Há meses que, pelo menos, à saída da igreja, que lá dentro o temor reverencial impede estes assomos de coscuvilhice, se sabia que Tiago Castelo Branco, chefe de gabintete de João Ataíde, ia abandonar o cargo!
Agora está confirmado, mas não tudo ainda explicadinho...
Diziam os mais atentos a estes movimentos, ligados ao PS, que Tiago Castelo Branco estava de saída.
Sabiam os mais atentos a estes movimentos, não ligados ao partido do poder, que Tiago Castelo Branco estava de saída.
Agora, finalmente, veio no jornal...
Sabe-se para onde foi o seu antecessor no cargo, depois de abandonar a Câmara...
Está no jornal que Tiago Castelo Branco vai regressar à carreira de advogado.
Mas, parece pouco e redutor para quem que, como se sabe, tem uma veia artística muita acentuada.
Quem não se recorda da excelente exibição do grande músico Tiago Castelo Branco numa participação especial no decorrer de uma actuação do José Cid na Figueira?..
Bom: pode ser que, cumprido o preceito e abençoados pela intervenção divina, à saída da igreja haja crentes dispostos a pecarem de novo e divulgarem algo mais sobre a saída de Tiago Castelo Branco do Gabinete de Apoio ao presidente Ataíde...
Eles sabem que, mesmo que possam cometer algum pecado, têm sempre o recurso à contrição...
Portanto, continuem atentos às conversas à saida da missa...
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
domingo, 8 de outubro de 2017
Por trás da máscara, há a vida...
Mesmo que não haja hipótese de mudança,
nunca estarei na vida sem esperança...
Gosto de assim ser:
tal qual uma criança gosta de viver.
Vou contar-vos um segredo.
Depois de uma vida bem vivida,
só quero mais trinta anos de vida,
porque estes seriam sem medo.
E nas freguesias, como vão os negócios políticos?..
Na Figueira da Foz, 8 dias depois, verificamos que o pior cenário das eleições de 1 de outubro de 2017 se confirmou.
Ataíde além de ficar, transformou a maioria absoluta, que detinha, em absolutíssima...
Tenreiro além de ficar, teve um resultado eleitoral fraquinho, tornando uma minoria ainda mais minoritária...
A Terra e a Lua (CDS, CDU e o BE...) continuam como estavam: sem conseguir eleger ninguém para o executivo camarário figueirense.
Na Assembleia Municipal, foi o que sabe: o PS reforçou-se à custa da CDU e do PSD: de 13 passou para 15 mandatos.
Mas, o poder político no concelho da Figueira não é só constituído pelos órgãos autárquicos Câmara e Assembleia Municipal.
Tem 14 freguesias. E, aí, alguma coisa foi diferente. Em algumas não houve maiorias absolutas.
Nos ultimos 8 dias tem havida muita conversa de bastidores, pois este tem sido o tempo das negociações políticas nas freguesias onde não existiu maioria absoluta nas autárquicas de 1 de outubro de 2017...
Sabemos que, no geral, a coisa tem corrido bem.
Oxalá que isso permita arranjar soluções de governação melhores e mais equilibradas para o bem estar e melhoria das condições de vida dos fregueses.
E os casos concrectos, ainda são alguns e significativos. A saber:
Bom Sucessso
FBS 35,18% 401 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 33,68% 384 votos. Mandatos 3
PS 23,33%266 votos. Mandatos 2
Quiaios
PS 45,09% 652 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 37,14% 537 votos. Mandatos 4
PCP-PEV 10,58%153 votos. Mandatos 1
Maiorca
PS 43,89% 636 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 41,89% 607 votos. Mandatos 4
PCP-PEV 10,63% 154 votos. Mandatos 1
Vila Verde
PS 38,58% 537 votos. Mandatos 4
CPF 30,89% 430 votos. Mandatos 3
PCP-PEV 10,56% 147 votos. Mandatos 1
PPD/PSD 9,99% 139 votos. Mandatos 1
Buarcos e S. Julião
PS 40,24% 3.073 votos. Mandatos 6
PPD/PSD 30,27% 2.312 votos. Mandatos 5
PCP-PEV 7,97% 609 votos. Mandatos1
B.E. 6,63% 506 votos. Mandatos 1
Lavos
PS 39,11% 749 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 30,86% 591 votos. Mandatos 3
LAVOS 18,59% 356 votos. Mandatos 2
Marinha das Ondas
PS 41,52% 573 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 36,01% 497 votos. Mandatos 4
B.E. 9,57% 132 votos. Mandatos 1
Atenção:
falei em negócios políticos, não em negociatas.
Negociata, é outra coisa: é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados...
Ataíde além de ficar, transformou a maioria absoluta, que detinha, em absolutíssima...
Tenreiro além de ficar, teve um resultado eleitoral fraquinho, tornando uma minoria ainda mais minoritária...
A Terra e a Lua (CDS, CDU e o BE...) continuam como estavam: sem conseguir eleger ninguém para o executivo camarário figueirense.
Na Assembleia Municipal, foi o que sabe: o PS reforçou-se à custa da CDU e do PSD: de 13 passou para 15 mandatos.
José Esteves, actual presidente da mega junta de Buarcos e S. Julião, venceu novamente, mas desta vez sem maioria absoluta. Teve de negociar... |
Mas, o poder político no concelho da Figueira não é só constituído pelos órgãos autárquicos Câmara e Assembleia Municipal.
Tem 14 freguesias. E, aí, alguma coisa foi diferente. Em algumas não houve maiorias absolutas.
Nos ultimos 8 dias tem havida muita conversa de bastidores, pois este tem sido o tempo das negociações políticas nas freguesias onde não existiu maioria absoluta nas autárquicas de 1 de outubro de 2017...
Sabemos que, no geral, a coisa tem corrido bem.
Oxalá que isso permita arranjar soluções de governação melhores e mais equilibradas para o bem estar e melhoria das condições de vida dos fregueses.
E os casos concrectos, ainda são alguns e significativos. A saber:
Bom Sucessso
FBS 35,18% 401 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 33,68% 384 votos. Mandatos 3
PS 23,33%266 votos. Mandatos 2
Quiaios
PS 45,09% 652 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 37,14% 537 votos. Mandatos 4
PCP-PEV 10,58%153 votos. Mandatos 1
Maiorca
PS 43,89% 636 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 41,89% 607 votos. Mandatos 4
PCP-PEV 10,63% 154 votos. Mandatos 1
Vila Verde
PS 38,58% 537 votos. Mandatos 4
CPF 30,89% 430 votos. Mandatos 3
PCP-PEV 10,56% 147 votos. Mandatos 1
PPD/PSD 9,99% 139 votos. Mandatos 1
Buarcos e S. Julião
PS 40,24% 3.073 votos. Mandatos 6
PPD/PSD 30,27% 2.312 votos. Mandatos 5
PCP-PEV 7,97% 609 votos. Mandatos1
B.E. 6,63% 506 votos. Mandatos 1
Lavos
PS 39,11% 749 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 30,86% 591 votos. Mandatos 3
LAVOS 18,59% 356 votos. Mandatos 2
Marinha das Ondas
PS 41,52% 573 votos. Mandatos 4
PPD/PSD 36,01% 497 votos. Mandatos 4
B.E. 9,57% 132 votos. Mandatos 1
Atenção:
falei em negócios políticos, não em negociatas.
Negociata, é outra coisa: é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados...
sábado, 7 de outubro de 2017
O blogue do solitário, frustado e triste António
O António era um senhor.
Bom trabalhador, bom chefe de família, bom pai, bom vizinho e bom aldeão.
Escrevia nos jornais e falava na rádio.
Era uma voz livre e um corpo elegante, sem a barriguita proeminente e uma barba que vinha de outros tempos.
Um dia, já lá vão quase doze anos, ao senhor António, deu-lhe a mania dos blogues e foi-se a eles.
Criou um, hoje na Figueira nome escolástico, pesado e grave.
O blogue, com o tempo e como o tempo, crescia, crescia, crescia e cresceu.
Na Figueira, mais do que qualquer um dos outros.
Tornou-se o mais falado, o mais lido, o mais famoso, o mais odiado e o maior.
O António não gostou, principalmente que andem para aí a dizer que é um solitário e que só tem amigos, porque têm medo dele.
O António espera que o blogue que havia crescido mais do que ele, volte ao normal.
O António, qual marginal, voltaria a ficar contente.
Já estou a ver o António, a coçar o umbigo, e a murmurar para si: “marginal, mas não bruto”, no tom em que o outro canta “romântico, mas não trôpego”.
O António, no fundo é um danado.
Triste, é ser dos bons.
Nota de rodapé.
Qualquer semelhança entre o parodiado e a realidade é, claro está, mera ficção, não coincidência.
Bom trabalhador, bom chefe de família, bom pai, bom vizinho e bom aldeão.
Escrevia nos jornais e falava na rádio.
Era uma voz livre e um corpo elegante, sem a barriguita proeminente e uma barba que vinha de outros tempos.
Um dia, já lá vão quase doze anos, ao senhor António, deu-lhe a mania dos blogues e foi-se a eles.
Criou um, hoje na Figueira nome escolástico, pesado e grave.
O blogue, com o tempo e como o tempo, crescia, crescia, crescia e cresceu.
Na Figueira, mais do que qualquer um dos outros.
Tornou-se o mais falado, o mais lido, o mais famoso, o mais odiado e o maior.
O António não gostou, principalmente que andem para aí a dizer que é um solitário e que só tem amigos, porque têm medo dele.
O António espera que o blogue que havia crescido mais do que ele, volte ao normal.
O António, qual marginal, voltaria a ficar contente.
Já estou a ver o António, a coçar o umbigo, e a murmurar para si: “marginal, mas não bruto”, no tom em que o outro canta “romântico, mas não trôpego”.
O António, no fundo é um danado.
Triste, é ser dos bons.
Nota de rodapé.
Qualquer semelhança entre o parodiado e a realidade é, claro está, mera ficção, não coincidência.
Santana Lopes, provedor da Santa Casa
"Santana Lopes não tem a coragem necessária para se declarar candidato à liderança do PSD e, consequentemente, abandonar o conforto da Santa Casa. Sem sondagens mais próximas das próximas eleições legislativas e sem ter o partido na mão, Santana Lopes precisa de entreter o país durante o máximo tempo possível, para que corra menos riscos na hora de se decidir. Assim, vai mantendo o PSD debaixo de olho, enquanto aguarda a garantia de que o seu mandato à frente da Santa Casa será renovado, mata dois coelhos com a mesma cajadada.
A melhor forma de entreter o PSD durante mais uns meses é adiar o mais possível a questão da liderança, propondo que em vez de se escolher um líder de debata o programa. Enfim, há formas muito estranhas e originais de cobardia política.
Se Santana Lopes fosse um político corajoso faria pelo seu partido e pelo país o que em tempos fez pelo SCP: decidiu disputar a sua liderança, sem truques e adiamentos. Santana concorreria à liderança do PSD e incluiria como proposta uma revisão do programa do partido, que ele próprio conduziria. Mas Santana Lopes opta por um truque para se certificar de que não fica a perder. Adopta o velho princípio oportunista e cobarde de que é melhor um pássaro na mão do que dois a voar."
Quanto a Rui Rio já se sabia do que a casa gasta.
"Foi preciso Montenegro e Rangel desistirem e Santana dizer que ia brincar aos programas para que Rui Rio tivesse coragem de mandar anunciar a sua candidatura à liderança do PSD." (Via Jumento)
«Pedro Santana Lopes admite que está a “cuidar” do programa para o Partido Social Democrata (PSD), escreveu na sua crónica semanal no Correio da Manhã publicada hoje. Sob o argumento de que “o PPD/PSD não nasceu para ser segundo de ninguém” e de que o país precisa de crescer e melhorar, o social democrata assume que “nesta fase, os programas são muito importantes” – “é disso que estou a cuidar estes dias“, escreve.
O atual provedor da Santa Casa e ex-autarca justifica esse envolvimento com o novo programa por receber muitos apelos para o seu regresso e por se considerar um homem de ação. “Sou mais de ação, sou mais de agir e, desculpem a presunção, mas nas três casas que dirigi com algum tempo até hoje, têm querido que eu regresse ou que eu continue: falo da Figueira, de Lisboa e da Santa Casa.” E reforça: “têm valor os que acrescentam valor… Juventude, trabalhadores, empresários, autarcas, investigadores, os que vão por projetos. Eu também sou assim.”
Sobre Pedro Passos Coelho, Santana refere que o PSD “viu sair o seu líder que fez um trabalho digno de muito reconhecimento”. O grande desafio, acrescenta, "é escolher a solução capaz de enfrentar um adversário muito poderoso de quem neste momento se diz com condições de conseguir uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.” Para isso, defende a recuperação de “muitos que estão fora da vida política ativa, nomeadamente fora de Portugal”, mas que “são grandes quadros e que têm ser aproveitados”.» [Observador]
A melhor forma de entreter o PSD durante mais uns meses é adiar o mais possível a questão da liderança, propondo que em vez de se escolher um líder de debata o programa. Enfim, há formas muito estranhas e originais de cobardia política.
Se Santana Lopes fosse um político corajoso faria pelo seu partido e pelo país o que em tempos fez pelo SCP: decidiu disputar a sua liderança, sem truques e adiamentos. Santana concorreria à liderança do PSD e incluiria como proposta uma revisão do programa do partido, que ele próprio conduziria. Mas Santana Lopes opta por um truque para se certificar de que não fica a perder. Adopta o velho princípio oportunista e cobarde de que é melhor um pássaro na mão do que dois a voar."
Quanto a Rui Rio já se sabia do que a casa gasta.
"Foi preciso Montenegro e Rangel desistirem e Santana dizer que ia brincar aos programas para que Rui Rio tivesse coragem de mandar anunciar a sua candidatura à liderança do PSD." (Via Jumento)
«Pedro Santana Lopes admite que está a “cuidar” do programa para o Partido Social Democrata (PSD), escreveu na sua crónica semanal no Correio da Manhã publicada hoje. Sob o argumento de que “o PPD/PSD não nasceu para ser segundo de ninguém” e de que o país precisa de crescer e melhorar, o social democrata assume que “nesta fase, os programas são muito importantes” – “é disso que estou a cuidar estes dias“, escreve.
O atual provedor da Santa Casa e ex-autarca justifica esse envolvimento com o novo programa por receber muitos apelos para o seu regresso e por se considerar um homem de ação. “Sou mais de ação, sou mais de agir e, desculpem a presunção, mas nas três casas que dirigi com algum tempo até hoje, têm querido que eu regresse ou que eu continue: falo da Figueira, de Lisboa e da Santa Casa.” E reforça: “têm valor os que acrescentam valor… Juventude, trabalhadores, empresários, autarcas, investigadores, os que vão por projetos. Eu também sou assim.”
Sobre Pedro Passos Coelho, Santana refere que o PSD “viu sair o seu líder que fez um trabalho digno de muito reconhecimento”. O grande desafio, acrescenta, "é escolher a solução capaz de enfrentar um adversário muito poderoso de quem neste momento se diz com condições de conseguir uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.” Para isso, defende a recuperação de “muitos que estão fora da vida política ativa, nomeadamente fora de Portugal”, mas que “são grandes quadros e que têm ser aproveitados”.» [Observador]
Depois de tudo o que hoje se passou. Depois de tudo o que se disse. Depois de tudo, só nos podemos sentir muito bem! Domingo passado, foi um dia magnífico...
João Vaz, consultor de ambiente, no jornal As Beiras.
Nota de rodapé.
Decorridos 6 dias, tenho a dizer que, antes das eleições e depois, li, vi e ouvi várias coisas de que não gostei.
Nomeadamente, não consigo entender como é que tanta gente nem se digna a ir à urna!..
Reforcei a minha atitude de não estar interessado em ser candidato a nada mais vezes.
Parabéns aos eleitos.
Votos de bom trabalho para os que vão gerir e para os que vão ser oposição nesta bela e tão mal tratada cidade da Figueira da Foz.
Decorridos 6 dias, tenho a dizer que, antes das eleições e depois, li, vi e ouvi várias coisas de que não gostei.
Nomeadamente, não consigo entender como é que tanta gente nem se digna a ir à urna!..
Reforcei a minha atitude de não estar interessado em ser candidato a nada mais vezes.
Parabéns aos eleitos.
Votos de bom trabalho para os que vão gerir e para os que vão ser oposição nesta bela e tão mal tratada cidade da Figueira da Foz.
Então foi assim:
Fernando Campos |
No passado dia 19 de Setembro procedeu-se à eleição do Conselho de Supervisão.
Conseguintemente, os representantes do Governo no órgão decidiram eleger como presidente o único representante da lista derrotada, apoiada pela UGT – o ex-líder João Proença.
Digam lá que não foi lindo. O triunfo do sucialismo demucrático. Vamos a votos e depois ganha quem perde.
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Porque gosto de brincar com a miséria a que chegámos...
Próximo de nós, alguém triste, é triste por dois motivos: porque está triste e porque entristece...
O que é válido a propósito da tristeza é igualmente válido a propósito da miséria...
Entretanto, sorria...
A liberdade não é uma protecção em relação à estupidez, própria ou alheia.
A liberdade é, apenas, uma potencial protecção em relação às consequências da estupidez, porque a expõe de modo franco...
O que é válido a propósito da tristeza é igualmente válido a propósito da miséria...
Entretanto, sorria...
A liberdade não é uma protecção em relação à estupidez, própria ou alheia.
A liberdade é, apenas, uma potencial protecção em relação às consequências da estupidez, porque a expõe de modo franco...
António de Macedo (1931-2017): morreu ontem o realizador que em 1973 esteve a filmar na Cova e Gala algumas cenas do filme A Promessa
Morreu ontem o realizador António de Macedo, revelado nos tempos do Cinema Novo com a sua adaptação de Domingo à Tarde de Fernando Namora mas que se tornou no correr dos anos no único cineasta português a trabalhar regularmente na área do cinema de género.
"É muito provável que o cinema português não o saiba, já que o votou ao esquecimento prematuro, mas com a morte de António de Macedo perdeu um dos seus mais talentosos, mais ousados, e mais originais cineastas."
Se o seu nome era hoje recordado maioritariamente pelos estudiosos e investigadores do cinema português, nem sempre foi assim. Fez parte da geração fundadora do Cinema Novo no início da década de 1960: a sua primeira longa, Domingo à Tarde (1965), produzida por António da Cunha Telles, foi um dos filmes-bandeira do movimento.
A Promessa, filmado em 1973, a que assisti à filmagem de agumas cenas, pois os exteriores foram em Palheiros da Tocha, Tocha, Figueira da Foz, Buarcos, Gala, Cova, baseado na peça homónima de Bernardo Santareno, esteve na competição principal de Cannes.
Mas, Macedo nunca foi um cineasta “consensual” nem unânime. Nojo aos Cães, rodado em 1970 com o Grupo Cénico da Faculdade de Direito, foi interditado de exibição comercial pelo regime, e mesmo depois do 25 de Abril os seus filmes ficarão eternamente ligados a polémicas mediáticas. O Princípio da Sabedoria (1975) nunca teve estreia comercial; As Horas de Maria (1979) teve a sua estreia condenada pela Igreja Católica e por segmentos mais conservadores que achavam o filme blasfemo – com direito até a violência à porta do cinema Nimas. E, em 1984, Os Abismos da Meia-Noite, a sua primeira longa abertamente fantástica, gerou sururu por Helena Isabel e Rui Mendes surgirem nus por breves instantes.
Além de cineasta, António de Macedo foi também escritor, tendo publicado recentemente "Lovesenda".
Um livro com contos seus, "O Terceiro Chega em Maio", será publicado ainda este ano pela editora Divergência.
"É muito provável que o cinema português não o saiba, já que o votou ao esquecimento prematuro, mas com a morte de António de Macedo perdeu um dos seus mais talentosos, mais ousados, e mais originais cineastas."
Se o seu nome era hoje recordado maioritariamente pelos estudiosos e investigadores do cinema português, nem sempre foi assim. Fez parte da geração fundadora do Cinema Novo no início da década de 1960: a sua primeira longa, Domingo à Tarde (1965), produzida por António da Cunha Telles, foi um dos filmes-bandeira do movimento.
A Promessa, filmado em 1973, a que assisti à filmagem de agumas cenas, pois os exteriores foram em Palheiros da Tocha, Tocha, Figueira da Foz, Buarcos, Gala, Cova, baseado na peça homónima de Bernardo Santareno, esteve na competição principal de Cannes.
Mas, Macedo nunca foi um cineasta “consensual” nem unânime. Nojo aos Cães, rodado em 1970 com o Grupo Cénico da Faculdade de Direito, foi interditado de exibição comercial pelo regime, e mesmo depois do 25 de Abril os seus filmes ficarão eternamente ligados a polémicas mediáticas. O Princípio da Sabedoria (1975) nunca teve estreia comercial; As Horas de Maria (1979) teve a sua estreia condenada pela Igreja Católica e por segmentos mais conservadores que achavam o filme blasfemo – com direito até a violência à porta do cinema Nimas. E, em 1984, Os Abismos da Meia-Noite, a sua primeira longa abertamente fantástica, gerou sururu por Helena Isabel e Rui Mendes surgirem nus por breves instantes.
Além de cineasta, António de Macedo foi também escritor, tendo publicado recentemente "Lovesenda".
Um livro com contos seus, "O Terceiro Chega em Maio", será publicado ainda este ano pela editora Divergência.
A Asembleia Municipal a que temos direito...
Via AS BEIRAS |
O PSD tem nove lugares reservados, menos um do que há quatro anos (na altura, concorreu integrando a coligação Somos Figueira (PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT).
A CDU também perdeu um eleito para os socialistas, reduzindo para dois o número de deputados municipais.
Para o BE, nada mudou, ou seja, manteve um eleito.
Àqueles resultados, há que acrescentar cadeiras na sala para os 12 presidentes de junta (assumem o cargo por inerência) do PS, um do PSD e outro independente.
O PSD, que sofreu uma derrota histórica para a câmara, obteve 28,54 por cento dos votos, contra os 47,20 do PS. No entanto, a lista liderada por Maria Fontoura conquistou mais eleitores do que a de Carlos Tenreiro (candidato à câmara do mesmo partido), que não foi além dos 28,47.
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
Balanço eleitoral no concelho da Figueira...
Em 2013, a coligação Somos Figueira (PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT), liderada por Miguel Almeida, perdeu 6 Freguesias.
Em 2017, o PSD de Carlos Tenreiro, a concorrer sem os parceiros da coligação de 2013, apesar de ter recuperado ligeiramente na votação (de 8.344 votos obtidos com os parceiros da colgação de 2013, passou para 8.344 votos, sozinho), perdeu mais uma e mais uma mandato nas freguesias: de 45 passou para 44.
Onde as coisas pioraram, foi na votação para para a Câmara: o PSD, desta vez sozinho, passou de 4 para 3 mandatos. Os votos dos outros parceiros da coligação de 203, 1204, foram desperdiçados pois não serviram para eleger ninguém. O mesmo aconteceu com os votos do BE e CDU, que juntos somaram 3 076 votos.
O PS, na câmara, viu alargada a sua maioria, que já era absoluta, ao passar de 5 para 6 eleitos na sua lista.
Já nas freguesais o PS perdeu um mandato: de 68, em 2013, passou para 67 em 2017.
Na Assembleia Municipal, o PS recuperoiu dois mandatos: de 13 passou para 15, tendo "comido" à esquerda e à direita, pois foi burscar 1 ao PSD (a coligação Somos Figueira, em 2013 obteve 10 deputados municipais e agora o PSD, a concorrer sozinho, obteve 9) e outro à CDU.
Em 2017, o PSD de Carlos Tenreiro, a concorrer sem os parceiros da coligação de 2013, apesar de ter recuperado ligeiramente na votação (de 8.344 votos obtidos com os parceiros da colgação de 2013, passou para 8.344 votos, sozinho), perdeu mais uma e mais uma mandato nas freguesias: de 45 passou para 44.
Onde as coisas pioraram, foi na votação para para a Câmara: o PSD, desta vez sozinho, passou de 4 para 3 mandatos. Os votos dos outros parceiros da coligação de 203, 1204, foram desperdiçados pois não serviram para eleger ninguém. O mesmo aconteceu com os votos do BE e CDU, que juntos somaram 3 076 votos.
O PS, na câmara, viu alargada a sua maioria, que já era absoluta, ao passar de 5 para 6 eleitos na sua lista.
Já nas freguesais o PS perdeu um mandato: de 68, em 2013, passou para 67 em 2017.
Na Assembleia Municipal, o PS recuperoiu dois mandatos: de 13 passou para 15, tendo "comido" à esquerda e à direita, pois foi burscar 1 ao PSD (a coligação Somos Figueira, em 2013 obteve 10 deputados municipais e agora o PSD, a concorrer sozinho, obteve 9) e outro à CDU.
Para a história do GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA, que hoje completa 40 anos de existência
Fundado a 5 de Outubro de 1977, foi legalizado em 19 de Maio de 1978, tendo sido gerido por uma Comissão Directiva até 9 de Junho desse mesmo ano.
Nessa noite, em casa emprestada, na sede do Centro Social da Cova e Gala, realizou a sua primeira Assembleia Geral , com a seguinte ordem de trabalhos :
1º - Apresentação de contas ; 2º - Informações ; 3º - Apresentação e aprovação dos Estatutos ; 4º- Eleição dos corpos gerentes .
A única lista apersentada a sufrágio, foi eleita por maioria.
Assembleia Geral:
Presidente, Carlos Alberto Jesus Lima ; 1º Secretário, António Catulo ; 2º Secretário, Carlos Mano .
Direcção:
Presidente , José Assunção Afonso Lima ; Vice-Presidente, António Lebre; Secretários , Domingos Casqueira e António Samuel Samuel ; Vogais Alexandre, João Cura e Gafanhão, Suplentes Armando, José Luís Ramos e José Xico.
Conselho Fiscal:
Presidente, Nelson ; Secretário, Domingos Roda ; Relator, Luís Pereira Mano.
Na foto, de frente, está José Assunção Afonso Lima, 40 anos depois.
Parabéns a todos os que contribuiram, ao longo dos tempos, para a realidade que o GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA é hoje.
Nessa noite, em casa emprestada, na sede do Centro Social da Cova e Gala, realizou a sua primeira Assembleia Geral , com a seguinte ordem de trabalhos :
1º - Apresentação de contas ; 2º - Informações ; 3º - Apresentação e aprovação dos Estatutos ; 4º- Eleição dos corpos gerentes .
A única lista apersentada a sufrágio, foi eleita por maioria.
Assembleia Geral:
Presidente, Carlos Alberto Jesus Lima ; 1º Secretário, António Catulo ; 2º Secretário, Carlos Mano .
Direcção:
Presidente , José Assunção Afonso Lima ; Vice-Presidente, António Lebre; Secretários , Domingos Casqueira e António Samuel Samuel ; Vogais Alexandre, João Cura e Gafanhão, Suplentes Armando, José Luís Ramos e José Xico.
Conselho Fiscal:
Presidente, Nelson ; Secretário, Domingos Roda ; Relator, Luís Pereira Mano.
Na foto, de frente, está José Assunção Afonso Lima, 40 anos depois.
Parabéns a todos os que contribuiram, ao longo dos tempos, para a realidade que o GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA é hoje.
Sorria, pois está onde sempre quis estar: na Figueira do Caralhete!..
A Liberdade não é uma protecção em relação à estupidez - própria, ou alheia.
A Liberdade é, apenas, uma potencial protecção em relação às consequências da estupidez...
Própia, ou alheia.
A Liberdade é, apenas, uma potencial protecção em relação às consequências da estupidez...
Própia, ou alheia.
Felizmente, que existem comentadores destes para me proporcionarem ilações, conselhos e pevisões a longo prazo sobre a política figueirinhas...
Nota de rodapé.
Todos gostamos de ler uma prosa que respira felicidade.
Causa empatia e dá gosto ler alguém com uma atitude positiva, alegre e feliz.
Procuramos essas leituras instintivamente.
A vida é, por vezes, tão pesada, que uma lufada de ar fesco transmitida por uma prosa que transmite um pouco de optimismo cai, como diz o povo, "que nem ginjas", que o mesmo é dizer, "como ouro sobre azul"!..
Por isso, realço este naco da crónica hoje publicada no jornal AS BEIRAS, pelo colunista José Fernando Correia: "ao PS da Figueira da Foz foi conferido agora, pelo eleitorado, o conforto suficiente para preparar um candidato ganhador para as autárquicas de 2021. É bem evidente que essas eleições serão algo mais difíceis, mas também é verdade que o ganhador desse ano garantirá, julgo eu, as reeleições que possa e queira."
Todos gostamos de ler uma prosa que respira felicidade.
Causa empatia e dá gosto ler alguém com uma atitude positiva, alegre e feliz.
Procuramos essas leituras instintivamente.
A vida é, por vezes, tão pesada, que uma lufada de ar fesco transmitida por uma prosa que transmite um pouco de optimismo cai, como diz o povo, "que nem ginjas", que o mesmo é dizer, "como ouro sobre azul"!..
Por isso, realço este naco da crónica hoje publicada no jornal AS BEIRAS, pelo colunista José Fernando Correia: "ao PS da Figueira da Foz foi conferido agora, pelo eleitorado, o conforto suficiente para preparar um candidato ganhador para as autárquicas de 2021. É bem evidente que essas eleições serão algo mais difíceis, mas também é verdade que o ganhador desse ano garantirá, julgo eu, as reeleições que possa e queira."
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Hoje não dá para ter saudades do outono...
Dorati da Conceição, uma vida de “trabalhos” que valeu a pena (4 de Agosto de 1928/14 de Julho de 2015)
Saudade.
Mais do que a ausência é a vontade da presença.
Hoje, a minha Mãe teria 89 anos.
Bom, bom, seria tê-la connosco.
Foram 86, quase, quase 87 anos - uma vida.
Em tempos difíceis, como estes que atravessamos, a sua presença e o seu exemplo – de trabalho, de seriedade, de dignidade, a sua preocupação em cuidar da família - faz ainda mais falta.
A família sempre foi o reduto inexpugnável da nossa esperança.
E vai continuar a ser.
Como escreveu Jorge Luís Borges, "hoje não me alegram as amendoeiras do horto.
Me lembro de ti."
Saudade.
Mais do que a ausência é a vontade da presença.
Hoje, a minha Mãe teria 89 anos.
Bom, bom, seria tê-la connosco.
Foram 86, quase, quase 87 anos - uma vida.
Em tempos difíceis, como estes que atravessamos, a sua presença e o seu exemplo – de trabalho, de seriedade, de dignidade, a sua preocupação em cuidar da família - faz ainda mais falta.
A família sempre foi o reduto inexpugnável da nossa esperança.
E vai continuar a ser.
Como escreveu Jorge Luís Borges, "hoje não me alegram as amendoeiras do horto.
Me lembro de ti."
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