quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A caminho da indiferença?.. (II)

"Nas eleições para a Câmara em 2013, a abstenção contou-se pelos 52,29%, valor antes nunca alcançado na Figueira da Foz, muito superior ao anterior máximo obtido nas eleições de 2009 que foi de 42,79%
Dos 58.884 inscritos apenas 28.074 se apresentaram nas urnas para votar. Apesar do partido mais votado, o PS, ter aumentado ligeiramente o número de votos em relação às eleições anteriores, a elevada abstenção conduz à conclusão de que apenas 22 em cada 100 eleitores figueirenses foram responsáveis pela adjudicação do poder absoluto na Câmara e na Assembleia Municipais à atual gestão executiva e deliberativa ou, para que melhor se compreenda, 78% dos eleitores não lhe adjudicaram essa responsabilidade
Concluir que o fenómeno convém aos partidos mais votados é tão óbvio como perceber que os eleitores passam por uma fase de desencanto que se acentua na Figueira como em todo o país. 
Ao facto não será alheia a ausência de objetivos claros que possam ser entendidos como forma de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos bem como também não é percetível o respeito pela ideologia consagrada no modelo de sociedade que cada um dos partidos propõe.   
Em breve voltaremos a uma campanha eleitoral que se deseja que convoque o interesse dos cidadãos pela apresentação de propostas claras e que não utilizem tão só, como tem sido hábito nos últimos tempos, factos políticos fabricados “à la carte”
Para que não sejam apenas 20% a mandar."
A abstenção, uma crónica com assinatura de Daniel Santos, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Este, é um tema importante, já por diversas vezes abordado no OUTRA MARGEM. Aliás, pode ser decisivo, para definir o vencedor do acto eleitoral de 1 de outubro próximo.
É verdade que a abstenção não coloca em causa a legitimidade dos eleitos. Contudo, torna-os vulneráveis,  enfraquece a consistência social e política da sua representatividade e menoriza a democracia representativa.
O certo, porém, é que desde as  primeiras eleições livres para a Assembleia Constituinte, realizadas nesse dia 25 de abril de 1975, que jamais vou esquecer, que tiveram a participação de mais de 90% dos eleitores, que o aumento da abstenção se tornou num problema crónico e cada vez mais grave da nossa democracia. 
Repito, para que não restem dúvida.
A abstenção não põe em causa a legitimidade dos eleitos, mas vulnerabiliza-os. Todavia, os mandatos ficam mais fracos do que se houvesse ampla participação eleitoral e mobilização da cidadania. 
Existe a ideia, falsa, de que quanto maior a proximidade dos órgãos a eleger, mais alta é a participação eleitoral. 
Não é verdade.  As eleições autárquicas têm normalmente participação mais baixa do que as eleições legislativas. 
E, desde a entrada no século XXI, a abstenção tem vindo a subir continuamente. A partir do  ano 2000, na Figueira da Foz  iniciou-se um caminho que nos conduziu a um estado em que  mais de metade do total dos eleitores não votam.
É difícil encontrar outro tão forte e evidente sinal de fracasso de um sistema político: mais de metade dos cidadãos do nosso concelho não se interessam e não querem saber da sua vida e da gestão da sua cidade

Mais um tiro no pé...


O desenvolvimento do país precisa de infraestruturas que dependem quase exclusivamente do investimento estatal. 
Uma infraestrutura essencial, para o turismo e outros negócios, é o aeroporto de Lisboa que está a rebentar pelas costuras. 

Dado o elevado custo para os cofres do estado, conviria que as decisões relativas a estes investimentos fossem tanto quanto possível consensuais, evitando querelas que criam impasses e atrasam o desenvolvimento. Hoje ninguém discute a barragem do Alqueva, mas as discussões sobre a sua construção atrasaram vários anos a riqueza que trouxe ao Alentejo.

O consenso politico-partidario sobre as infraestruturas interessa ao país. 

O savoir-faire de Miguel Figueira... (II)

Daqui

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Problema real, a que poucos ligam: temos de ter ruas e espaços públicos com segurança mínima.

"Infelizmente, depois do que se passou na Madeira, com a queda daquela àrvore a fazer vitimas, as pessoas têm que ser salvaguardadas, sempre. Chamo a atenção do estado em que está esta secular àrvore, em frente ao Largo de Santo António, onde todos os anos, também aí se realizam  festas. A àrvore, aparentemente bem, está completamente oca no tronco, e apesar de na parte de cima, ter uns cabos a prender os ramos de grande porte, acho conveniente salvaguardar a segurança de todos os que ali passam."

Luis Carlos

"FIGUEIRA DA FOZ Com as lições do passado, partir para o futuro"...


... um texto de Daniel Santos, que aborda  (embora deixando de fora muitas pertinentes questões...) uma perspectiva de futuro para a Figueira.
Para ler, clicar aqui.

Pensamento que me vai acompanhar até ao próximo dia 1 de Outubro... (III)

O problema não é a mensagem. 
O problema é o destinatário escolhido... 
De qualquer maneira, fica a proposta do dia:

Via jornal AS BEIRAS

Postagem completamente ideológica...

"Boleia.net"..
Ironia do destino, não é só um jardineiro ter um filho florzinha e uma filha trepadeira...
Ironia do destino, será o futuro do capitalismo depender da coletivização da propriedade individual!..

Gliding Barnacles, edição 2017: orçamento deste ano rondou os 60 mil euros, dos quais 15 mil foram comparticipados pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, que ainda disponibilizou apoio logístico

Imagem sacada daqui
A 4.ª edição do festival Gliding Barnacles terminou no passado domingo. 
Durou sete dias. Nesse espaço temporal, a Figueira teve actividades ligadas ao surf e à música.
Realizaram-se 25 concertos, repartidos entre a praia do Cabedelo e a cidade.
Na Figueira, os concertos realizaram-se entre a antiga Garagem Peninsular e o Jardim Municipal.
Por estes 3 palcos  passaram nomes como Subway Riders, Ghost Hunt, 800 Gondomar, Twist Connection e Thee Eviltones. 
Nesses 7 dias, que foi o tempo de duração do evento, realizaram-se também workshops relacionados com o surf, pequenas competições, exposições, residências artísticas, uma performance, um almoço vínico e um mercado. 
Eurico Gonçalves, promotor do evento, em declarações ao jornal As Beiras afirmou que o balanço da edição deste ano do Gliding Barnacles é bastante positivo. 
“Os concertos correram muito bem e superaram totalmente as nossas expectativas. Aumentámos o leque de países que nos visitam e esse é o nosso interesse, visto que o Gliding Barnacles é feito da Figueira para o mundo. Queremos crescer em países, queremo-nos expandir para o mundo. Este ano tivemos visitantes do México à Nova Zelândia. Queremos qualidade, não quantidade. O evento está bem com o tamanho que tem”, disse. Sobre o feedback resultante do evento, Eurico Gonçalves, referiu que as pessoas que cá vêm, saem do festival satisfeitas com a experiência. 
“As pessoas que nos visitam ficam muito contentes com a atmosfera descontraída, de amizade e de partilha que encontram aqui. E nós só saímos a ganhar com isso”.
O orçamento deste ano rondou os 60 mil euros, dos quais 15 mil foram comparticipados pela Câmara Municipal da Figueira da Foz que ainda disponibilizou apoio logístico
Eurico Gonçalves, sublinha que a autarquia entendeu a importância que este evento, ainda que recente, tem para o concelho. “A câmara tem apoiado o evento na sua totalidade. Este ano dobramos o apoio recebido no ano passado. De 6 passamos para 15 mil euros e também recebemos apoio logístico. A CMFF percebeu que este é um evento importante”
Sobre a edição do próximo ano, que faz parte das preocupações de Eurico Gonçalves, vai haver cuidado  para não haver a tentação de crescer em demasia. 
“Para o próximo ano vamos ter cuidado com as tentações de querer «inchar». Aquilo que nós pretendemos é solidificar o que temos. O Gliding Barnacles tem que se manter fiel a si mesmo, ou seja, continuar a ser uma celebração do (Oceano) Atlântico”

O inefável mercado autárquico a funcionar em todo o seu esplendor...

"Vamos muito proximamente confiar a governação dos nossos concelhos, diretamente para os próximos quatro anos mas indiretamente por um prazo mais alargado (tanto quanto a visão dos respetivos autarcas) sem que os possamos substituir a meio ou convidá-los a assinar por outro clube – e como também não estou a vislumbrar um xeque que passe um cheque por tão afamados pés, convém, à cautela, selecionar boas equipas, com espírito ganhador e “faro” pelo golo, para que não andemos sempre nos empatas…"
Teotónio Cavaco

Conto de fada cor de rosa, com o altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas/2017...

"O candidato do PS à Câmara de Coimbra, Manuel Machado, disse este domingo que a sua prioridade se for reeleito para o cargo será a construção de um aeroporto na cidade."

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

1+1, nem sempre é = 2!.. (II)


Pensamento que me vai acompanhar até ao próximo dia 1 de Outubro... (II)

foto sacada daqui
O PS/Figueira e o senhor doutor juiz João Ataíde, ou o seu número dois, senhor doutor Carlos Monteiro, são tão socialistas, quão o PSD/Figueira e o senhor doutor Carlos Tenreiro, ou o seu número dois, senhor doutor Miguel Babo, são sociais-democratas.

Isto vai ser um passeio pró Ti´taide...

Alberto Rodrigues "Esses gaijos da concelhia do PSD só se lembram do cu deles"
David Manuel "Verdade, mas o candidatos à juntas não têm culpa.
Fazem as suas Candidaturas por amor à camisola e pelo amor que têm a FREGUESIA ONDE VIVEM.
ESTA CONCELHIA SÓ OLHA PARA DENTRO.
ESPERO QUE LHE DÊEM A RESPOSTA NA VOTAÇÃO PARA A ASSEMBLEIA MUNICIPAL."
Estes comentários, surgem numa POSTAGEM da candidata do Bom Sucesso (partilhada pelo David Manuel),  lamentando-se por terem pago do bolso deles uns cartazes (Já conseguimos tornar-nos visíveis com 4 pequenos placards com custos suportados por nós.)!..
Esta rapaziada não tem noção da realidade!..
As campanhas eleitorais têm leis e regras: se as autoridades competentes chegarem a ver  isto correm o risco de virem a ser incomodados...
Pagaram do bolso deles? Então esta despesa não deveria ser paga com os fundos provenientes  da subvenção do partido?
Ou será, o que é grave, que andam a gastar excessivamente?
O Albertino Rodrigues não sei quem é, mas o David Manuel é um ex- candidato à concelhia do PSD/Figueira!
Sugere que não se vote na lista à Assembleia Municipal nas autárquicas 2017, mas, diga-se, em abono da verdade, não aconselhou o voto no PS.
Ele, certamente melhor do que muitos,  lá saberá porquê...

O savoir-faire de Miguel Figueira...

Depois de no sábado passado ter-se deixado fotografar com João Ataíde e "alguns elementos do grupo de candidatos pelo Partido Socialista à Freguesia de São Pedro - Figueira da Foz", nesse dia em acção de campanha nos lugares de Cabedelo e Gala, ontem, Miguel Figueira fez-se fotografar, a seu pedido, com Carlos Tenreiro e outros elementos da candidatura MUDAR JÁ.
Como sei que o Miguel Figueira continua a defender o Cabedelo e reitera tudo que tem dito sobre o Cabedelo e a obra da APA ou a da AUTARQUIA FIGUEIRENSE,  até final da camapanha, em nome do savoir-faire indiscutível que ele tem, certamente que ainda vai aparecer em fotos com a CDU, o BE, o CDS e o Durão.
Vamos a isso Miguel? 
Na antigüidade, os sacrifícios faziam-se no altar. 
Ainda hoje esse costume perdura... 

Uma cama na Praia do Cabedelo

Ontem, esta cama esteve na Praia do Cabedelo.
Sou dos que estranham sempre as camas quando durmo fora. 
Mas, mais que estranhar as camas, é a falta do meu travesseiro que me causa mais desconsolo. 
Não há dúvida que somos uns animais de hábitos. 
Sei de pessoas que o levam sempre na mochila, mas eu não chego a tanto.
Por isso, na tarde de ontem, não aproveitei esta cama na Praia do Cabedelo e fui dormir para casa...

Simplesmente hilariante...

O homem  (leia-se o recandidato) na ânsia de se mostrar independente renega o apoio do seu próprio partido. 
Chega ao ponto, vistas bem as coisas,  de não querer o tio taíde na sua campanha!..
Sobre o posto médico.
Atenção, atenção, muita atenção...
Sobre o campo do Grupo Desportivo Cova-Gala.
Atenção, muita atenção com os terrenos do Campo do Cabedelo.

domingo, 3 de setembro de 2017

Pensamento que me vai acompanhar até ao próximo dia 1 de Outubro...

Foto sacada daqui
Só os tolos se regozijam quando o poder alterna de partido.

Nota de rodapé.
Relativamente à putativa mudança no município da Figueira da Foz, pouco há a dizer. 
Apenas,  que a coisa seria estranha. 
Ponto final.

A Liberdade passou a ter mais nomes...

António Agostinho, nasceu na Gala, Aldeia que adora. Alienado com política e com os media. No resto é um vencedor. Divorciado, pai de uma filha e reformado. Já foi autarca. E dirigente associativo.
Aquilo que eu não fiz? "Não fui eu que gastei, mais do que era para mim, não fui eu que tirei, não fui que comi, não fui eu que comprei, não fui eu que escondi, quando estavam a olhar, não fui eu que fugi, não é essa a razão, para me quererem moldar, porque eu não me escolhi, para a fila do pão, este barco afundou, quando alguém aqui chegou, não fui eu que não vi".
O que tenho? Preguiça, muita preguiça.
 
Li algures, que "o corpo é um empréstimo que pagamos com a vida"
Portanto, a meu ver, não é importante o meio onde transportamos a alma. 
Importante, é o efeito de comando, que eu presumo venha da alma, que nos suscita a vontade.
A vontade, no fundo, é a função e a utilidade pela qual se cumpre uma necessidade, quantas vezes uma necessidade nada e de ninguém.
Porém, se de nada nem de ninguém, supostamente pode ser de todos. 
Quantas vezes nos sentimos morais e culpados, portanto, necessitados de expiação?
Não sei se acontece com todos, mas comigo à medida que os anos foram passando, pelo processo de domesticação, os desejos foram sendo deixados para trás. 
Muitos estão quase extintos. Sobeja a excitaçãos sexual - vulgo tesão - e pouco mais.
O despojamento, sempre foi a minha forma de resistência. 
Assim, evitei o cárcere em que alguns me tentaram enredar.
Claro que nem todos conseguem compreender isto:  alguns, chamam a quem prefere viver assim, miseráveis, loucos, mais algumas coisitas assim bonitas... 
Sem vos querer contrariar, apenas vos digo que na vossa boca a Liberdade passou a ter outros nomes.