segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Os intelectuais figueirenses "das esquerdas" que depois do 25 de Abril de 1974 passaram por executivos eleitos democraticamente
foto sacada daqui |
Que fazem eles nos executivos camarários, por exemplo, mais do que a sua promoçãozinha pessoal?..
Que fazem eles nos executivos camarários, senão enredarem-se em minhoquices e darem-nos uma tristíssima figura deles próprios?..
Como querem ser levados a sério, por serem homens "das esquerdas", se a sua presença em questões essenciais (o património da esquerda é inseparável da liberdade...) foi tão inócua como a presença dos homens das direitas?
domingo, 31 de agosto de 2014
Artur Morais, de bestial a besta...
Artur
Morais, guarda-redes do Benfica, há uns dias, não muitos ainda, foi o
herói ao defender os penaltis no jogo que terminou empatado frente
ao Rio Ave.
Hoje,
foi infeliz no golo do Sporting, e é unanimemente responsabilizado
pelo empate do Benfica, o que vai facilitar a vida ao Jorge Jesus...
Se o treinador tivesse colocado em jogo Júlio César e as coisas tivessem corrido mal, ficava sem dois guarda-redes...
Artur facilitou-lhe a vida e, neste momento, já é uma carta fora do baralho...
Pulhice
Novo modelo de banco |
"No afã da austeridade, o Governo ditou cortes sobre cortes nos ordenados dos funcionários públicos e nas pensões. Também não escaparam as prestações sociais, mesmo aquelas que são do regime contributivo, no caso os subsídios de desemprego e de doença. Os primeiros vieram no Orçamento do Estado para 2013, na ordem dos 5% no primeiro caso e de 6% no segundo. A oposição pediu a inconstitucionalidade da medida e, em abril desse ano, o Tribunal Constitucional decretava-a. O Executivo devolveu aos beneficiários o que já tinha arrecadado e insistiu na medida em sede de Orçamento Retificativo, limitando-se a alterar a fasquia dos cortes para valores acima dos 419 euros. A maioria aprovou a medida na Assembleia da República e ela entrou em vigor a 25 de julho, mas só foi processada em setembro pelos serviços da Segurança Social que, implacavelmente, exigiram aos beneficiários abrangidos a devolução dos montantes das duas prestações já recebidas.
No Orçamento do Estado de 2014 lá ficou inscrito o mesmo corte, com brado da oposição que enviou mais um pedido de inconstitucionalidade para o Palácio Ratton, sem se lembrar de pedir que a decisão abrangesse o retificativo. Os juízes voltaram a chumbar esses cortes para 2014. Pela segunda vez! Por uma questão de ética e de respeito pelos desempregados e doentes, já que pela Constituição parece não haver muito, o Governo devia ter devolvido aquilo que foi cortado nesses subsídios desde 25 de julho a dezembro de 2013. Não o fez. Aproveitando a brecha deixada pela "falha" da oposição, o Governo guardou uns "trocos" de cinco meses que faziam muita falta aos que se encontravam (e encontram) em situação de debilidade."
EDITORIAL do dn
Merecido sucesso dos Amadores do Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense ontem no Cae
Ontem
à noite, o Cae encheu para ver “Um Violinista no Telhado”. As
cerca de 800 pessoas que se deslocaram, tiveram oportunidade de ver
uma magnífica interpretação dos Amadores Grupo de Teatro Sociedade
de Instrução Tavaredense de uma peça teatral baseada nas histórias
de Sholom Aleichem, escrita no início do século XX.
Tevye
é o leiteiro e judeu que vive na aldeia de Anatevka na Rússia em
1905. Trabalha arduamente, quase de sol a sol, para que nada
falte à mulher e às suas cinco filhas. No entanto, no país,
começam a soprar ventos pré-revolucionários que, mais tarde ou
mais cedo, irão chegar à aldeia e alterar radicalmente as vidas e
também os costumes e tradições dos seus habitantes.
“O
Violinista no Telhado”, porém, acaba por ser uma situação que nos afecta a todos, apesar de se passar numa comunidade judaica. Fala de
famílias e de crenças. Portanto, “O
Violinista no Telhado” não é só uma obra que pode ser entendida
pela comunidade judaica. É uma peça que tem emocionado muita gente pelo mundo inteiro.
Tevye
é um pobre judeu. Pai de cinco filhas, mora numa pequena Aldeia,
onde a maioria das pessoas são simples e, tal como ele, vivem acima
de tudo condicionados pela tradição.
Todavia,
à medida que suas filhas se vão apaixonando, Tevye começa a sentir
na pele as mudanças ideológicas que começam a “minar” a nova
geração. Como homem de bom coração, deseja em primeiro lugar o bem de suas filhas. Porém,
mesmo para ele, tudo tem limites.
No fundo, o que Tevye teria desejado que tivesse mudado, é que as mudanças lhe tivessem proporcionado
um pouco de mais bem estar económico. As cenas em que se dirige a
Deus, como que a dizer “porque temos de sofrer assim"?, são
de uma subtileza arrepiante.
Os
Amadores do
Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense, com esta
representação de “O
Violinista no Telhado”, uma obra escrita no início do século passado, mas
cuja mensagem está mais actual do que nunca, levaram-me a olhar e
reflectir para o papel das "velhas" e "novas" tradições no nosso dia a dia –
por exemplo, que influência tem a religião, a música, o futebol, a
televisão, a internet, a forma como está organizado o trabalho e os
costumes, na maneira como nos conseguimos relacionar e interagir com os que nos rodeiam no quotidiano.
Na peça, Perchik é aquele que contesta quase tudo. É certo que não vai ao ponto de colocar em causa Deus, mas contesta outros valores vigentes na
sociedade da época: por exemplo, os homens e as mulheres não se
poderem tocar, ficarem separados no casamento por uma corda no meio,
ser o pai a decidir sobre o casamento das filhas.
Esta,
a personagem contestatária, foi a que deixou a mensagem que mais me impressionou nesta obra teatral com mais de 100 anos: para construirmos o
futuro temos de saber olhar de frente para a tradição.
Sem desprimor para ninguém, permitam que, felicitando todos, destaque o trabalho de João Miguel Amorim, que adaptou, encenou e protagonizou "O Violinista no Telhado", ao que julgo saber ainda um jovem, que a continuar com esta competência e talento vai certamente contribuir para manter no futuro o Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense no patamar a que foi elevado por Mestre José da Silva Ribeiro.
Obrigado
Amadores
do
Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense.
Foram mais de duas horas que passaram a voar.
sábado, 30 de agosto de 2014
Em directo para o sítio dos desenhos
"A imprensa figueirinhas – a temática e a problemática"
Ora porra!
Então a imprensa portuguesa é
que é a imprensa portuguesa?
Então é esta merda que temos
que beber com os olhos?
Filhos da puta! Não, que nem
há puta que os parisse.
Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa.
Lisboa: Estampa, 1993.
Que bom é viver em Portugal!..
A
sorte que um cidadão exemplar, que não tem dinheiro nem poder,
tem por viver em Portugal, quando tem o azar de ter um problema
com a justiça:
“Prescrição salva Jardim Gonçalves de condenação em tribunal”...
Para manter o prestígio... (III)
Porque
este blogue não pode ser só larachas políticas, patos mortos,
futebol e fotos de mulheres nuas, fica uma notícia cultural, tal como a foto, sacada daqui...
“De médico e de louco, diz-se, todos nós temos um pouco.
Já a combinação de professor, advogado, jornalista, político, ensaísta e romancista é menos comum.
Este sábado, a seguir ao bloco informativo das 10h00, damos-lhe a conhecer o novo romance de António Tavares, «As palavras que me deverão guiar um dia», finalista do cobiçado Prémio Leya, mas também o seu autor, o homem que garante ter feito sempre o que queria, de consciência tranquila e que está, admite, cada vez mais «despojado», a caminho de uma misantropia sorridente: «mais natureza, mais pessoas e menos sociedade».
O livro - uma homenagem à literatura e aos autores e obras que lhe alimentaram a alma e a imaginação, com «qualquer coisa de autobiográfico» -, estará nas livrarias, com a chancela da Teorema, a partir de 2 de Setembro.
A entrevista, essa, pode ouvi-la já hoje, em 99.1 fm".
“De médico e de louco, diz-se, todos nós temos um pouco.
Já a combinação de professor, advogado, jornalista, político, ensaísta e romancista é menos comum.
Este sábado, a seguir ao bloco informativo das 10h00, damos-lhe a conhecer o novo romance de António Tavares, «As palavras que me deverão guiar um dia», finalista do cobiçado Prémio Leya, mas também o seu autor, o homem que garante ter feito sempre o que queria, de consciência tranquila e que está, admite, cada vez mais «despojado», a caminho de uma misantropia sorridente: «mais natureza, mais pessoas e menos sociedade».
O livro - uma homenagem à literatura e aos autores e obras que lhe alimentaram a alma e a imaginação, com «qualquer coisa de autobiográfico» -, estará nas livrarias, com a chancela da Teorema, a partir de 2 de Setembro.
A entrevista, essa, pode ouvi-la já hoje, em 99.1 fm".
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Na Figueira, a partir daqui, só se fizer comunicação social sem jornalistas! Portanto, só podemos estar optimistas...
A propósito duma polémica da treta, um dia destes, no facebook, li algures por aqui um comentário que dizia mais ou menos
isto.
“Quanto à comunicação social da Figueira, seria bom que as pessoas soubessem quantos jornalistas existem. Por muito bons que sejam, não conseguem acompanhar tudo. É fácil falar estando de fora, mas é difícil fazer melhor.
Sabem o que é estar 24h/24h em serviço? A Foz do Mondego, o Figueira na Hora e a Voz da Figueira têm UM JORNALISTA! Sabem quanto tempo demora editar, confirmar dados/fontes e divulgar uma notícia?“
Para quem acompanha de perto as fragilidades da comunicação social figueirense nos últimos 40 anos, isto não é novidade. Eu próprio sabia que a coisa funciona assim. E a situação tem vindo a piorar, ano após ano. Fecho de jornais, despedimento de jornalistas, falta de estabilidade profissional, falta de liberdade, essa foi uma realidade que o próprio autor deste blogue foi acompanhando ao longo dos tempos...
“Quanto à comunicação social da Figueira, seria bom que as pessoas soubessem quantos jornalistas existem. Por muito bons que sejam, não conseguem acompanhar tudo. É fácil falar estando de fora, mas é difícil fazer melhor.
Sabem o que é estar 24h/24h em serviço? A Foz do Mondego, o Figueira na Hora e a Voz da Figueira têm UM JORNALISTA! Sabem quanto tempo demora editar, confirmar dados/fontes e divulgar uma notícia?“
Para quem acompanha de perto as fragilidades da comunicação social figueirense nos últimos 40 anos, isto não é novidade. Eu próprio sabia que a coisa funciona assim. E a situação tem vindo a piorar, ano após ano. Fecho de jornais, despedimento de jornalistas, falta de estabilidade profissional, falta de liberdade, essa foi uma realidade que o próprio autor deste blogue foi acompanhando ao longo dos tempos...
Neste
momento, os órgãos de comunicação figueirenses sobrevivem com as
redacções mais "magras", "leves" e "baratas",
que é possível. A partir daqui, só se fizer comunicação social
sem jornalistas. Crê-se, por isso, que "o pior já tenha
passado".
Além
da dimensão humana deste problema, também aqui na Figueira, a
questão principal tem a ver com a falta de enquadramento em termos
de paradigma com que estas alterações e despedimentos são feitos.
Ou seja, está-se perante meras operações contabilísticas, sem
qualquer sustentação naquilo que deveria ser o modelo do jornalismo
no futuro e do negócio que o sustenta. Isso acontece, em parte,
porque ainda não se sabe bem qual o caminho que o jornalismo pode seguir e, muito menos, que esquema de financiamento o pode
viabilizar.
Como
alguém ligado ao sector me disse recentemente, fazer depender hoje em dia um
projecto jornalístico de receitas de publicidade e de vendas em
banca (ou por assinatura) é a receita para o desastre...
Como, aliás,
se viu com projectos editoriais recentes em Portugal, que foram
lançados cheios de pujança, mas alicerçados em modelos obsoletos e
que, rapidamente, se viram confrontados com a dura realidade dos
números.
Então,
que novas
formas de negócio existem neste sector que possam viabilizar os
jornais e o jornalismo num futuro próximo?
Um
desses modelos já foi testado no Figueirense, depois de ser propriedade
do Casino, e continua em vigor na Foz do Mondego Rádio do empresário e político Fernando Cardoso: passa, digamos assim, por uma espécie de mecenato.
No
fundo, para abreviar, acredita-se que se parte do princípio de que o investimento
financeiro é feito sem uma lógica de lucro inerente (e até mesmo a "fundo
perdido")...
Então,
qual seria o interesse?
Em causa, poderia estar outro tipo de "retorno", que pode
ser prestígio cultural, social, “poder” pelo controle da
informação, controle político, etc.
Este,
é apenas um caminho que o jornalismo e os jornais poderão vir a
seguir nos próximos anos.
Para
já, ainda não foi encontrada a fórmula que garanta a sua
viabilidade saudável para o futuro. Como o exemplo do Figueirense
provou.
Para já, continua a funcionar a Foz do Mondego Rádio...
Desde que me conheço, que me considero um observador atento da dura
realidade dos meios de comunicação social figueirense.
Na Figueira, do meu ponto de vista, a comunicação social continua a ter os pecadilhos de sempre: falta de ideias próprias; e continua presa a velhas rotinas, que impedem a sua renovação.
Basta ver os conteúdos. O grosso da coluna das notícias veiculadas pelos órgão de comunicação locais, provem das fontes oficiais ou institucionais.
Na Figueira, do meu ponto de vista, a comunicação social continua a ter os pecadilhos de sempre: falta de ideias próprias; e continua presa a velhas rotinas, que impedem a sua renovação.
Basta ver os conteúdos. O grosso da coluna das notícias veiculadas pelos órgão de comunicação locais, provem das fontes oficiais ou institucionais.
Não falam das pessoas normais - as que no fundo lêem jornais e ouvem rádio.
Os jornais – e os jornalistas - gravitam em torno dos poderes, como mosquitos à volta duma lâmpada acesa numa noite escura, numa zona de águas estagnadas e mal cheirosas.
Culpa dos jornalistas?
Também, mas não só.
Os interesses – não só os económicos – é que determinam as regras do jogo.
Mas quais são os grandes pecados?
Na minha óptica, os grandes pecados dos media figueirenses são o comodismo, a desatenção, o respeitinho pelo poder, o alheamento da sua tarefa histórica de vigilância democrática.
Só que o público está cada vez mais atento e a ganhar uma postura cada vez mais pensada e interveniente.
Os tempos dos leitores e dos ouvintes se deixarem reduzir a simples consumidores de conteúdos, sem qualquer postura crítica relativamente ao menu mediático que lhe é proposto, estão a acabar.
Algo está a mudar.
Lenta, mas progressivamente, a influência dos media na sociedade está a impor leitores, ouvintes e telespectadores cada mais críticos e atentos à comunicação social e à sua mensagem.
No País em geral. E também na Figueira.
Os jornais – e os jornalistas - gravitam em torno dos poderes, como mosquitos à volta duma lâmpada acesa numa noite escura, numa zona de águas estagnadas e mal cheirosas.
Culpa dos jornalistas?
Também, mas não só.
Os interesses – não só os económicos – é que determinam as regras do jogo.
Mas quais são os grandes pecados?
Na minha óptica, os grandes pecados dos media figueirenses são o comodismo, a desatenção, o respeitinho pelo poder, o alheamento da sua tarefa histórica de vigilância democrática.
Só que o público está cada vez mais atento e a ganhar uma postura cada vez mais pensada e interveniente.
Os tempos dos leitores e dos ouvintes se deixarem reduzir a simples consumidores de conteúdos, sem qualquer postura crítica relativamente ao menu mediático que lhe é proposto, estão a acabar.
Algo está a mudar.
Lenta, mas progressivamente, a influência dos media na sociedade está a impor leitores, ouvintes e telespectadores cada mais críticos e atentos à comunicação social e à sua mensagem.
No País em geral. E também na Figueira.
O Professor Cavaco voltou a falar!
O
Prof. Cavaco está de novo na agenda mediática, por ter felicitado Ronaldo...
Alguns portugueses elegeram o chefe do Estado para ser o garante do normal funcionamento das instituições.
Por essa razão, o presidente da República não tinha o direito ao silêncio nesta importante questão.
Desde já, registe-se que o chefe do Estado esteve à altura da sua responsabilidade democrática, ao sair a terreiro e deixar uma palavra serena sobre a necessidade de respeito pela valorização do desporto em Portugal e para a projecção internacional do país.
O professor Cavaco Silva teve, nesta importante questão, uma oportunidade quase única para redimir o seu mandato.
Neoliberalismo – o modelo do capitalismo mais perigoso, pois pode matar...
O
neoliberalismo, não teve na Europa e no mundo, o seu desenvolvimento
natural no pós-guerra, pela simples razão que a sua vivência
suscitaria a revolta dos povos europeus influenciados pelas doutrinas
“libertadoras” então em prática na URSS. O desenvolvimento
capitalista, perante este cenário de leste, com fundamentados
receios, obrigou-se a dar um passo atrás. Mas, logo que liberto de
tais preocupações, eis que novamente ressurge, com ímpeto
redobrado, recomeçando a sua natural evolução no preciso ponto em
que a deixou. O capitalismo “selvagem” com a sacralização do
mercado em toda a sua pujança.
Na
tentativa de “esconder” a sua própria natureza egoísta e
desprovida de valores humanos, tal como hoje o conhecemos, a
ideologia neoliberal esforça-se pela apresentação “anti-histórica”
do capitalismo contemporâneo, apresentando-o como algo de novo,
através de um arsenal de neologismos.Marginal figueirense
Nesta altura, presumo que anos 70 do século passado, embora a pressão imobiliária já se pressinta ao fundo na volumetria da
construção, ainda não dava para imaginar o pesadelo urbanístico de que estas avenidas - 25 de Abril e Brasil - viriam a ser vítima nos dias que passam.
Estas avenidas figueirenses, hoje, são o espelho de um Portugal que abdicou do planeamento urbanístico. Tal como um pouco no resto do País, também na Figueira, tudo passou por "operações tipo uma bolsa de valores", com "os terrenos a valerem em função do seu proprietário".
O denominado caso Galante é um exemplo disso.
E tudo poderia ter sido diferente e tudo poderia ter sido evitado.
Na Figueira, tal como no resto do país, tinha bastado um "planeamento simples e claro", um "licenciamento simplificado, automático ou quase inexistente", que responsabilizasse construtores, urbanistas, arquitectos e autarcas... E uma "fiscalização aleatória".
Mas, para isso, era necessário que os os tribunais e a Inspecção-Geral da Administração Local funcionassem e outra postura dos políticos - os políticos passaram a ser "mandantes, caciques" do "poder económico".
E, entretanto, pelo caminho foi enriquecendo muita gente.
Mas, isso, é uma história que, talvez, quem sabe, ainda um dia venha a ser escrita...
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
154 anos descritos através da fotografia
Figueira da Foz Memórias (1860-2014)” - um livro de Jorge Dias, fotógrafo.
Eu vou fazer que sou parvinho... E vocês?..
O mesmo Governo que aconselhou os portugueses a emigrar é o mesmo Governo que vai agora lançar um programa com «o objectivo de apoiar a integração de estrangeiros» imigrantes, a começar já pelos «quadros de empresas que põem as suas competências ao serviço de quem precisa delas»!..
Finalmente, o rescaldo do Mundial!..
Haja alento...
Para o Jones a dura realidade do Pós-Copa,
é
que, para ele, acabou
o milho, mas não acabou a pipoca
para
o Paulo Bento!
Gala, Aldeia, na altura estrada 109, sem número...
Nasci nesta rua, no sítio da actual casa nº. 103, a primeira da esquerda para a direita, a casa do poço do Tzé Maia.
A casa, à época, era uma habitação térrea e pobre de madeira, cheia de aberturas nas paredes, por onde no inverno o ar gélido passava como cão por vinha vindimada ...
A casa, à época, era uma habitação térrea e pobre de madeira, cheia de aberturas nas paredes, por onde no inverno o ar gélido passava como cão por vinha vindimada ...
Nasci por
causa e graças a eles. O
meu pai pescador - do bacalhau, do arrasto, da traineira, do rio. A
minha mãe varina - de todo o peixe.
Ambos,
descendentes de ílhavos lutadores que vieram, a seguir às invasões francesas, para sul do Mondego em busca de ver vida melhor.
Nasci, estava a despontar o ano de 1954.Na altura, a gente da Aldeia sonhava com peixe, sem pensar na exploração, antes em trabalho certo, que lhes permitisse dar de comer às famintas bocas que estavam em casa.
É
possível que estas miudezas, pessoais e históricas, para alguns,
interessem pouco.
A
Cova e Gala da minha infância foi sempre a das casas térreas e
pobres de madeira, cheias de aberturas nas paredes, por onde no
inverno o ar gélido passava como cão por vinha vindimada .
Quando, mais tarde, as circunstâncias me permitiram viver noutros ambientes, continuei a guardar a memória da Cova e Gala dos meus primeiros anos, a Cova e Gala “da gente de pouco ter e de muito sentir”, a Terra pequena e modesta nos costumes e nos horizontes da compreensão do resto do País e do mundo.
Quando, mais tarde, as circunstâncias me permitiram viver noutros ambientes, continuei a guardar a memória da Cova e Gala dos meus primeiros anos, a Cova e Gala “da gente de pouco ter e de muito sentir”, a Terra pequena e modesta nos costumes e nos horizontes da compreensão do resto do País e do mundo.
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