sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

E os cavalos espantaram-se...

Esta é uma crónica de ficção. Na Figueira, porém, a diferença entre a verdade e a ficção, é que a ficção, por vezes,  faz mais sentido. Portanto, a semelhança entre os cavalos da foto sacada daqui e os cavalos na crónica ficcionada que se espantaram, só poderá ser mera coincidência.
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Em tempos que já lá vão, à noite, próximo da Praça Nova, 3 ovelhas pastavam junto a um estábulo. 
E uma disse: 
- Méeeeee. 
E outra respondeu: 
- Méeeeeee. 
E a terceira anuiu: 
- Méeeee... que rica noite que hoje está! 
Ao longe,  avistaram os séquitos de Belchior, Gaspar e Baltazar, acompanhados de pajens, pastores e respectivos animais.
No cortejo, vinha um burro que se acercou do estábulo onde se encontravam. 
Uma vaca que também por ali andava. Ao ver o burro perguntou-lhe: 
- Muuuuuu... quem és tu? 
- Sou um burro... por andar com este tempo na rua. 
- Então chega-te aqui e partilha da minha palha... - convidou-o a vaca.
Passados uns minutos, a vaca virou-se para o burro e disse: 
- Não olhes agora, mas caiu um miúdo na nossa manjedoura, mesmo em cima da palha! 
Ao que o burro respondeu: 
- Foi?..
Foi então que se aperceberam que o miúdo, procurava o calor dos seus bafos. Começaram então a respirar sobre ele. 
- É pena, não haver palha de mentol - disse a vaca. Que acrescentou -  hoje, estou com mau hálito
As ovelhas, continuavam espantadas com o miúdo deitado na palha. 
Uma das ovelhas ao verificar que o miúdo tinha frio disse: 
- É pena ele não pegar na lã de uma de nós para fazer uma camisola... 
- És burra... ele não faz milagres! - disse uma das outras. 
- Deixa-o crescer e tu vais ver! Vai ser uns atrás dos outros! - retorquiu a primeira. 
Foi nessa altura que se aproximaram os cavalos, sobre os quais vinham 3 reis. 
- Estamos a mil e poucos metros do comboio... Mas quiseram vir de cavalo... E os cavalos somos nós - disse um dos cavalos entre dentes... 
O cavalo do lado, também entre dentes, queixou-se: 
- Já não posso das minhas costas...
- Raios partam isto! - disse o terceiro dos cavalos. 
E, de repente, ouviu-se o barulho de uma fanfarra e os cavalos começaram a ficar nervosos.
Acabaram por se espantar...

Presumo que terá sido por isto que apareceu a ideia de plástico do jardim Natal...
Na Figueira, Presidente da Câmara que se preze, tem de acreditar no Pai Natal. 

Escuro...

"O plano de Ação e Orçamento para 2017 da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra inclui, entre as suas prioridades, iniciativas direcionadas à eficiência energética.
Entre essas iniciativas estão a implementação de soluções eficientes para a iluminação de edifícios históricos e a redução do consumo energético de edifícios públicos. Estas medidas são bem-vindas, constituem uma diminuição de gastos públicos a curto e a médio prazo, apenas pecam por tardias.
Apesar de a iluminação mais económica baseada na tecnologia LED (Light Emitting Diode) se estar a generalizar, substituindo a iluminação baseada em lâmpadas incandescentes e fluorescentes, ainda há pouca sensibilidade para a opção pelo escuro quando a luz não é necessária ou é prejudicial.
Hoje em dia já existem sensores de movimento a preços razoáveis para espaços públicos que ativam a iluminação local quando se aproxima uma pessoa ou um veículo.
Estes sistemas permitem desligar a luz durante as horas de menor circulação e acender apenas quando necessário. Existem também sistemas de iluminação de baixa intensidade adequados a limitar a perturbação da vida animal de jardins, de parques e de espaços naturais.
O excesso de luz tem uma influência direta na estabilidade do comportamento de aves e consequências diretas e indiretas no surgimento de pragas de insetos. Quem gosta de astronomia também agradece a escuridão."
"O direito ao escuro", uma crónica de Rui Curado da Silva.

Nota de rodapé.
Sempre que recebo uma factura da EDP, fico com saudades da meninice - de quando não tinha medo do escuro
Agora, quando recebo o mail com a facturinha da chinesa EDP, fico é com suores frios e medo da luz!

aF273


Na Figueira, a água é mole, a pedra é dura... E a água cara, apenas molha a pedra...


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Thank you all...

"Há lá coisa melhor do que ter tantos amigos e consciência tranquila. Continue a prestar serviço público, caro António. Alguém bem intencionado tem que o fazer." 
Esta, foi uma das largas centenas de mensagens que, até este momento, recebi neste dia em que estou a celebrar 63 anos de existência. 
Não vou divulgar o nome, para não melindrar ninguém e porque todas foram igualmente importantes para mim.
Porém, nesta ficou resumido tudo o que sempre foi relevante na minha vida: para além da família - o suporte de tudo - os amigos e a consciência tranquila
Em duas palavras, consigo resumir, quase tudo, o que, neste dia, considero o mais importante na vida: ela continua.
A foto que esta manhã, no dia em que completei 63 anos de vida, a Ana Oliveira me tirou quando cheguei numa das minhas bicicletas ao Cabedelo, para vocês,  pode  não ter nada de especial, mas o prazer que tenho ao olhá-la, esse é mesmo especial e, por isso, aqui está exibida nesta postagem de agradecimento às largas centenas que já me felicitaram. 
Para aí há 40 e tal anos anos (e nos following months...) fui, como muito boa gente que se preza, very romântico, aventureiro, irrealista, sonhador, voluntarista, experimentalista - enfim, algo marado...
No fundo, bué de cool...
In the height, se fumei algo diferente foi certamente por distração... 

Ya, depois, como todos cresci e engordei.
However, não fiquei formatado e, muito menos, conformado... 

Result: não consegui ser um boy pragmático e cínico.
Therefore, nunca apanhei a(s) boleia(s) certa(s) para orientar a vidinha...

However, fui apanhando umas tosgas...
Ya. Mas, nunca fiquei lá... 

Others, porém, tornaram-se nuns competentes filhos da puta... 
Some, falam disso, isto é, do que aconteceu, como se tivessem apenas apanhado a boleia...
Still superficially, nem sequer a boleia da história, but a de um camionista qualquer e distraído... 

The normal one: todos acabam por ser aquilo que desejaram...
Unhappyly,  a maioria escolheu nunca deixar mostrar uma unha, muito menos arriscar soltar um gritinho de revolta: optou por inserir-se e adaptar-se ao funcionamento normal das instituições...

E, assim, today, face ao saber viver da esmagadora maioria do povinho, estamos todos como sempre estivemos: lixados e conformados.
As always: a esperar que o verão seja quentinho...

Porque tristezas não pagam dívidas, deixo-vos com um momento musical.
Imaginem-se, como eu, num espectáculo ao ar livre, por exemplo, no Parque de Merendas da Cova e Gala, em ambiente de festa...
É importante, manter o espírito jovem... Quanto ao corpo: pra melhor tá bem, tá bem, pra pior já basta assim....

Obras na Figueira (nem no dia de aniversário, o senhor presidente da Câmara me dá descanso...)

Via AS BEIRAS
"A cidade da Figueira da Foz não vai fechar para obras, mas as intervenções em curso e as empreitadas que serão ser lançadas este ano vão alterar o quotidiano de muitos figueirenses.
Neste momento, decorre a remodelação da zona da estação, a principal entrada da cidade, cujos trabalhos foram interrompidos, durante uma semana, na quadra natalícia, para não conflituarem com o aumento de tráfego. Foram retomados segunda-feira, devendo ficar concluídos até ao final do semestre. Custam 200 mil euros.
Por ter começado mais cedo as obras na zona da estação, a Câmara da Figueira da Foz viu o orçamento do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), ao abrigo do qual aquela entrada da cidade está a ser alterada, ser majorado em 700 mil euros, passando para cerca de oito milhões de euros.
Aquela empreitada inclui uma rotunda, quase concluída, o melhoramento do terminal intermodal e novas zonas para peões."

E não é que a grande fatia veio em ano de eleições!..
Quem poderá resistir a uma benesse destas?
Nem a  siderurgia nacional, nos seus tempos áureos, conseguiria produzir tanta lata em menos de ano! 

Uma postagem para memória futura...

"O importante para a maior dos munícipes é a gestão quotidiana. Os buracos da estrada, o asseio da via pública, a existência de estacionamento, a abertura da administração para ouvir e resolver queixas,....etc.
Há outros que colocam as "grandes obras" na sua lista. Daí o sucesso de Pedro Santana Lopes, fez "obra", gastou muito dinheiro (pediu emprestado, empurrou as contas para o futuro - "quem vem a seguir que pague") e conseguiu uma visibilidade para a Figueira que esta não tinha. 
Há depois alguns mais ambiciosos. Que gostariam de ver a Figueira no século XXI Europeu, um concelho com boas infraestruturas, renovadas de forma moderna (o que não está a acontecer), finanças equilibradas e uma maior capacidade de atração, tanto de gente jovem como turística.
A mola para uma gestão de qualidade reside na exigência dos clientes. Nós, habitantes do concelho. E a questão deverá colocar-se também nestes termos, somos suficientemente exigentes?
E agimos em conformidade?"

João Vaz

É por aqui que vamos?..

Para ler melhor, clicar na imagem
Em comunicado, a Comissão Politica de Secção do PSD/Figueira da Foz critica as declarações publicas do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, durante a passagem de ano, nas quais afirmava que a Figueira “ainda não afirmou o seu espaço” no que ao turismo diz respeito. “Este será o ano zero”, acrescentou o edil figueirense.
Segundo defende o PSD/Figueira, “trata-se de declarações totalmente despropositadas que só podem ser proferidas por alguém que desconhece ou pretende ignorar a realidade histórica duma cidade que há mais de cem anos tem estado vocacionada para a área do Turismo e que é considerada como um dos principais destinos turístico do país”.
Prossegue o PSD local sublinhando que “com tais afirmações, o sr. presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz revela não reunir a competência necessária para ocupar as funções que exerce, enquanto representante máximo do concelho e, por consequência, como principal guardião dos seus interesses e boa imagem, colocando em causa e ofendendo o trabalho de sucessivas gerações de figueirenses ligadas ao sector do turismo, que ao longo de décadas, na autarquia, na restauração, hotelaria, comércio e em outras áreas, com muito empenho e dedicação têm vindo a promover a cidade como uma das mais belas e famosas estâncias balneares da Península Ibérica”
A terminar, a concelhia do PSD informa que não pode “deixar de expressar o seu veemente repúdio por tais afirmações, cujo teor encerram em si uma extrema gravidade e irresponsabilidade ao serem proferidas por quem ocupa tão alto cargo de governação local e que deixam a descoberto a inépcia do seu autor que implicitamente acaba por reconhecer que pouco ou nada tem feito pelo turismo (tal como, noutras áreas), embora seja importante relembrar que não há lugar a ano zero para quem já aqui anda há cerca de oito anos”.

Via Campeão das Províncias, ficámos a saber que questionada pela Agência Lusa, fonte do gabinete da presidência da Câmara Municipal esclareceu que as declarações de João Ataíde se referiam a uma iniciativa de promoção turística do destino Figueira da Foz, que “não é o mesmo de há cinco anos”.
“Depois das obras no areal da praia [ainda em curso, e que deverão estar concluídas nos próximos meses], os eventos consolidados e a necessária planificação, vamos lançar uma grande campanha promocional da Figueira da Foz em 2017”, anunciou.

Não há ninguém que possa assegurar qual o futuro próximo! 
Não estaremos, em definitivo, a comprometer a vida futura do concelho da Figueira, vista de um ponto de vista global, isto é, numa e noutra margem do Mondego?
Antes que seja irremediavelmente tarde de mais, tenho um pedido a fazer a todos os que gostam da Figueira: que se parasse  um pouco para pensar!

Bom dia para todos: fiquem com a música mais tocada no dia em que eu nasci...




Diz a canção que "dez anos é muito tempo..." Imaginam, agora, o que são 63!.. 
Isto, até está a ficar com piada... Estou a ficar velho. 
Contudo, todos os anos, no dia 5 de Janeiro, ganho uma idade nova. 
Pronto: a vida é isto. Depois dos 69 anos, todos passamos a pertencer ao sexo frágil. 
Ainda faltam 6... Estou a aproximar-me... 
O segredo será sempre o mesmo: saber viver com aquilo que temos. 
Há um tempo para tudo... Façam o favor de ser felizes.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A “reforma”, da iniciativa do então ministro do governo anterior, Miguel Relvas, foi imposta às assembleias municipais, de cima para baixo, sob a ameaça de “ou te reformas assim…ou vai ser pior!” Sem pesquisas prévias, estudos sociológicos, etnográficos, de território e participação popular, que não estavam aliás ao alcance daqueles órgãos....

Via Daniel Santos

Para quando o dia do orgasmo para os surfistas do Cabedelo?..

Foto sacada daqui
A capital peruana de Lima concluiu recentemente um projecto que de iluminação nocturna na praia de La Pampilla, para incentivar o surf noturno.
Foram instalados  quatro postes de cimento com duas luzes LED de 1.000 watts em cada uma para iluminar o surf à noite. As luzes podem iluminar um raio de 650 pés.
O projecto comunitário foi realizado para beneficiar o surf peruano, que acabou de ganhar outro campeonato da Associação Internacional de Surf em 2016. O prefeito Luis Castañeda trabalhou com a federação peruana de surf neste projecto para ajudar a expandir o que o Peru tem para oferecer aos seus surfistas.
Leia mais aqui.

Já que as notícias não animam nem o mais optimista...

Edição do dia 2 de janeiro de 2017 do jornal AS BEIRAS
Começar 2017 com optimismo,  é  um gajo vir à Figueira passar o ano, cair de um 3º. andar, acertar em cima do para-brisas de um carro, levantar-se, ir buscar a identificação pelo seu próprio pé, entregá-la à polícia e depois poder dizer, tudo bem!
Melhor do que isso, só um gajo que se tivesse atirado do cimo do Titanic e, depois de cair os primeiros 10 andares, continuasse a  pensar: até agora tudo bem!.. 

Já que o Figueira Film Art 2017, Festival de Cinema da Figueira da Foz, ainda vem longe - realiza-se de 28 de agosto a 3 de Setembro - começa a ser o tempo de os candidatos autárquicos à Câmara da Figueira da Foz se "deixarem de fitas...

Diário AS BEIRAS, 2 de janeiro de 2017. Para ler melhor, clicar na imagem.

O processo criativo é sempre aliciante...

"Uma belíssima foto, do "nosso" criativo" Pedro Agostinho Cruz, do fogo de artifício da passagem de ano na Figueira da Foz."
Por mim, sou mais modesto.
Sublinho, apenas, que gosto de quem tem talento e o gosta de mostrar.

PRAIA DA SARDINHA (há também quem a conheça por CAIS - de AREIA...)


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O amor, ai o amor!..

João Vaz, publica hoje, com honra de postagem,  um comentário anónimo no seu blogue.
Palavra que gostava, mas gostava mesmo, de saber o nome do comentarista anónimo, simplesmente para lhe poder dizer... 
Amor, não é aquilo que te faz perder o foco. O nome disso é miopia.

E a surpresa tem de valer a pena... A hora mágica, tem, na verdade, de ser mágica a valer!

"Como ressuscitar o seu brilho e importância de outrora? É grande o desafio mas… vá lá Figueira, mostra que ainda és capaz! Surpreende-nos!"

Isabel Maranha Cardoso, economista, hoje no jornal AS BEIRAS.

Tem sido um percurso bonito... O meu, que é o único que conheço!

A vida é feita de pequenas coisas... "Pequenos nadas", como cantou Sérgio Godinho.
Por exemplo.
Em julho, sabe-me bem um banho de água fria.
Hoje, soube-me a nozes, um banho de água bem quentinha...

As coisas que temos, na verdade não as temos -  apenas parece que as temos.
Por isso, nunca fiquei muito abalado quando as perdi.
Nunca, antes, tinha acreditado que fossem minhas.

Se queremos aprender mesmo, temos que ter muita atenção às bestas.  
Todos os cães são assim: gostam de comer tudo e não deixar nada. 
Mesmo que, depois, tenham de vomitar.
Como todos os cães.

Mas, sobretudo, não desesperem. Não desesperem, nem mesmo por não desesperarem. 
Quando tudo parece ter chegado ao fim, novas forças aparecem e isso mostra que estamos vivos. 
Quando essas novas forças não aparecerem mais, então é porque tudo chegou ao fim.
Só que, desta vez para sempre...

Há sempre disponibilidade e tempo para pensar sobre o que fizemos. 
Tempo para um balanço. 
De preferência,  o mais imparcial e desapaixonado possível. 
Ponderar sobre o que ocorreu, para tentar perceber onde estamos e como aqui chegamos.

Um dia, hei-de fazer isso.
Hoje, ainda não é o dia.
Hoje, continua a ser o tempo de olhar a vida de frente.