quarta-feira, 20 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Dia Mundial da Fotografia
foto de Pedro Agostinho Cruz |
"Se pudesse contar a história com palavras, não precisava de arrastar comigo uma máquina fotográfica." - Lewis Hine
Devo declarar que a crónica de hoje do vereador Tavares está bonita e jeitosa...
… e,
de entre as várias pérolas e tiradas sublimes, a meu ver, merece
destaque o seguinte, com o que aliás concordo e passo a resumir (se
quiserem ler a crónica, comprem o jornal...): “os tempos no poder
autárquico são outros. Já não estão para construção de
rotundas, para implantação de oásis que se transformam em lixo,
muito menos para reparar o repuxo do jardim municipal...”
E
se não percebermos isto, temos todas as condições para voltar ao
passado despesista...
Contudo, definitivamente, esta é uma terra onde é sempre carnaval. Até no verão!.. E na passagem de ano!.. Tristezas não pagam dívidas!..
Nos
tempos do Estado Novo, dizia-se que quem não estava com o poder
estava inevitavelmente contra o país.
Nos
tempos que passam, na Figueira quem não está sempre com o poder está
inevitavelmente contra o executivo.
É
obra!... Nesta terra é sempre carnaval: até no verão!..
Por
mim falo.
Vivo aqui e observo o governo da urbe. E, decorridos mais de 5 anos, também, já vai faltando
a paciência para conceder o benefício da dúvida a estas políticas...
Na Aldeia... (XII)
Presumo
que acontece com todos: por vezes, temos a sensação de que estamos
sozinhos.
Não,
exactamente, em termos do que pensamos, porque sabemos que há muitas
pessoas a pensar como nós.
Só
que a Aldeia é, porventura, já tão grande e tão dispersa que
deve ser muito difícil às pessoas que pensam como nós, juntarem-se.
Estamos
dispersos e separados e não sabemos uns dos outros.
Essa
é a solidão.
"O sistema" figueirense...
Quem
acompanhou a política figueirense nos últimos 30 anos, sabe que
grande parte da ficção e da teatralidade a que chegámos na vida politica indígena, foi
baseada numa hierarquia da deslealdade.
No
decorrer destes anos todos, no interior dos partidos figueirenses
houve sempre um esforço de acomodação da discordância, claro,
enquanto não era possível passar para o capítulo seguinte – o
domínio da traição.
Para
isso acontecer, recorda quem tem memória, além de deserções e
facadas nas costas, houve mesmo momentos de alta tensão com troca de
insultos e mudanças de partido.
Apesar
do triste espectáculo, dado em momentos mais quentes por alguns
protagonistas famosos por cá, do que mais gostei de ter assistido
foi ao espalhafato – deu para ver que, apesar de tudo, quando estão
em causa lugares e mordomias, mesmo na Figueira, o âmbito de
aplicação do dever de obediência é bastante restrito na política.
Por
cá, como vimos ainda recentemente e vamos ver num futuro
relativamente próximo, tudo continua como dantes: para a divergência poder passar a traição,
tem
que se fazer tudo o que for possível para diminuir as hipóteses dos
outros chegarem ou de se manterem no poder...
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Não se prendam com pormenores...
Com o objectivo de minimizar as inundações que acontecem ciclicamente na rua da República e zonas adjacentes, a Câmara Municipal da Figueira da Foz terminou recentemente uma primeira fase de intervenções pontuais.
A operação incidiu sobretudo na rua 10 de Agosto e na rua da República, onde, segundo fonte da autarquia figueirense, está o “cerne do problema das inundações”.
“Foi feito o reforço das sarjetas nessa zona da cidade”, explicou a mesma fonte, ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Entretanto, no final deste mês, deverá ter início a segunda fase, com a abertura de um colector que irá ligar a rua 10 de Agosto, atravessando as ruas da República, Saraiva de Carvalho e Fernandes Tomás, a um troço que existe no rio Mondego, junto à praça da Europa.
Não se prendam com pormenores...
Pensar no assunto pode prejudicar o normal desenvolvimento do cérebro.
E é desnecessário: com a seriedade do costume, sabe-se, desde já, o importante - que o "colector vai minimizar inundações na Figueira da Foz".
A operação incidiu sobretudo na rua 10 de Agosto e na rua da República, onde, segundo fonte da autarquia figueirense, está o “cerne do problema das inundações”.
“Foi feito o reforço das sarjetas nessa zona da cidade”, explicou a mesma fonte, ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Entretanto, no final deste mês, deverá ter início a segunda fase, com a abertura de um colector que irá ligar a rua 10 de Agosto, atravessando as ruas da República, Saraiva de Carvalho e Fernandes Tomás, a um troço que existe no rio Mondego, junto à praça da Europa.
Não se prendam com pormenores...
Pensar no assunto pode prejudicar o normal desenvolvimento do cérebro.
E é desnecessário: com a seriedade do costume, sabe-se, desde já, o importante - que o "colector vai minimizar inundações na Figueira da Foz".
A mulher e a informação na Figueira...
A
Figueira sempre apanhou as modas ocidentais com atraso.
Nos anos sessenta, o nosso Portugal feminino chorava ao ritmo lento e valsa atenta, do folhear das páginas de fotonovelas. Corin Tellado era nome de Espanha, mas do Brasil vinha o recheio do Capricho e outros romances em fotos quadriculadas, de princesas escondidas como costureirinhas, à espera dos príncipes de poupa e popó a condizer .
Por cá, a Crónica Feminina , publicada em frenético ritmo semanal a partir de 1956, moldava subtilmente a mente feminina, com sentires estranhos a um povo ainda rural e sem acesso a outros meios de informação mais sofisticados e massificados, apesar da rádio e de um Simplesmente Maria que futuramente se ficou pela simplicidade do nome Maria, numa versão sucedânea da Crónica e que eventualmente a suplantou no coração das leitoras.
Nos anos sessenta, o nosso Portugal feminino chorava ao ritmo lento e valsa atenta, do folhear das páginas de fotonovelas. Corin Tellado era nome de Espanha, mas do Brasil vinha o recheio do Capricho e outros romances em fotos quadriculadas, de princesas escondidas como costureirinhas, à espera dos príncipes de poupa e popó a condizer .
Por cá, a Crónica Feminina , publicada em frenético ritmo semanal a partir de 1956, moldava subtilmente a mente feminina, com sentires estranhos a um povo ainda rural e sem acesso a outros meios de informação mais sofisticados e massificados, apesar da rádio e de um Simplesmente Maria que futuramente se ficou pela simplicidade do nome Maria, numa versão sucedânea da Crónica e que eventualmente a suplantou no coração das leitoras.
A
sofistificadíssima revista Maria,
pelos idos de 2000, vendia-se a uma multidão de cerca de 300 mil
leitoras!..
Nenhum
outro órgão de comunicação social, talvez com a excepção da televisão,
se aproximou sequer desse nível de penetração num público alvo tão específico.
Na
Figueira, só há pouco as mulheres começaram a abrir algumas brechas no muro da comunicação social masculinizada.
E logo - o que é chic! - na televisão!..
As misérias do futebol...
Acabei
por não ir a Coimbra e nem sequer ver qualquer partida da jornada inaugural
na televisão.
Estou
cada vez mais afastado do futebol mercenário de hoje.
Todavia,
o futebol romântico de outrora, no tempo em que se jogava “por
vício” ou “amor à camisola”, também tinha as suas misérias
e escravidões.
Veja-se esta carta que António Faustino, craque do
Sporting entre 1931 e 1937, escreveu, já velhote, ao jornal do clube
em 1970, que saquei daqui.
Ignoro se o jornal a publicou.
domingo, 17 de agosto de 2014
Chiça, é só “Preguiça”!.. Continuem a discussão sobre a Praia do Cagalhão”!.
foto sacada daqui |
"O FUSING é daquelas iniciativas que acontecendo fora da Figueira, e - mais importante - longe de certos figueirenses, teria tudo para ser enorme.
Sim... porque é mais importante uma "praia do cagalhão" aberta durante mais uns dias do que o impacto económico e a projecção que este evento trouxe "à marca" Figueira da Foz!"
Em tempo:
Assim de repente, lembro que logo em frente, há uma estátua deitada, a
desejar ser respeitada...
Chiça!
Deitada, uma
mão sobre a cabeça, outra
no chão do lago, tem
muito quem a aborreça e
até se deite a seu lado...
Que
mal fez a “Preguiça”?
Ela
gosta é de estar sossegada, a
fazer jus ao nome, a descansar.
Parem
de a chatear...
Chiça!
Deixem
a “Preguiça”...
Actualização: a foto que havia sacada daqui, foi retirada por solicitação da Dona Ana Mesquita, que eu não conheço de lado nenhum.
Informação figueirense...
Liberdade é uma palavra muito bonita.
Mas, há muito, que foi substituída por auto vigilância...
Mas, há muito, que foi substituída por auto vigilância...
sábado, 16 de agosto de 2014
Fazer história em cima do joelho...
Uma foto que fala por si... |
Segundo
o DN, num discurso em que associou o PS à existência de
"privilégios e falta de ética" de quem "vivia entre
a política e os negócios" e vice-versa, numa alusão clara ao
recente escândalo do BES, Passos Coelho garantiu ser "melhor
enfrentar as más notícias do que usar o dinheiro dos
contribuintes".
"Havia
muitos privilégios, para não falar da falta de ética, de muita
gente que vivia entre a política e os negócios", declarou o
líder social-democrata, adiantando: "Não têm de ser os
contribuintes a pagar a falta de ética, de escrúpulos de quem não
tinha a ambição de combater os poderes fáticos que existiram no
passado."
Afirmando
que no PS há quem acredite que "o regresso ao poder"
permitirá voltar atrás no tempo, Passos Coelho admitiu existir no
PSD quem pense nos mesmos termos e deixou um alerta: "Seja na
oposição, seja no meu próprio partido, deixarei muito claro que
continuarei a bater-me sempre para não pagar" os privilégios
do sector público nem "os prejuízos privados" (noutra
alusão ao BES).
"Há
muita gente na oposição que continua ligada a esse passado e que
acredita que umas próximas eleições lhe permitem regressar ao
poder, para que tudo volte ao que era dantes. Desiludam-se. Não
acontecerá porque os portugueses não vão deixar", insistiu
Passos Coelho.
Quanto a mim, a história documentada dos últimos 38 anos ainda está por fazer... Quando ela for feita, veremos realmente como e
porquê foram desperdiçadas as oportunidades para nos
modernizarmos...
Entretanto, como sabemos, vivemos num País onde quem não tem vergonha todo o mundo pode ser seu...
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