"O parque de estacionamento coberto da praça do Forte, integrado no projecto de regeneração urbana da zona do Forte de Santa Catarina, foi inaugurado no verão de 2013. É grátis e tem capacidade para 130 lugares.
A Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF) foi um dos parceiros da Câmara da Figueira da Foz para o projecto global, financiado, em cerca de dois terços, por fundos europeus.
A administração portuária, proprietária do terreno, ficou com 10 lugares. Por sua vez, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Polícia Marítima (PM) celebraram protocolos com a autarquia, ao abrigo dos quais a primeira força de segurança tem direito a cinco lugares e a segunda a 19."
Nota de rodapé.
Há quem diga, e eu sei bem porque o dizem, que os munícipes são todos iguais.
Pelo exposto nesta notícia do jornal AS BEIRAS, percebe-se que não é bem assim.
E, na Figueira, no que ao estacionamento diz respeito, não é bem assim em muitos lados.
Por exemplo, um cidadão que queira assistir a uma reunião camarária ou da assembleia municipal, se for em transporte próprio e deixar o carro no parque junto à câmara, tem de pagar. E isso coloca, desde logo, um problema: é que nunca se sabe bem o tempo que essas reuniões demoram...
Os membros da câmara e da assembleia, porém, estão isentos desse pagamento.
Para incentivar a participação cívica dos figueirenses na vida da sua cidade e do seu concelho, não haveria uma maneira de criar um protocolo para facilitar essa benesse aos cidadãos que fossem participar ou assistir às reuniões de câmara ou da assembleia?
Claro que, eu, ingénuo como sou, não estou sequer a admitir que isso possa não vir a acontecer por calculismo da outra parte.
Isto é, daqueles que não estão interessados na participação democrática e cívica dos cidadãos figueirenses.
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Código de conduta?.. Será que um político precisa disso?..
"...o Governo aprovará antes do fim de Setembro um Código de Conduta para governantes e altos responsáveis da administração pública que terá uma norma "taxativa" sobre a aceitação de ofertas."
Nota de rodapé.
Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito.
Foi o que aconteceu em Portugal, depois do 25 de Abril de 1974...
Lamentavelmente, porém, "há pouca memória na política portuguesa"...
Nota de rodapé.
Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito.
Foi o que aconteceu em Portugal, depois do 25 de Abril de 1974...
Lamentavelmente, porém, "há pouca memória na política portuguesa"...
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Quando a notícia, é o ridículo!..
Era uma vez uma parceria público-privada entre a GNR da Guarda e a CMTV
Uma situação bizarra que dispensa comentários. O video e as legendas são mais que suficientes para ilustrar mais um momento épico oferecido pela CMTV com o alto patrocínio do comandante do destacamento de trânsito da GNR da Guarda. O jornalista quer entrevistar emigrantes portugueses? O comandante dá ordem de paragem aos condutores. Serviço público mais serviço público, não há!
Simplesmente porque me apetece, fica aqui partilhado este meu olhar de hoje...
Para ver melhor a foto basta clicar na imagem |
A luminosidade era pouca. Por sua vez, o nevoeiro não permite ver os detalhes da cidade.
Contudo, quando passei a foto do telemóvel para o computador, olhei para ela e gostei do conjunto.
E como é precisamente o conjunto que apreendemos em primeiro lugar, aqui a publico para a vossa observação.
Só espero que vejam os detalhes da cidade, lá na outra margem - que são determinantes... e de que maneira! - que eu não consigo explicar por palavras.
Já em casa, ainda sinto o cheiro intenso a maresia - naquele local, não sei explicar porquê, lembra-me sempre um perfume tépido.
O vento, era apenas uma miragem, como que uma bruma coberta de sonho. Do céu, com nuvens baixas e nevoeiro, vinha uma chuva miudinha, persistente e refrescante.
Cá está, num dia cheios de imaginação e vida, ligamos aos pormenores.
No outro, já somos apenas uns restos, que a natureza se encarregará de desintegrar.
Depois, seremos esquecidos pela maioria.
Um dia, ninguém sequer saberá que um dia existimos.
Tudo perfeito, portanto: um dia o incauto compreenderá o chão que pisa.
Leituras...
Registe-se: João Ataíde, admitiu que também não gosta do que vê na "varanda" da cidade com vistas para o mar. Porém, quando se apercebeu da situação, explicou, "já era tarde", porque os vendedores já tinham tratado das licenças!..
Sublinhe-se: vivo num concelho e num país que exige o ensino médio a um puto.
Vivo num concelho e num país que não exige o fundamental a vereadores municipais e presidentes de câmara.
Sublinhe-se: vivo num concelho e num país que exige o ensino médio a um puto.
Vivo num concelho e num país que não exige o fundamental a vereadores municipais e presidentes de câmara.
Claro que a alegada promiscuidade entre a política e o futebol nunca existiu...
No dia em que o país ficou a saber que o Presidente da República vai receber (por decisão do primeiro-ministro) o cheque de seis mil euros relativos à viagem de Falcon de Bragança para Lyon, para assistir à meia-final do Euro 2016, sabe-se que dois secretários de Estado viajaram a convite de empresas para estarem presentes em jogos do mesmo campeonato.
Um deles, foi o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade. O próprio confirmou ao PÚBLICO ter viajado a convite da Galp, um dos patrocinadores da selecção portuguesa. O governante anunciou entretanto, ainda segundo a Sábado, que vai reembolsar a petrolífera - que mantém uma questão de mais de 150 milhões de euros com o Estado em tribunal - pela despesa efectuada com as viagens em causa. Ao Observador, o Ministério das Finanças adiantou mesmo que Fernando Rocha Andrade já contactou a Galp, “no sentido de reembolsar a empresa da despesa efectuada”, para que“não restem dúvidas sobre a independência do Governo e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”.
O Observador apurou depois que três deputados do PSD (Luís Montenegro, Hugo Soares e Luís Campos Ferreira) também foram a jogos a convite de empresário Joaquim Oliveira.
Nota de rodapé.
Um deles, foi o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade. O próprio confirmou ao PÚBLICO ter viajado a convite da Galp, um dos patrocinadores da selecção portuguesa. O governante anunciou entretanto, ainda segundo a Sábado, que vai reembolsar a petrolífera - que mantém uma questão de mais de 150 milhões de euros com o Estado em tribunal - pela despesa efectuada com as viagens em causa. Ao Observador, o Ministério das Finanças adiantou mesmo que Fernando Rocha Andrade já contactou a Galp, “no sentido de reembolsar a empresa da despesa efectuada”, para que“não restem dúvidas sobre a independência do Governo e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”.
O Observador apurou depois que três deputados do PSD (Luís Montenegro, Hugo Soares e Luís Campos Ferreira) também foram a jogos a convite de empresário Joaquim Oliveira.
Nota de rodapé.
"Ética republicana"... A imagem foi sacada daqui. |
Dona Dora: 88 anos
Mãe:
(…)
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Miguel Torga, in "Diário IV"
Saudade.
Mais do que a ausência é a vontade da presença.
Hoje, a minha Mãe festeja o seu 88º. aniversário.
É um dia doloroso, mas bonito.
Bom, bom, seria tê-la connosco.
Foram 86, quase, quase 87 anos - uma vida.
Em tempos difíceis, como estes que atravessamos, a sua presença e o seu exemplo – de trabalho, de seriedade, de dignidade, a sua preocupação em cuidar da família - faz ainda mais falta.
A família sempre foi o reduto inexpugnável da nossa esperança.
E vai continuar a ser.
(…)
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Miguel Torga, in "Diário IV"
Saudade.
Mais do que a ausência é a vontade da presença.
Hoje, a minha Mãe festeja o seu 88º. aniversário.
É um dia doloroso, mas bonito.
Bom, bom, seria tê-la connosco.
Foram 86, quase, quase 87 anos - uma vida.
Em tempos difíceis, como estes que atravessamos, a sua presença e o seu exemplo – de trabalho, de seriedade, de dignidade, a sua preocupação em cuidar da família - faz ainda mais falta.
A família sempre foi o reduto inexpugnável da nossa esperança.
E vai continuar a ser.
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
A gente sabe que Ataíde não tem nada para esconder... Portanto, porque é que o "rei" insiste em continuar a ir nu?..
"Na Figueira, foram admitidas este ano para triagem técnica quinze propostas para uma verba de trezentos mil euros, as quais serão sujeitas a posterior votação pública para figurar no orçamento municipal de 2017.
Processo equivalente ao que ocorreu no ano passado para o orçamento de 2016 quando, de vinte propostas, foram seleccionadas onze para escrutínio dos cidadãos que para o efeito se inscreveram.
As restantes não passaram no primeiro filtro. A verba era então de cem mil euros.
Uma das propostas chumbadas à primeira dizia respeito à regularização do canal do ramal da Pampilhosa com o objectivo de o utilizar como ecopista à semelhança do que ocorre com muito sucesso em várias zonas do país.
Um dos argumentos utilizados foi o de que a proposta “contraria a linha estratégica do Município de exigir a reabertura ao tráfego ferroviário do ramal”. O facto é que há muito que dela desapareceram os carris e as travessas.
E as passagens de nível foram pavimentadas. Ou seja, o rei andava nu e os políticos não se atreveram a dizê-lo. Quanto à manifestação de regozijo pela participação popular, ocorre perguntar se não seria ocasião para escancarar as portas de todas as Reuniões de Câmara aos cidadãos!"
Nota de rodapé.
Para lerem, na íntegra, a crónica "O rei vai nu!", da autoria do Daniel Santos é fazerem o obséquio do clicarem aqui.
Entretanto, como escrevi em devido tempo aqui, espero, que o PS seja coerente até ao fim deste mandato autárquico e no futuro - isto, é o tempo que ainda falta para acabar este mandato - mantenha as reuniões à porta fechada.
Espero, também, que a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», que nunca se conformaram com a decisão, continuem a protestar contra as reuniões à porta fechada.
Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Processo equivalente ao que ocorreu no ano passado para o orçamento de 2016 quando, de vinte propostas, foram seleccionadas onze para escrutínio dos cidadãos que para o efeito se inscreveram.
As restantes não passaram no primeiro filtro. A verba era então de cem mil euros.
Uma das propostas chumbadas à primeira dizia respeito à regularização do canal do ramal da Pampilhosa com o objectivo de o utilizar como ecopista à semelhança do que ocorre com muito sucesso em várias zonas do país.
Um dos argumentos utilizados foi o de que a proposta “contraria a linha estratégica do Município de exigir a reabertura ao tráfego ferroviário do ramal”. O facto é que há muito que dela desapareceram os carris e as travessas.
E as passagens de nível foram pavimentadas. Ou seja, o rei andava nu e os políticos não se atreveram a dizê-lo. Quanto à manifestação de regozijo pela participação popular, ocorre perguntar se não seria ocasião para escancarar as portas de todas as Reuniões de Câmara aos cidadãos!"
Nota de rodapé.
Para lerem, na íntegra, a crónica "O rei vai nu!", da autoria do Daniel Santos é fazerem o obséquio do clicarem aqui.
Entretanto, como escrevi em devido tempo aqui, espero, que o PS seja coerente até ao fim deste mandato autárquico e no futuro - isto, é o tempo que ainda falta para acabar este mandato - mantenha as reuniões à porta fechada.
Espero, também, que a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», que nunca se conformaram com a decisão, continuem a protestar contra as reuniões à porta fechada.
Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
A gente sabe que Ataíde não tem nada para esconder... Portanto, porque é que o insiste em continuar a ir nu?..
"Na Figueira, foram admitidas este ano para triagem técnica quinze propostas para uma verba de trezentos mil euros, as quais serão sujeitas a posterior votação pública para figurar no orçamento municipal de 2017.
Processo equivalente ao que ocorreu no ano passado para o orçamento de 2016 quando, de vinte propostas, foram seleccionadas onze para escrutínio dos cidadãos que para o efeito se inscreveram.
As restantes não passaram no primeiro filtro. A verba era então de cem mil euros.
Uma das propostas chumbadas à primeira dizia respeito à regularização do canal do ramal da Pampilhosa com o objectivo de o utilizar como ecopista à semelhança do que ocorre com muito sucesso em várias zonas do país.
Um dos argumentos utilizados foi o de que a proposta “contraria a linha estratégica do Município de exigir a reabertura ao tráfego ferroviário do ramal”. O facto é que há muito que dela desapareceram os carris e as travessas.
E as passagens de nível foram pavimentadas. Ou seja, o rei andava nu e os políticos não se atreveram a dizê-lo. Quanto à manifestação de regozijo pela participação popular, ocorre perguntar se não seria ocasião para escancarar as portas de todas as Reuniões de Câmara aos cidadãos!"
Nota de rodapé.
Para lerem, na íntegra, a crónica "O rei vai nu!", da autoria do Daniel Santos é fazerem o obséquio do clicarem aqui.
Entretanto, como escrevi em devido tempo aqui, espero, que o PS seja coerente até ao fim deste mandato autárquico e no futuro - isto, é o tempo que ainda falta para acabar este mandato - mantenha as reuniões à porta fechada.
Espero, também, que a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», que nunca se conformaram com a decisão, continuem a protestar contra as reuniões à porta fechada.
Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Processo equivalente ao que ocorreu no ano passado para o orçamento de 2016 quando, de vinte propostas, foram seleccionadas onze para escrutínio dos cidadãos que para o efeito se inscreveram.
As restantes não passaram no primeiro filtro. A verba era então de cem mil euros.
Uma das propostas chumbadas à primeira dizia respeito à regularização do canal do ramal da Pampilhosa com o objectivo de o utilizar como ecopista à semelhança do que ocorre com muito sucesso em várias zonas do país.
Um dos argumentos utilizados foi o de que a proposta “contraria a linha estratégica do Município de exigir a reabertura ao tráfego ferroviário do ramal”. O facto é que há muito que dela desapareceram os carris e as travessas.
E as passagens de nível foram pavimentadas. Ou seja, o rei andava nu e os políticos não se atreveram a dizê-lo. Quanto à manifestação de regozijo pela participação popular, ocorre perguntar se não seria ocasião para escancarar as portas de todas as Reuniões de Câmara aos cidadãos!"
Nota de rodapé.
Para lerem, na íntegra, a crónica "O rei vai nu!", da autoria do Daniel Santos é fazerem o obséquio do clicarem aqui.
Entretanto, como escrevi em devido tempo aqui, espero, que o PS seja coerente até ao fim deste mandato autárquico e no futuro - isto, é o tempo que ainda falta para acabar este mandato - mantenha as reuniões à porta fechada.
Espero, também, que a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», que nunca se conformaram com a decisão, continuem a protestar contra as reuniões à porta fechada.
Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Alguns cronistas figueirenses merecem ser divulgados
"Recentrar a cidade", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, ontem publicada aqui.
"O esvaziamento dos centros urbanos, particularmente dos centros históricos, está ligado, na maioria das vezes, às disfuncionalidades do mercado de arrendamento e ao paradigma da casa própria (outrora facilitada pelo acesso ao crédito), em detrimento da reabilitação urbana.
A Figueira da Foz também não escapou a esta tendência, observando-se assim a desertificação do seu centro histórico, transformando indelevelmente o quotidiano da cidade.
Assiste-se ao definhar do comércio local e à animação de rua que este proporciona, com a inconsequente transferência de ofertas comerciais, associadas a novos comportamentos de procura, que se situam agora nas zonas limítrofes da cidade em perímetros periurbanos. A cidade perdeu a sua centralidade e desenvolveu-se para estes novos espaços num formato tipo “mancha de óleo”.
Este crescimento tornou-a numa cidade grande e dispersa e, enquanto cidade, com características estivais. Também a política de expansão urbana, por parte dos especuladores imobiliários, criou zonas de habitação de segunda residência, que fora do período estival permanecem desabitadas! Há que reflectir sobre as diferentes opções e as escolhas de políticas feitas ao longo dos últimos 40 anos! Há que conhecer a história local. Sem o conhecimento do passado, jamais se pode projectar o seu futuro!"
Nota de rodapé.
Um das consequências da Figueira ter sido governada, quase sempre, por turistas nas últimas dezenas de anos, pode ser vista à vista desarmada por qualquer habitante do nosso concelho, mesmo o mais desatento, ou desinteressado...
Desde Aguiar, passando por Santana, Duarte Silva e agora Ataíde, estiveram cá, olharam muito, mas não viram praticamente nada da essência da cidade e do concelho...
"O esvaziamento dos centros urbanos, particularmente dos centros históricos, está ligado, na maioria das vezes, às disfuncionalidades do mercado de arrendamento e ao paradigma da casa própria (outrora facilitada pelo acesso ao crédito), em detrimento da reabilitação urbana.
A Figueira da Foz também não escapou a esta tendência, observando-se assim a desertificação do seu centro histórico, transformando indelevelmente o quotidiano da cidade.
Assiste-se ao definhar do comércio local e à animação de rua que este proporciona, com a inconsequente transferência de ofertas comerciais, associadas a novos comportamentos de procura, que se situam agora nas zonas limítrofes da cidade em perímetros periurbanos. A cidade perdeu a sua centralidade e desenvolveu-se para estes novos espaços num formato tipo “mancha de óleo”.
Este crescimento tornou-a numa cidade grande e dispersa e, enquanto cidade, com características estivais. Também a política de expansão urbana, por parte dos especuladores imobiliários, criou zonas de habitação de segunda residência, que fora do período estival permanecem desabitadas! Há que reflectir sobre as diferentes opções e as escolhas de políticas feitas ao longo dos últimos 40 anos! Há que conhecer a história local. Sem o conhecimento do passado, jamais se pode projectar o seu futuro!"
Nota de rodapé.
Um das consequências da Figueira ter sido governada, quase sempre, por turistas nas últimas dezenas de anos, pode ser vista à vista desarmada por qualquer habitante do nosso concelho, mesmo o mais desatento, ou desinteressado...
Desde Aguiar, passando por Santana, Duarte Silva e agora Ataíde, estiveram cá, olharam muito, mas não viram praticamente nada da essência da cidade e do concelho...
Garrett McNamara no Cabedelo
A próxima Buondi Surf Session terá lugar hoje, dia 3 agosto, na Praia do Cabedelo, freguesia de S. Pedro.
As aulas de surf com Garrett McNamara terão lugar pelas 9h30 para crianças e jovens da Obra do Padre Grilo, Lar Nossa Senhora da Conceição e Lar da Santa Cruz, e depois às 10h30, numa sessão aberta à população.
Medalha de Mérito Cultural em Prata Dourada foi entregue a Peter Pereira
Para ver melhor clicar na imagem "Foi um dos momentos mais bonitos da minha vida. Digo com paixão que adoro a Figueira e a minha terra. Não esqueçam os artistas que vivem cá, muitas vezes na sombra", disse Peter Pereira no decorrer da cerimónia realizada na passada segunda-feira. |
terça-feira, 2 de agosto de 2016
MOMENTO DE ANTOLOGIA DO DISPARATE PRESIDENCIAL FIGUEIRENSE...
Segundo o que li aqui, ontem a "temperatura" aqueceu na sessão de câmara.
No essencial, por "culpa" de Anselmo Ralph!
Passo a citar:
"Uma proposta do executivo socialista em apoiar financeiramente um concerto do cantor Anselmo Ralph, promovido por uma empresa privada e com entradas pagas, gerou ontem polémica na reunião camarária da Figueira da Foz e mereceu a reprovação da oposição.
Em causa, está um concerto do artista angolano agendado para 12 de agosto, que, segundo os termos do acordo com o promotor, obriga a autarquia a desembolsar 13.400 euros, mais IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado], num total de cerca de 16.500 euros, caso o número de bilhetes vendidos, a um custo unitário de 10 euros, não atinja os nove mil.
"O que nos está a dizer é que se eles não faturarem 90 mil euros, nós damos-lhes 13 mil?", questionou Miguel Almeida, vereador da oposição camarária, dirigindo-se ao presidente da Câmara, João Ataíde (PS) e apelidando o acordo de "beneficio indevido".
Na resposta, João Ataíde argumentou com o que chamou de "factor de risco" do concerto, que será assumido pela autarquia, mas Miguel Almeida voltou a questionar os números apresentados, nomeadamente o preço apresentado à autarquia pelo espectáculo, que, segundo o presidente da Câmara, se situa nos 78 mil euros.
"Não somos contra o concerto, nem contra o financiamento. Mas se fossem quatro mil bilhetes [o valor a partir do qual a câmara não teria de financiar] era aceitável. Agora, nove mil? Pelo levantamento que fizemos, o concerto [de Anselmo Ralph] custa metade dos 90 mil", disse à agência Lusa Miguel Almeida.
Segundo fontes ligadas à produção de espectáculos, actualmente o preço de um concerto de Anselmo Ralph, já com som e luz, situa-se entre 40 a 45 mil euros acrescidos de IVA.
O acordo entre a promotora Malpevent e a autarquia da Figueira da Foz pressupõe ainda a isenção de taxas de ocupação de espaço público e licença especial de ruído, no valor de cerca de 8.800 euros e apoio publicitário e pagamento de elementos da Cruz Vermelha Portuguesa (cerca de 3.500 euros).
Na reunião, Miguel Almeida começou por questionar a sustentação legal da isenção de taxas a uma empresa privada, tendo o presidente da Câmara retorquido com o "interesse público" do espectáculo, possível de acordo com a leitura que fez do regulamento municipal.
"Aqui é para trazer milhares de pessoas à cidade, tenho interesse em trazer o Ralph", frisou João Ataíde, voltando a argumentar que o apoio financeiro "é um incentivo à produção", já realizado no passado.
"Podia ser uma coprodução, mas não vejo interesse nenhum. Não acho que o que estamos a dar seja excessivo, estou convencido de que não vamos pagar nada, porque vamos ter mais de nove mil bilhetes vendidos, não vejo nada do outro mundo nesta proposta", acrescentou.
Nota de rodapé.
Perante isto, não me consigo conter.
Sempre pensei - e continuo a pensar - que era bom os políticos não confundirem o interesse público com o interesse do público!
É que, do meu ponto de vista, ao mesmo tempo que aumenta o interesse do público, diminuí o interesse público.
Na Figueira, que belo uso continua a ser dado ao dinheiro dos nossos impostos, não é Senhor Presidente?..
No essencial, por "culpa" de Anselmo Ralph!
Passo a citar:
"Uma proposta do executivo socialista em apoiar financeiramente um concerto do cantor Anselmo Ralph, promovido por uma empresa privada e com entradas pagas, gerou ontem polémica na reunião camarária da Figueira da Foz e mereceu a reprovação da oposição.
Em causa, está um concerto do artista angolano agendado para 12 de agosto, que, segundo os termos do acordo com o promotor, obriga a autarquia a desembolsar 13.400 euros, mais IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado], num total de cerca de 16.500 euros, caso o número de bilhetes vendidos, a um custo unitário de 10 euros, não atinja os nove mil.
"O que nos está a dizer é que se eles não faturarem 90 mil euros, nós damos-lhes 13 mil?", questionou Miguel Almeida, vereador da oposição camarária, dirigindo-se ao presidente da Câmara, João Ataíde (PS) e apelidando o acordo de "beneficio indevido".
Na resposta, João Ataíde argumentou com o que chamou de "factor de risco" do concerto, que será assumido pela autarquia, mas Miguel Almeida voltou a questionar os números apresentados, nomeadamente o preço apresentado à autarquia pelo espectáculo, que, segundo o presidente da Câmara, se situa nos 78 mil euros.
"Não somos contra o concerto, nem contra o financiamento. Mas se fossem quatro mil bilhetes [o valor a partir do qual a câmara não teria de financiar] era aceitável. Agora, nove mil? Pelo levantamento que fizemos, o concerto [de Anselmo Ralph] custa metade dos 90 mil", disse à agência Lusa Miguel Almeida.
Segundo fontes ligadas à produção de espectáculos, actualmente o preço de um concerto de Anselmo Ralph, já com som e luz, situa-se entre 40 a 45 mil euros acrescidos de IVA.
O acordo entre a promotora Malpevent e a autarquia da Figueira da Foz pressupõe ainda a isenção de taxas de ocupação de espaço público e licença especial de ruído, no valor de cerca de 8.800 euros e apoio publicitário e pagamento de elementos da Cruz Vermelha Portuguesa (cerca de 3.500 euros).
Na reunião, Miguel Almeida começou por questionar a sustentação legal da isenção de taxas a uma empresa privada, tendo o presidente da Câmara retorquido com o "interesse público" do espectáculo, possível de acordo com a leitura que fez do regulamento municipal.
"Aqui é para trazer milhares de pessoas à cidade, tenho interesse em trazer o Ralph", frisou João Ataíde, voltando a argumentar que o apoio financeiro "é um incentivo à produção", já realizado no passado.
"Podia ser uma coprodução, mas não vejo interesse nenhum. Não acho que o que estamos a dar seja excessivo, estou convencido de que não vamos pagar nada, porque vamos ter mais de nove mil bilhetes vendidos, não vejo nada do outro mundo nesta proposta", acrescentou.
Nota de rodapé.
Perante isto, não me consigo conter.
Sempre pensei - e continuo a pensar - que era bom os políticos não confundirem o interesse público com o interesse do público!
É que, do meu ponto de vista, ao mesmo tempo que aumenta o interesse do público, diminuí o interesse público.
Na Figueira, que belo uso continua a ser dado ao dinheiro dos nossos impostos, não é Senhor Presidente?..
Passos: está a chegar o tempo sem tempo para ter mais tempo...
"...Passos Coelho não foi de férias sem lançar avisos sobre a recapitalização da Caixa. E fê-lo com a mesma convicção com que anunciou a vinda do diabo em Setembro. Se a Direcção-Geral da Concorrência, o organismo da Comissão Europeia que decide se a injecção de capital na Caixa é ou não ajuda do Estado, for favorável a Portugal, Passos volta a ficar sem discurso, como aconteceu com as sanções. O líder do PSD continua sem se conseguir libertar do fato de primeiro-ministro e essa incapacidade está a aprisionar o PSD numa faixa institucional demasiado estreita, cerceando-lhe a amplitude de movimentos e, sobretudo, a procura de novas soluções capazes de lidar com o novo modelo de poder engendrado por António Costa. Em perda nas sondagens e nitidamente ineficaz nesta pele, que não é a sua, o tempo do PSD de Passos vai-se esgotando."
Público
Público
A corda continua a esticar...
"IMI pode subir com vista da casa e exposição solar"...
As novas regras foram ontem publicadas em Diário da Republica e podem ser lidas clicando aqui.
Aumentam para 20% o factor de "localização e operacionalidade" que era de 5%.
Ou seja, há um aumento da ponderação de critérios como a vista e a exposição solar.
As novas regras foram ontem publicadas em Diário da Republica e podem ser lidas clicando aqui.
Aumentam para 20% o factor de "localização e operacionalidade" que era de 5%.
Ou seja, há um aumento da ponderação de critérios como a vista e a exposição solar.
Política local: dos bastidores à boca de cena... (II)
Cá está mais um novo sub-capítulo da novela que vai entreter a opinião pública figueirenses nos próximos meses.
Estou curioso para ouvir a posição do jotinha João Portugal (A difícil arte da política explicada ao estilo do PS/Figueira...) sobre o assunto e divertir-me com as manobras de contorcionismo que fará.
A Figueira anda muito mal servida de políticos.
Este João Portugal é disso mais um triste e lamentável exemplo, a juntar a tantos outros.
Um político não é isto: um fulano que apenas se preocupa com sua vidinha...
Um político luta, estrebucha, erra, acerta, ouve, discute, enfim, faz política.
A gente olha em volta e vê política. Não podemos evitar essa fatalidade.
Mas podemos evitar que seja uma fatalidade.
A política não é o porreirismo: provoca reacções, ódios e paixões.
Se provoca a indiferença é negativo.
Negativo para a política, negativo para a democracia e negativo para a Figueira.
A política é um conflito saudável.
É poder discordar do outro para poder respeitá-lo.
Na política o que não se respeita, combate-se.
A Liberdade passa por aí...
Quem teve a felicidade de viver na Figueira, nos anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, sabe que ser político não é para todos...
Os políticos, como qualquer um de nós, vão acabar por morrer um dia.
Mas, na Figueira, muito poucos políticos terão vivido uma vida...
Nos próximos meses, a luta deslocar-se-á dos bastidores para a boca do palco.
Isto, no fundo, como escrevi um dia destes aqui, são jogadas de bastidores, ajustamentos internos e afins, na esfera do PS figueirinhas, trazidas à boca de cena, quando ainda falta muito tempo para as autárquicas 2017, para obter evidentes reflexos públicos.
Mas, o que é que isto me interessa enquanto cidadão comum?
Estou curioso para ouvir a posição do jotinha João Portugal (A difícil arte da política explicada ao estilo do PS/Figueira...) sobre o assunto e divertir-me com as manobras de contorcionismo que fará.
A Figueira anda muito mal servida de políticos.
Este João Portugal é disso mais um triste e lamentável exemplo, a juntar a tantos outros.
Um político não é isto: um fulano que apenas se preocupa com sua vidinha...
Um político luta, estrebucha, erra, acerta, ouve, discute, enfim, faz política.
A gente olha em volta e vê política. Não podemos evitar essa fatalidade.
Mas podemos evitar que seja uma fatalidade.
A política não é o porreirismo: provoca reacções, ódios e paixões.
Se provoca a indiferença é negativo.
Negativo para a política, negativo para a democracia e negativo para a Figueira.
A política é um conflito saudável.
É poder discordar do outro para poder respeitá-lo.
Na política o que não se respeita, combate-se.
A Liberdade passa por aí...
Quem teve a felicidade de viver na Figueira, nos anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, sabe que ser político não é para todos...
Os políticos, como qualquer um de nós, vão acabar por morrer um dia.
Mas, na Figueira, muito poucos políticos terão vivido uma vida...
Nos próximos meses, a luta deslocar-se-á dos bastidores para a boca do palco.
Isto, no fundo, como escrevi um dia destes aqui, são jogadas de bastidores, ajustamentos internos e afins, na esfera do PS figueirinhas, trazidas à boca de cena, quando ainda falta muito tempo para as autárquicas 2017, para obter evidentes reflexos públicos.
Mas, o que é que isto me interessa enquanto cidadão comum?
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