terça-feira, 19 de agosto de 2014

As "nojices" do costume...

"Suspeitas de irregularidades instalam a confusão no PS em Braga"...

Dia Mundial da Fotografia

foto de Pedro Agostinho Cruz
"Se pudesse contar a história com palavras, não precisava de arrastar comigo uma máquina fotográfica." - Lewis Hine

Devo declarar que a crónica de hoje do vereador Tavares está bonita e jeitosa...

… e, de entre as várias pérolas e tiradas sublimes, a meu ver, merece destaque o seguinte, com o que aliás concordo e passo a resumir (se quiserem ler a crónica, comprem o jornal...): “os tempos no poder autárquico são outros. Já não estão para construção de rotundas, para implantação de oásis que se transformam em lixo, muito menos para reparar o repuxo do jardim municipal...”
E se não percebermos isto, temos todas as condições para voltar ao passado despesista...
Contudo, definitivamente, esta é uma terra onde é sempre carnaval. Até no verão!.. E na passagem de ano!.. Tristezas não pagam dívidas!..
Nos tempos do Estado Novo, dizia-se que quem não estava com o poder estava inevitavelmente contra o país.
Nos tempos que passam, na Figueira quem não está sempre com o poder está inevitavelmente contra o executivo.
É obra!... Nesta terra é sempre carnaval: até no verão!..
Por mim falo. 
Vivo aqui e observo o governo da urbe. E, decorridos mais de 5 anos, também, já vai faltando a paciência para conceder o benefício da dúvida a estas políticas...

Na Aldeia... (XII)

Presumo que acontece com todos: por vezes, temos a sensação de que estamos sozinhos.
Não, exactamente, em termos do que pensamos, porque sabemos que há muitas pessoas a pensar como nós.
Só que a Aldeia é, porventura, já tão grande e tão dispersa que deve ser muito difícil às pessoas que pensam como nós, juntarem-se.
Estamos dispersos e separados e não sabemos uns dos outros.
Essa é a solidão.

O Ébola em África

imagem sacada daqui

"O sistema" figueirense...

Quem acompanhou a política figueirense nos últimos 30 anos, sabe que grande parte da ficção e da teatralidade a que chegámos na vida politica indígena, foi baseada numa hierarquia da deslealdade.
No decorrer destes anos todos, no interior dos partidos figueirenses houve sempre um esforço de acomodação da discordância, claro, enquanto não era possível passar para o capítulo seguinte – o domínio da traição.
Para isso acontecer, recorda quem tem memória, além de deserções e facadas nas costas, houve mesmo momentos de alta tensão com troca de insultos e mudanças de partido.
Apesar do triste espectáculo, dado em momentos mais quentes por alguns protagonistas famosos por cá, do que mais gostei de ter assistido foi ao espalhafato – deu para ver que, apesar de tudo, quando estão em causa lugares e mordomias, mesmo na Figueira, o âmbito de aplicação do dever de obediência é bastante restrito na política.
Por cá, como vimos ainda recentemente e vamos ver num futuro relativamente próximo, tudo continua como dantes: para a divergência poder passar a traição,  tem que se fazer tudo o que for possível para diminuir as hipóteses dos outros chegarem ou de se manterem no poder...

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Baralhando, tornando a dar, resumindo e concluindo, é isto...

Não se prendam com pormenores...

Com o objectivo de minimizar as inundações que acontecem ciclicamente na rua da República e zonas adjacentes, a Câmara Municipal da Figueira da Foz terminou recentemente uma primeira fase de intervenções pontuais. 
A operação incidiu sobretudo na rua 10 de Agosto e na rua da República, onde, segundo fonte da autarquia figueirense, está o “cerne do problema das inundações”
“Foi feito o reforço das sarjetas nessa zona da cidade”, explicou a mesma fonte, ao DIÁRIO AS BEIRAS
Entretanto, no final deste mês, deverá ter início a segunda fase, com a abertura de um colector que irá ligar a rua 10 de Agosto, atravessando as ruas da República, Saraiva de Carvalho e Fernandes Tomás, a um troço que existe no rio Mondego, junto à praça da Europa
Não se prendam com pormenores... 
Pensar no assunto pode prejudicar o normal desenvolvimento do cérebro. 
E é desnecessário:  com a seriedade do costume, sabe-se, desde já,  o importante - que  o "colector vai minimizar inundações na Figueira da Foz".

A mulher e a informação na Figueira...

A Figueira sempre apanhou as modas ocidentais com atraso.
Nos anos sessenta, o nosso Portugal feminino chorava ao ritmo lento e valsa atenta, do folhear das páginas de fotonovelas. Corin Tellado era nome de Espanha, mas do Brasil vinha o recheio do Capricho e outros romances em fotos quadriculadas, de princesas escondidas como costureirinhas, à espera dos príncipes de poupa e popó a condizer .
Por cá, a Crónica Feminina , publicada em frenético ritmo semanal a partir de 1956, moldava subtilmente a mente feminina, com sentires estranhos a um povo ainda rural e sem acesso a outros meios de informação mais sofisticados e massificados, apesar da rádio e de um Simplesmente Maria que futuramente se ficou pela simplicidade do nome Maria, numa versão sucedânea da Crónica e que eventualmente a suplantou no coração das leitoras.
A sofistificadíssima revista Maria, pelos idos de 2000, vendia-se a uma multidão de cerca de 300 mil leitoras!..
Nenhum outro órgão de comunicação social, talvez com a excepção da televisão, se aproximou sequer desse nível de penetração num público alvo tão específico.
Na Figueira, só há pouco as mulheres começaram a abrir algumas brechas no muro da comunicação social masculinizada.
E logo - o que é chic! -  na televisão!..

As misérias do futebol...

















No sábado passado estive quase a cometer uma loucura: foi por um triz que não fui a Coimbra ver a Académica defrontar o Sporting.
Acabei por não ir a Coimbra e nem sequer ver qualquer partida da jornada inaugural na televisão.
Estou cada vez mais afastado do futebol mercenário de hoje.
Todavia, o futebol romântico de outrora, no tempo em que se jogava “por vício” ou “amor à camisola”, também tinha as suas misérias e escravidões. 
Veja-se esta carta que António Faustino, craque do Sporting entre 1931 e 1937, escreveu, já velhote, ao jornal do clube em 1970, que saquei daqui. 
Ignoro se o jornal a publicou.



Agora, aguarda-se a todo o momento a demarcação de Clara de Sousa, Rodrigues dos Santos e José Alberto Carvalho...

 Ricardo Salgado nega ser "pivô" da crise!..

domingo, 17 de agosto de 2014

Chiça, é só “Preguiça”!.. Continuem a discussão sobre a Praia do Cagalhão”!.

foto sacada daqui
"O FUSING é daquelas iniciativas que acontecendo fora da Figueira, e - mais importante - longe de certos figueirenses, teria tudo para ser enorme.
Sim... porque é mais importante uma "praia do cagalhão" aberta durante mais uns dias do que o impacto económico e a projecção que este evento trouxe "à marca" Figueira da Foz!" 

Em tempo:
Assim de repente, lembro que logo em frente, há uma estátua deitada, a desejar ser respeitada...
É a “Preguiça”uma estátua deitada e mesmo assim não é respeitada...
Chiça!
Deitada, uma mão sobre a cabeça, outra no chão do lago, tem muito quem a aborreça e até se deite a seu lado...
Que mal fez a “Preguiça”?
Ela gosta é de estar sossegada, a fazer jus ao nome, a descansar.
Parem de a chatear...
Chiça!
Deixem a “Preguiça”...
Continuem com a discussão: sobre a Praia do “Cagalhão”!..

Actualização: a foto que havia sacada daquifoi retirada por solicitação da Dona Ana Mesquita, que eu não conheço de lado nenhum. 

Informação figueirense...

Liberdade é uma palavra muito bonita.
Mas, há muito, que foi substituída por auto vigilância...

Bom domingo

sábado, 16 de agosto de 2014

Fazer história em cima do joelho...

Uma foto que fala por si...
Segundo o DN, num discurso em que associou o PS à existência de "privilégios e falta de ética" de quem "vivia entre a política e os negócios" e vice-versa, numa alusão clara ao recente escândalo do BES, Passos Coelho garantiu ser "melhor enfrentar as más notícias do que usar o dinheiro dos contribuintes".
"Havia muitos privilégios, para não falar da falta de ética, de muita gente que vivia entre a política e os negócios", declarou o líder social-democrata, adiantando: "Não têm de ser os contribuintes a pagar a falta de ética, de escrúpulos de quem não tinha a ambição de combater os poderes fáticos que existiram no passado."
Afirmando que no PS há quem acredite que "o regresso ao poder" permitirá voltar atrás no tempo, Passos Coelho admitiu existir no PSD quem pense nos mesmos termos e deixou um alerta: "Seja na oposição, seja no meu próprio partido, deixarei muito claro que continuarei a bater-me sempre para não pagar" os privilégios do sector público nem "os prejuízos privados" (noutra alusão ao BES).
"Há muita gente na oposição que continua ligada a esse passado e que acredita que umas próximas eleições lhe permitem regressar ao poder, para que tudo volte ao que era dantes. Desiludam-se. Não acontecerá porque os portugueses não vão deixar", insistiu Passos Coelho.
Quanto a mim, a história documentada dos últimos 38 anos ainda está por fazer... Quando ela for feita, veremos realmente como e porquê foram desperdiçadas as oportunidades para nos modernizarmos...
Entretanto, como sabemos, vivemos num País onde quem não tem vergonha todo o mundo pode ser seu...