segunda-feira, 26 de março de 2018

Silêncio mudo...

Via AS BEIRAS
«Todas as propostas apresentadas pela maioria socialista da Câmara da Figueira da Foz para atribuição de medalhas de mérito a diversos munícipes foram aprovadas por unanimidade, excepto uma: o vereador do PSD Ricardo Silva votou contra a distinção de António Tavares, escritor e antigo vereador do PS, com a medalha de mérito cultural em prata dourada. 
“Não se trata de uma mera apreciação dos méritos literários, mas da personalidade, ou seja, é um político que mal ou bem marcou a política na Figueira da Foz, nos últimos 20 anos, pautando essa actividade com actuação estratégica e tática, que, no nosso entender, foi bastante negativa, não só pelos obstáculos injustificados e suspeições infundadas que criou enquanto oposição, e pela completa decepção e contradição enquanto vereador e vice-presidente da câmara municipal no poder pelo PS”, justifica o autarca da oposição, na declaração de voto. 
No programa semanal “Câmara oculta” da Foz do Mondego Rádio, onde integra um painel de comentadores com Isabel João Brites e Tiago Castelo Branco, Teotónio Cavaco, líder do PSD na Assembleia Municipal, defendeu que ele teria votado a favor da distinção do escritor figueirense. No entanto, o comentador salvaguardou que a decisão do vereador do seu partido deve ter um contexto político, lembrando que, quando esteve na oposição, António Tavares protagonizou momentos políticos que terão atingido o autarca do PSD que votou contra e o executivo camarário a que pertencia. 
De facto, pelo menos uma iniciativa política de António Tavares atingiu Ricardo Silva, quando o antigo autarca socialista sustentou que o social-democrata não tinha aptidões para ser assessor de ambiente do entretanto falecido presidente da Câmara Duarte Silva. 
E acabou por não desempenhar o cargo. Na política, a vingança é um prato que se serve frio? 
“Vingança é sentimento de extremistas. As pessoas de bem analisam os factos e produzem opinião, mesmo que não seja a que agrada a alguns”, disse Ricardo Silva ao jornal AS BEIRAS
António Tavares, por seu turno, optou por não prestar declarações.» 
J.A.

Nota de rodapé.
Fiquemos, então, com o silêncio do Doutor António Tavares. 
Este silêncio merece respeito, pois vem na esteira do isolamento e do abandono a que foi votado pelos seus pares socialistas. 
Acredito que, neste momento, o Doutor Tavares continue a querer paz para a sua alma. 
Por isso, este silêncio, além de mudo, também pode ser desejado!..

domingo, 25 de março de 2018

Boa noite Adelaide Sofia...


Bom domingo

Na ponta do fósforo

"O país parece expectante, como se o  futuro estivesse na ponta do fósforo que vai acender o próximo incêndio.

Mobilizar os povos para eliminar as causas dos fogos florestais é uma tarefa importante levada a cabo por este governo. Nenhum outro o fez.

Menosprezar este esforço, como faz a oposição e alguma comunicação social, é incentivar os incendiários.

No entanto, dramatizar o resultado da luta contra os fogos florestais, fazendo depender os governos desse resultado, como disse o presidente da república, é também um incentivo aos incendiários e dá uma ajuda á oposição que utiliza os fogos como arma política.

Do presidente da república espera-se lealdade, boa fé, respeito  pelos outros órgãos de soberania e pela constituição. Foi este o seu juramento."

D.Sebastião, o Desejado, morreu em Alcácer Quibir

ACIDENTES DE PERCURSO

"Rui Rio não confia na justiça nem na comunicação social. Esse sentimento é inteiramente justificado. Se virmos bem, os principais problemas do seu início de mandato – os negócios de Salvador Malheiro, as contabilidades de Elina Fraga, os delírios curriculares de Barreiras Duarte – foram apresentados ao País pela acção conjunta do Ministério Público e da comunicação social. Se, por mera hipótese, estas duas entidades maléficas não existissem, ou existissem em part-time e com um açaime na boca, Portugal seria um país mais respirável. 
Espero que o dr. Rio, como ministro adjunto do dr. Costa, faça alguma coisa sobre estas matérias."

sábado, 24 de março de 2018

Nem sempre as mães são as culpadas de os filhos da puta serem filhos da puta...

"Bancos contra proposta do PS. Recusam aplicar taxas negativas no crédito à habitação".

A APB considera "intrinsecamente incompatível com a natureza de um contrato de crédito" a aplicação de juros negativos. 
Alerta que proposta do PS e Bloco poderia ter custos irreversíveis para o sector.
Vamos lá ver porque é que os bancos teriam que pagar juros negativos - porque a maior parte dos contratos diz "a Euribor mais [tantos] pontos percentuais"; como neste momento a Euribor é negativa, em muitos desses contratos a Euribor + qualquer coisa continua negativa.

E o que é a Euribor? 
É a taxa média pelo qual os bancos emprestam dinheiro uns aos outros.
Isto é: neste momento os bancos da zona euro estão a emprestar dinheiro uns aos outros a uma taxa média de -0,272 (empréstimos a 6 meses, taxa às 23:48 do dia 22/03/2018)
Ou seja, os bancos, que para os empréstimos para compra de casa, dizem que juros negativos são "intrinsecamente incompatíveis com a natureza de um contrato de crédito", concedem crédito uns aos outros a juros negativos!..

Mais uma bonita demonstração de convivência democrática...

Para ler melhor, clicar na imagem
Tal como quem se mete com o PS leva, quem se mete com a Figueira Parques sujeita-se...
“A reação da Figueira Parques à minha intervenção pública denota uma componente persecutória em relação à minha pessoa. A minha intervenção foi pública e foi feita enquanto vereador, de forma abstrata”.
Carlos Tenreiro, na edição de hoje do jornal AS BEIRAS.

Meu caro João Vaz:

Oxalá valha a pena o esforço...
A ironia atinge apenas a inteligência. 
Inútil, pois, desperdiçá-la com os que estão longe do seu alcance. Contra estes ainda não se conseguiu inventar nenhuma arma. 
A burrice é invencível.
De qualquer maneira, é com todo o gosto que transcrevo a tua  crónica "Primavera Silenciosa", hoje publicada no jornal AS BEIRAS

"Uma advertência inicial.
O seguinte texto é tão irónico quanto sério.
Exmos. Srs. presidente de junta, caros técnicos, vereadores e presidente da câmara municipal, a utilização de herbicidas para queimar as ervas daninhas nas valetas do concelho é uma atitude de grande coragem. Mostra que os senhores não se deixam intimidar pelo “politicamente correto” dos “verdes”.
Mas, alguém acredita que os herbicidas libertam venenos que fazem mal à saúde?
Isso é conversa fiada de gente que nunca tem que tomar decisões, só sabem criticar.
As valetas devem ser pulverizadas com herbicidas, para fi car assim castanhas, avermelhadas, todas queimadas, e para que as ervas não se vejam.
Os herbicidas causam cancro? Mas alguém provou essa relação? E por acaso os responsáveis públicos são tolos e não sabem o que estão a fazer? Há até biólogos, engenheiros e doutores no executivo camarário. Então eles iriam usar substâncias que envenenam o solo e matam as “joaninhas”? Biodiversidade? Mas, que é isso? Aqueles herbicidas são seguros, certifi cados por “outros cientistas”, usados há décadas. Queimam tudo, até o lixo (plásticos, latas) vai desaparecer, permitindo que a água da chuva passe. E é uma quantidade tão pequenina, umas centenas de litros de agro-tóxicos usados no concelho, o que é isso comparado com o que é usado na agricultura?
“Peanuts”.
E mais um cancro da mama ou da próstata, que diferença é que faz, temos que morrer todos de alguma coisa, não é verdade?"

Entre os Ventos e as Marés

A entrevista a Adriana Mendes.
Para ouvir clicar aqui.

Contas da maçonaria sob suspeita

"Maçons da Grande Loja Legal de Portugal acusam o grão-mestre de usar indevidamente o dinheiro da instituição. Contestam a compra de um palácio por 3 milhões e acusam Júlio Meirinhos de ser "ditatorial" em relação as finanças e de atuar como se a "associação fosse sua". O caso está nos tribunais maçónicos mas também chegou aos tribunais comuns."

Via Visão

sexta-feira, 23 de março de 2018

Incompetência...

"Um homem encapuzado e armado com uma catana e um martelo assaltou esta sexta-feira de manhã uma geladaria na Figueira da Foz e roubou 200 euros, mas foi detido minutos depois pela PSP"...

O destino, por vezes, está ao virar da esquina. Contudo, o que o destino não faz é visitas ao domicílio. É preciso correr atrás dele...


O vereador Ricardo Silva, em nota de imprensa, tornou público que é candidato à liderança da Concelhia da Figueira da Foz do PSD, nas eleições que se deverão realizar em Maio ou Junho p.f..
A sua candidatura tem,  como “objectivo primordial, unir o partido para unir todos os figueirenses no propósito de reganhar o caminho do desenvolvimento”.
Até ontem parecia haver vários putativos candidatos. Porém,  Ricardo Silva deu o passo em frente ao ser o primeiro a apresentar a candidatura à sucessão de Manuel Domingues.
“Nos últimos anos, a Figueira da Foz perdeu influência política, económica e respeito no contexto regional”, afirma Ricardo Pinto em nota de imprensa. E acrescenta: “tendo constatado que a actual liderança do PSD/Figueira entendeu não se recandidatar, e atendendo aos diversos apelos de autarcas, ex-autarcas, militantes e simpatizantes, decidi aceitar encabeçar uma candidatura à Concelhia”.
Está nos objectivos de Ricardo Silva, um  “PSD renovado e rejuvenescido", para "conseguir alcançar a vitória” nas eleições autárquicas de 2021.
Ricardo Silva tem 41 anos e é director comercial e gestor de obras. Actualmente, é vereador PSD (em substituição da deputada Ana Oliveira). Entre 2002 e 2005, foi vereador executivo no primeiro mandato do presidente Duarte Silva.
Filiou-se no PSD aos 16 anos, partido que abandonaria, entre 2008 e 2011. Apoiou a primeira candidatura do actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, o independente João Ataíde, como candidato do PS. Ricardo Silva voltou a filar-se no PSD em Coimbra, tendo, entretanto, transferido a sua ficha de militante para a Figueira da Foz, concelho de onde é natural e reside.
“Regressei ao partido a pedido de figuras regionais e nacionais do PSD.  Quando saí, saíram vários militantes”, diz ao jornal AS BEIRAS, na edição de hoje. 
Acerca do apoio a João Ataíde, em 2009,  declarou: “de acordo com a estratégia do partido, traçada entre 2006 e 2007, João Ataíde deveria ter sido o candidato do PSD, em 2009. Se se tivesse candidatado pelo PSD, hoje, o concelho estaria melhor”.
Garante  querer “fazer regressar todos os militantes expulsos e aqueles que saíram pelo seu próprio pé, em 2009”.
O já assumido candidato à Concelhia do PSD/Figueira, Ricardo Silva,  convidou Manuel Domingues para encabeçar a lista à assembleia. Segundo ele, Teotónio Cavaco (líder do PSD na Assembleia Municipal) “poderá fazer parte” da lista à Concelhia.

Porque está de chuva, fiquem com música...


E ainda bem que hoje está de chuva, pois a profissão de Guarda Chuva estava a precarizar-se de mais...

Marcelo sobre a pobreza:

"Temos de ser capazes de fazer chegar à sociedade portuguesa a seguinte mensagem: ninguém é feliz ou pode ser feliz fingindo que não existe pobreza ao seu lado. 
Ou, dito de outra forma: é uma vergonha nacional sermos, em 2017, e agora já em 2018, das sociedades mais desiguais e com tão elevado risco de pobreza na Europa.
Eu tenho vergonha"...

quinta-feira, 22 de março de 2018

Tavares, o mal amado (II)

Pena foi, que nos oito anos como vereador da situação tivesse sido mais um.. 
Sabe-se que, em política, o risco pode matar. Mas, seguramente, também emancipa... 
Assim, não valeu a pena o esforço...
Saiu de cena como o mal amado...

Em Maio de 2016, desesperado, António Tavares apelou aos que gostam dos jogos de poder que o esquecessem.
«Deixem-me em paz. Não quero saber de nada»
A desilusão era de tal monta, que nem garantia se iria continuar como militante... 

Recorde-se que Tavares é militante do PS, desde junho de 2013. 
Filiou-se porque «sentia alguma injustiça da parte de alguns militantes do PS, partido para que trabalhava há muitos...», justificou na altura o vereador.
Atento, não deixou de reconhecer que o presidente da câmara da Figueira da Foz, «tem cintura para jogos de poder, lida bem com eles e gosta deles»

Sublinhe-se que nas últimas eleições para o segundo mandato do actual presidente da câmara, António Tavares foi imposto por Ataíde para vice-presidente. 
Nos «jogos de poder» que aconteceram no processo de elaboração da lista do PS, para as autárquicas de 2013, António Tavares foi um nome muito contestado.
O anterior vice-presidente, Carlos Monteiro, manteve o 2º. lugar e João Portugal ocupou o 4º. lugar, que era de Tavares, que foi em 5º. lugar.

O tempo acaba por devorar tudo... 
Todos somos impotentes perante ele. 
Ignora-nos sobranceiramente, porque sabe que sempre será o vencedor final. 
Glória aos vencidos...  Que somos todos nós, figueirenses! 

A dança dos jobs for the boys, ou dizendo de outra maneira: a dança da mudança das moscas...

Imagem via AS BEIRAS

"Surf dá milhões às cidades costeiras"... E, também aqui a Figueira a vê-los passar...

"Portugal e algumas das suas cidades já estão a capitalizar o facto de terem das melhores ondas da Europa, ainda para mais associadas a um clima ameno e a um património cultural e gastronómico riquíssimo. Um dos melhores exemplos é a Nazaré que, graças a um recorde mundial, mais que quadruplicou o número de visitantes em sete anos e, em três anos, gerou um impacto económico de dez milhões de euros. Agora, é tempo de uma estratégia nacional integrada.

Estamos em meados de março. Nas últimas semanas, duas tempestades varreram a costa portuguesa. Esteve frio, choveu e o vento foi violento. Apesar disso, os hotéis de Espinho estão todos cheios para o Espinho Surf Destination, que arranca neste fim de semana. Estamos em meados de março e há dezenas de pessoas dentro do mar de Matosinhos. A culpa é do surf, um desporto em clara expansão que tem atraído muitos turistas e vale milhões para as cidades com betão e mar.

O fenómeno não tem passado despercebido às autarquias costeiras, que têm procurado cavalgar a onda deste desporto aquático que conquista cada vez mais praticantes em Portugal e no Mundo. Olhando para os casos de Matosinhos, Espinho, Nazaré, Peniche ou Ericeira (Mafra), a estratégia de promoção está a resultar."

Texto sacado ao Jornal de Notícias, via José Lucas dos Santos

Absolutamente notável, esta é mesmo de artista...

"Luís Montenegro sugere que surto de sarampo é culpa do governo"!..

E o presidente, João Ataíde, disse que a oposição podia aceder à informação consultando os processos no urbanismo!

Legenda da foto: nu discreto feminino. As minhas amigas que me perdoem, mas este é um blogue aberto, mas sem esconder a sua matriz... Vá, lá, não façam essa cara feia, que a foto é bem bonita!..
Quem, como eu, teve a pachorra de acompanhar, via internet, a última reunião de Câmara, teve bastos momentos de puro divertimento.
Um deles, foi quando a oposição quis saber «a data em que deram entrada os pedidos de licenciamento dos dois hipermercados, um junto ao AKI, na zona da Várzea, e outro junto à PSP, cujos processos estão pendentes na autarquia." 
«Houve redução do corredor verde na revisão do PDM (Plano Diretor Municipal), nessas zonas. Portanto, se não tivessem aberto estas áreas de construção, de certeza que estas unidades não se podiam implementar», afirmou Carlos Tenreiro, vereador do PSD. 
A vereadora Ana Carvalho, porém, chutou para canto: «os corredores verdes foram definidos em função das zonas de cheia e linhas de água. Não houve outro interesse. Ao condicionarmos um terreno como parque verde sem nenhum argumento ambiental é complicado porque os proprietários ficam condicionados. Não podemos exigir jardins em terrenos privados. É natural que em algum sítio coincida com procura de um privado, como também acontece ao contrário e houve sítios em que houve reclamações de proprietários que deixaram de ter capacidade construtiva», disse a senhora veeradora Ana Carvalho.
E, disse mais: «chegou a realçar que reduziram o solo urbanizável no concelho em «47%»
Miguel Babo, da oposição, discordou da senhora veradora do urbanismo, defendendo que não deve ser apenas tido em conta as linhas de água. 
«Estas zonas verdes estiveram aqui até hoje, é uma zona clássica e, de uma forma geral, não concordo com a argumentação de retirar porque se reclama. A especulação imobiliária pode vir e estas superfícies fazem pressão e faz parte da nossa função chamar a atenção sobre isso. A nossa crítica é que esta alteração do PDM possibilitou esta proliferação. Mas, se efetivamente estivesse combinado isso antes da revisão do PDM, isso sim era grave», sublinhou Miguel Babo. 
Este assunto, aliás, levou mesmo a um momento crispado entre o vereador Carlos Tenreiro, que insistiu em saber a data dos pedidos de licenciamento, e o presidente, João Ataíde, que disse que a oposição podia aceder a essa informação consultando os processos no urbanismo. 
«Isto não é a minha vida, para ter esse tempo», disse CarlosTenreiro. 
«E a minha não é ser seu escriturário», retorquiu João Ataíde. 
«Ficam desconfortados com a pergunta. Ninguém pode dizer nada, parece que são uns vidrinhos…», respondeu Carlos Tenreiro. 
«O senhor é que já está a antecipar resultados» ripostou Ataíde.
A pergunta que interessava, porém, "a data em que deram entrada os pedidos de licenciamento dos dois hipermercados, um junto ao AKI, na zona da Várzea, e outro junto à PSP, cujos processos estão pendentes na autarquia",  essa, lamentavelmente, ficou, atá ao momento,  sem resposta.
Contudo, o presidente, João Ataíde, disse que a oposição podia aceder à informação consultando os processos no urbanismo... 
Claro que sim, mau seria se houvesse algo a esconder.
Para mim, está tudo claríssimo...