domingo, 6 de abril de 2014

«O primeiro-ministro diz-se disponível para negociar o Salário Mínimo Nacional»

Leram bem, não para aumentar mas "para negociar".
O homem tem consciência de classe e preocupações sociais.
“Passos Coelho sabe que pode continuar a contar com a UGT para a sua dupla vitória: trocar o trunfo eleitoral de 10 ou 15 euros desactualização do salário mínimo, o contrário de "que se lixem as eleições",  pela machadada final na contratação colectiva de mais um "que se lixem os trabalhadores".Como todos os anteriores, voltará a não ser nada de tão grave assim, como denotam os mais de 60% de abstenção e os mais de 80% de intenções de voto nas europeias que todas as sondagens projectam para os três partidos do arco deste empobrecimento. O arco tem folga para continuar.”

A noite de Gala do bodyboard figueirense ontem à noite no CAE


Todos os pormenores aqui.

Com, ou sem troika, a recompensa nunca falha...


Em tempo.
Relembre-se o que o 1º ministro Passos Coelho disse em campanha eleitoral:

"Palavras"

O seu a seu dono...

BPN, o banco do PSD: "o maior escândalo financeiro do Portugal moderno, que custou (até agora) cinco mil milhões de euros aos contribuintes portugueses, nasceu no seio do PSD e só foi possível devido à cumplicidade dos mais importantes dirigentes deste partido, Cavaco Silva à cabeça."

Bom domingo

sábado, 5 de abril de 2014

Associação Bodyboard Foz do Mondego: 20 anos a promover o desporto

A Associação Bodyboard Foz do Mondego, que hoje comemora o seu 20 aniversário, começou o dia com uma "surfada de gerações". A imagem é de Pedro Agostinho Cruz.
O Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz recebe hoje, sábado dia 5 de abril, pelas 21h30, a gala comemorativa do 20º aniversário da Associação de Bodyboard Foz do Mondego (ABFM).
Neste evento, de entrada livre, vão ser homenageados atletas e individualidades que contribuíram para o crescimento e desenvolvimento da Associação. Paralelamente, serão inauguradas duas exposições, uma na Sala Afonso Cruz (CAE) e outra na Casa Havenesa, alusivas às duas décadas da ABFM.
A música também vai estar em destaque nesta Gala, com a participação de Duarte Morgado, Rubi, The Flame, Lulas Belhas, Miura e Ana Ferreira.

Via Figueira na Hora

A realidade (II)...

A propósito desta postagem, fui alvo da ira de um anónimo... 
Recordo, apenas, que Oliveira Salazar foi considerado “o melhor português de sempre” !.. 
Esta é a realidade...

Nasceu em 1977...

O Lomba é um  malandreco... 
A realidade não é tão simples.

A realidade...

 “Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável.” - Séneca

Uma das coisas que indicia claramente que não devemos ter grandes expectativas em relação à Figueira,  é o facto de Santana Lopes  ter chegado onde chegou.
Uma das coisas que indicia claramente que não devemos ter grandes expectativas em relação a Portugal, é o facto de Passos Coelho e Paulo Portas terem chegado onde chegaram.
Uma das coisas que indicia claramente que não devemos ter grandes expectativas em relação à Europa, é o facto de Durão Barroso e Vitor Constâncio terem chegado onde chegaram.
E  a causa é sempre a mesma:  o triunfo da mediocridade...

Daqui a pouco  temos eleições!
Desta vez, para escolher quem nos representará no Parlamento Europeu.
Há muito que se discute a qualidade dos nossos políticos e políticas e se critica a falta delas. É até um lugar comum, dizer que  os políticos são maus - como se a excelência fosse regra e essa guarda avançada da sociedade, a excepção triste!..

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Há "estórias" que merecem ser lidas

Esta, contada pela Andreia Gouveia, é uma delas: "Luis Carlos: sempre a subir".

Força Portugal... Estou curioso para ver o resultado no dia 25/05!..

Era assim que vivíamos ...

Martin Luther King foi assassinado em Memphis, em 4 de Abril de 1968. Um mês depois, em 4 de Maio, devia ter tido lugar, no salão de uma igreja de Lisboa, uma sessão em sua homenagem. Estava planeada a projecção do filme «Marcha em Washington», seguida de um debate orientado, entre outros, por Luís Lindley Cintra e José Carlos Megre. Na véspera, a PIDE proibiu a sessão. Mas à hora marcada concentraram-se centenas de pessoas em frente da igreja de portas fechadas. Como em muitas outras ocasiões, tudo acabou com dispersão, à força, desta vez por agentes da polícia à paisana.

Via Entre as brumas da memória

O mau cheiro já se nota assim tanto?..

"Cheiro tóxico" afectou debate quinzenal na Assembleia da República!..

É isto que significa a União Europeia. Muito afastamento da realidade....


O princípio do fim da Internet como a conhecemos. 
O Parlamento Europeu (PE) aprovou hoje uma lei que podia ter sido escrita pelo Squealer, por significar o oposto do que realmente representa.

Via Aventar

José Traqueia Bracourt, 100 anos de vida e de dedicação à cultura

Nascido em Buarcos, dedicou toda a sua vida à música, ao Caras Direitas e ao Rancho das Cantarinhas, “paixões” que ainda hoje lhe fazem brilhar o olhar
Olhar vivo, penetrante, ar de “menino traquina”, José Traqueia Bracourt comemorou ontem o seu centenário, rodeado de amigos e muito carinho. À festa não faltou a música (a sua aliada de toda a vida), a Associação Viver em Alegria, o Rancho das Cantarinhas de Buarcos e elementos do Caras Direitas, também um amor de sempre. Na “Colina do Sol”, um lar residencial onde José Traqueia Bracourt tem passado os últimos 23 anos, está rodeado de “miminhos” e de memórias, muitas, que lhe brotam com facilidade, particularmente as da música.

A Serra da Boa Viagem vista da outra margem

foto António Agostinho

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Lembrando Joaquim Namorado

“Eleito um grupo razoável da CDU para a Assembleia Municipal, o Joaquim sempre se disponibilizou e participou nas reuniões preparatórias das Assembleias, o que além do mais obrigou a que fossem melhor preparadas e mais exigentes.
Com frequência o Joaquim achava que se as propostas não venciam era porque não as sabiam explicar e convencer, rematando:
- Qualquer burro come palha, o que é preciso é saber dar-lha!
Numa das Assembleias coube ao Joaquim fazer a intervenção em nome do grupo dos eleitos da CDU, o que naturalmente fazia com brilhantismo.
Chega atrasado um dos eleitos do PS e como não tinha lugar junto do seu grupo, ou para não atravessar a sala toda, sentou-se ao lado do Joaquim.
Seguindo atentamente a intervenção, o homem abanava com a cabeça concordando com o que o Joaquim explicava e propunha. O Joaquim estava satisfeito, um já estava convencido. Na hora de votar levantou a cabeça e espreitou para ver como o seu grupo votava e assim o fez, votando contra a proposta da CDU apresentada pelo Joaquim.
Reboliço na Assembleia! O Joaquim berra, virado para o suposto troca-tintas:
- Mas isto é uma aula de ginástica? Está para aí a concordar e depois vota contra!... Você é algum palhaço ou não sabe o que é que faz aqui?
O eleito do PS indigna-se mas está embaraçado, encolhe-se com medo do Joaquim. Que quando abanava a cabeça não era por concordar era para seguir atentamente a intervenção.
- Se não concorda e abana a cabeça a dizer que sim, então é burro! Se não tem opinião própria, não tem nada que estar aqui, põe-se um cinzeiro em seu lugar que o deve representar melhor!
Na Assembleia falam todos ao mesmo tempo estupefactos com a situação, mas com respeitinho que o Joaquim Namorado ainda podia pregar umas chapadas a algum. O Joaquim não se cala e pede a intervenção do Presidente da Assembleia Municipal, que aquilo era um ultraje à democracia, o Presidente e a Mesa não sabem o que fazer, completamente desorientados, também não queriam afrontar o Joaquim Namorado.
O homem das votações contraditórias acabou por pedir desculpa por desrespeito à democracia e ter dado sinais errados, comprometendo-se a, de futuro, não voltar a abanar a cabeça!
Apesar de tudo, o Joaquim ficou satisfeito.”

Este episódio de uma Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada nos anos 80 do século passado, contado pelo Vasco Paiva, trouxe-me outras recordações...
Vou relembrar ao  Vasco Paiva, na altura um alto quadro do PCP, portanto, profundo conhecedor do que vou relatar, um episódio que revela bem  o carácter  de Joaquim Namorado.
Estávamos em Outubro de 1982. A Comissão Política da Figueira da Aliança Povo Unido tinha acabado de aprontar as listas para as eleições autárquicas que se realizaram no final desse mesmo ano.
Para a Câmara Municipal, apresentou: António Augusto Menano, como cabeça de lista, logo seguido de João Paulo, operário e sindicalista.
Para a Assembleia Municipal, apresentou em primeiro Rui Frutuoso Alves, como cabeça de lista, Carlos Baptista, traçador naval, em segundo;  e,  em terceiro, uma figura prestigiosa do firmamento intelectual: o consagrado poeta e professor de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Joaquim Namorado.
Joaquim Namorado, na altura, era já um cidadão com uma vida inteira de entrega total à defesa dos interesses do nosso Povo, com um passado de resistência, que continua a ser um exemplo para todos  nós.
Por essa altura, as gerações que passaram por Coimbra,  e também as que na Figueira se preocuparam com o combate ao regime tenebroso de Salazar, tiveram sempre em Joaquim Namorado, não apenas o Amigo dedicado, esclarecido e compreensivo, mas também o conselheiro perspicaz.
Joaquim Namorado era um intelectual, mas não era nessa qualidade que as gentes das Alhadas e de Vila Verde o conheciam, estimavam e admiravam.
Conheciam-no e admiravam-no das sessões comemorativas dos aniversários das suas colectividades, conheciam-no das conversas que com ele mantiveram nas suas aldeias, e do ânimo, do entusiasmo e da coragem que as suas palavras lhes transmitiam.
Na Figueira, com o prof. Orlando de Carvalho, nunca deixou de comparecer a uma manifestação  antifascista, das que por aqui se realizaram antes de Abril de 1974.
Nem de comparecer, nem de subscrever, na maioria dos casos, a petição que era obrigatório fazer ao Governador Civil do regime opressor derrubado  pela Revolução do Cravos.
Lado a lado com gente de diferentes quadrantes políticos, mas todos irmanados por um sentimento de unidade antifascista pelo qual Joaquim Namorado sempre se bateu.
Na altura, era um profundo conhecedor e interessado pelos problemas da nossa cidade, do nosso concelho e dos figueirenses. Figueirense não apenas pelo coração mas também pela acção, em reuniões promovidas para debate dos assuntos locais, Joaquim Namorado era o figueirense que comparecia, fazendo ouvir a sua voz, como a voz da esquerda figueirense.
Foi este cidadão, na altura já um intelectual com prestígio a nivel internacional,  que aceitou,  em Outubro de 1982, ir em nº. 3, numa lista do seu Partido, na cidade da Figueira da Foz.
Lembras-te Vasco Paiva?..