Sobre um acordo, mesmo que seja ortográfico, é meu entendimento, que a sua aceitação passa por uma convergência de, pelo menos, duas vontades.
Neste caso concreto a minha é diferente - diverge.
Li, ouvi e vi que o AO passou a ser obrigatório.
Li, ouvi e vi, que quem não escrever segundo os ditames do novo AO, desde ontem, passou a escrever com erros.
Vou continuar a errar até ao fim dos meus dias.
Entre escrever com erros oficiais e escrever com erros pessoais, vou continuar a preferir a segunda opção.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
"Com menos habitantes e muitos visitantes (por terra, ar e mar), que prepara a região e a Figueira aos turistas prometidos?"
Crónica publicada hoje no jornal AS BEIRAS, pelo eng. Daniel Santos.
Em tempo.
Desde a década de 90 do século passado, comparável ao sucesso da passagem de grandes navios de cruzeiros pelo porto da Figueira da Foz, só a passagem de aviões pelo aeroporto de Beja!
Em tempo.
Desde a década de 90 do século passado, comparável ao sucesso da passagem de grandes navios de cruzeiros pelo porto da Figueira da Foz, só a passagem de aviões pelo aeroporto de Beja!
terça-feira, 12 de maio de 2015
Os cruzeiros, o pelado do Cabedelo e Camões...
Desde 1990, que os cruzeiros vêm à
nossa cidade, sem que os figueirenses tenham recolhido disso qualquer
benefício.
Uma ou duas excursões vindas de Fátima, que passem por
cá, com a venda de umas minis e uns copos de tinto, apesar das despesas com as mijadelas nos mictórios do Jardim Municipal, sempre dão mais lucro
aos comerciantes da nossa cidade que a vinda dos endinheirados
passageiros dos cruzeiros.
Esses, que se saiba, comeram, beberam e dançaram - tudo à borla - e foram para Coimbra.
Houve polémica antes da chegada do "Corinthian". Ao que disseram, inclusivamente ouvi
isso na Assembleia Municipal, a Figueira, neste momento, não tem
nada de especial para mostrar aos que nos visitam por mar.
Nada de mais errado: ironia das ironias,
a Figueira tem uma relíquia, uma coisa que deve ser praticamente
única em Portugal e na Europa – o campo de futebol do Grupo
Desportivo Cova-Gala.
Para o próximo cruzeiro que arribar ao
nosso porto – é em outubro, ao que veio nos jornais – é só coordenar as coisas, e trazer os endinheirados turistas a esta outra margem a ver algo da
pré-história, peculiar e impossível de ver no seu país. Qual Serra da Boa Viagem, quais Lagoas,
qual Casino, quais Museus, qual CAE, qual Salgado, qual Praia, qual
gastronomia?..
Nada disso.
Os figueirenses podem surpreender os
ilustres visitantes com um jogo de futebol, a contar para a prova
rainha da Associação de Futebol de Coimbra, disputado num pelado
pré-histórico que já não existe em lado nenhum...
Aquilo sim é futebol autêntico e genuíno, só
comparável a Camões, que escreveu os seus poemas conforme viveu: com dificuldades.
Tal como nós, covagalenses, foi um poeta marcado por múltiplas
experiências e vicissitudes. Mas, da dureza que a realidade lhe
apresentava, brotou uma obra singular que nos define enquanto cultura
e enquanto parte da Humanidade...
É o que vai acontecer ao futebol na nossa Aldeia!
Perante a hipocrisia, valha-nos a
ironia com os dentes afiados...
Não alinho em merdas
"O acordo ortográfico passa a ser obrigatório em Portugal, já amanhã"!
Ainda não adoptei, nem vou adoptar, este acordo ortográfico. Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.
Além do mais, este "acordo ortográfico é uma merda".
E vai passar a ser oficial!..
Ainda não adoptei, nem vou adoptar, este acordo ortográfico. Prefiro escrever com erros pessoais a fazê-lo com erros oficiais.
Além do mais, este "acordo ortográfico é uma merda".
E vai passar a ser oficial!..
Não sei que escrever mais! Talvez falte apenas deixar um obrigado...
Como na Figueira os incautos não buscam a sapiência no museu nem no CAE - coisas que faltam noutras cidades - e preferem o Ruizinho de Penacova, antes que apareça alguém a dançar ao ritmo pimba do Emanuel, o que continua a fazer falta é agitar a malta...
Dentro da minha modéstia e pequenez, limito-me a citar algumas palavras de um homem, que ainda há poucos anos alguns julgavam um fantasma sem rosto, invisível e sem sentimentos, aparentemente frio e objectivo, mas que agora sabemos sensível, também escritor e vereador, que sabe pensar, que é mestre em lisonjear e ser servil ao poder, acima de tudo com o seu silêncio, em especial ao emanado do presidente, que passou a vestir-se como deve ser, que nunca levanta a voz, e que um dia apareceu num cargo de decisão política, onde serve zelosamente...
Dentro da minha modéstia e pequenez, limito-me a citar algumas palavras de um homem, que ainda há poucos anos alguns julgavam um fantasma sem rosto, invisível e sem sentimentos, aparentemente frio e objectivo, mas que agora sabemos sensível, também escritor e vereador, que sabe pensar, que é mestre em lisonjear e ser servil ao poder, acima de tudo com o seu silêncio, em especial ao emanado do presidente, que passou a vestir-se como deve ser, que nunca levanta a voz, e que um dia apareceu num cargo de decisão política, onde serve zelosamente...
“É evidente, para quem
acompanha os múltiplos
eventos do concelho, que
os figueirenses vivem de
costas uns para os outros.
Cada qual preocupa-se com
a sua “quintinha” e pressupõe
que não acontece mais nada.
Quantos figueirenses visitaram
a magnífica exposição
de Alberto de Lacerda que o
museu promoveu? Quantos
assistiram ao extraordinário
concerto de Fábio Falsetta
e Sandro Meo, no CAE, com
entrada gratuita?
Quantos irão agora visitar a
exposição de arte australiana
inaugurada pela embaixadora
deste país no passado sábado?
Como pode a atracão
principal da feira de sabores
ser o Ruizinho de Penacova,
quando temos grupos
musicais, corais, folclóricos e
outros de excelente qualidade?
Se, como diz Mário
Esteves, da associação, “é
preciso acordar, unir esforços
e sinergias”, pois que se faça,
mas o exemplo deve começar
lá por casa.”
Grandes primeiras páginas figueirenses...
Olhem bem para esta primeira página do jornal "A Voz da Figueira", datada de 11 de julho de 1996! Para verem melhor, cliquem na imagem.
Desde a década de 90 do século passado, comparável ao sucesso da passagem de grandes navios de cruzeiros pelo
porto da Figueira da Foz, só a passagem de aviões pelo aeroporto
de Beja!
Se leram com atenção, deram conta que, passados quase 19 anos, a Figueira continua o deserto que já então era na maior parte do ano!..
Pouco mudou, para melhor, e, nalguns aspectos, como na possibilidade do exercício da cidadania numa sociedade democrática, recuámos.
E o que é que o figueirense terá que fazer para tentar acabar com o deserto em que transformaram a cidade e o concelho?
Talvez começar por sacudir a areia da cabeça...
Os mais de 9 anos que o meu blogue tem de existência, provam que há muitas maneiras de os cidadãos tentarem intervir na sociedade em que se inserem, para além dos partidos.
Pouco mudou, para melhor, e, nalguns aspectos, como na possibilidade do exercício da cidadania numa sociedade democrática, recuámos.
E o que é que o figueirense terá que fazer para tentar acabar com o deserto em que transformaram a cidade e o concelho?
Talvez começar por sacudir a areia da cabeça...
Os mais de 9 anos que o meu blogue tem de existência, provam que há muitas maneiras de os cidadãos tentarem intervir na sociedade em que se inserem, para além dos partidos.
Dizer que só através dos partidos se
pode fazer intervenção cívica é redutor.
Podemos fazê-lo através de diversos
meios. E aqueles que, como eu, para o
peditório dos partidos já deram há muitos anos, mas gostam da sua
Aldeia, do seu Concelho e do seu País – pelo menos, tanto como os
políticos partidários - e acreditam que têm coisas para dizer, há a obrigação de falar e
recordar promessas enganadoras e mentirosas e registar e sublinhar o que entendam mereça ser
elogiado. Sem colocar em causa a importância dos
partidos em democracia, acredito que há democracia para além dos
partidos.
Portanto, porque o conhecimento se constrói com pedaços de saber, fica uma primeira página do jornal "A Voz da Figueira" de 11 de julho de 1996, para os contentinhos que se masturbaram
com a vinda do "Corinthian", porque não conhecem o passado dos
políticos figueirenses, que sempre se limitaram, ao longo de
décadas, a bufar palavras incultas e promessas ocas e vãs.
Raios partam a minha memória!.. Quase me sinto a sufocar. Quem não conhecer os políticos figueirenses, que os compre...
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Consequentemente...
Há quem, desde 1990, ande a navegar
neste miserável ritmo da vinda de cruzeiros dolente,
a viver numa quase mentira, acabando
por nem dar conta do que acontece realmente,
preferindo navegar em velocidade de
cruzeiro, mesmo sabendo que é mais um dormente.
Há, porém, quem diga que mais vale
olhar para a realidade do que viver uma ilusão que mente.
Há quem olhe e veja, na Figueira, o
pensamento único, a misturar-se alegre e elegantemente,
com o verbo, os versos e as rimas a misturarem-se calma e naturalmente...
Há, porém, quem não suporte os dormentes desta
cidade governada por sonhos de uma elite indigente.
Só a esperança, nos pode fazer renascer
a confiança, no futuro, plenamente.
Quem luta, sabe que o vento é uma mão
que esbofeteia os inertes, violentamente;
no fundo, a energia que pode alimentar a vida e
o sonho, navegando contra a corrente.
A esperança, é uma aragem de emoções,
que nos convida a viver completamente.
O cansaço, provocado pelo somatório
do tempo obscuro e pungente
pode ser rasgado. E o que parecia distante e utópico torna-se, como que por magia, o tempo presente.domingo, 10 de maio de 2015
A propósito de uma asa de um garrafão de vinho que me ficou hoje na mão lembrei-me dos Gaibéus...
foto António Agostinho |
Hoje, ao fim da tarde, ao arrumar uns
garrafões de tinto e branco, fiquei com a asa de um na mão.
Estão a ver a cena: 5 litros de bom tinto (tantos copos!..) foram à vida e fiquei com a cozinha numa lástima.
Primeiro, fiquei danado. Depois, parei para pensar e lembrei-me
dos Gaibéus (que são os jornaleiros da província portuguesa do
Ribatejo ou da Beira Baixa que vão trabalhar nas lezírias durante
as mondas) o primeiro romance de Alves Redol, que inaugura em 1939 o
neo-realismo em Portugal.
Este livro, que aconselho a leitura, retrata "um povo resignado que
luta afincadamente durante o tempo quente, antes da chegada do
Inverno, em condições extremas para fazer render os poucos cobres
que lhes pagam por tamanha dureza. Por um lado o trabalho árduo de
sol a sol, as doenças (malária), a fadiga e a teimosia em cada vez
se fazer o trabalho mais rápido para mais rendimento obter, a sede,
a fome, a pobreza extrema. Por outro lado, o modo como preenchiam as
escassas horas de lazer, os sonhos de uma vida melhor, os projectos
sem logro, o vinho para alegrar os espíritos."
A obra, lembro-me bem - e já a li há mais de 30 anos - marca o estilo de
Redol, autor que através das palavras denunciou as desigualdades
sociais e a exploração do homem pelo homem.
Perdi 5 litros de boa pinga e tive uma
trabalheira dos diabos para limpar a cozinha, mas nem tudo foi mau: recordei Alves Redol.
Palavras inacabadas sobre a minha nova foto do blogue
Já andava farto da imagem do homem da
bicicleta.
Ontem, por mero acaso, a minha sobrinha
Beatriz tirou-me esta foto.
À noite, via facebook, a Beatriz, por
brincadeira, enviou-ma.
Ao olhar para a fotografia, pareceu-me
que estava fiel à minha actual anatomia e decidi dar-lhe utilidade.
Imagino, desde já, os comentários: “este gajo não
está na moda! Devia de ter vergonha. E juízo”...
É assim, porém, com esta roupa,
simples que me sinto bem.
As pessoas, eventualmente, não têm a
mesma opinião.
Aliás, pouco me importa a opinião dos
outros. Sempre foi assim a minha vida.
É por isso que, hoje neste espaço,
muitas vezes preenchido com futilidades, decidi publicar mais uma: o
meu eu actual - despretensioso e no real.
Ao olhar, consigo ver os defeitos.
Tenho, um dia destes de pensar na forma de os triturar com gentileza,
mas com eficácia. Contudo, esta putativa solução, por enquanto, é
apenas um horizonte com pernas, que corre como certas coisas que nos
acontecem nos sonhos, que nunca conseguimos apanhar, porque nos
estão sempre a fugir até acordarmos.
A minha identidade – vejo isso
nitidamente ao olhar para a foto - nada é diferente da de muita
gente que conheço.
Não percebo – penso que nunca vou perceber –
aqueles que dizem que não entendem a vida. A minha, entendi-a sempre: é simples,
transparente e preza a verdade como um louco.
Por vezes, ao olhar para certas
figurinhas que por aí andam a pavonear-se com alarde e empáfia, chego a
admitir que sou louco e que fugi de um qualquer hospício, com as
bochechas encarnadas, quase a explodirem e a enraivecer, por não
conseguir que saiam as palavras adequadas para esclarecer toda aquela
malta, ela sim, maluca de todo, que durante cerca de 40 anos tem
votado no “arco do poder”.
A fotografia, tirada ontem pela
Beatriz, é fiel à minha actual anatomia.
Posso não estar na moda, mas não
tenho vergonha disso.
Sinto-me bem com este rosto e com esta
roupa.
As pessoas, no entanto, podem não ter
a mesma opinião.
Pouco me importa a opinião dos outros.
Este espaço, cheio de futilidades, vai
continuar a ser, mais do que uma luz, apenas uma sombra no meio do
imenso escuro que nos rodeia.
No país do tédio...
"Chegamos ao final desta
legislatura com uma missão histórica cumprida", disse em entrevista ao JN, Marco António Costa, vice-presidente do PSD, que
deixou também a garantia que a coligação está firme e vai
bater-se por uma maioria absoluta nas próximas legislativas.
Depois de ver o video, confesso que
gostava de perceber o que faz de nós um povo tão especial!
Realmente, que nos leva a consentir que nos façam coisas que mais ninguém consentiria?
Realmente, que nos leva a consentir que nos façam coisas que mais ninguém consentiria?
Deve ser nos pormenores que nos
distinguimos dos outros povos...
Em Portugal, como prova a entrevista, o
tédio é o nevoeiro da alma...
Que tal privatizarem o nevoeiro, para
combater o aumento das importações de tédio?..
Alves Barbosa, Prémio Especial do Júri dos Prémios Nacionais "Bento Pessoa – Casino da Figueira"
O antigo ciclista Alves Barbosa, três vezes vencedor da Volta a Portugal, é o galardoado com o Prémio Especial do Júri dos Prémios Nacionais "Bento Pessoa – Casino da Figueira".
O júri dos prémios bienais “Bento Pessoa – Casino Figueira” esteve ontem reunido na Figueira da Foz, sob a presidência de Eduardo Marçal Grilo. Para conhecer a lista completa dos premiados, clique aqui.
António da Silva Barbosa, uma grande figura do ciclismo português, nasceu a 24 de Dezembro de 1931 em Fontela, freguesia de Vila Verde, Figueira da Foz. Com 16 anos de idade iniciou-se na prática do ciclismo, filiando-se na Associação de Ciclismo do Norte como aluno. Nesse ano de 1947 António da Silva Barbosa decidiu começar a usar o nome do pai, tornando-se conhecido por "Alves" Barbosa. A participação em inúmeras provas fez com que obtivesse sucessivas vitórias, nomeadamente na Mealhada, Abrunheira, Sangalhos, Caceira e o Campeonato Nacional Corporativo de 3.ª Categoria. Em 1951, 1956 e 1958 Alves Barbosa conseguiu vencer a Volta a Portugal. Na edição de 1952, o ciclista ficou impedido de participar por cumprimento do serviço militar, enquanto que nos anos 1953 e 1954, a Volta não se realizou. Em 1955, perdeu para Ribeiro da Silva por ter sido agredido por um espectador. Um ano e meio mais tarde tentou a internacionalização através da participação no Tour de França, onde se classificou em 10.º lugar. Em 1958, a par da Volta a Portugal, Alves Barbosa participou no filme O Homem do Dia. Nesse mesmo ano deixou as competições ciclistas, tendo-se mantido ligado à modalidade como treinador e Director Técnico Nacional de Ciclismo.
O júri dos prémios bienais “Bento Pessoa – Casino Figueira” esteve ontem reunido na Figueira da Foz, sob a presidência de Eduardo Marçal Grilo. Para conhecer a lista completa dos premiados, clique aqui.
António da Silva Barbosa, uma grande figura do ciclismo português, nasceu a 24 de Dezembro de 1931 em Fontela, freguesia de Vila Verde, Figueira da Foz. Com 16 anos de idade iniciou-se na prática do ciclismo, filiando-se na Associação de Ciclismo do Norte como aluno. Nesse ano de 1947 António da Silva Barbosa decidiu começar a usar o nome do pai, tornando-se conhecido por "Alves" Barbosa. A participação em inúmeras provas fez com que obtivesse sucessivas vitórias, nomeadamente na Mealhada, Abrunheira, Sangalhos, Caceira e o Campeonato Nacional Corporativo de 3.ª Categoria. Em 1951, 1956 e 1958 Alves Barbosa conseguiu vencer a Volta a Portugal. Na edição de 1952, o ciclista ficou impedido de participar por cumprimento do serviço militar, enquanto que nos anos 1953 e 1954, a Volta não se realizou. Em 1955, perdeu para Ribeiro da Silva por ter sido agredido por um espectador. Um ano e meio mais tarde tentou a internacionalização através da participação no Tour de França, onde se classificou em 10.º lugar. Em 1958, a par da Volta a Portugal, Alves Barbosa participou no filme O Homem do Dia. Nesse mesmo ano deixou as competições ciclistas, tendo-se mantido ligado à modalidade como treinador e Director Técnico Nacional de Ciclismo.
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