quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Esta, é de fazer chorar as pedras!..

"Ninguém bebe tanto vinho como os portugueses: uma garrafa por semana"...

Via Expresso

A câmara da Figueira não é socialista nem uma pessoa de bem.

"O contrato para a obra de requalificação urbana do Cabedelo foi  aprovado por maioria em reunião de Câmara, na passada segunda-feira,com os votos contra do PSD. 
Ana Oliveira quis saber se o parque de campismo existente naquela zona ia sair até ao final deste ano e o presidente da Câmara explicou que se trata «se uma área demasiado nobre», que a prefere «para usufruto público» e que, como o contrato de concessão termina no final deste ano, vai solicitar à Administração do Porto da Figueira (APFF) que não seja renovado.
A vereadora do PSD ainda questionou sobre os funcionários e as pessoas que ali vão «há mais de 30 anos», mas João Ataíde insistiu quer ver o espaço «requalificado». E quando Miguel Babo, do PSD, recordou que em ARU (área de reabilitação urbana), o parque «ia transitar para outro local», João Ataíde disse que a proposta «não mereceu o nosso acolhimento», porque quer o Cabedelo «para o surf, aberto, com uma perspectiva moderna». Além de que, acrescentou, «há dois parques de campismo e duas estruturas de caravanismo», frisou."
Acabei de citar uma noticia do Diário de Coimbra.
Nota de rodapé.
É meu entendimento, desde sempre,  que pagarmos os nossos impostos é uma obrigação que decorre de uma atitude e de uma obrigação eticamente fundamentada.
Todavia, há aqui uma ressalva importante a fazer: tem igualmente que haver por parte do recebedor do imposto, o Estado, um comportamento idêntico, sem o qual a obrigação que sobre nós recai deixa de ter sentido.
Ora, a meu ver, a Câmara da Figueira, que também é Estado e cobra um dos IMIS mais altos do País, não é uma pessoa de bem.
Pelo que estou a ver, em alguns casos, o dinheiro que nos é retirado não é empregue na melhoria das condições gerais de vida de quem mais precisa.
Vejamos um caso real e concreto. 
Enquanto, a sul da Praia da Cova há uma erosão das dunas que anda a deixar os moradores com o credo na boca, e não há notícias de que haja a mínima preocupação com o assunto mais importante para os habitantes que moram a sul do concelho - Cova,Gala, Costa de Lavos e Leirosa -, no Cabedelo, está em curso uma mirabolante requalificação, que já foi isto, aquilo, tudo e mais alguma coisa e, agora, ao que parece se resume em encerrar um parque de campismo, que está no local há 30 anos,  para colocar numa pequeníssima área desse mesmo espaço outros bares, putativamente, pertencentes a gente da "cor"... (eu até sei de uma história que provava que isto não está acontecer por acaso, mas vou deixar que aconteça mesmo...), ao que dizem um hostel para 11 quartos, aproveitando o edifício sede do parque Foz do Mondego e a actual esplanada,  e a ligação por estrada pelo interior da lota...
Alguém me consegue explicar bem (eu sei que sou muiiita burro!...) em que é que isso colide com o parque de campismo?
É que com esta brincadeira vão ficar em causa postos de trabalho.
No inverno 15 e no verão mais de 30. De pessoas, na sua maioria, a quem vai ser extremamente difícil arranjar outro posto de trabalho.
É pouco senhor presidente da câmara?...
Vamos ver quantos novos postos de trabalho vão ser criados com os 2 milhões seiscentos mil euros que se vão gastar no Cabedelo...
Aliás, para que fique explícito, os senhores vereadores deste executivo não fazem a mínima ideia do que custa a vida para um cidadão normal. Mais: que eu tenha conhecimento, nenhum dos senhores vereadores deste executivo criou, sequer, um posto de trabalho no decorrer de todas as suas vidas. Eu não criei muitos: durante anos, criei dois e mantive-os. 
Assim, a partir de hoje, este estado que alicia os contribuintes com migalhas, para exigirem facturas pelos serviços de que usufruem em determinadas áreas, como sejam a restauração, a reparação automóvel, os gabinetes de estética, e outros, não conta mais comigo para pedir facturas a quem luta por manter postos de trabalho para entregar, de mão beijada, esse dinheiro aos amigalhaços do regime, como vai acontecer no Cabedelo.
A isto chama-se desobediência civil e direito à indignação, que exerço com toda a alegria e com o sentimento do cumprimento de um dever...

Presidente Ataíde: atenção, parece que temos oposição (pena é ser em regime de substituição...)

Via AS BEIRAS

Há muito a mudar na Figueira...


Em  2017, a Figueira é uma cidade espelho para se entender o que se passa no país político.
O cidadão comum foge da política a 7 pés. Os que se deixam envolver na coisa política e aceitam cargos públicos arriscam-se a destruir o prestígio de uma vida de trabalho construída arduamente ao longo dos anos.

Temos exemplos disso no passado recente.
Refiro-me a  cidadãos comuns – incluindo os que são filiados em Partidos políticos – e não de políticos que fizerem da política a sua firma e que vão buscar a esses cidadãos comuns a mão-de-obra para a sua empresa.

Bastava ver espalhados pela Figueira e pelo concelho, em setembro p.p.,  os cartazes da  campanha política dos dois maiores partidos, onde se dava a entender que estávamos a escolher o presidente da Câmara, quando na realidade se candidatavam listas de cidadãos (equipas) que, no contexto que foi apresentado ao eleitorado, mais pareciam ser empregados do cabeça dessas listas do que seus parceiros de eleição.
Sei que tal é humano, o poder faz parte da ambição, tal como a projecção mediática e pública pode ser motivo para que os cidadãos se envolvam.


Depois é o que se tem visto ao longo dos anos na Figueira. São inúmeros os casos de sacrifício desses cidadãos comuns a favor dos cabeças de cartaz – inúmeras vezes idolatrados e com estatuto de inimputáveis – assacando para eles (para os cidadãos comuns) as causas de todos os males.
Na Figueira, alguma coisa terá de mudar se quisermos ter no futuro equipas com competência que zelem pelos nossos interesses e bem-estar.

Isso passa, nomeadamente, pela escolha dos cabeça de listas.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

IMPORTANTE: Recomendações para poupar água...

Recomendações do Município de Pombal para poupar água, divulgadas através do seu portal de comunicação.
Para ficar a saber, clicar aqui.

Nota de rodapé.
E nós?
Com este executivo, que pergunta mais idiota, quando se trata do futuro dos figueirenses...

Lembram-se do concerto de Anselmo Ralph?..

A receita de bilheteira do concerto, realizado em 12 de agosto de 2016, na praça do Forte, ficou muito abaixo das expectativas.
Segundo adiantou, na altura, João Ataíde o presidente da autarquia,  ao jornal AS BEIRAS , foram vendidos apenas 2.720 bilhetes, contra as nove mil presenças esperadas!..
Recorde-se que a autarquia figueirense assinou um acordo com a Malpevent, cujos termos obriga o município a pagar à promotora do concerto 16.500 euros (IVA incluído), caso não se atingisse os 90 mil euros de bilheteira. 
Cada ingresso teve um custo de 10 euros. 
O espectáculo orçou em cerca de 78 mil euros.
“Fizemos, em termos de promoção, o possível, mas os números não foram atingidos, ficaram muito aquém das expectativas que tínhamos pelas referências do artista. O risco foi assumido, nem mais nem menos”, referiu o edil.
Entretanto, passou mais de 1 ano!.. A factura, mais tarde ou mais cedo, tinha de aparecer... 


Para ver melhor, clicar nas imagens
Nota de rodapé, que publiquei em 13 de agosto de 2107, nesta postagem.
A vida de um político responsável não é um jogo, na medida em que exige, a cada momento, opções que os responsabilizam. 
Para esse efeito, deve munir-se do máximo de informação, embora nunca consiga afastar totalmente o risco. 
Eu sei, penso que todos sabemos, que a apetência pelo risco é-nos inata. 
Desejamos ir mais além, superarmo-nos e, por vezes, pisar o risco. 
Só que, depois, sofremos as consequências... 
Senhor presidente, confirmado que está o falhanço, "deste seu incentivo à produção", e agora?...
Dr. João Ataíde: V. Exa. saiu-me cá um optimista!..
Basta de realidade. Venham mais sonhos!

Temos ameaça de chuva, mas a temperatura está esplêndida...

Pelo sim, pelo não, já meti o guarda chuva na carripana. 
Não é que me vá servir de muito. Se  já não chover depois de o pousar, é mais um que fica esquecido em qualquer lado...

Não levem a mal... (coceira de rico é alergia; de pobre é sarna!..)

Na Figueira, pelos vistos, não se passa nada.
O jornal AS BEIRAS - e muito bem - tem no espaço que dedica à cidade da Figueira, de segunda a sábado, um "cantinho" de opinião que, a meu ver, em princípio deveria privilegiar o que se passa (ou o que não se passa...) na cidade e no concelho. 
Esta semana não sei o que se passou...
Na segunda-feira, Teotónio Cavaco, um político experiente (neste momento, é líder da bancada do PSD na AM) falou do "menino do Humbo".
No dia seguinte, Isabel Maranha Cardoso, uma política com algum traquejo (foi vereadora e presidente da Assembleia de Freguesia de Buarcos/S. Julião da Figueira da Foz) referiu-se ao "XXI Governo da era democrática"... 
Vá la: hoje, João Armando Gonçalves (outro político: foi vereador na oposição, no anterior mandato da câmara municipal), regista que "uma Cidade Amiga das Crianças garante a todos os jovens cidadãos o direito a influenciar as decisões relativas à sua cidade; participar na vida colectiva; ter acesso a serviços básicos (água, saneamento, saúde, educação…); ser protegido da violência e abuso; usar as ruas em segurança; encontrar os amigos e brincar; viver num ambiente não-poluído e com espaços verdes; participar em eventos culturais e sociais; ser um igual na sua cidade, independentemente da sua raça, religião, rendimento, sexo ou estado físico. Em 2010 propus na Câmara Municipal que a Figueira da Foz aderisse a esta iniciativa. Em vão. Felizmente, outras Câmaras da zona Centro viram a oportunidade. É que se a cidade não cuida das suas crianças e jovens, porque haverão estes de se importar com a cidade?"

Reunião de Câmara de 20.11.2017... (III)

A vereadora e deputada na Assembleia da República do PSD, Ana Oliveira, anda há muito preocupada com o futuro das extensões de saúde do concelho da Figueira da Foz. 
Recentemente na Assembleia da República e, na passada segunda-feira, na reunião de câmara, abordou o tema. 
Conforme se pode verificar pelo vídeo que OUTRA MARGEM  divulgou em 16 do corrente mês, a deputada Ana Oliveira questionou o ministro Adalberto Campos Fernandes sobre o assunto, que lhe garantiu “fazer tudo para que não encerrem serviços”.
A única deputada figueirense na Assembleia da República e actual vereadora, na passada segunda-feira,  também questionou o presidente da câmara, João Ataíde sobre este assunto.
De harmonia com o que pode ser lido na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, o presidente da câmara, na oportunidade, referiu que a política de saúde é da competência do respectivo ministério. 
Contudo, referiu ainda, que a autarquia assinou dois protocolos com a Administração Regional de Saúde, através dos quais foi possível construir os centros de saúde de Lavos e Alhadas. João Ataíde garantiu que a câmara está empenhada em continuar a colaborar com a tutela da saúde para melhorar os serviços prestados aos utentes. “Também não regateamos obras que sejam necessárias nas extensões de saúde do Paião, Marinha das ondas e Bom Sucesso”, disse. 
Segundo João Ataíde,  a autarquia acompanha “tudo o que a tutela considere adequado em relação às infraestruturas e as reivindicações das populações”.
O autarca, por outro lado, diz que é pela coesão do mapa dos serviços de saúde do concelho. “Queremos que, a norte e a sul, haja unidades de saúde com a qualidade que há na zona urbana”, destacou. O presidente defendeu ainda “verdadeiros cuidados primários de saúde e medidas preventivas”
Ou seja, que passem a estar equipadas com meios de diagnóstico e, assim, deixem de ser reactivos e passem a ser proativos. Quanto a eventuais encerramentos de serviços, Ana Oliveira baseou-se nos possíveis reajustamentos na sequência da entrada em funcionamento dos centros de saúde de Lavos e, mais recentemente, das Alhadas. 
Mas, também, devido à crescente falta de médicos. 
A deputada e vereadora disse ainda ao jornal AS BEIRAS que o ministro lhe pediu para não alarmar as populações sobre o assunto, por não se perspectivar o fim de serviços de saúde. 

Nota de rodapé.
1. João Ataíde segundo AS BEIRAS, disse isto. 
O que eu sei, porém, é que o encerramento do Posto Médico da Cova Gala esteve anunciado para 2 de maio de 2016.
2. Depois dos alertas deste espaço e do combate ao encerramento do Posto Médico da Cova Gala, que teve OUTRA MARGEM, como era sua obrigação na primeira linha, ficámos assim.
O posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.

3. Ficou por cumprir a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado. 
4. Como utente do Posto Médico da Cova Gala já tive de ir à extensão de Lavos e garanto que na Gala existem melhores condições para os doentes e para os médicos do que em Lavos. Lavos tem de melhor a tinta das paredes que é mais recente e mais fresca.
5. Senhores políticos figueirenses, incluindo os da Aldeia.
Repito, para que não esqueçam: a mim, vocês não me enganam, nem me fazem o ninho atrás da orelha...

Maçães, o macho alfa que se esconde por trás daquela pinta de nerd...

"...os políticos, que parte substancial da sociedade olha com reverência e respeitinho parolo, não vá o senhor doutor zangar-se ou o fascismo achar que morreu, não são uma classe de iluminados imaculados. São tugas normais que fogem aos impostos, que andam à porrada à porta do café, que corrompem e se deixam corromper, que estacionam onde não podem e que enviam a ocasional foto do seu pénis (ou vagina) para alguém que, aparentemente, a quer receber. E, tanto quanto é possível retirar da lavagem de roupa suja protagonizada por Lily e Bruno, no Twitter, a senhora queria mais do que trocar mensagens na rede social. Resta saber se pretendia apenas conversar e tomar um cafézinho ou se quereria levar umas palmadas, enquanto discutia o separatismo russo, sentada no colo do garanhão do momento. De certeza que era a segunda. O Maçães não parece tipo de andar e enviar fotos da sua pila por dá cá aquela palha. Isso é coisa de gajos de esquerda, ateus e pecadores."

daqui

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Com amor, dedicado aos políticos de Portugal

Para ler clicar aqui.
Para ouvir clicar aqui.

Reunião de Câmara de 20.11.2017 (II)

Cabaz do carnaval figueirense...
SUBSÍDIO DADO PELA CÂMARA MUNICIPAL À ASSOCIAÇÃO DE CARNAVAL DE BUARCOS/FIGUEIRA DA FOZ, NO ÂMBITO DA ORGANIZAÇÃO DAS FESTIVIDADES DE CARNAVAL DO ANO DE 2018: 57 MIL E 500 €!
HÁ AINDA A CONSIDERAR O APOIO LOGÍSTICO, CUJO VALOR  APESAR DE TER SIDO PEDIDO PELO VEREADOR DA OPOSIÇÃO RICARDO SILVA, NINGUÉM DO EXECUTIVO CAMARÁRIO ESTAVA EM CONDIÇÕES DE FORNECER POIS, TAMBÉM PARA ELES, É DESCONHECIDO.

Nota de rodapé.
Mas uma vez, face à invasão esperada no dia de Carnaval, é de crer, embora isso não tivesse sido focado na reunião camarária de ontem, que a Figueira Parques não se irá esquecer de oferecer estacionamento gratuito nesse dia. E, presume-se, que quem já só conseguir estacionar apenas em segunda fila, deverá vir a ser contemplado com um bónus surpresa para ajudar a animar a festa... Por exemplo, um bagacinho caseiro, para o povo, e um champagne, para os outros!
Todos percebemos, com facilidade, que a isto se chama uma gestão rigorosa (que é o contrário de gestão facilitista...), pois insere-se, com toda a naturalidade, na campanha do cabaz do carnaval figueirense...
No meio de tudo isto, resta-me apenas uma dúvida: porque é que os figueirenses se limitam a vestir de forma ridícula e a pregar partidas apenas 3 dias no ano, quando vivem numa cidade onde quem manda, vai pregando partidas o ano inteiro?..
Na Figueira, é sempre carnaval...
Portanto, se o samba veio para ficar no carnaval de Buarcos, porque não alteram o dia de entrudo para meados de Agosto, quando a temperatura atinge os valores do Carnaval do Rio? 
Além do mais, evitava que a Câmara tenha de conceder tolerância de ponto. 
Em Agosto, a Figueira está de férias.  

Por vontade de sua excelência o senhor presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, vai ser assim e não pode ser de outra maneira

Imagem sacada do jornal AS Beiras. Edição de 21.11.2017
Ao tempo que eu sabia que teria de ser assim e porquê...
Longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo estava a ser alvo de um atentado ambiental desde há muito tempo. 
Os interesses dominantes são vastos. Mas, sobre isso, o futuro falará... Cá estaremos, atentos...
Se nada mais conseguirmos, até ao final deste ano, nunca poderemos esquecer o julgamento e fazer cair definitivamente a máscara dos mandantes...

Como penso que toda a gente que vem até este meu canto sabe, tenho um fraquinho muito grande e especial pelo Cabedelo.
Desde que me recordo,  olho para o Cabedelo de uma forma cúmplice e agradeço a força e o sorriso que traz, todos os dias, à minha vida.
Como sabemos, a vida custa a todos... Mas, a alguns em especial!
Como acontece em tudo na vida, é preciso estar-se no sítio certo no momento certo. O trabalho e o esforço são determinantes, mas um pouco de sorte ajuda muito. 
E ter a sorte de poder, sempre que o queira, encontrar-me com um local como o Cabedelo, mais do que sorte, na minha vida tem sido uma benção. 

No inverno, tem aquela luz ténue e límpida, própria desta estação do ano. Em dias frios, tenho a sensação que o frio purifica a luminosidade, o que é uma mais valia, em especial, para os fotógrafos. 
A luz de inverno, no Cabedelo, é calma e fugaz. Os dias são curtos e transmitem a necessidade de não desperdiçar um momento que seja, pois os dias de inverno no Cabedelo são lindos, mas têm algo que faz lembrar o efémero. 
A partir da primavera tudo é diferente. A sensação de êxtase dura mais - quase parece permanente. 
Tirando o mês de Agosto, o Cabedelo rodeia-nos de uma atmosfera muito especial. Somos nós e o sol - isto, é a natureza.

A situação, por vontade de sua excelência o senhor presidente da câmara da Figueira da Foz, que determinou que "aquela é uma zona demasiado nobre para ser ocupada por campistas", é preocupante. 
Recordo ao senhor presidente que não há os portugueses campistas e os outros... Somos todos portugueses. Na Europa, onde estamos inseridos, a igualdade formal foi uma conquista da Revolução Francesa... 
Quem pensa e fala assim não percebe o essencial. Quer saber o que é essencial numa cidade como a Figueira da Foz, senhor presidente?
Tenho todo o gosto em explicar-lhe.
Uma cidade é sempre, pelo menos, dual. Tem uma zona cosmopolita e tem, por assim dizer, outras mais característica a que se costuma designar como típicas. 
O tipicismo é a profunda genuinidade... É onde reside a alma de uma cidade como a Figueira, a sua verdade que se tem que manter, sob pena dela se descaracterizar.
É isto que o Cabedelo é: genuíno, assim como está, com o Parque de Campismo, que foi, já lá vão quase 30 anos, que deu vida e alma ao Cabedelo, como todas as suas valências, incluindo a onda de surf, apesar de pessoas como o senhor  a terem liquidado.
Segundo o SOS Cabedelo, em 2009 “a primeira baixa provocada pelas obras de prolongamento do molhe norte da Figueira da Foz estava encontrada: trata-se de uma onda que tinha o nome de “maluca”, uma esquerda que quebrava na praia do Cabedelo, vulgo Cabedelinho, e partia junto ao molhe sul dentro da barra da Figueira da Foz.” 

Resta-nos lutar - e quem for crente, rezar... -  para que não cometam um atentando paisagístico e transformem o Cabedelo em mais um mártir ambiental no nosso concelho.
Senhores "quens" de direito, será pedir muito, enquanto ainda estão a tempo, que façam a escolha da solução certa para o Cabedelo? 
Será que vamos permitir, passivamente,  que nos acabem com a alegria que nos proporciona aquele bem estar saudável que nos permite sonhar e sorrir à vida! 
Para muita boa gente, eu incluído, é  disto que se trata, quando falamos do Cabedelo.
Aconteça o que acontecer uma coisa lhe garanto senhor presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz:  no Cabedelo ninguém me vai roubar o "MOMENTO ATÉ O SOL SE PÔR".
Ver o pôr-do-sol, no "meu" Cabedelo,  é continuar com a capacidade de viver com paixão todos os dias. 
É impossível alguém alhear-se de tanta beleza. Apetece declarar-lhe o nosso amor e dizer-lhe como é raro, único, superior...

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Reunião de Câmara de 20.11.2017...

A propósito das reuniões à porta fechada, questionado na reunião que está a decorrer, neste momento, pelo vereador Ricardo Silva, da oposição, o presidente a determinada altura do debate disse: "não me interessa a tradição"...
E não é que o senhor presidente tem mais razão do que julga?.. 
Na Figueira a tradição democrática já não é o que era!

E aos costumes disseram nada... Alteraram-se?



No dia 13 do corrente, o Gabinete anti-fraude da Comissão Europeia (OLAF), deu a conhecer o resultado final das suas investigações aos Fundos Europeus atribuídos à empresa Tecnoforma (ver aquie, contrariamente ao que apurou o Ministério Público em Portugal, que arquivou o processo (ver aqui), concluiu pela existência de fraude. E mais, e em conformidade, reclama a Comissão Europeia ser ressarcida na módica quantia de 6.747.462 euros que terão sido atribuídos abusivamente.

Ora tal, a ser verdade, reveste-se de uma gravidade maior. Falha do Estado na utilização dos dinheiros públicos, falha da Justiça na investigação à atribuição e utilização dos dinheiros públicos, falhas tanto mais severas e a merecerem redobrada atenção da opinião pública e publicada por envolverem responsáveis de altos cargos políticos, nomeadamente um ex-primeiro ministro.

O único programa televisivo – que eu tenha dado conta -, onde o caso foi discutido, foi o Sem Moderação, no CanalQ, por iniciativa do Daniel Oliveira, que faz parte do painel. Delicioso foi ver o incómodo com que os comentadores da direita, Francisco Mendes da Silva, CDS, e José Eduardo Martins, PSD, tentaram driblar o assunto. Podem ver o vídeo aqui e retirar as ilações devidas e questionar porque só um canal televisivo de reduzida audiência trouxe o assunto à baila.

Finalmente, a coroar o manto de silêncio, temos a ausência da sábia palavra do rei do comentário, sua Majestade, D. Marcelo I.
Marcelo, sempre acompanhado pelas televisões e pelos repórteres dos jornais, nunca é confrontado com perguntas incómodas. A comunicação social ajoelhada que temos não cumpre o seu papel. Os populistas só encenam para o público os guiões onde se saem bem. Ainda nenhum jornalista lhe perguntou pela Tecnoforma (ou será que sim e o momento foi censurado por o assunto não agradar ao Presidente-Majestade?), mas Marcelo não deveria esperar pela pergunta.
Se Marcelo tivesse o estilo fradesco e macambúzio de Cavaco, ninguém estranharia que não se pronunciasse. Não o tendo, e estando mesmo nos antípodas do mumificado estilo, o silêncio de Marcelo é um silêncio ensurdecedor. Porque é a prova de de que a espontaneidade de Marcelo não é genuína, porque é a revelação de que as preocupações de Marcelo, com as pessoas e com o povo, não são uma materialização de princípios mas actos instrumentais que ele maneja na prossecução das suas maquinações políticas do momento.
E quando tal se tornar visível para o povo que ele beija e abraça em profusão, o ídolo irá cair do trono, porque todos os ídolos tem pés de barro. Eu, por mim, enquanto Marcelo não cai do pedestal, vou continuar à espera de saber quem vai pagar os  6.747.462 euros que a Comissão Europeia exige.
Seria uma vergonha nacional ser o erário público a pagar mais essa factura, serem os contribuintes a pagar as dívidas das fraudes de Passos, Relvas e quejandos. Coitados dos contribuintes que já pagaram o Banif, o BPN de Oliveira e Costa e o BES de Ricardo Salgado. Curiosamente, todos esses, os que tivemos que resgatar e os que estão na calha, são todos amigos de Marcelo.

Erosão costeira: quem foi avisando ao longo dos anos, não era "velho do restelo", é amigo...

Foto Márcia Cruz
A erosão costeira a sul, logo a seguir ao quinto molhe (sim, esse famoso e desprezado quinto molhe da Figueira, dos cartazes do "primo"!..), fala por si...
Manuel Luís Pata avisou, em devido tempo, mas ninguém o ouviu...
Entre os muitos atempados e avisados avisos que foi deixando ao longo do tempo, foi este Senhor que no dia 26 de Março de 2007, no “Diário de Coimbra”, pág. 8, na secção Fala o Leitor, escreveu. 
"Foram estes «Molhes» que provocaram a erosão das praias a sul da Figueira, e foi o “Molhe Norte” que originou a sepultura da saudosa “ Praia da Claridade”, a mais bela do país. Embora seja de conhecimento geral, quão nefasto foi a construção de tais molhes teimam em querer acrescentar o “Molhe Norte”, como obra milagrosa… 
Santo Deus! Tanta ingenuidade e tanta teimosia!... Quem defende tal obra, de certo sofre de oftalmia ou tem interesse no negócio das areias!... 
É urgente contratar técnicos credenciados, de preferência Holandeses, para analisarem o precioso projecto elaborado pelo distinto Engenheiro Baldaque da Silva em 1913, do qual consta um Paredão a partir do cabo Mondego em direcção a Sul, a fim de construir um Porto Oceânico junto ao Cabo Mondego e Buarcos. Este Paredão, sim, será a única obra credível, não já para o tal Porto Oceânico mas sim para evitar que as areias vindas do Norte, se depositem na enseada, que depois a sucessiva ondulação arrasta-as e deposita-as na praia da Figueira, barra e rio."
Ah, pois é: ninguém o ouviu e agora temos as consequências...
Enquanto não se tomam tomam medidas de fundo, resta continuar a  ir avivando a memória de quem de direito, sobre o tema mais estruturante do concelho da Figueira da Foz, a nível da gestão territorial:  a erosão costeira.

Durante anos e anos, sobre este assunto, o que mais me tem preocupado, não foi a voz dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos interesseiros e sem carácter, dos sem ética, mas sim o silêncio dos bons!..

Nota de rodapé.
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...

(OUTRA MARGEM, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006.)

Assumo que dou importância ao sentimento...



«“Os meninos à volta da fogueira / Vão aprender coisas de sonho e de verdade / Vão aprender como se ganha uma bandeira / Vão saber o que custou a liberdade”, poema de Manuel Rui Monteiro (autor da letra do hino nacional de Angola) musicado por Rui Mingas, outro homem das artes angolano, mas popularizado nos anos 80 em Portugal por Paulo de Carvalho, procurava anunciar uma Angola livre, justa, solidária, com oportunidades para todos e onde as crianças teriam, finalmente, tudo o que mereciam. Implicitamente, no mesmo texto condenava-se o colonialismo e o neocolonialismo, os colonialistas (neo ou não), opressores, fascistas e supressores das liberdades e do progresso. No infeliz processo de descolonização da terra para onde fui muito novo, onde aprendi a ler, a andar de bicicleta e a gostar de pirão e de muamba, quem sofreu e ainda sofre, antes e depois de 1975, nunca foi verdadeiramente chamado a decidir – ou porque tal não era possível antes de 1974, ou porque, quando já o era, talvez não conviesse aos que quiseram, apressada e desastrosamente, entregá-la a quem a governou depois durante mais anos do que Salazar, sempre em nome do povo, 70% dele condenado a viver, hoje, com menos de 2 dólares por dia, enquanto a até agora família presidencial acumulava uma imensa fortuna, que inclui participações em estratégicas empresas no país e no estrangeiro, também em Portugal. Os recentes desenvolvimentos em Angola são de desfecho incerto, mas parecem indiciar mudanças – espero que não, apenas, de oligarcas…»

Menino do Huambo, um crónica de Teotónio Cavaco, deputado municipal do PSD, publicada no jornal AS BEIRAS.