Maria Archer, grande escritora, homenageada sábado passado, na Cova-Gala, em 1938 na sua novela "Entre Duas Viagens" escrevia assim sobre nós.
"No primeiro domingo de Janeiro faz-se na Cova a romaria anual a São Pedro, padroeiro dos pescadores. No extremo da povoação, num ermo desabrigado, ergue-se a pequena e humilde capela do santo. Em redor alongam-se as dunas cobertas de juncos, enquadradas pelo pinhal e pelo mar. S. Pedro, se viesse dos areais da Judéia, com as suas rústicas sandálias de caminheiro pobre, as suas barbas austeras, a face tostada pelo ar salgado, sentir-se-ia à vontade entre a gente da Cova e no seu agreste cenário de deserto ribeirinho".
Em tempo.
Recordar a Aldeia, como aconteceu sábado passado no Clube Mocidade Covense, pode ser gratificante.
Recordar a aldeia, como aconteceu sábado passado no Mocidade Covense, é também saudável, tranquilo, didáctico e enche a minha vida com outras cores.
Da minha Aldeia continuo a ver o rio e o mar.
Recordar a Aldeia faz bem à saúde do corpo e faz bem à saúde da alma.
Às vezes, faz falta saber quem fomos, principalmente os valores e os princípios, para continuar a gostar da minha Aldeia.