sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Bom, isto está mesmo tudo controlado!..

Via Dinheiro Vivo

Antes isso que içar a bandeira ao contrário...

"Presidente falta às comemorações do 5 de Outubro".


Em tempo.
1. Quem é que liga se Cavaco Silva, não o Presidente da República - Cavaco Silva é uma coisa e um  Presidente da República é outra coisa - vai comemorar a implantação da República? 
2. A troca das cordas para içar a bandeira no 5 de outubro de 2012, que foi hasteada com o escudo invertido na varanda da CM Lisboa, não deve ter sido uma armadilha preparada contra o presidente da República.
Deve ter sido, apenas, o resultado do desleixo e da negligência dos serviços da Câmara Municipal e da Presidência da República.

O “Corinthian" volta amanhã

foto António Agostinho
O cruzeiro “Corinthian”, vindo de Bordéus, com cerca de uma centena de passageiros e um número semelhante de tripulantes a bordo, volta a fazer escala na Figueira da Foz, amanhã, pelas 07H30, depois de já ter demandado o porto desta cidade em maio
Desta vez, porém, a foz do Mondego não servirá apenas como base dos visitantes que seguiram viagem para Coimbra em autocarro. A câmara, com a colaboração da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, oferece-lhes uma tarde de visitas a diversos pontos da cidade.
O programa termina na Casa do Paço, com um beberete oferecido pela autarquia. O cruzeiro vem de Leixões e parte, cerca das 19H30, para Lisboa, onde termina este cruzeiro por cidades antigas da Europa.  Os passageiros são recebidos, no porto, com música, numa breve cerimónia de boas-vindas da autarquia, antes de seguirem de autocarro para a capital do distrito, de onde regressam à hora do almoço, que se faz a bordo do “Corinthian”.

De tão imbecil, isto é simplesmente ridículo...

A culpa de em 2015 ainda haver políticos destes em Portugal é das pessoas... E ainda mais das pessoas que se deixam manipular por campanhas imbecis.
Passos joga tudo: crucifixo no bolso, Nossa Senhora e “muita fé nas pessoas”.
Só faltou o bispo. Criancinhas, velhinhos, Nossa Senhora de Fátima, beijos aos “que mais precisam”. Passos anda de crucifixo no bolso. E mostra-o. Logo ele sobre quem o ex-padrinho Ângelo Correia nunca adivinhara qualquer propensão religiosa... Mais macio do que nunca, dá o tudo por tudo pela maioria absoluta.
"Tenho muita fé nas pessoas", afirmou aos jornalistas, com o crucifixo na mão a ser filmado pelas TV.
"Tem fé nos resultados?", pergunta o repórter. Passos agarra a chance e vai ao bolso. Exibe. A cruz. A direita gosta disto.
O cavaquistão ainda é terreno seguro. Mas os tempos do "Passistão" não são os de Cavaco, em que em vez de troika havia vacas gordas.
Já não é o Cavaquistão nem é  Pafistão: Viseu já não é o que era no que toca a mobilização laranja. Houve pouca gente na arruada desta quarta-feira à tarde da coligação Portugal à Frente (PaF) e o trajecto não demorou mais de 15 minutos.
Em 2011, a direita concretizou finalmente o seu velho sonho de dispor de um governo, uma maioria e um presidente do seu quadrante político. Fê-lo cavalgando uma série de promessas que nunca fez tenções de cumprir – e que, naturalmente, não cumpriu.
"O sonho da direita revelou-se o pesadelo dos portugueses. Quatro anos depois, existe uma ampla maioria social que pode pôr fim ao pesadelo".

X&Q1256


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Porque vou votar CDU

Desde que o neoliberalismo cego do PSD (traidor do pensamento e da prática social democrata que lhe deu nascimento) tomou conta dos nossos destinos, amparado na muleta conhecida pela sigla CDS-PP, vai para quatro anos, os portugueses assistem, resignados e pacificamente, ao retrocesso social e cultural imposto por uma União Europeia cada vez mais afastada dos princípios que a fundaram.
As conquistas na segurança social, nos cuidados de saúde, na ciência, no ensino e no apoio à cultura conseguidas na vivência em democracia que se seguiu à Revolução dos Cravos estão em perigo no que ainda resta do Portugal de Abril.
O meu voto, como cidadão independente dos aparelhos partidários e interventor cívico todos os dias activo, vale o que vale: é apenas mais um entre milhões que no próximo Domingo vão decidir o futuro próximo de Portugal. Vale tanto quanto o do mais alienado dos portugueses.

Vivemos tempos de mentira, graças a uma elite, que vai de políticos a grandes nomes do direito e das finanças, que numa promiscuidade interesseira e impune, nos tem vindo a conduzir, desde há muitos anos, de forma descarada, decidida e consciente, ao caminho do empobrecimento económico e do definhamento científico e cultural.
Esta caminhada de submissão a interesses estrangeiros tem acontecido perante a passividade acrítica de partidos, que se dizem socialistas e sociais democratas e, sobretudo, por culpa de uma parte considerável dos portugueses comodistas e oportunistas, que gostam de se manter incultos, destituídos de pensamento autónomo, alienados pelo futebol e pelos programas televisivos de entretenimento que nos impõem e nos entram pela casa dentro a toda a hora. 
A ajudar ao festim, temos um Chefe de Estado que pouco mais de metade dos votantes (53,14%) colocaram no mais alto cargo da Nação quase há dez anos.
Na última eleição quase metade dos eleitores abstiveram-se... 

Somos um povo submisso, medroso e quase sem memória.
Temos sido espezinhados por um poder que nos despreza e maltrata e, muitos, continuam a fazer-lhe respeitosa vénia. 
A única forma, dentro do contexto democrático, de sair desta triste e vil tristeza em que, com excepção de alguns privilegiados, vivemos neste cantinho à beira mar plantado, é o VOTO.
No próximo Domingo temos essa oportunidade.

Apesar da lavagem ao cérebro levada a cabo pela competente equipa que programou e executou a campanha eleitoral da coligação PàF, a verdade é que estamos a viver tempos de miséria e fome para um número cada vez maior de famílias, de miserável abandono dos idosos, de corrupção descarada e impune e de aumento do número e da riqueza dos ricos. A chamada classe média está a afundar-se, o desemprego tornou-se uma realidade dramática dos que já não conseguem encontrar um posto de trabalho e é um incentivo crescente à igualmente dramática emigração de uma juventude que a democratização do ensino qualificou a níveis nunca antes conseguidos.

Detesto que me tentem assustar com cenários de terror. 
O medo nunca foi bom conselheiro. Para criar uma alternativa há, antes de mais, que continuar a resistir.
Da situação delicada que vivemos exigiam-se alternativas excepcionais.
Perante esta realidade, o único voto útil é o que afaste do poder os que, com base na mentira, nos têm conduzido a este lamentável caminho de sentido
único.

O meu voto sempre foi à esquerda.
Como cidadão independente, liberto de fidelidades aos aparelhos partidários, disciplina que sempre rejeitei, e como quero distância dos partidos habituados a governar, vou votar útil: na CDU.
O previsível fortalecimento da CDU desmente a declaração antecipada de morte que há muito lhe querem fazer. 
Depois não acredito que só querem ser protesto. 
E, depois, o que me interessa verdadeiramente é a sua capacidade de representar a dignidade de quem resiste e de quem por aqui anda para contribuir para mudar e acabar com isto: que é a merda de sociedade que PS + PSD + CDS conduziram esta velha Nação, depois de passarem pelo poder, sozinhos ou acompanhados, nos últimos cerca de 40 anos.

A política, neste momento, em Portugal é mesmo uma miséria...

Costa convidou ex-líderes e ex-presidentes do PS para último dia de campanha!..

O estado da democracia

"Os períodos que antecedem os actos eleitorais deveriam ser sempre de esclarecimento, de troca de ideias e de debate de pontos de vista entre as várias propostas que vão a votos. Nalguns concelhos do distrito (ex: Mira e Coimbra) esse debate existiu. Foi realizado em vários moldes, com representantes das listas distritais e nacionais, mas o formato não é o que mais importa. O que é relevante é que mais uma vez a Figueira perdeu uma oportunidade para reflectir sobre os seus principais problemas no contexto da governação do país. Houve formações partidárias que organizaram sessões de debate abertas, mas é muito mais rico realizar um debate plural e abrangente. Obviamente que estes debates poderiam ter sido realizados por associações, mas o que se espera é que estas iniciativas sejam encabeçadas pela comunicação social local. Todos conhecemos as dificuldades do sector, mas a ausência de iniciativa transmite uma imagem de alheamento, falta de interesse e até de desleixo, o que por si não ajudam a ultrapassar as referidas dificuldades. Também é verdade que alguns partidos não ajudaram, não incluindo nas suas listas qualquer representante da segunda maior cidade do distrito. É pena, sobretudo porque está demonstrado que foi o alheamento e a falta de pluralidade crítica na política que permitiram negociatas ruinosas para a cidade e bancos que afundaram a economia do país."

Rui Curado da Silva, no jornal AS BEIRAS

Isto não anda mesmo nada fácil para a juventude...

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Figueira e as retretes do povo...

O “milagre económico” da coligação PSD/CDS

Para ler clicar aqui.

Não é que não goste de espaços de comentários, apenas acho que estes, neste momento, não deviam existir... (II)

"Sem contraditório, opinador semanal durante a legislatura, oráculo das decisões por anunciar, participa agora nas acções de campanha, até vai arruar por Lisboa na sexta, e no sábado, dia de reflexão, lá estará no seu espaço de comentário, fresquinho e impoluto, a sós com a sua independência e objectividade. 
Palmas."

Em tempo.
Ontem, o antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes num jantar-comício em Coimbra apelou a uma maioria absoluta da coligação PaF.

O PS de esquerda...

Apenas alguns exemplo históricos do «combate» do PS contra a direita...
  Aqui.  Aqui.  Aqui. Aqui

"No desespero e no perigo, as pessoas aprendem a acreditar no milagre. De outra forma não sobreviveriam." *

* Erich Maria Remarque

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Gente verdadeira, séria, fiável e impoluta, é outra coisa. Pode é mudar de opinião conforme as circunstâncias... No dia próximo dia 4 vamos ver se isso é relevante.

O folhetim da manutenção das piscinas de Quaios

Fernanda Lorigo, presidente da junta de Quiaios.
FOTO JOT’ALVES
Na passada sexta-feira, como os votos do PSD (4) e da CDU (1), a Assembleia de Freguesia de Quiaios aprovou uma moção exigindo que o contrato de manutenção das piscinas públicas da Praia de Quiaios seja enviado para o Tribunal Administrativo e para o Ministério Público. 
Este caso já havia sido levantado pela CDU, numa reunião da Assembleia de Freguesia de Quiaios, realizada o ano passado.
Em nota de imprensa publicada ontem, o PSD Figueira informa que esta deliberação visa esclarecer “eventuais irregularidades e actos ilícitos no processo”
No mesmo documento pode ler-se que, pelo segundo ano consecutivo, a presidente da junta, Fernanda Lorigo, “celebrou um ajuste directo com o seu pai para prestação deste serviço, sendo obrigada a anulá-lo por indicação da assembleia de freguesia”. O PSD figueirense destaca que a anulação foi corroborada por um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que “identificou incompatibilidades” no contrato. 
Segundo o PSD, após esta anulação, a Junta de Freguesia de Quiaios celebrou contrato com uma empresa para prestação deste serviço, “sem que seguisse as indicações do Código dos Contratos Públicos”. Esta empresa, sublinha o PSD “contratou o pai da presidente como seu prestador de serviços, para realizar a manutenção em causa”. Diante destes “factos e os valores envolvidos no contrato”, os elementos eleitos pelo PSD apresentaram uma moção na Assembleia de Freguesia de Quiaios que  foi aprovada com os votos do PSD e da CDU. 
Os elementos do PS, em minoria neste órgão autárquico, partido pelo qual se candidatou Fernanda Lorigo, votaram contra. 
Contactada ontem pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a presidente da junta optou por não prestar declarações.
Todavia, no seu espaço facebook, logo a seguir à reunião da Assembleia de Freguesia de Quiaios reagiu assim:

A nossa responsabilidade

Sondagens!.. 
Temos de tudo, à escolha do freguês: amostras que rondam as 300 entrevistas válidas; sondagens nas quais apenas são sondados residentes do continente com telefone fixo; contagens de voto que não têm em conta a densidade populacional de cada região e a distribuição de mandatos por círculo eleitoral (ou se têm, partem de inexplicáveis distorções); e até uma sondagem que, partindo de uma amostra com distribuição por regiões do país, distribui os mandatos por círculo eleitoral (que não coincidem, como é evidente, com as regiões), construindo um potencial parlamento para usufruto dos comentadores, que depois discorrem longamente sobre cenários hipotéticos e pouco verosímeis. É um festim.
Mas se tudo isto já é muito mau, pior é o relato feito por Glória Franco, candidata do Livre/Tempo de Avançar pelo distrito de Évora, de uma inusitada entrevista telefónica realizada pelo centro de sondagens da Universidade Católica (por sinal a empresa que está a fazer a tracking poll que mais avanço dá à coligação de direita).

"- (...) Estamos a realizar uma Sondagem para a Universidade Católica e a Sra. foi seleccionada. Quer responder? (...) Em que força política votaria hoje em eleições legislativas?
- Voto no Livre/Tempo de Avançar.
- Desculpe, que partido é esse?
- Está a entrevistar-me telefonicamente e não sabe (...)?
- É o da Ana Drago, não é? Diga-me por favor: há mais alguém aí em casa, disposto a participar na sondagem?
- Há sim. Vou chamá-la. [Não havia, de facto, mas a nossa companheira quis ver até onde iria a coisa... tendo disfarçado a voz].
- Boa noite.
- Boa noite. Quer participar na sondagem da UC? (...) Em quem votaria se as eleições legislativas se realizassem hoje?
- Voto no Livre.
- Mas aí em casa votam todos no mesmo?! Obrigado pela participação e boa noite."

Portanto.
Votar - e votar em consciência -  é a única e verdadeira resposta a todas as legítimas dúvidas acerca de como melhorar o futuro das nossas aspirações e  perspectivas de vida.