"O Grupo GPS acusou o Ministério da Educação de ser o principal responsável pela redução do tempo de trabalho e de salários que o grupo está a aplicar aos professores dos próprios colégios, entre os quais poderá estar o Colégio de Quiaios.
Que se saiba não foi este Ministério da Educação que criou uma rede de colégios privados sobredimensionada. Não foi este Ministério que criou um sistema de tal modo lucrativo que permite a diretores de colégios e à direcção da GPS gozar de uma vida muito desafogada, como é patente na reportagem “Dinheiros Públicos, Vícios Privados” de Ana Leal, transmitida pela TVI em 2012, enquanto os professores dos seus colégios se têm queixado aos sindicatos de pressões constantes para trabalhar mais ganhando o mesmo.
A verdade é que entre a direcção do Grupo GPS vive-se um clima de fim de festa. A festa foi rija, mas agora as garrafas estão vazias, há contas para acertar e a judiciária está à perna. O grupo está a ser investigado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, por suspeitas de corrupção e de tráfico de influências.
A direcção do Grupo GPS só se pode queixar dela própria, foi megalómana, criou falsas espectativas entre professores, alunos e encarregados de educação e criou um sistema em que a dependência do financiamento público é crónica, pouco compatível com o conceito de empresa privada."