quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Agenda Local 21, o Plano estratégico e o PDM
Dada a relevância do tema, publicámos neste espaço o texto que pode ser lido aqui.
Já nesta semana, os vereadores Miguel Almeida e António Tavares, nas suas habituais crónicas de opinião no jornal AS BEIRAS abordaram o assunto.
Como sabem, não é difícil fazer postagens a criticar os políticos, nomeadamente, as decisões do presidente e da vereação camarária.
Ao contrário do que muita gente pensa, essa é a parte de que menos gosto de executar na confecção deste Outra Margem.
Confesso, que essa é sempre uma tarefa penosa, mas, também não posso omitir que, na nossa cidade, são mais as vezes que me oferecem para me revoltar com a apatia, a falta de democracia e respeito pelos figueirense, o mau gosto ou o autoritarismo dos políticos locais, do que hipóteses de sublinhar o que de bom é feito.
A realidade é o que é...
Por exemplo, gostava que houvesse planeamento e estudo sobre o futuro do concelho, das freguesias, das vilas e das aldeias, que se pensasse e discuti-se a Figueira, o seu passado, o seu presente e o seu futuro - no fundo de onde veio, onde está e para onde quer ir.
Nos últimos 40 anos a cidade sofreu enormes mutações.
Transformou-se.
Porém, fê-lo lentamente e sem se desligar da fachada e dos clássicos chavões - “a cidade da moda”, “a rainha das praias de Portugal”, “a praia da claridade”.
No fundo, tudo aquilo que marcou as décadas de 40, 50 e 60 do século passado.
Nos dias de hoje, sabemos em que ficou transformada, por acção do homem, aquela que foi considerada a "melhor praia de Portugal", como escreveu Ramalho Ortigão no final do século XIX...
Neste registo, é fácil "falar mal" - ainda que não gostem, é uma liberdade a que, por enquanto, são obrigados a conceder os nossos estimados eleitos pelo povo... -, e dizer que as iniciativas têm andado ao sabor das agendas políticas, interesses imobiliários e a um ou outro rasgo individual e avulso.
As crónicas desta semana dos vereadores Miguel Almeida e António Tavares, publicadas no jornal AS BEIRAS, demonstram isso mais uma vez: não passam de visões partidárias, logo, redutoras do assunto que mais afecta o dia a dia de todos os figueirenses.
E continuamos nisto, o que é de lamentar, pois "o que está em causa - cito de novo o eng. Daniel Santos - é a clarificação dos objectivos que pretendemos para a Figueira e os caminhos que a eles conduzirão."
Nada mais indicado, portanto, "para evitar o divórcio geral, que se esclareça e discuta o mais possível de modo a todos entendermos do que estamos a falar".
Conferência de imprensa da CDU
A fim de apresentar a lista concorrente às Eleições intercalares na Freguesia de São Pedro, a CDU realiza uma Conferência de Imprensa, hoje, 4ª. feira, dia 24 de Setembro pelas 17,30 horas no Centro de Trabalho do PCP na Figueira da Foz.
Na Aldeia... (XX)
É ou não o máximo viver na Aldeia?
Quem, na cidade ou nas vilas do nosso concelho, tem esta diversão extra de eleições autárquicas intercalares em Outubro de 2014?
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Debates António António (III)
“Não há meias verdades” (George Bernanos, 1888-1948).
P.S.
- Balanço final: ainda bem que acabaram estas conversas completamente inúteis.
P.S.
- Balanço final: ainda bem que acabaram estas conversas completamente inúteis.
Bairrismos (II)
Segundo
o jornal As Beiras de
20 de Dezembro de 2006, “o porto comercial iria ser gerido por uma Sociedade Anónima com100 por cento do capital do seu congénere de Aveiro”, como foi
comprovado pela realidade que todos conhecemos.
“Não há lugar para bairrismos”, disse o então presidente da câmara municipal da
Figueira da Foz, eng. Duarte Silva, eleito pelo PSD.
Os operadores locais não aplaudiram a decisão. Eles lá sabiam porquê.
Nos dias que passam, “Miguel Almeida desafiou o executivo camarário no sentido de este exigir ao Governo a inclusão de um figueirense, ou de alguém que defenda firmemente os interesses da Figueira da Foz, no próximo conselho de administração do porto de Aveiro, nomeado em breve. O vereador Somos Figueira defendeu que é imperioso a Figueira da Foz estar representada no órgão deliberativo que tutela o porto figueirense e que a autarquia deve intervir no imediato, em vez de aguardar pela decisão do Governo e criticá-la depois”!..
Os operadores locais não aplaudiram a decisão. Eles lá sabiam porquê.
Nos dias que passam, “Miguel Almeida desafiou o executivo camarário no sentido de este exigir ao Governo a inclusão de um figueirense, ou de alguém que defenda firmemente os interesses da Figueira da Foz, no próximo conselho de administração do porto de Aveiro, nomeado em breve. O vereador Somos Figueira defendeu que é imperioso a Figueira da Foz estar representada no órgão deliberativo que tutela o porto figueirense e que a autarquia deve intervir no imediato, em vez de aguardar pela decisão do Governo e criticá-la depois”!..
Ainda bem que as cagarras foram salvas em devido tempo...
A aposta é elevada e o risco deve ter sido enorme: “Independentistas das Canárias ocupam Selvagem Pequena”.
Muito ainda se há-de dizer, muito ainda se há-de escrever - só que ainda não se pensou o suficiente.
Ana Gomes, quando se pronunciar, há-de apontar os culpados...
Muito ainda se há-de dizer, muito ainda se há-de escrever - só que ainda não se pensou o suficiente.
Ana Gomes, quando se pronunciar, há-de apontar os culpados...
Tão simples como isto...
Passos Coelho invocou "exclusividade”, Parlamento diz o contrário:
«[...] se esteve em exclusividade não podia ter recebido qualquer pagamento pelo exercício de actividades profissionais exteriores ao Parlamento. E se não esteve em exclusividade, [...], isso quer dizer que recebeu indevidamente cerca de 30 mil euros, correspondentes a parte do subsídio de reintegração que requereu e foi aceite.
Mas se for verdade que recebeu cinco mil euros por mês da empresa Tecnoforma, entre 1997 e 1999, para desempenhar as funções de presidente do Centro Português para a Cooperação (CPPC) — uma organização não-governamental criada por aquela empresa para lhe angariar financiamentos internacionais —, então o problema é bastante mais complicado: terá violado as regras da exclusividade e terá incorrido num crime fiscal por não ter declarado tais rendimentos nas suas declarações de IRS.»
«[...] se esteve em exclusividade não podia ter recebido qualquer pagamento pelo exercício de actividades profissionais exteriores ao Parlamento. E se não esteve em exclusividade, [...], isso quer dizer que recebeu indevidamente cerca de 30 mil euros, correspondentes a parte do subsídio de reintegração que requereu e foi aceite.
Mas se for verdade que recebeu cinco mil euros por mês da empresa Tecnoforma, entre 1997 e 1999, para desempenhar as funções de presidente do Centro Português para a Cooperação (CPPC) — uma organização não-governamental criada por aquela empresa para lhe angariar financiamentos internacionais —, então o problema é bastante mais complicado: terá violado as regras da exclusividade e terá incorrido num crime fiscal por não ter declarado tais rendimentos nas suas declarações de IRS.»
Figueira virtual...
Segundo o que pode ser lido no jornal AS BEIRAS, na reunião camarária de ontem, foi tornado público que a Figueira Domus está a renegociar a dívida, de 13 milhões de euros, com a Caixa Geral de Depósitos.
Na apresentação do relatório semestral das contas, o presidente da empresa municipal, Hugo Rocha, adiantou que decorrem conversações com o banco do Estado para “converter tudo no médio e no longo prazo”.
Neste momento, a empresa municipal de habitação social tem encargos de 100 mil euros por mês com a dívida. No final do ano, soma, pois, 1,2 milhões de euros. Destes, 700 mil são relativos a juros. “Vamos ter uns anos valentes para sanarmos esta situação”, advertiu Hugo Rocha.
A reprogramação da dívida perspectiva aliviar os encargos anuais, através da dilatação do prazo de pagamento. E inclui os incumprimentos “que vêm de trás”, cujo montante Hugo Rocha desconhecia, quando foi indagado acerca do assunto pela vereadora da oposição Anabela Tabaçó.
A autarca da coligação Somos Figueira alertou ainda para a obrigatoriedade de a empresa colocar na internet as contas, os orçamentos e demais documentos que a lei obriga a tornar públicos. Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”.
O Verão agora terminado, aqui pela Figueira, foi pouco dado a temperaturas altas e noites envolventes, mas em compensação foi abundante em temas escaldantes, cujos próximos capítulos ficamos a aguardar.
Nem o argumentista mais imaginativo conseguiria desenvolver uma história com esta riqueza!
Olhem que original: Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”!..
Como sabemos, por experiência própria, com o computador uma simples idas às compras tornou-se mais simples, marcar um lugar num avião, reservar um hotel, estabelecer uma ligação telefónica ou efectuar uma operação bancária, demora apenas alguns segundos.
Porém, quando a justiça não funciona, o trânsito se engarrafa porque os semáforos não funcionam, ou as contas da Figueira Domus não são divulgadas, a culpa é do computador, essa fascinante, mas também irritante máquina de quem não podemos reclamar e a quem não podemos passar um raspanete ou certificado de incompetência, porque não nos ouve nem nos responde - pelo menos, por agora...
Uma administradora da Figueira Domus, teve uma oportunidade de ser diferente, portanto, relevante.
Decidiu ser o costume...
A realidade, pelos vistos, também pela Figueira, continua virtual.
Neste momento, a empresa municipal de habitação social tem encargos de 100 mil euros por mês com a dívida. No final do ano, soma, pois, 1,2 milhões de euros. Destes, 700 mil são relativos a juros. “Vamos ter uns anos valentes para sanarmos esta situação”, advertiu Hugo Rocha.
A reprogramação da dívida perspectiva aliviar os encargos anuais, através da dilatação do prazo de pagamento. E inclui os incumprimentos “que vêm de trás”, cujo montante Hugo Rocha desconhecia, quando foi indagado acerca do assunto pela vereadora da oposição Anabela Tabaçó.
A autarca da coligação Somos Figueira alertou ainda para a obrigatoriedade de a empresa colocar na internet as contas, os orçamentos e demais documentos que a lei obriga a tornar públicos. Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”.
O Verão agora terminado, aqui pela Figueira, foi pouco dado a temperaturas altas e noites envolventes, mas em compensação foi abundante em temas escaldantes, cujos próximos capítulos ficamos a aguardar.
Nem o argumentista mais imaginativo conseguiria desenvolver uma história com esta riqueza!
Olhem que original: Anabela Gaspar, administradora da Figueira Domus, justificou que a falta de informação se deve a “um problema informático provocado por um programa pirata”!..
Como sabemos, por experiência própria, com o computador uma simples idas às compras tornou-se mais simples, marcar um lugar num avião, reservar um hotel, estabelecer uma ligação telefónica ou efectuar uma operação bancária, demora apenas alguns segundos.
Porém, quando a justiça não funciona, o trânsito se engarrafa porque os semáforos não funcionam, ou as contas da Figueira Domus não são divulgadas, a culpa é do computador, essa fascinante, mas também irritante máquina de quem não podemos reclamar e a quem não podemos passar um raspanete ou certificado de incompetência, porque não nos ouve nem nos responde - pelo menos, por agora...
Uma administradora da Figueira Domus, teve uma oportunidade de ser diferente, portanto, relevante.
Decidiu ser o costume...
A realidade, pelos vistos, também pela Figueira, continua virtual.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Não estamos preparados para a chuva
Basta que chova bem uns minutos, para logo as ruas se encheram de água. As sarjetas não escoam, os passeios estão esburacados ou mal feitos, as ruas desniveladas com os veículos a lançarem nuvens de sujidade contra os transeuntes.
Esse, porém, não é só um problema de Lisboa - com bem sabem os figueirenses.
Alguém das edilidades deveria estudar a fundo este quase "fenómeno" e tomar as devidas precauções.
Para bem de todos os lisboetas - e não só, como bem sabem os figueirenses!..
Esse, porém, não é só um problema de Lisboa - com bem sabem os figueirenses.
Alguém das edilidades deveria estudar a fundo este quase "fenómeno" e tomar as devidas precauções.
Para bem de todos os lisboetas - e não só, como bem sabem os figueirenses!..
De escritor-promessa da geração de 1990 a persona non grata do meio literário português, eis Paulo José Miranda...
Paulo José Miranda foi o primeiro prémio Saramago. Depois desapareceu. Ao contrário dos tordos, dos peixotos, dos hugos-mães e de outros “accionistas da própria propaganda” - ícones de uma certa literatura de massas, “laite”, ou de supermercado- Paulo nunca teve promoção com turnê organizada, nem convite para escrever em jornais e revistas de referência (ele acha que sabe porquê – “tem a ver com a compreensão, muito correcta, do que é a minha escrita”). Foi-se embora. Mas, ao contrário de Camões, não voltou nem vive da tença. Está agora no Brasil, onde foi descoberto por João Paulo Cotrim, da editora Abysmo, que lhe está a editar a obra.
Graças ao Fernando Campos, a quem agradeço desde já, descobri este escritor no supermercado...
Fiquei a saber que de dois em dois anos, no outono, quando Pilar del Río anuncia o Prémio Saramago, há sempre alguém que pergunta «o que é feito de Paulo José Miranda?», e há sempre alguém que responde: «Foi para a Turquia, gastou todo o dinheiro em vinhos caros e ficou por lá.»
Como não há mais pormenores, a conversa morre aqui e a lenda compõe-se com os detalhes que a imaginação de cada um permite. Porém, a realidade é outra, e se Paulo José Miranda está mais perto do que se supunha, a sua história é mais fascinante do que qualquer ficção que sobre ele se tenha inventado.
Graças ao Fernando Campos, a quem agradeço desde já, descobri este escritor no supermercado...
Fiquei a saber que de dois em dois anos, no outono, quando Pilar del Río anuncia o Prémio Saramago, há sempre alguém que pergunta «o que é feito de Paulo José Miranda?», e há sempre alguém que responde: «Foi para a Turquia, gastou todo o dinheiro em vinhos caros e ficou por lá.»
Como não há mais pormenores, a conversa morre aqui e a lenda compõe-se com os detalhes que a imaginação de cada um permite. Porém, a realidade é outra, e se Paulo José Miranda está mais perto do que se supunha, a sua história é mais fascinante do que qualquer ficção que sobre ele se tenha inventado.
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