terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O chantre do avental

Todos os ciclos políticos têm os seus defensores rebarbativos, o seu “intelectual orgânico”, o seu porta-voz oficioso - alguém que, de entre a “maioria”, na esgrima dos argumentos, se destaca pela qualidade do “desempenho”, pela prolixa ferocidade na defesa da ordem estabelecida e pela contundência na investida sobre adversários. Na Figueira da Foz não podia ser de outra maneira.
O ataídismo também tem o seu. O chefe do coro dos convencidos e dos convertidos da lojinha de aventais do Presidente Ataíde é José Fernando Correia.
A Correia talvez não lhe ocorra que tudo tem fim, até os ciclos políticos.
O aguiarismo teve o seu, bem triste, e um legado embaraçoso que Ataíde, talvez não estranhamente, logo assumiu (a iniciativa do monumento a Aguiar de Carvalho, à porta da câmara municipal, logo do início do seu primeiro mandato, foi a assunção disso mesmo, uma verdadeira declaração de princípios e um indício do que se seguiria).
O Ataidismo também terá o seu fim, até com data marcada, pelo limite de mandatos fixado por lei.
O legado de Ataíde parece-me tão triste e embaraçoso como o de Aguiar; e contudo algo mais ainda os une, o imobiliário - se um entregou a cidade à volúpia cúpida dos pratos-bravos da construção civil, o outro está fazendo o mesmo, ainda mais alegremente e a mata-cavalos, aos patos-bravos da distribuição.
Todavia, conhecendo o eleitorado figueirense e a sua tendência mórbida para o esquecimento, penso que se já ninguém gosta de se recordar do legado de Aguiar, daqui a uns tempos também já ninguém se vai querer lembrar do de Ataíde; muito menos do nome do seu chantre.
Por isso lhe fiz o retrato - mais um cromo para o meu Álbum Figueirense.
Talvez isso lhe dê a posteridade.

Fernando Campos, via o sítio dos desenhos

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XV)


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Santana não tem culpa deste estado de coisas no PSD. O estado da coisa (PSD) é que é o culpado de Santana estar onde está...

E chegados aqui...

"Portugal é o melhor destino turístico do mundo"...

Ao reclamar da vida, lembre-se do sofrimento de certas pessoas...


(est post é dedicado aos que nos últimos dias me têm enviado "mensagens de amor" anónimas, para a caixa de comentários do OUTRA MARGEM, que por razões óbvias não foram publicadas: as necessidades fisiológicas fazem-se no quarto de banho da casa de cada um...)
A dor de corno é lixada...

A um presidente de Câmara, exige-se que tenha os olhos abertos e mostre solidariedade com os mais fracos: ser solidário, mais do que um dever, é uma obrigação...

Para ler melhor, clicar na imagem
Hoje é dia de reunião de câmara. 
A ordem de trabalhos pode ser conferida, clicando aqui.
Espero que quem dirige a Figueira, no decorrer da reunião, hoje seja mais cuidadoso na forma como se exprime, e não caia na tentação, porventura por pensar que é dono disto tudo, de mostrar com a crueza e clareza, que a reportagem feita pelo semanário A VOZ DA FIGUEIRA, na sua edição de 22 de Novembro p. p. mostra, a sua preferência por uma sociedade figueirense elitista, injusta e medíocre em que teimam em nos fazer permanecer...
Para um político, que é aquilo que um presidente de câmara é, tratar todos os cidadão por igual e mostrar sensibilidade é uma obrigação e ser solidário, com todos, um dever. 
Um presidente de câmara não pode ser alguém que se julga acima dessas formas de sentir e remete tudo para a competitividade salutar, como se a igualdade à partida não fosse uma falácia, quando não uma caricatura dramática! 

EROSÃO COSTEIRA NO CONCELHO DA FIGUEIRA DA FOZ (sim, ela existe SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ)...

A PROTECÇÃO da Orla Costeira da freguesia de S. Pedro, muito concreta e objectivamente da duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova, é a necessidade mais premente a sul do estuário do Mondego, de há anos a esta parte, que deveria TER SIDO ASSUMIDA COMO A PRIORIDADE DAS PRIORIDADES, por parte de quem de direito, nomeadamente do SENHOR DOUTOR JOÃO ATAÍDE, HÁ MAIS DE 8 ANOS PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ.
Mas as prioridades têm sido outras...
Por vezes, SENHOR PRESIDENTE ATAÍDE, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Quem olha para esta outra margem, não pode limitar-se a olhar para a sua praia preferida. Tem de saber reparar para o conjunto...

Esta outra margem a sul do estuário do Mondego é muito mais do que praia (ainda que sejam as melhores do concelho da Figueira, apesar de desprezadas por quem de direito)...
Tem de reparar, por exemplo, na marginal beira rio sul, entre a barra e a a zona da antiga ponte da Figueira...  
Tem de reparar, também, para a zona a sul do quinto molhe... 
Tem de reparar, ainda, na ida para o Cabedelo, para a zona entre o campo de futebol e a praceta Mário Silva, onde estão placas há anos a dizer que as dunas estão em recuperação (ver vídeo)...
Tem de conhecer a importância do campismo, desde há décadas, para o desenvolvimento do Cabedelo e da Cova e Gala? 
Tem de saber que perder o campismo no Cabedelo, é perder algo de essencial da "alma" daquela "área nobre" da freguesia de S. Pedro. Não só aquilo que se vê, mas aquilo que é invisível para quem se limita a olhar... 
Já agora: alguém sabe mesmo, incluindo o Senhor Presidente da Câmara da Figueira da Foz, o que vai ser realmente feito?... 
Se assim acontecer, agradecia que fosse esclarecido...

Olhar, ver e reparar são conceitos diferentes. Podemos olhar sem estar a ver, chegamos a ver sem estarmos a olhar, mas reparar necessita de uma atitude completamente diferente. Há um ecletismo intelectual no reparar que ultrapassa em muito a visão propriamente dita... 
O Cabedelo, para quem o vive há mais de 50 anos, não é só a "boa" praia! É muito mais do que isso.
Por exemplo: não prescinde de o visitar, mesmo num dia como o de hoje.

Raríssimo?.. Nem por isso...

"reforma estrutural" que a Geringonça vai deixar por fazer vai ser esta: moralizar e disciplinar o Estado paralelo ao Estado e subsidiado pelo Estado, a indústria da engorda à custa da desgraça alheia sob a capa do mui nobre argumento de que o Estado não chega melhor ao terreno do que quem já lá está.
Essa indústria da exploração mercantilista da desgraça alheia tem nome, porque tudo está a mudar ma sociedade portuguesa: dá pelo nome de IPSS.

A TVI revela uma investigação em que centenas de documentos põem em causa a gestão da presidente da associação Raríssimas, Paula Brito e Costa. Esta instituição de solidariedade social vive de subsídios do Estado e donativos.
Infelizmente, a Raríssimas não é caso único, nem raro neste ramo da exploração mercantilista da desgraça alheia... 

A longo prazo, um político profissional, é como o parque de campismo do Cabedelo: apenas se sentem os inconvenientes... (XIV)


sábado, 9 de dezembro de 2017

Rua da República, esta tarde...

Não me apetece comentar.
Comentem vocês...

Mais vale prevenir que remediar...

José Mendonça, o histórico assessor de imprensa do PSD que acompanhou todos os líderes, vai mudar-se para Belém. 
Marcelo chamou-o à sua assessoria de imprensa... 
Presidente afectuoso prevenido, vale por dois!

A época natalícia é linda!..

Carlos Tenreiro, candidato PSD/Figueira, bi-derrotado, apoia Pedro Santana Lopes.

Viva Portugal. Marcelo foi ao Intendente fazer a barba. E alertou para excessos de turismo...



O Presidente da República matou esta-sexta-feira saudades dos avós minhotos, fez a barba no único estabelecimento sobrevivente à renovação do largo do Intendente e alertou para os perigos do turismo e da consequente pressão imobiliária em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa, sempre abordado por transeuntes - desde habitantes locais de sempre aos mais recentes e até membros das comunidades do Bangladeche e do Nepal - começou por voltar ao Grupo Excursionista e Recreativo "Casa dos Amigos do Minho", soprando as velas do bolo do 67.º aniversário, manchado pela "triste notícia" de abandono das instalações dentro de dois domingos.

"Agora é a moda [o largo do Intendente]. Imediatamente, as vítimas são os inquilinos, nomeadamente as antigas colectividades, mas está a acontecer por todo o centro de Lisboa...", lamentou o chefe de Estado.
“Temos de evitar que as pessoas, de repente, venham a Lisboa para ver estrangeiros. Não veem lisboetas e vão aos lugares típicos para ver franceses, brasileiros, asiáticos, africanos. Não é que não seja interessante, mas convinha haver pessoas e coletividades com a maneira de ser de quem vive em Lisboa"...