor, posso garantir que foi um canalha a menos com me cruzei nesta vida difícil.
A dele. E a minha.
Nota: o texto acima sobre "O Sr. João", foi inspirado numa crónica de João Pita, que pode ser lida clicando aqui.
A tragédia grega
"Depois de se “queimar” a economia grega queimou-se agora uma parcela da esperança…é a tragédia Grega, parafraseando a cantora Maria Bethânia (…) Ali onde eu chorei qualquer um chorava (…) levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima (…)."
Isabel Maranha Cardoso
O ponto da situação é mais ou menos este ...
Doidos varridos...
"Ora, então, parece que a esquerda tem negócios de direita e a direita tem profissões de esquerda (Estado). Nos seus discursos, a esquerda quer derrubar os negócios da direita, e a direita quer derrubar o Estado. Concluindo, ou são todos suicidas ou todos anarquistas. Eu inclino-me para que sejam todos doidos (consanguinidade)."
"Ora, então, parece que a esquerda tem negócios de direita e a direita tem profissões de esquerda (Estado). Nos seus discursos, a esquerda quer derrubar os negócios da direita, e a direita quer derrubar o Estado. Concluindo, ou são todos suicidas ou todos anarquistas. Eu inclino-me para que sejam todos doidos (consanguinidade)."
Nobidades do láre: engenharia financeira...
Como se pode ler na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, a "autarquia figueirense vai aliviar o peso da dívida do município através de uma operação financeira"...
Tal consiste no seguinte: "a Câmara da Figueira da Foz vai antecipar o pagamento de 14,5 milhões de euros, o que resta pagar do empréstimo de 31 milhões de euros, contraído em 2011 para suportar o Plano de Saneamento Financeiro (PSF), entretanto suspenso. A antecipação será feita com recurso a um empréstimo, de valor igual ao remanescente da dívida. Com aquela solução, o município alivia o peso da despesa da dívida, que actualmente representa 8,6 por cento das receitas totais da autarquia."
Com o empréstimo, segundo os cálculos do executivo camarário socialista, "entre 2019 e 2021, os encargos serão de quatro por cento da receita, valor que se reduz, em 2022, para os 2,95 por cento." O esforço financeiro da autarquia figueirense, a partir daí será ainda menor: "de 2,3 por cento, de 2023 a 2032."
Para liquidar os 14,5 milhões do PSF, repartidos por três bancos, restavam quatro anos.
O futuro empréstimo, daquele valor, por sua vez, terá um prazo de amortização de 14 anos.
Prolonga-se a dívida no tempo, que o mesmo é dizer, empurra-se com a barriga.
Com esta operação financeira libertam-se "cerca de dois milhões de euros por ano para investimento público, «almofada» financeira conseguida através de juros e spread mais baixos."
No fundo, com esta reestruturação da dívida, a gestão camarária desta maioria absoluta socialista, vai ao banco para tentar, via máquina de agitação e propaganda, ganhar votos...
Tal consiste no seguinte: "a Câmara da Figueira da Foz vai antecipar o pagamento de 14,5 milhões de euros, o que resta pagar do empréstimo de 31 milhões de euros, contraído em 2011 para suportar o Plano de Saneamento Financeiro (PSF), entretanto suspenso. A antecipação será feita com recurso a um empréstimo, de valor igual ao remanescente da dívida. Com aquela solução, o município alivia o peso da despesa da dívida, que actualmente representa 8,6 por cento das receitas totais da autarquia."
Com o empréstimo, segundo os cálculos do executivo camarário socialista, "entre 2019 e 2021, os encargos serão de quatro por cento da receita, valor que se reduz, em 2022, para os 2,95 por cento." O esforço financeiro da autarquia figueirense, a partir daí será ainda menor: "de 2,3 por cento, de 2023 a 2032."
Para liquidar os 14,5 milhões do PSF, repartidos por três bancos, restavam quatro anos.
O futuro empréstimo, daquele valor, por sua vez, terá um prazo de amortização de 14 anos.
Prolonga-se a dívida no tempo, que o mesmo é dizer, empurra-se com a barriga.
Com esta operação financeira libertam-se "cerca de dois milhões de euros por ano para investimento público, «almofada» financeira conseguida através de juros e spread mais baixos."
No fundo, com esta reestruturação da dívida, a gestão camarária desta maioria absoluta socialista, vai ao banco para tentar, via máquina de agitação e propaganda, ganhar votos...
terça-feira, 31 de julho de 2018
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