É assim que funciona a política em Portugal!...
Desta vez tenho de ser eu a lixá-lo...
"Assunção Cristas não gostou de ver o seu «tempo de antena» interrompido ontem por um discurso de Passos Coelho à mesma hora.
A líder do CDS quer marcar terreno na oposição e, consciente de que falar ao mesmo tempo que Passos não é a melhor estratégia, marcou um comício para o próximo sábado.
Alinhados em quase tudo, Passos Coelho e Assunção Cristas não deixam de competir entre si.
Ontem, os líderes disseram quase a mesma coisa e falaram quase ao mesmo tempo, atropelando a combinação prévia que tinha havido entre os dois partidos e deixando os centristas com a sensação de que a direita queimou cartuchos.
«Devíamos ter feito isto em fins de semana diferentes», lamentava ao i uma fonte do CDS.
Mas Cristas não desiste de marcar a agenda da oposição e já tem um plano para o conseguir: um segundo acto desta reentré centrista agendado para o próximo sábado.
«Vai ser um comício popular em Oliveira do Bairro, com direito a porco no espeto e tudo»..."
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Terminou a 3.ª edição do Figueira Film Art
Figueira Film Art 2016:
Dimitri Athanitis, realizador grego, foi consagrado com o prémio de “melhor longa-metragem ficção”.
O filme português “Gelo” recebeu prémios para a melhor actriz (Ivana Baquero) e melhor fotografia (João Ribeiro).
Dimitri Athanitis, realizador grego, foi consagrado com o prémio de “melhor longa-metragem ficção”.
O filme português “Gelo” recebeu prémios para a melhor actriz (Ivana Baquero) e melhor fotografia (João Ribeiro).
Figueira da Foz do Mondego... ou Figueira da Foz... da celulose?
Como sei, há muito e por experiência própria, que na sociedade figueirense não se pode discutir tudo, vou contar uma pequena história, com mais de 30 anos.
Aí por finais de 1981, dada a posição da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, que se opôs à instalação da fábrica de celulose, em Marinhais, por considerar que não estava garantida a salvaguarda das actividades económicas fundamentais da região - ligadas, sobretudo, à agricultura - e o meio ambiente, os administradores da Soporcel, optaram pela Leirosa, Figueira da Foz.
O assunto, naturalmente, foi à Assembleia Municipal do nosso concelho.
Em Março de 1981, o processo, no mínimo controverso, da instalação da nova unidade de celulose, empurrada de Salvaterra de Magos, obteve acolhimento favorável dos órgãos autárquicos figueirenses: unanimidade na Câmara e maioria, com duas abstenções da então APU, na Assembleia Municipal.
As abstenções tinham a ver, no fundamental, com questões ambientais e qualidade de vida das populações. A água, na altura, era outro problema que preocupava a força política que se absteve.
A APU, com as suas reticências, quis chamar a atenção para estes aspectos.
Na altura, recordo, um grupo de populares da Leirosa entregou mesmo na Câmara Municipal da Figueira da Foz uma petição com 383 assinaturas, na qual se afirmava que "o povo da Leirosa concorda com a instalação na zona, mas reclama para os habitantes da Leirosa e freguesia da Marinha das Ondas prioridade no preenchimento dos postos de trabalho criados pelo empreendimento..."
Por essa época, era correspondente na Figueira da Foz do jornal O Diário.
Por encomenda da direcção do jornal, fiz um trabalho sobre o processo de instalação da nova unidade de celulose no nosso concelho, que então se estava a iniciar.
Lembro-me que, pela APU, ouvi o meu saudoso Amigo Gilberto Branco Vasco, então membro da Assembleia Municipal da Figueira, eleito por esta força política.
Depois, em outubro de 1981, numa sessão de charme, os responsáveis pela nova unidade então em fase construção - o início da laboração estava previsto para o 2º semestre de 1983... - promoveram uma conferência de imprensa onde o barca nova ventilou o problema do abastecimento de madeiras para a nova unidade fabril.
Concretamente, foi questionado se havia estudos capazes de, à partida, garantirem um abastecimento sem problemas, sobretudo no domínio do eucalipto.
E os representantes da Soporcel foram obrigados a admitir o que se desconfiava: não havia...
Haveria, talvez, esboços, vontade de proceder a exames cuidadosos da situação, mas dados certos e seguros , sem margem para dúvidas - não.
E o jornal, de que eu era redactor, como era sua obrigação, deu conta disso na edição de 6 de novembro de 1981.
Esse era, na altura, como se veio a provar depois, um problema nacional de indesmentível importância: o chamado problema do eucalipto.
Não sei se foi coincidência, mas aconteceu-me o seguinte.
No período em que estiveram abertas as candidaturas para trabalhar na nova unidade fabril, como tantos outros candidatos, enviei o meu curriculum vitæ para me candidatar a um posto de trabalho.
Até hoje, nunca soube porquê, continuo à espera de ser chamado para prestar provas...
Foi uma lição de vida para mim.
Residiu aí, porventura, o conhecimento e assumpção do estoicismo que me tem acompanhado.
A resistência estóica, mais do que uma questão de vontade ou de necessidade, passou a ser, para mim, um assunto de cidadania e de sobrevivência.
Por isso, quando me tentam lixar, o meu alimento é a resistência.
Passei a não dar excessiva importância àquilo que o não merece.
Quem actua assim é rasteirinho, baixo e como tal deve ser tratado: com silêncio e desprezo.
Por mim, o assunto está ultrapassado há muito. Só espero e desejo que, estas e outras boas consciências que passaram pela minha vida, durmam descansadas.
Sans rancune.
Aí por finais de 1981, dada a posição da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, que se opôs à instalação da fábrica de celulose, em Marinhais, por considerar que não estava garantida a salvaguarda das actividades económicas fundamentais da região - ligadas, sobretudo, à agricultura - e o meio ambiente, os administradores da Soporcel, optaram pela Leirosa, Figueira da Foz.
O assunto, naturalmente, foi à Assembleia Municipal do nosso concelho.
Em Março de 1981, o processo, no mínimo controverso, da instalação da nova unidade de celulose, empurrada de Salvaterra de Magos, obteve acolhimento favorável dos órgãos autárquicos figueirenses: unanimidade na Câmara e maioria, com duas abstenções da então APU, na Assembleia Municipal.
As abstenções tinham a ver, no fundamental, com questões ambientais e qualidade de vida das populações. A água, na altura, era outro problema que preocupava a força política que se absteve.
A APU, com as suas reticências, quis chamar a atenção para estes aspectos.
Na altura, recordo, um grupo de populares da Leirosa entregou mesmo na Câmara Municipal da Figueira da Foz uma petição com 383 assinaturas, na qual se afirmava que "o povo da Leirosa concorda com a instalação na zona, mas reclama para os habitantes da Leirosa e freguesia da Marinha das Ondas prioridade no preenchimento dos postos de trabalho criados pelo empreendimento..."
Por essa época, era correspondente na Figueira da Foz do jornal O Diário.
Por encomenda da direcção do jornal, fiz um trabalho sobre o processo de instalação da nova unidade de celulose no nosso concelho, que então se estava a iniciar.
Lembro-me que, pela APU, ouvi o meu saudoso Amigo Gilberto Branco Vasco, então membro da Assembleia Municipal da Figueira, eleito por esta força política.
Depois, em outubro de 1981, numa sessão de charme, os responsáveis pela nova unidade então em fase construção - o início da laboração estava previsto para o 2º semestre de 1983... - promoveram uma conferência de imprensa onde o barca nova ventilou o problema do abastecimento de madeiras para a nova unidade fabril.
Concretamente, foi questionado se havia estudos capazes de, à partida, garantirem um abastecimento sem problemas, sobretudo no domínio do eucalipto.
E os representantes da Soporcel foram obrigados a admitir o que se desconfiava: não havia...
Haveria, talvez, esboços, vontade de proceder a exames cuidadosos da situação, mas dados certos e seguros , sem margem para dúvidas - não.
E o jornal, de que eu era redactor, como era sua obrigação, deu conta disso na edição de 6 de novembro de 1981.
Esse era, na altura, como se veio a provar depois, um problema nacional de indesmentível importância: o chamado problema do eucalipto.
Não sei se foi coincidência, mas aconteceu-me o seguinte.
No período em que estiveram abertas as candidaturas para trabalhar na nova unidade fabril, como tantos outros candidatos, enviei o meu curriculum vitæ para me candidatar a um posto de trabalho.
Até hoje, nunca soube porquê, continuo à espera de ser chamado para prestar provas...
Foi uma lição de vida para mim.
Residiu aí, porventura, o conhecimento e assumpção do estoicismo que me tem acompanhado.
A resistência estóica, mais do que uma questão de vontade ou de necessidade, passou a ser, para mim, um assunto de cidadania e de sobrevivência.
Por isso, quando me tentam lixar, o meu alimento é a resistência.
Passei a não dar excessiva importância àquilo que o não merece.
Quem actua assim é rasteirinho, baixo e como tal deve ser tratado: com silêncio e desprezo.
Por mim, o assunto está ultrapassado há muito. Só espero e desejo que, estas e outras boas consciências que passaram pela minha vida, durmam descansadas.
Sans rancune.
domingo, 4 de setembro de 2016
Os famosos sofás do Cabedelo...
foto António Agostinho |
Foi uma ideia repentina que me surgiu ao ver a foto.
Pensando bem, vou pegar na bicicleta, pedalo até ao Cabedelo, fico-me pelo sofá, a olhar o mar e a ouvir música...
E a descansar!
Tal como os políticos menores, também toda a pequena cidade tem o seu tabu...
"Cheira mal.
Fechamos as janelas do carro e seguimos viagem.
Após 3 minutos e 3 quilómetros, já passou.
Ufa!
Olhamos para a roupa que seca ao ar livre. Imaginamos o que será viver a sul das celuloses. Ou melhor, não conseguimos imaginar. Será possível alguém habituar-se a este cheiro pestilento?
E se os "chefes" das celuloses fossem obrigados a viver aqui, a sul?
Ninguém duvida da importância das celuloses para a criação de emprego.
Sabemos também que são unidades industriais preocupadas com a saúde dos seus trabalhadores. Além de certificadas por diversas organizações, nacionais e internacionais.
Contudo, uma análise critica mostra uma falta de interesse da sociedade pela poluição directamente atribuível a esta indústria.
Um jornalista do Diário de Notícias, em 2002, revelou isso mesmo quando visitou a Leirosa: foi difícil falar sobre o assunto, nem os visados pela poluição deram a cara. É assunto tabu.
Na semana passada, uma ONG de defesa do ambiente publicou um top ten das unidades que mais poluem no país, com base em dados oficiais.
As celuloses da Figueira figuravam na lista.
Esperava-se uma "defesa", troca de argumentos e dados sobre a poluição, relativizando-a.
Nada disso.
Silêncio. Uma "não posição" inteligente, esvaziando um debate necessário.
Será que as celuloses podem fazer mais para reduzir a poluição?
Qual o verdadeiro impacto na qualidade do ar, na paisagem (eucaliptos), nas águas e no ambiente marinho?
Porque tememos a discussão."
Nota de rodapé.
Poluição, celuloses e tabus, é mais uma interessante crónica de João Vaz publicada no jornal AS BEIRAS.
Esta, publicada ontem, a meu ver, por motivos mais do que óbvios: de uma vez por todas, temos de tomar consciência, que a poluição está a dar cabo da nossa qualidade de vida e que, a prosseguir por este caminho, continuaremos a destruir o legado que recebemos.
A dissimulação é uma característica necessária à sobrevivência de alguns animais.
Contudo, quando se trata do homem toma conotações lá não muito recomendáveis, já que a associamos a uma certa dose de demagogia e falsidade...
Mas, pensando melhor: lá me estava a esquecer que, na sociedade figueirense, não se pode discutir tudo!..
Ainda vou acabar mal, por continuar a entender, que viver é enfrentar a vida e os seus perigos diariamente.
Ainda me vou lixar a valer, por continuar a entender, que a vida é luta permanente de sobrevivência - e não apenas a nível físico.
Calma pá. Isto, é um dia de cada vez: sobreviver mais um dia é uma pequena grande vitória, mas não deixa de ser o adiamento do inevitável.
Presumo que pouca gente deverá pensar nisto, pois é uma grande chatice...
Fechamos as janelas do carro e seguimos viagem.
Após 3 minutos e 3 quilómetros, já passou.
Ufa!
Olhamos para a roupa que seca ao ar livre. Imaginamos o que será viver a sul das celuloses. Ou melhor, não conseguimos imaginar. Será possível alguém habituar-se a este cheiro pestilento?
E se os "chefes" das celuloses fossem obrigados a viver aqui, a sul?
Ninguém duvida da importância das celuloses para a criação de emprego.
Sabemos também que são unidades industriais preocupadas com a saúde dos seus trabalhadores. Além de certificadas por diversas organizações, nacionais e internacionais.
Contudo, uma análise critica mostra uma falta de interesse da sociedade pela poluição directamente atribuível a esta indústria.
Um jornalista do Diário de Notícias, em 2002, revelou isso mesmo quando visitou a Leirosa: foi difícil falar sobre o assunto, nem os visados pela poluição deram a cara. É assunto tabu.
Na semana passada, uma ONG de defesa do ambiente publicou um top ten das unidades que mais poluem no país, com base em dados oficiais.
As celuloses da Figueira figuravam na lista.
Esperava-se uma "defesa", troca de argumentos e dados sobre a poluição, relativizando-a.
Nada disso.
Silêncio. Uma "não posição" inteligente, esvaziando um debate necessário.
Será que as celuloses podem fazer mais para reduzir a poluição?
Qual o verdadeiro impacto na qualidade do ar, na paisagem (eucaliptos), nas águas e no ambiente marinho?
Porque tememos a discussão."
Nota de rodapé.
Poluição, celuloses e tabus, é mais uma interessante crónica de João Vaz publicada no jornal AS BEIRAS.
Esta, publicada ontem, a meu ver, por motivos mais do que óbvios: de uma vez por todas, temos de tomar consciência, que a poluição está a dar cabo da nossa qualidade de vida e que, a prosseguir por este caminho, continuaremos a destruir o legado que recebemos.
A dissimulação é uma característica necessária à sobrevivência de alguns animais.
Contudo, quando se trata do homem toma conotações lá não muito recomendáveis, já que a associamos a uma certa dose de demagogia e falsidade...
Mas, pensando melhor: lá me estava a esquecer que, na sociedade figueirense, não se pode discutir tudo!..
Ainda vou acabar mal, por continuar a entender, que viver é enfrentar a vida e os seus perigos diariamente.
Ainda me vou lixar a valer, por continuar a entender, que a vida é luta permanente de sobrevivência - e não apenas a nível físico.
Calma pá. Isto, é um dia de cada vez: sobreviver mais um dia é uma pequena grande vitória, mas não deixa de ser o adiamento do inevitável.
Presumo que pouca gente deverá pensar nisto, pois é uma grande chatice...
Uma iniciativa interessante, pois os figueirenses são seres intrinsecamente curiosos...
A Sociedade Filarmónica Dez de Agosto reedita no próximo dia 10 de setembro, a partir das 9h30, a organização do peddy-paper subordinado ao tema "Os segredos da baixa figueirense".
Nesta aventura, que terá início na sede da colectividade, as equipas de duas pessoas terão a oportunidade de conhecer melhor as praças, ruas e becos da baixa da cidade, (re)descobrindo as pessoas, os lugares e a história da cidade.
Os interessados podem inscrever-se na sede da colectividade no dia da prova ou antecipadamente através do número de telefone 233 045 913 ou e-mail sfdezdeagosto@gmail.com.
Via Figueira na Hora
Nesta aventura, que terá início na sede da colectividade, as equipas de duas pessoas terão a oportunidade de conhecer melhor as praças, ruas e becos da baixa da cidade, (re)descobrindo as pessoas, os lugares e a história da cidade.
Os interessados podem inscrever-se na sede da colectividade no dia da prova ou antecipadamente através do número de telefone 233 045 913 ou e-mail sfdezdeagosto@gmail.com.
Via Figueira na Hora
Morreu Maria Isabel Barreno, uma das "Três Marias"
....vale a pena conhecer «a sua biografia breve».
Maria Isabel Barreno nasceu em Lisboa, em 1939. Vive quase 35 anos na ditadura, numa sociedade repressora que condicionava a mulher, negando-lhe direitos básicos de realização e de afirmação enquanto ser humano. Militante da causa feminina, envolve-se em movimentos de “libertação” da mulher. Em 1972, com Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, inicia a aventura de “Novas Cartas Portuguesas”, obra proibida pelo regime, que vai ser o epicentro de um escândalo nacional e internacional conhecido como “o caso das três Marias”.
sábado, 3 de setembro de 2016
Desta vez, foi ao quilómetro 29 da A14...
A última bebé a nascer no bloco de partos do HDFF (Hospital Distrital da Figueira) veio ao mundo poucas horas depois de se conhecer a data de encerramento daquele espaço.
Recorde-se: uma menina com 3.230 gramas, com mãe de nacionalidade russa, nasceu às 00h30 do dia 1 de Novembro de 2006, veio fechar um ciclo que durava há 59 anos e que foi criado para responder a uma necessidade de um concelho que se acreditava estar em desenvolvimento.
Entretanto, o que nos vale á a nossa capacidade "pró habitual desenrascanço"...
Nasceu mais uma criança numa ambulância dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, a caminho de Coimbra. Esta, viu a luz do dia pela primeira vez na madrugada de hoje, desta vez, ao quilómetro 29,27 da A14.
Estão de Parabéns os nossos Bombeiros (desta vez, foram Fábio Fernandes e Hugo Neves), pelo profissionalismo que, mais uma vez, demonstraram...
Nota de rodapé.
Recordar o processo que levou ao encerramento da Maternidade da Figueira da Foz, no momento em que o nosso Posto Médico continua ameaçado, mais do que actual, é importante...
Estes assuntos são sérios, como diz um amigo meu em tom de brincadeira...
Esta gente é de desconfiar. Nunca dizem a verdade toda. Não diziam que iam fechar a maternidade: era só o bloco de partos. Agora, se fecharem o bloco operatório, dizem que mantém aberta a cirurgia.
Recordem, o que (por enquanto) aconteceu ao Posto Médico da Gala.
Ora, isto é um princípio perigoso. Caricaturando um pouco: pelo andar da carruagem - e continuando a citar o meu amigo - ainda nos cortam o fornecimento domiciliário de água, mas dizem que não nos encerraram as torneiras dentro das nossas casas!..
Recorde-se: uma menina com 3.230 gramas, com mãe de nacionalidade russa, nasceu às 00h30 do dia 1 de Novembro de 2006, veio fechar um ciclo que durava há 59 anos e que foi criado para responder a uma necessidade de um concelho que se acreditava estar em desenvolvimento.
Entretanto, o que nos vale á a nossa capacidade "pró habitual desenrascanço"...
Nasceu mais uma criança numa ambulância dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, a caminho de Coimbra. Esta, viu a luz do dia pela primeira vez na madrugada de hoje, desta vez, ao quilómetro 29,27 da A14.
Estão de Parabéns os nossos Bombeiros (desta vez, foram Fábio Fernandes e Hugo Neves), pelo profissionalismo que, mais uma vez, demonstraram...
Nota de rodapé.
Recordar o processo que levou ao encerramento da Maternidade da Figueira da Foz, no momento em que o nosso Posto Médico continua ameaçado, mais do que actual, é importante...
Estes assuntos são sérios, como diz um amigo meu em tom de brincadeira...
Esta gente é de desconfiar. Nunca dizem a verdade toda. Não diziam que iam fechar a maternidade: era só o bloco de partos. Agora, se fecharem o bloco operatório, dizem que mantém aberta a cirurgia.
Recordem, o que (por enquanto) aconteceu ao Posto Médico da Gala.
Ora, isto é um princípio perigoso. Caricaturando um pouco: pelo andar da carruagem - e continuando a citar o meu amigo - ainda nos cortam o fornecimento domiciliário de água, mas dizem que não nos encerraram as torneiras dentro das nossas casas!..
Ainda alguém se lembra?
Faz amanhã um ano, editei um post que começava assim.
Por entre a tragédia em curso, uma imagem vem chocar-nos ainda mais: a da criança síria morta na praia. De repente, a realidade parece mudar. A crise dos refugiados é a mesma, os nossos problemas são os mesmos, o debate na Europa continua, mas esta simples imagem leva-nos para outra dimensão. O seu poder é imenso. Abandonamos por um momento todos os cálculos e vemos, em grande plano, o incomensurável custo humano da história a acontecer sob os nossos olhos. Não é a primeira vez.
Hoje, li aqui esta postagem.
"Foi no dia 2 de Setembro de 2015, fez ontem precisamente um ano e até tem página na Wikipidéia num porradão de línguas e tudo. Ainda alguém se lembra? Ainda alguém se lembra de Omran e ainda nem 15 dias são passados? E qual é a indignação do dia no intervalo do protesto contra as touradas, o mercado de transferências do pontapé-na-bola caseiro, e a salvação do pitbull que matou um desgraçado que teve o azar de passar ao portão, nessa súcia de acéfalos que dá pelo nome de “redes sociais” e que é o Facebook de todos amplificado pelo Facebook de alguns que andaram numa universidade para ter um canudo de jornalista? "Um dia todos terão direito a 15 minutos de fama" e a uma indignação por minuto."
Por entre a tragédia em curso, uma imagem vem chocar-nos ainda mais: a da criança síria morta na praia. De repente, a realidade parece mudar. A crise dos refugiados é a mesma, os nossos problemas são os mesmos, o debate na Europa continua, mas esta simples imagem leva-nos para outra dimensão. O seu poder é imenso. Abandonamos por um momento todos os cálculos e vemos, em grande plano, o incomensurável custo humano da história a acontecer sob os nossos olhos. Não é a primeira vez.
Hoje, li aqui esta postagem.
"Foi no dia 2 de Setembro de 2015, fez ontem precisamente um ano e até tem página na Wikipidéia num porradão de línguas e tudo. Ainda alguém se lembra? Ainda alguém se lembra de Omran e ainda nem 15 dias são passados? E qual é a indignação do dia no intervalo do protesto contra as touradas, o mercado de transferências do pontapé-na-bola caseiro, e a salvação do pitbull que matou um desgraçado que teve o azar de passar ao portão, nessa súcia de acéfalos que dá pelo nome de “redes sociais” e que é o Facebook de todos amplificado pelo Facebook de alguns que andaram numa universidade para ter um canudo de jornalista? "Um dia todos terão direito a 15 minutos de fama" e a uma indignação por minuto."
Praia do Cabedelo vai acolher a Taça de Portugal de Surfing 2016
O evento, com mais de 15 anos de existência, tem a particularidade de reunir numa só competição as modalidades de Bodyboard, Surf, Longboard e, este ano, estreia o Stand Up Paddle, em todas faixas etárias.
Mais de 200 atletas vão estar presentes na Praia do Cabedelo a defender os seus clubes. Aliás, este local vai receber as duas próximas edições deste evento desportivo, a maior prova nacional de clubes.
A organização cabe à Associação de Bodyboard Foz do Mondego que, nesta competição, traçou como principal objectivo a conquista do troféu.
Mais de 200 atletas vão estar presentes na Praia do Cabedelo a defender os seus clubes. Aliás, este local vai receber as duas próximas edições deste evento desportivo, a maior prova nacional de clubes.
A organização cabe à Associação de Bodyboard Foz do Mondego que, nesta competição, traçou como principal objectivo a conquista do troféu.
O alerta de António Filipe Pimentel sobre as condições do MNAA foi feito na Escola de Quadros do CDS-PP, que decorre até domingo em Peniche...
Segundo o que se pode ler no jornal Público “um destes dias há uma calamidade” no Museu Nacional de Arte Antiga...
A nova galeria de pintura e escultura portuguesa, aberta a meio de Julho, "só não fechou no dia seguinte à inauguração solene pela razão simples de que foi inaugurada pelo senhor Presidente da República e o impacto político do encerramento era dramático".
A nova galeria de pintura e escultura portuguesa, aberta a meio de Julho, "só não fechou no dia seguinte à inauguração solene pela razão simples de que foi inaugurada pelo senhor Presidente da República e o impacto político do encerramento era dramático".
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
"Alberto Afonso, mestre artesão miniaturista e artista covagalense" *
"O trabalho, a vida, o saber e a alma em réplicas de bacalhoeiros". Estes navios são os mesmos a que diz respeito o novo livro, publicado na semana passada, pelo Senhor Manuel Luís Pata.
Para ver melhor, clicar na imagem |
"Os navios bacalhoeiros que saem das mãos de Manuel Alberto Afonso não são apenas miniaturas (com mais de um metro) da antiga frota pesqueira da Figueira da Foz. São história, trabalho, aventura, vida e alma de quem neles andou e, em um ou outro, naufragou. O “artesão” covagalense, que nunca foi ao mar, reuniu fotografias, livros, documentos e, acima de tudo, um conjunto de depoimentos de antigos “lobos do mar”, que lhe permitem recriar o ambiente daqueles navios. «O “João Costa”, (naufragou em 1952 com 73 homens a bordo, todos salvos), foi «feito para mostrar a escala a bordo de um navio a motor», explica o autor do trabalho. No “José Alberto”, parte da primeira viagem, em 1935, foi a «forrar o convés, para criarem o mínimo de condições. Este e outros, foram pintados de branco por causa da guerra», sublinha. No “Gazela”, Manuel Alberto tem o cuidado de mostrar a chegada. «Queria um que viesse do bacalhau, porque ao chegar era totalmente diferente de quando partiu. Vem tudo o que é mau, no aspecto, degradação, velas sujas, podridão, roupa que não é lavada há 6 meses, e é altura de a ensacar», adianta, mostrando todos os mais ínfimos pormenores, conseguindo-se (re)ver essa azáfama. Depois, há o “Maria Preciosa” – naufragado na Gronelândia em 1944, «depois de bater num banco de gelo». Esse, simboliza o naufrágio. Já o “Trombetas”, em «escala do lugre, com menos gente», mostra as «técnicas das velas, içadas e recolhidas, com cabos de arame e sisal (pois ainda não havia nylon)» e como é um navio fundeado."
Texto da jornalista Bela Coutinho, Diário de Coimbra
Nota de rodapé.
* - João Pita
Em breve nas bancas, o livro de um profeta ao contrário...
Vai correr tudo mal!
Sinopse:
Catástrofe, bancarrota, fuga de capitais, declínio do ensino privado subsídio-dependente, novo resgate, aumento do desemprego, subida dos juros da dívida e do endividamento.
Em breve nas bancas, a obra há muito esperada desse vulto maior da profecia da desgraça, com prefácio de Ângelo Correio e textos de Sofia Aureliano, Felícia Cabrita, João César das Neves e Camilo Lourenço.
Na compra desta obra, receba grátis um pin com uma bandeira de Portugal made in China, um manual de instruções sobre como fugir ao pagamento de contribuições da Segurança Social e ainda se habilita a uma formação, num aeródromo perto de si, patrocinada pelo Tecnoforma.
Não perca mais tempo, compre já!
Via Portugal Não Pode Mais
Sinopse:
Catástrofe, bancarrota, fuga de capitais, declínio do ensino privado subsídio-dependente, novo resgate, aumento do desemprego, subida dos juros da dívida e do endividamento.
Em breve nas bancas, a obra há muito esperada desse vulto maior da profecia da desgraça, com prefácio de Ângelo Correio e textos de Sofia Aureliano, Felícia Cabrita, João César das Neves e Camilo Lourenço.
Na compra desta obra, receba grátis um pin com uma bandeira de Portugal made in China, um manual de instruções sobre como fugir ao pagamento de contribuições da Segurança Social e ainda se habilita a uma formação, num aeródromo perto de si, patrocinada pelo Tecnoforma.
Não perca mais tempo, compre já!
Via Portugal Não Pode Mais
A ausência do direito e dever do exercício da cidadania, é o maior problema da Figueira da Foz...
Manuel Luís Pata, tem 92 anos... Jorge Tocha Coelho, está com 87... E, eu próprio, já não me ando a sentir nada bem! |
Nota de rodapé.
Os exemplos de cidadania figueirense que registei, nas pessoas de Manuel Luís Pata e Jorge Tocha Coelho, não são poucos ambiciosos.
Não se circunscrevem à efectiva possibilidade de participação política activa, mas à cidadania que se reflecte numa procura de justiça social e no sentimento de que é possível responsabilizar politicamente os eleitos.
A realidade, no entanto, demonstra-nos que a responsabilidade política não funciona e que a justiça social não existe.
A cidadania que desejo é aquela que, para além dos direitos inerentes a um sistema democrático, assegure aos cidadãos que o seu voto conta - na responsabilização dos políticos que erraram por acções, inacções ou ausências.
Para ser cidadão não basta querer, é preciso que as leis o permitam.
Porém, as leis, como sabemos, são feitas pelos eleitos.
Se os eleitos não o permitem (exemplo disso, são as reuniões camarárias à porta fechada impostas pela maioria absoluta do presidente Ataide...), estamos perante um totalitarismo democrático, isto é, olhamos para os políticos como uma corporação que não serve a Figueira, nem os seus cidadãos, mas apenas os interesses da sua entourage.
A história já nos mostrou onde é que isto acaba...
Subscrever:
Mensagens (Atom)