Há, sempre houve, silêncios diferentes na Figueira.
Dois
grupos são facilmente identificáveis: os que calam por conveniência;
e os que calam por desinteresse.
No
primeiro grupo, e para não sair da Figueira, temos os que não
percebem “nada de ciclismo”...
Precisam
tanto do silêncio!..
E,
depois, temos os outros, os que escreveram a tempo.
E
não precisam de se repetir.
Na Figueira, quem precisa - e são tantos, tantos... - cala-se.
De preferência, fazendo muito ruído para entreter e continuar.
Quem
não precisa, por ter a espinha direita - e tão tão poucos - cala...
Por saber que na Figueira ter razão antes do
tempo, ainda que complicado, é o menos: não se pode é querer saber
da razão.
Isso, é insuportável para os que julgam dispor sempre da razão no tempo certo
- o deles.
Mas,
como atrás do tempo, tempo vem, sofra quem pesares tem...
Passo, com
a devida vénia, a citar uma carta que li no jornal AS BEIRAS!..
É um texto para ler na íntegra...
"Exmª.
Senhora Vereadora
Permita-me
que lhe enderece esta missiva e a torne pública nesta coluna para
lhe dirigir público louvor e aplauso pela nova regulamentação de
esplanadas e
quiosques.
Se há cerca de 4 anos critiquei em “O Figueirense” os
seus antecessores pela apresentação dum mero regulamento de taxas
que não também das esplanadas, tinha hoje a estrita obrigação do
aplauso à nova regulamentação.
Se
há cerca de 4 anos defendi uma tipologia e cor próprias para a zona
marginal e ribeirinha (que atente aos ventos) outra para o Bairro
Novo (que o diferencie) e talvez outra para a cidade então hoje só
tenho que louvar a coincidente
proposta de Vª. Exª.
Quanto às taxas não me pronuncio acreditando
na capacidade, habilidade e bom senso de Vª. Exª. para gerar os necessários
entendimentos com os interessados.
Há
cerca de 4 anos não fui entendido, nem atendido no meu alerta,
paciência.
Em boa hora avança hoje Vª. Exª. na direção então
proposta porque é sempre hora
boa para corrigir e acertar o rumo.
Afinal
nem Vª. Exª., nem eu gostamos de ver as esplanadas da Praia da Claridade
dominadas pelo discutível gosto das cervejeiras e cafezeiras.
Esta
carta porque minha não ajudará ao currículo político de Vª.
Exª., mas que ajude
a fixar o seu (bom) desempenho.
Subscrevo-me
com elevada consideração e peço-lhe aceite a reafirmação do
público louvor deste (agora já) seu admirador.
Joaquim
Gil, advogado"