A propósito desta postagem, fui alvo da ira de um anónimo...
Recordo, apenas, que Oliveira Salazar foi considerado “o melhor português de sempre” !..
Esta é a realidade...
sábado, 5 de abril de 2014
A realidade...
“Quando se navega sem
destino, nenhum vento é favorável.” - Séneca
Uma das coisas que indicia claramente que não devemos ter
grandes expectativas em relação à Figueira, é o facto de Santana Lopes ter chegado onde chegou.
Uma das coisas que indicia claramente que não devemos ter
grandes expectativas em relação a Portugal, é o facto de Passos Coelho e Paulo
Portas terem chegado onde chegaram.
Uma das coisas que indicia claramente que não devemos ter
grandes expectativas em relação à Europa, é o facto de Durão Barroso e Vitor
Constâncio terem chegado onde chegaram.
E a causa é sempre a
mesma: o triunfo da mediocridade...
Daqui a pouco temos eleições!
Desta vez, para escolher quem nos representará no Parlamento
Europeu.
Há muito que se discute a qualidade dos nossos políticos e
políticas e se critica a falta delas. É até um lugar comum, dizer que os políticos são maus - como se a excelência
fosse regra e essa guarda avançada da sociedade, a excepção triste!..
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Há "estórias" que merecem ser lidas
Esta, contada pela Andreia Gouveia, é uma delas: "Luis Carlos: sempre a subir".
Era assim que vivíamos ...
Martin Luther King foi assassinado em Memphis, em 4 de Abril de 1968.
Um mês depois, em 4 de Maio, devia ter tido lugar, no salão de uma igreja de Lisboa, uma sessão em sua homenagem. Estava planeada a projecção do filme «Marcha em Washington», seguida de um debate orientado, entre outros, por Luís Lindley Cintra e José Carlos Megre.
Na véspera, a PIDE proibiu a sessão. Mas à hora marcada concentraram-se centenas de pessoas em frente da igreja de portas fechadas. Como em muitas outras ocasiões, tudo acabou com dispersão, à força, desta vez por agentes da polícia à paisana.
Via Entre as brumas da memória
Via Entre as brumas da memória
O mau cheiro já se nota assim tanto?..
"Cheiro tóxico" afectou debate quinzenal na Assembleia da República!..
É isto que significa a União Europeia. Muito afastamento da realidade....
José Traqueia Bracourt, 100 anos de vida e de dedicação à cultura
Nascido em Buarcos, dedicou toda a sua vida à música, ao
Caras Direitas e ao Rancho das Cantarinhas, “paixões” que ainda hoje lhe fazem
brilhar o olhar
Olhar vivo, penetrante, ar de “menino traquina”, José
Traqueia Bracourt comemorou ontem o seu centenário, rodeado de amigos e muito
carinho. À festa não faltou a música (a sua aliada de toda a vida), a
Associação Viver em Alegria, o Rancho das Cantarinhas de Buarcos e elementos do
Caras Direitas, também um amor de sempre. Na “Colina do Sol”, um lar
residencial onde José Traqueia Bracourt tem passado os últimos 23 anos, está
rodeado de “miminhos” e de memórias, muitas, que lhe brotam com facilidade,
particularmente as da música.
Foto Foz do Mondego Rádio
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Lembrando Joaquim Namorado
“Eleito um grupo razoável da CDU para a Assembleia
Municipal, o Joaquim sempre se disponibilizou e participou nas reuniões
preparatórias das Assembleias, o que além do mais obrigou a que fossem melhor
preparadas e mais exigentes.
Com frequência o Joaquim achava que se as propostas não
venciam era porque não as sabiam explicar e convencer, rematando:
- Qualquer burro come palha, o que é preciso é saber
dar-lha!
Numa das Assembleias coube ao Joaquim fazer a intervenção em
nome do grupo dos eleitos da CDU, o que naturalmente fazia com brilhantismo.
Chega atrasado um dos eleitos do PS e como não tinha lugar
junto do seu grupo, ou para não atravessar a sala toda, sentou-se ao lado do
Joaquim.
Seguindo atentamente a intervenção, o homem abanava com a
cabeça concordando com o que o Joaquim explicava e propunha. O Joaquim estava
satisfeito, um já estava convencido. Na hora de votar levantou a cabeça e
espreitou para ver como o seu grupo votava e assim o fez, votando contra a
proposta da CDU apresentada pelo Joaquim.
Reboliço na Assembleia! O Joaquim berra, virado para o
suposto troca-tintas:
- Mas isto é uma aula de ginástica? Está para aí a concordar
e depois vota contra!... Você é algum palhaço ou não sabe o que é que faz aqui?
O eleito do PS indigna-se mas está embaraçado, encolhe-se
com medo do Joaquim. Que quando abanava a cabeça não era por concordar era para
seguir atentamente a intervenção.
- Se não concorda e abana a cabeça a dizer que sim, então é
burro! Se não tem opinião própria, não tem nada que estar aqui, põe-se um
cinzeiro em seu lugar que o deve representar melhor!
Na Assembleia falam todos ao mesmo tempo estupefactos com a
situação, mas com respeitinho que o Joaquim Namorado ainda podia pregar umas
chapadas a algum. O Joaquim não se cala e pede a intervenção do Presidente da
Assembleia Municipal, que aquilo era um ultraje à democracia, o Presidente e a
Mesa não sabem o que fazer, completamente desorientados, também não queriam
afrontar o Joaquim Namorado.
O homem das votações contraditórias acabou por pedir
desculpa por desrespeito à democracia e ter dado sinais errados,
comprometendo-se a, de futuro, não voltar a abanar a cabeça!
Apesar de tudo, o Joaquim ficou satisfeito.”
Este episódio de uma Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada nos anos 80 do século passado, contado pelo Vasco Paiva, trouxe-me outras recordações...
Vou relembrar ao Vasco Paiva, na altura um alto quadro do PCP,
portanto, profundo conhecedor do que vou
relatar, um episódio que revela bem o
carácter de Joaquim Namorado.
Estávamos em Outubro de 1982. A Comissão Política da Figueira da Aliança
Povo Unido tinha acabado de aprontar as listas para as eleições autárquicas que
se realizaram no final desse mesmo ano.
Para a Câmara Municipal, apresentou: António Augusto Menano,
como cabeça de lista, logo seguido de João Paulo, operário e sindicalista.
Para a Assembleia Municipal, apresentou em primeiro Rui
Frutuoso Alves, como cabeça de lista, Carlos Baptista, traçador naval, em
segundo; e, em terceiro, uma figura
prestigiosa do firmamento intelectual: o consagrado poeta e professor de
Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra,
Joaquim Namorado.
Joaquim Namorado, na altura, era já um cidadão com uma vida
inteira de entrega total à defesa dos interesses do nosso Povo, com um passado
de resistência, que continua a ser um exemplo para todos nós.
Por essa altura, as gerações que passaram por Coimbra, e também as que na Figueira se preocuparam
com o combate ao regime tenebroso de Salazar, tiveram sempre em Joaquim
Namorado, não apenas o Amigo dedicado, esclarecido e compreensivo, mas também o
conselheiro perspicaz.
Joaquim Namorado era um intelectual, mas não era nessa qualidade
que as gentes das Alhadas e de Vila Verde o conheciam, estimavam e admiravam.
Conheciam-no e admiravam-no das sessões comemorativas dos
aniversários das suas colectividades, conheciam-no das conversas que com ele
mantiveram nas suas aldeias, e do ânimo, do entusiasmo e da coragem que as suas
palavras lhes transmitiam.
Na Figueira, com o prof. Orlando de Carvalho, nunca deixou
de comparecer a uma manifestação
antifascista, das que por aqui se realizaram antes de Abril de 1974.
Nem de comparecer, nem de subscrever, na maioria dos casos, a
petição que era obrigatório fazer ao Governador Civil do regime opressor
derrubado pela Revolução do Cravos.
Lado a lado com gente de diferentes quadrantes políticos,
mas todos irmanados por um sentimento de unidade antifascista pelo qual Joaquim
Namorado sempre se bateu.
Na altura, era um profundo conhecedor e interessado pelos
problemas da nossa cidade, do nosso concelho e dos figueirenses. Figueirense
não apenas pelo coração mas também pela acção, em reuniões promovidas para
debate dos assuntos locais, Joaquim Namorado era o figueirense que comparecia,
fazendo ouvir a sua voz, como a voz da esquerda figueirense.
Foi este cidadão, na altura já um intelectual com prestígio a nivel internacional, que aceitou, em Outubro de 1982, ir em nº. 3, numa lista do
seu Partido, na cidade da Figueira da Foz.
Lembras-te Vasco Paiva?..
GRUPO DE TEATRO DO Clube Mocidade Covense
AVISO
POR MOTIVO DE SAÚDE DE UM ELEMENTO DO GRUPO, JÁ NÃO SE
REALIZA A ESTREIA DA PEÇA "QUEM É IGUAL A QUEM? ou A RESISTÊNCIA HERÓICA DAS
MULHERES DA COVA / GALA", NO PRÓXIMO DIA 5 DE ABRIL, SÁBADO, FICANDO A ESTREIA A AGUARDAR POR NOVA MARCAÇÃO DE DATA.
Pescadores da Cova-Gala foram roubados e ainda tiveram de gastar 200 € para recuperar o que é seu!
foto Pedro Agostinho Cruz |
A “estória” conta-se em poucas palavras: os motores furtados
a quatro embarcações no Portinho da Gala, na passada sexta-feira, já se encontram na Figueira da Foz.
Os proprietários foram buscá-los, ontem, a Ciudad Rodrigo,
Espanha.
Li hoje no jornal AS BEIRAS que, para além dos prejuízos acumulados durante os dias em que não puderam
pescar, tiveram de suportar os custos da
viagem (200 euros)!..
Entretanto, os dois suspeitos detidos a 10 quilómetros daquela cidade
espanhola que se encontra perto da fronteira com Portugal, residem em Toledo,
para onde se dirigiam quando foram intercetados pela Guardia Civil, e aguardam o julgamento em liberdade, que
poderá ser realizado em Espanha ou em Portugal.
Massada de cherne, uma refeição diferente para um peixinho, pois tem massa...
Uma entrevista exemplar, comentada por Sérgio de Almeida Correia, no
Delito de Opinião. Fica uma passagem. Para ler mais, clicar aqui:
“... graças a essa entrevista, pela primeira vez, pude
compreender o verdadeiro alcance do pensamento barrosista e a forma como a
cartilha maoísta se entranhou no espírito do ainda presidente da Comissão
Europeia. Repare-se que a clareza, tantas vezes ausente do discurso de Durão
Barroso, esteve agora insofismavelmente presente.
Clareza na forma como fazendo apelo ao interesse nacional -
o mesmo que o levou a negociar a sua ida para Bruxelas depois de dias antes ter
desmentido com toda a convicção que estivesse de partida ou interessado no
lugar, manifestando inclusivamente na ocasião a sua intenção de levar o mandato
em que fora investido até ao fim -, afirma a necessidade do próximo Presidente
da República ser mais um fruto da trapalhada ideológica e da vacuidade em que
medram os partidos do centrão. Estão lá tudo e todos, incluindo o apelo a essa
desgraça chamada consenso, espécie de mistura de águas e detritos de variadas
origens que conduziu a democracia portuguesa, formalmente inquestionável, à
substantiva podridão actual.
Clareza também na afirmação de que não tem qualquer intenção
de ser candidato às presidenciais, o que deve merecer tanta credibilidade
quanto as declarações de Passos Coelho em campanha eleitoral sobre os cortes
dos subsídios de férias e de Natal, a defesa do Serviço Nacional de Saúde, a
reforma do Estado ou a redução défice pelo lado da despesa. Ou, se quiserem,
colocando as coisas no seu devido lugar, dou-lhe o mesmo valor que às prédicas
semanais de putativos candidatos presidenciais e ex-primeiros-ministros em
final de sabática.”
Enfrentar o medo
"O sofrimento que atingiu a sociedade portuguesa desde 2011 foi inútil e iníquo. Tal como na guerra colonial, em que era absurdo continuar a sacrificar vidas (dos dois lados) a pretexto de querer respeitar as que já se tinham perdido, também hoje é um erro grave persistir no caminho da austeridade invocando os sacrifícios que já foram suportados. Com um pouco de imaginação no cálculo do chamado "défice estrutural", e com a benevolência da Alemanha que precisa de um sucesso em Portugal, talvez possamos suavizar a austeridade e deixar crescer um pouco a procura interna. Espera-nos então um longo marasmo, um crescimento do produto que não evitará a depressão de muitos milhares de cidadãos que não voltam a trabalhar. Com salários baixos, diz o FMI, ainda podemos ter futuro como país exportador, assim saibamos agradar aos mercados e às multinacionais. Acontece que a crise do modelo de crescimento pela dívida, no capitalismo anglo-saxónico e na periferia da zona euro, arrastou a crise do modelo exportador que o alimentou. Os défices de uns são os excedentes de outros, e ambos são insustentáveis. A China já está a mudar. A Alemanha finge que todos podem ser exportadores, assim se esforcem.
Porém, há uma alternativa para o nosso país. "
Para continuar a ler, clicar aqui.
Porém, há uma alternativa para o nosso país. "
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Geminações...
Rui Curado da Silva, investigador, no jornal AS BEIRAS.
“Desde 1988, a Figueira passou a estar geminada com
Evpatória, na Crimeia.
Os recentes acontecimentos na Ucrânia e em particular na
Crimeia são complexos e melindrosos.
O pior é que poderão não ter findado.
Independentemente dos desenvolvimentos futuros, não
poderemos ficar indiferentes a eventuais atitudes de segregação ou de violência
organizada sobre sectores da população de Evpatória.
Sobretudo num ano em que se comemora os 40 anos do 25 de
Abril, não deveremos ser tolerantes com políticas totalitárias e
antidemocráticas de iniciativa autárquica em Evpatória.”
Pobreza
Nada como uma pré-campanha eleitoral para se
descobrir que afinal há pobreza em Portugal.
De repente, torna-se urgente dizer
qualquer coisa aos excluídos e vítimas maiores da troika e da política de terra queimada.
Agora, até já é necessário compensar e reduzir as desigualdades e as
injustiças sociais que os últimos 3 anos agravaram.
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