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Exceptuando os donos disto (poucos em número, mas soberanos no poder), os tolos (que argumentam com um optimismo incurável) e os crentes iludidos (mesmo contra todas as evidências), a esmagadora maioria dos seres pensantes que habitam o concelho da Figueira da Foz, pelo menos no íntimo das suas consciências, não duvidam da situação dramática a que isto chegou.
Importante será lembrar, à luz de uma ou outra realidade, antes que o seu destino seja o esquecimento, isto é, a impunidade, que o estado da cidade e do resto do concelho, não aconteceu por um caso de azar ou um nefasto golpe de má sorte.
Nada disso. A degradação da Figueira e do resto do concelho, é obra dos figueirenses através de poderes que foram delegando naqueles que menos deveriam exercê-los - os autarcas escolhidos nos últimos cerca de 40 anos.
Entre os eleitos titulares de cargos que tiveram realmente capacidade para influir no rumo da Figueira e do resto do concelho, creio que não houve um único que se tivesse aproveitado - competem entre si nas capacidades e atributos para conseguirem terem feito degenerar uma Terra tão linda.
Gostaria de, em consciência, poder abrir um parêntesis e registar uma potencial excepção, mas confesso que a não consigo vislumbrar.
Fechado o parêntesis, fica a realidade: salta à vista que o estado degenerado da Figueira e do resto do concelho, não foi fruto de um golpe de azar e muito menos de uma nefasta conjuntura de má sorte.
Ao longo destes cerca de 40 anos, tenho tido a necessidade de administrar o desprezo com extrema parcimónia, pois o número de candidatos entre a classe política local foi sempre muito numerosa...
A Figueira está uma lixeira.
Por agora fico por aqui.
A hora de parar de mexer no computador, é quando procuro pelo ícone da lixeira, se quero mandar alguma coisa fora...